Maximiliano Guilherme da Saxónia
Maximiliano Guilherme | |
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Príncipe da Saxônia | |
Nascimento | 17 de novembro de 1870 |
Dresden, Saxônia, Império Alemão | |
Morte | 12 de janeiro de 1951 (80 anos) |
Friburgo, Suíça | |
Nome completo | |
Maximiliano Guilherme Augusto Alberto Carlos Carlos Gregório Odo | |
Casa | Wettin |
Pai | Jorge I da Saxônia |
Mãe | Maria Ana de Portugal |
Religião | Catolicismo |
Maximiliano Guilherme da Saxônia (em alemão: Maximilian Wilhelm August Albert Karl Gregor Odo; Dresden, 17 de novembro de 1870 – Friburgo, 12 de janeiro de 1951), foi um Príncipe da Saxônia, sétimo filho, terceiro varão do rei Jorge I da Saxônia, e de sua esposa, a infanta Maria Ana de Portugal. Era sacerdote da Igreja Católica e autor de língua alemã.
Padre
[editar | editar código-fonte]Maximiliano nasceu em Dresden, capital do Reino da Saxónia, sendo o sétimo dos oito filhos do príncipe Jorge da Saxónia e da sua esposa, a infanta Maria Ana de Portugal. Nasceu com os títulos de príncipe e duque da Saxónia e com a forma de tratamento Sua Alteza Real. Entre os seus irmãos encontrava-se o rei Frederico Augusto III da Saxónia e da princesa Maria Josefa, mãe do último imperador da Áustria, Carlos I.
A 26 de Julho de 1896, apesar de a sua família se ter oposto inicialmente, o príncipe Maximiliano entrou na igreja e foi ordenado padre.[1][2] Renunciou aos seus direitos de sucessão ao trono da Saxónia ao tornar-se padre e também se mostrou determinado a recusar o apanágio a que tinha direito no Reino da Saxónia.[3][4]
Professor
[editar | editar código-fonte]Em janeiro de 1899, o príncipe Maximiliano tornou-se doutor de Teologia depois de se licenciar na Universidade de Würzburg.[5] Depois de trabalhar como padre numa igreja em Nuremberga, a 21 de agosto de 1900, o príncipe Maximiliano aceitou o cargo de professor de Direito Canónico na Universidade de Friburgo.[6][7]
Em finais de 1910, o príncipe Maximiliano causou controvérsia quando publicou um artigo num periódico eclesiástico sobre a união das igreja ortodoxa com a igreja romana. O príncipe Maximiliano argumentou que se devia renunciar aos seis dogmas para facilitar o regresso dos cristãos ortodoxos à Igreja Católica Romana.[8] Como resultado, Maximiliano foi convocado pelo Papa Pio X para explicar o seu artigo. No final, o papa concordou em retrair o artigo e Maximiliano assinou uma declaração a reconhecer que tinha cometido erros no seu artigo e foi anunciado que o príncipe tinha renovado a sua completa e incondicional adesão às doutrinas da Igreja Católica Romana.[9][10]
Guerra
[editar | editar código-fonte]Durante a Primeira Guerra Mundial, o príncipe Maximiliano prestou serviço como capelão do exército e, nesta posição, tentou prestar assistência aos soldados feridos, administrava o sacramento final aos moribundos e dizia a missa sob fogo inimigo. Estava ligado aos prisioneiros franceses de guerra uma vez que se dedicava ao seu bem-estar. Também utilizou o escritório internacional em Genebra para enviar notícias aos familiares dos prisioneiros franceses.[11]
Após a derrota do Império Alemão na guerra, o seu irmão Frederico Augusto III foi forçado a abdicar, uma vez que a monarquia foi abolida. O príncipe Maximiliano morreu em Friburgo na Suíça.
Genealogia
[editar | editar código-fonte]Maximiliano da Saxónia | Pai: Jorge I da Saxónia |
Avô paterno: João I da Saxónia |
Bisavô paterno: Maximiliano, príncipe-herdeiro da Saxónia |
Bisavó paterna: Carolina de Parma | |||
Avó paterna: Amélia Augusta da Baviera |
Bisavô paterno: Maximiliano I José da Baviera | ||
Bisavó paterna: Carolina de Baden | |||
Mãe: Maria Ana de Portugal |
Avô materno: Fernando II de Portugal |
Bisavô materno: Fernando de Saxe-Coburgo-Gota | |
Bisavó materna: Maria Antônia de Koháry | |||
Avó materna: Maria II de Portugal |
Bisavô materno: Pedro IV de Portugal | ||
Bisavó materna: Maria Leopoldina de Áustria |
Referências
- ↑ "A Prince Ordained A Priest". New York Times. 1896-07-26. p. 1.
- ↑ "Knowledge Means Peace". New York Times. 1896-07-19. p. 4.
- ↑ "Prince as Priest in London". The West Australian. 1896-10-23. p. 9.
- ↑ "An Unruly German Press". New York Times. 1899-01-29. p. 17.
- ↑ "An Unruly German Press". New York Times. 1899-01-29. p. 17.
- ↑ "Object to Prince-Evangelist". New York Times. 1900-11-13. p. 5.
- ↑ "Saxon Prince a Professor". New York Times. 1900-08-22. p. 6.
- ↑ "Pope To Eastern Churches". New York Times. 1911-01-03. p. 8.
- ↑ "Prince Submits to the Pope". New York Times. 1910-12-28. p. 5.
- ↑ "Prince Maximilian Recants". New York Times. 1910-12-31. p. 5.
- ↑ "Peace of the World". New York Times. 1915-02-28. p. SM3.
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Prince Maximilian of Saxony (1870–1951)», especificamente desta versão.