Relevo da Rússia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Relevo da Rússia
Montes Urais

O Relevo da Rússia é uma paisagem de extremos e diversidade, que reflete a vastidão e complexidade deste país único. Desde as vastas planícies siberianas até as montanhas majestosas do Cáucaso, o relevo russo desempenha um papel crucial na geografia, ecologia, economia e cultura da Rússia. Proteger e conservar essas paisagens é essencial para garantir um futuro sustentável e saudável para o país e suas populações.[1][2]

Tipos de relevo[editar | editar código-fonte]

O Relevo da Rússia é uma mistura fascinante de planícies vastas, montanhas imponentes, vastas estepes e vastas extensões de tundra ártica. Como o maior país do mundo em área terrestre, a Rússia abrange uma ampla variedade de paisagens e formações geológicas, cada uma influenciada por uma combinação de fatores geográficos, climáticos e tectônicos.[3][4] Algumas das características mais proeminentes do relevo russo:

1. Planícies Siberianas e Planície Europeia Oriental: As vastas planícies da Sibéria e da Europa Oriental abrangem grande parte do território russo. Estas planícies são amplas e relativamente planas, cobertas por uma vegetação variada, incluindo florestas de coníferas, prados e pântanos. As planícies siberianas são atravessadas por grandes rios, como o Ob, Yenisei e Lena, que desempenham um papel vital na economia e transporte da região.[5][6]

2. Montanhas dos Urais: Os Montes Urais formam uma divisão geográfica importante entre a Rússia europeia e a siberiana. Estas montanhas, que se estendem por cerca de 2.500 quilômetros de norte a sul, são uma fronteira natural entre a Europa e a Ásia. Embora não sejam tão altas quanto outras cadeias de montanhas do mundo, os Urais são ricos em minerais e desempenham um papel vital na economia russa.[7][8]

3. Cadeia de Montanhas Caucasiana: Localizada no sul da Rússia, ao longo da fronteira com a Geórgia e o Azerbaijão, a Cordilheira do Cáucaso é uma cadeia montanhosa impressionante e diversificada. Esta região é o lar de montanhas majestosas, vales profundos e uma rica biodiversidade. O Monte Elbrus, o pico mais alto da Europa, com 5.642 metros de altitude, está localizado na Cordilheira do Cáucaso.[9][10]

4. Tundras do Ártico e Regiões Permafrost: No extremo norte da Rússia, encontramos vastas extensões de tundra ártica e regiões de permafrost. Essas áreas são caracterizadas por um clima extremamente frio e uma vegetação rasteira adaptada ao frio, como musgos, líquens e pequenos arbustos. A tundra e o permafrost desempenham um papel crucial na regulação do clima global e no ciclo hidrológico.[11][12]

5. Estepes da Sibéria e Planaltos da Mongólia: Ao sul da Sibéria, estendendo-se até a Ásia Central, encontramos vastas estepes e planaltos que se estendem por milhares de quilômetros. Estas áreas são caracterizadas por uma vegetação rasteira, gramíneas e arbustos resistentes à seca, e oferecem habitat para uma variedade de vida selvagem, incluindo antílopes, lebres e lobos.[13][14]

Referências

  1. Barr, Iestyn D.; Clark, Chris D. (outubro de 2012). «Late Quaternary glaciations in Far NE Russia; combining moraines, topography and chronology to assess regional and global glaciation synchrony». Quaternary Science Reviews: 72–87. ISSN 0277-3791. doi:10.1016/j.quascirev.2012.08.004. Consultado em 13 de março de 2024 
  2. Iegorova, Liza V; Gibbs, James P; Mountrakis, Giorgos; Bastille-Rousseau, Guillaume; Paltsyn, Mikhail Yu; Ayatkhan, Atay; Baylagasov, Leonid V; Robertus, Yury V; Chelyshev, Andrey V (1 de outubro de 2019). «Rangeland vegetation dynamics in the Altai mountain region of Mongolia, Russia, Kazakhstan and China: effects of climate, topography, and socio-political context for livestock herding practices». Environmental Research Letters (10). 104017 páginas. ISSN 1748-9326. doi:10.1088/1748-9326/ab1560. Consultado em 13 de março de 2024 
  3. Iegorova, Liza V; Gibbs, James P; Mountrakis, Giorgos; Bastille-Rousseau, Guillaume; Paltsyn, Mikhail Yu; Ayatkhan, Atay; Baylagasov, Leonid V; Robertus, Yury V; Chelyshev, Andrey V (1 de outubro de 2019). «Rangeland vegetation dynamics in the Altai mountain region of Mongolia, Russia, Kazakhstan and China: effects of climate, topography, and socio-political context for livestock herding practices». Environmental Research Letters (10). 104017 páginas. ISSN 1748-9326. doi:10.1088/1748-9326/ab1560. Consultado em 13 de março de 2024 
  4. Parts, Lyudmila (2015). «Topography of Post-Soviet Nationalism: The Provinces—the Capital—the West». Slavic Review (3): 508–528. ISSN 0037-6779. doi:10.5612/slavicreview.74.3.508. Consultado em 13 de março de 2024 
  5. Garnier, Xavier (1 de novembro de 2016). «Choné Aurélie, Catherine Repussard et Laurence Granchamp (dir.), 2014, (In) visib». Journal des Africanistes (86-2): 226–227. ISSN 0399-0346. doi:10.4000/africanistes.5134. Consultado em 13 de março de 2024 
  6. Boltunova, Ekaterina (28 de agosto de 2015). «Imperial Throne Halls and Discourse of Power in the Topography of Early Modern Russia (late 17th–18th centuries)». DE GRUYTER: 341–352. ISBN 978-3-11-033163-9. Consultado em 13 de março de 2024 
  7. Liu, Hongyan; He, Siyuan; Anenkhonov, Oleg A.; Hu, Guozheng; Sandanov, Denis V.; Badmaeva, Natalia K. (novembro de 2012). «Topography-Controlled Soil Water Content and the Coexistence of Forest and Steppe in Northern China». Physical Geography (6): 561–573. ISSN 0272-3646. doi:10.2747/0272-3646.33.6.561. Consultado em 13 de março de 2024 
  8. Teteryuk, L. V.; Elsakov, V. V.; Lapteva, E. M. (24 de outubro de 2012). «The role of topography in forming the thermal regime and biological diversity of relict ecosystems on limestones in the northeast of European Russia». Russian Journal of Ecology (6): 433–439. ISSN 1067-4136. doi:10.1134/s1067413612060082. Consultado em 13 de março de 2024 
  9. Zhukova, Olga A. (4 de março de 2018). «The Locus of Creativity: Alexei Kara-Murza and His Intellectual Topography of Russian History». Russian Studies in Philosophy (2): 73–87. ISSN 1061-1967. doi:10.1080/10611967.2018.1456100. Consultado em 13 de março de 2024 
  10. Emery, K. O. (setembro de 1949). «Topography and Sediments of the Arctic Basin». The Journal of Geology (5): 512–521. ISSN 0022-1376. doi:10.1086/625664. Consultado em 13 de março de 2024 
  11. Pogorelov, A. V.; Laguta, A. A.; Netrebin, P B.; Lipilin, D. A. (8 de outubro de 2023). «Analysis of the Bottom Topography of the Reservoir Due to Sediment Trapping (According to the Krasnodar Reservoir, Russia)». GEOGRAPHY, ENVIRONMENT, SUSTAINABILITY (3): 102–112. ISSN 2542-1565. doi:10.24057/2071-9388-2023-2907. Consultado em 13 de março de 2024 
  12. Walker, D. A. (dezembro de 2000). «Hierarchical subdivision of Arctic tundra based on vegetation response to climate, parent material and topography». Global Change Biology (S1): 19–34. ISSN 1354-1013. doi:10.1046/j.1365-2486.2000.06010.x. Consultado em 13 de março de 2024 
  13. Khitrov, N. B.; Cheverdin, Yu. I.; Rogovneva, L. V. (novembro de 2018). «Two-Dimensional Distribution of the Properties of Vertic Solonetz with Gilgai Microtopography in the Kamennaya Steppe». Eurasian Soil Science (11): 1275–1287. ISSN 1064-2293. doi:10.1134/s1064229318110030. Consultado em 13 de março de 2024 
  14. Vetrov, E.V.; Buslov, M.M.; De Grave, J. (1 de janeiro de 2016). «Evolution of tectonic events and topography in southeastern Gorny Altai in the Late Mesozoic–Cenozoic (data from apatite fission track thermochronology. Russian Geology and Geophysics (1): 95–110. ISSN 1068-7971. doi:10.1016/j.rgg.2016.01.007. Consultado em 13 de março de 2024