Júlio Campos

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 Nota: Se procura esportista brasileiro, veja Júlio Campos (automobilista).
Julio Campos
Júlio Campos
Julio Campos
Político(a) de Deputado Estadual por Mato Grosso
Período 1.º- 1º de fevereiro de 1979
a 1º de fevereiro de 1983
2.º- 1º de fevereiro de 1987
a 1º de fevereiro de 1991
3.º- 1º de fevereiro de 2011
a 1º de fevereiro de 2015
Senador por Mato Grosso
Período 1º de fevereiro de 1991
a 1º de fevereiro de 1999
46.º Governador de Mato Grosso
Período 15 de março de 1983
a 15 de maio de 1986
Antecessor(a) Frederico Campos
Sucessor(a) Wilmar Peres de Faria
13.º Prefeito de Várzea Grande
Período 1973 a 1977
Antecessor(a) Ary Leite de Campos
Sucessor(a) Branco de Barros
Dados pessoais
Nome completo Júlio José de Campos
Nascimento 11 de dezembro de 1946 (77 anos)
Várzea Grande, MT
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Universidade Estadual Paulista (UNESP)
Prêmio(s) Ordem do Mérito Militar[1]
Parentesco
Partido PSD (1964–1965)
ARENA (1966–1979)
PDS (1980–1985)
PFL (1985–2007)
DEM (2007–2022)
UNIÃO (2022–presente)
Profissão professor, agrônomo, político
Ocupação Deputado Estadual na Assembleia Legislativa de Mato Grosso

Júlio José de Campos ComMM (Várzea Grande, 11 de dezembro de 1946) é um professor, agrônomo e político brasileiro filiado ao União Brasil (UNIÃO). É deputado estadual (2023-2026) por Mato Grosso, foi governador, senador e deputado federal durante três mandatos, além de prefeito da cidade de Várzea Grande. Nasceu em Várzea Grande (MT) no dia 11 de dezembro de 1946, filho de Júlio Domingos de Campos e Amália Curvo de Campos. É viúvo da professora Isabel Campos (1945-2012) e pai de Laura, Consuelo, Júlio Neto e Silvia.[2]

É corretor de imóveis e proprietário do Grupo Santa Laura.[3]

Dados biográficos[editar | editar código-fonte]

Filho de Júlio Domingos de Campos e Amália Curvo de Campos.[2] Iniciou sua carreira política na época do Regime Militar de 1964 ao filiar-se ao PSD e em 1969 formou-se em Agronomia na Universidade Estadual Paulista. Secretário de Viação e Obras Públicas em Várzea Grande, foi professor da Universidade Federal de Mato Grosso e chefiou o setor de Colonização e Operações da Companhia de Desenvolvimento de Mato Grosso (CODEMAT).[4] Eleito prefeito de Várzea Grande pela ARENA em 1972 e deputado federal em 1978, migrou para o PDS elegendo-se governador de Mato Grosso em 1982 na primeira disputa direta para o Palácio Paiaguás desde a vitória de Pedro Pedrossian em 1965.[5][6][7]

Após migrar para o PFL renunciou ao governo e foi eleito sucessivamente deputado federal em 1986 e senador em 1990 ocupando uma cadeira que já pertencera ao seu tio, Sílvio Curvo. Derrotado por Dante de Oliveira ao disputar o governo estadual em 1998, cumpriu seu mandato de ´senador da República até 1999.[8] Em 1991, como senador, Campos foi admitido pelo presidente Fernando Collor à Ordem do Mérito Militar no grau de Comendador especial.[1]

Afastou-se da vida pública devido a um intenso tratamento de saúde, passando em 2017 por um transplante de fígado após três anos na fila de espera.[9][10]

Em 28 de junho de 2002 tomou posse como conselheiro no Tribunal de Contas de Mato Grosso[11] indicado pela Assembleia Legislativa e homologado pelo sucessor de Dante de Oliveira no governo do Estado, Rogério Sales,[12] permaneceu no TCE/MT até 12 de dezembro de 2007, quando se aposentou.[12] Em 2008 disputou a prefeitura de Várzea Grande e obteve 45.688 votos, ficando com o 2º lugar atrás do candidato eleito, Murilo Domingos.[13] Em 2010 foi eleito deputado federal com 72.560[14] tendo concluído seu mandato em 2015. Em 2020, com a cassação da Senadora Juíza Selma, Júlio ensaiou candidatura ao senado na eleição suplementar, chegou a ser escolhido candidato na convenção de seu partido,[15][16] conduto, a eleição que estava marcada para 26 de abril de 2020, foi adiada pelo TSE devido a pandemia de COVID-19,[17] a eleição suplementar para senador só foi ocorrer em 15 de novembro de 2020, junto com as eleições municipais e Júlio concorreu a vaga de 1º suplente na chapa de Nilson Leitão, que ficou em 3º lugar.[18]

Em 2022 voltou à política, sendo eleito deputado estadual pelo União Brasil com 33,8 mil votos.[19] Em seu primeiro ano de atuação parlamentar preside a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) e é vice-presidente da Comissão de Relações Internacionais, Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Institucional.[20]

Atividade Legislativa[editar | editar código-fonte]

Em maio de 1986, Júlio Campos se afasta do cargo de governador a fim de disputar uma vaga na Assembleia Nacional Constituinte pelo PFL nas eleições de novembro.  Eleito o constituinte mais votado do estado, com 61.002 votos, na legenda pefelista, Integrou na condição de titular a Subcomissão de Saúde, Seguridade e do Meio Ambiente da Comissão da Ordem Social e, como suplente, a Subcomissão do Poder Legislativo, da Comissão da Organização dos Poderes e Sistema de Governo.

Na Constituinte, votou a favor da proteção ao emprego contra despedida sem justa causa, do aviso prévio proporcional, da soberania popular, do presidencialismo e da nacionalização do subsolo. Na Assembleia Nacional Constituinte, foi autor da proposta que transformou o Pantanal Mato-Grossense em área de patrimônio nacional.

Nas eleições de outubro de 1990, concorreu a uma das vagas ao Senado pela mesma legenda. Eleito com 331.212 votos, novamente com a maior votação do estado, Júlio Campos assumiu o mandato em 1º de fevereiro de 1991. Em 1991 e 1992, presidiu a Comissão de Infra-Estrutura e integrou a Comissão de Educação, como titular, e as comissões de Assuntos Econômicos e de Constituição, Justiça e Cidadania, como suplente. Ainda em 1993, em abril, tornou-se primeiro secretário do Senado Federal. Em 1994, integrou a delegação brasileira à XLIX Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Entre 1997 e 1998, integrou no Senado as comissões de Fiscalização e Controle, de Educação, de Assuntos Sociais, e de Assuntos Econômicos, além da Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul.

Deixou o Senado em janeiro de 1999, ao final da legislatura, quando passou a se dedicar às atividades empresariais, tendo como foco no Grupo Futurista de Comunicação e empreendimentos de construção civil e imobiliários.. [21]

Referências

  1. a b BRASIL, Decreto de 1º de agosto de 1991.
  2. a b «Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso». www.al.mt.gov.br. Consultado em 27 de abril de 2024 
  3. «Filho defende permanência de Júlio Campos na vida pública e confessa temor por sua saúde em caso de aposentadoria». Olhar Direto. Consultado em 27 de abril de 2024 
  4. Redação, Da (1 de dezembro de 2021). «Júlio Campos passeia pela história e política». PNB Online - Portal de Notícias MT. Consultado em 27 de abril de 2024 
  5. «Biografia do(a) Deputado(a) Federal JÚLIO CAMPOS». Portal da Câmara dos Deputados. Consultado em 27 de abril de 2024 
  6. «Júlio Campos, inesquecível, o pai e o melhor para a região do Araguaia, "respeitem a sua história"». jreporterdoaraguaia.com. Consultado em 27 de abril de 2024 
  7. «Se eleger deputado estadual é a próxima meta de Júlio Campos, político que já foi quase tudo». RDM Online. 30 de abril de 2021. Consultado em 27 de abril de 2024 
  8. BRASIL. Senado Federal. «Biografia do senador Júlio Campos». Consultado em 13 de maio de 2022 
  9. «Júlio Campos passa por transplante de fígado em hospital de Fortaleza e família pede orações». Olhar Direto. Consultado em 27 de abril de 2024 
  10. MT, Carolina HollandDo G1 (13 de março de 2017). «Ex-governador de MT passa por cirurgia de transplante de fígado». Mato Grosso. Consultado em 27 de abril de 2024 
  11. «Posse de Júlio Campos no TCE é prestigiada por várias autoridades». Tribunal de Contas de Mato Grosso. Consultado em 3 de agosto de 2021 
  12. a b «Spinelli e Júlio Campos se aposentam do TCE». Tribunal de Contas de Mato Grosso. Consultado em 3 de agosto de 2021 
  13. «Estatísticas de Totalização». apps.tre-mt.jus.br. Consultado em 3 de agosto de 2021 
  14. «Apuração de votos e candidatos eleitos (1º turno) - UOL Eleições 2010». placar.eleicoes.uol.com.br. Consultado em 3 de agosto de 2021 
  15. Redação (17 de fevereiro de 2020). «Júlio Campos foi escolhido». O Livre. Consultado em 3 de agosto de 2021 
  16. «Sem Mauro na convenção, Júlio Campos é lançado o candidato do DEM ao Senado | RDNEWS - Portal de notícias de MT». Sem Mauro na convenção, Júlio Campos é lançado o candidato do DEM ao Senado | RDNEWS - Portal de notícias de MT. 11 de março de 2020. Consultado em 3 de agosto de 2021 
  17. «TSE adia eleição suplementar para senador em Mato Grosso devido ao coronavírus». Senado Federal. Consultado em 3 de agosto de 2021 
  18. «Carlos Fávaro vence eleição suplementar em MT e continuará no Senado até 2026». Congresso em Foco. 15 de novembro de 2020. Consultado em 3 de agosto de 2021 
  19. «Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais». divulgacandcontas.tse.jus.br. Consultado em 27 de abril de 2024 
  20. Redacao, Da (9 de abril de 2024). «Júlio Campos é reeleito e comandará CCJR em 2024». MATO GROSSO NEWS. Consultado em 27 de abril de 2024 
  21. http://www.olhardireto.com.br/juridico/noticias/exibir.asp?id=29869&noticia=ministra-do-tse-devolve-direitos-politicos-a-julio-campos-que-esta-livre-para-se-candidatar

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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