Ofensiva sobre o Crescente Petrolífero (janeiro de 2016)

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Ofensiva sobre o Crescente Petrolífero (janeiro de 2016)
Segunda Guerra Civil Líbia
Data 4 - 6 de janeiro de 2016
Local Crescente Petrolífero
Beligerantes
Estado Islâmico Líbia Governo de União Nacional
Comandantes
Ibrahim Jadhran
Baixas
desconhecido 10 mortes[1]

A Ofensiva sobre o Crescente Petrolífero ocorreu de 4 a 6 de janeiro de 2016 durante a Segunda Guerra Civil Líbia.

Prelúdio[editar | editar código-fonte]

Localizada no Golfo de Sidra, a região chamada de "Crescente Petrolífero" concentra a grande maioria dos terminais de petróleo da Líbia.[2] Desde 2013 a região era controlada pelos Guardas das Instalações Petrolíferas, um grupo armado que havia reconhecido o governo de Tobruk, e posteriormente o Governo de União Nacional.[2]

Por seu lado, a organização jihadista Estado Islâmico controlava, desde junho de 2015, a cidade de Sirte, localizada a oeste do Crescente Petrolífero.[3] No início de janeiro, o Estado Islâmico também recebe a fidelidade dos combatentes presentes em Ajdabiya.[4]

Desenvolvimento[editar | editar código-fonte]

Em 4 de janeiro de 2016, o Estado Islâmico lançou uma ofensiva a partir da cidade de Sirte contra a região do Crescente Petrolífero.[3] A primeira cidade atacada é Ben Jawad, que é rapidamente invadida.[2] Então, no mesmo dia, combatentes com ao menos uma dezena de veículos atacam pelo sul as cidades e os terminais petrolíferos de Ras Lanouf e al-Sidra.[3] Pelo menos um suicida se explodiu com um carro-bomba.[3] O Coronel Bashir Boudhfira, do Governo da Unidade Nacional, declarou que dois de seus soldados foram mortos, porém os atacantes não conseguiram adentrar na cidade de Ras Lanouf.[3] Quatro reservatórios de petróleo também foram incendiados.[1]

Em 5 de janeiro, os combates continuaram em uma área a 20 quilômetros a sudoeste de al-Sidra.[5] Sete Guardas das Instalações Petrolíferas são mortos de acordo com um dos seus porta-vozes, Ali al-Hassi.[5] Os Guardas também passaram a receber apoio aéreo da aviação baseada em Misrata.[5]

Os ataques dos jihadistas são finalmente repelidos.[6] No entanto, em 7 de janeiro, o Estado Islâmico realiza um ataque suicida com carro-bomba em uma entrada da cidade de Ras Lanouf, que causa a morte de seis pessoas.[7]

Baixas[editar | editar código-fonte]

Segundo Ali al-Hassi, um dos porta-vozes dos Guardas das Instalações Petrolíferas, dez membros do grupo morreram nos combates de 4 a 6 de janeiro.[1]

Consequência[editar | editar código-fonte]

Em 10 de janeiro de 2016, membros do Estado Islâmico conduzem uma incursão com três embarcações contra o porto de Zueitina.[8] No entanto, os Guardas das Instalações Petrolíferas os localizam, antes que possam atracar uma das embarcações.[8] As outras duas recuam antes regressar para rebocar a terceira e empreender a fuga.[8]

Na Batalha de Sirte, os Guardas das Instalações Petrolíferas, depois de se unirem ao Governo de União Nacional, atacaram a leste de Sirte e tomaram as cidades de Ben Jawad, em 30 de maio de 2016, e a cidade de Nofalia, em 31 de maio de 2016.[9][10] Os confrontos matam cinco pessoas e ferem dezoito em Ben Jawad, enquanto Nofalia é recuperada sem nenhuma baixa de acordo com o Governo de União Nacional.[9]

Referências