Luís Mendes Ribeiro Gonçalves

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Luís Mendes Ribeiro Gonçalves
Luís Mendes Ribeiro Gonçalves
Nascimento 7 de fevereiro de 1895
Morte outubro de 1982
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação geógrafo, político, escritor

Luís Mendes Ribeiro Gonçalves (Amarante, 7 de fevereiro de 1895Rio de Janeiro, outubro de 1982) foi um engenheiro civil, geógrafo e político brasileiro que foi senador pelo Piauí.

Formação acadêmica[editar | editar código-fonte]

Filho de Elesbão Ribeiro Gonçalves e de Amália Mendes Gonçalves. Após residir em Amarante mudou-se para Teresina onde fez o curso secundário no Liceu Piauiense, partindo depois para Salvador onde matriculou-se na Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia. Formado em Engenharia Civil e Geografia em 1916 trabalhou na estrada Floriano-Oeiras e representou o Piauí em congressos nacionais de educação e estradas e rodagem. Diretor do Departamento de Agricultura, Viação e Obras Públicas e assessor da direção do Departamento de Correios e Telégrafos, integrou o Clube de Engenharia e foi sócio da Société des Ingénieurs Civils de France.

Além de trabalhar no setor de infraestrutura foi integrante da Academia Piauiense de Letras, sócio da Associação Brasileira de Imprensa e do Instituto Histórico e Geográfico do Piauí. Na área de ensino foi professor do Liceu Piauiense e da Escola Normal e membro do Conselho de Ensino do Piauí.

Vida política[editar | editar código-fonte]

Eleito senador pelo Piauí por voto indireto da Assembleia Constituinte em julho de 1935 para oito anos de mandato, foi cassado pelo Estado Novo em 1937. Durante o referido período de exceção foi membro e segundo vice-presidente do Conselho Nacional do Trabalho (1939-1945) tornando-se representante do Ministério do Trabalho e das instituições da Previdência Social no referido conselho. Após a queda de Getúlio Vargas foi membro do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura e do Conselho Superior de Previdência Social.

Redemocratizado o país em 1945, filiou-se à UDN e foi eleito senador pelo Piauí em 1947[1][2] para quatro anos de mandato[3] e ao voltar ao parlamento votou contra a cassação dos mandatos comunistas, medida afinal aprovada. Licenciou-se do mandato em 1949 para assumir a Secretaria de Saúde e o cargo de secretário-geral do estado do Piauí no governo José da Rocha Furtado[4] sendo derrotado por Arêa Leão ao tentar a reeleição em 1950.[5]

Com o retorno de Getúlio Vargas à presidência foi diretor-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas entre julho de 1953 e setembro de 1954, quando foi substituído já no governo Café Filho.

Referências

  1. «Candidatos eleitos, período 1945-1990: Ribeiro Gonçalves». Consultado em 1 de setembro de 2011 
  2. «Senado Federal do Brasil, legislatura 1946-1951: Ribeiro Gonçalves». Consultado em 1 de setembro de 2011 
  3. Naquele ano o Piauí elegeu dois senadores sendo que o mais votado ficaria com a vaga do falecido Esmaragdo de Freitas e o segundo teria mandato de quatro anos. Foram eleitos Joaquim Pires e Ribeiro Gonçalves, respectivamente.
  4. Ribeiro Gonçalves tinha Celso Eulálio como suplente.
  5. «Jairo Nicolau (UERJ), eleições para senador em 1950: estado do Piauí». Consultado em 1 de setembro de 2011