Roberto Vidal Bolaño

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Roberto Vidal Bolaño
Roberto Vidal Bolaño
Nascimento 31 de julho de 1950
Santiago de Compostela
Morte 11 de setembro de 2002 (52 anos)
Santiago de Compostela
Sepultamento Cemitério de Boisaca
Cidadania Espanha
Ocupação escritor, dramaturga, ator de teatro
Causa da morte câncer de pulmão

Roberto Vidal Bolaño (Santiago de Compostela, 1950Santiago de Compostela, 11 de Setembro de 2002) foi um autor e ator de teatro galego.

Vida[editar | editar código-fonte]

Começou no mundo teatral com o grupo Antroido, com o qual o ator representaria as suas primeiras obras. Com Antroido acudiria às Amostras de Teatro Abrente de Ribadavia (1973-1980), amostras nas quais se deu a conhecer como dramaturgo e cenógrafo (com o pseudônimo de Julia Brens).

Vidal Bolaño foi um dos maiores artífices da profissionalização do teatro galego. Após ser despedido em 1977 dum emprego bancário, este dramaturgo trabalhou para converter o Grupo Antroido na primeira companhia teatral galega.

Também foi um dos primeiros diretores que participaram do teatro institucional, levando ao cenário (com o Centro Dramático Galego) em 1984 a sua obra Agasallo de sombras.

Cultivou, além da dramática, o audiovisual, realizando roteiros para a Televisão da Galiza e a Televisión Española. Também levou à pantalha contos de grandes escritores galegos do século XX, como Ánxel Fole (Cara de Lua) e Eduardo Blanco Amor (O Noxo), e mesmo chegou a participar como ator em séries televisivas de prestígio.

Em 2001, representa com o Centro Dramático Galego a Rosalia que Ramón Otero Pedrayo escrevera em 1958.

As suas últimas atuações seriam para o grupo "Teatro do aqui", a sua companhia nos últimos anos.

Obra[editar | editar código-fonte]

A obra de Roberto Vidal Bolaño está marcada pela estética da derrota e a crítica da modernidade. Talvez influído por Ramón Otero Pedrayo, defende certa recuperação do popular. Cultivou igualmente, como Otero, o teatro histórico, arredor da figura de Rosalía de Castro, obras que constituem verdadeiros ensaios sobre a sua vida e obra. Porém, uma das suas maiores influencias foi o teatro de Valle-Inclán, a quem menciona várias vezes ao longo da sua obra.

As suas obras recolhem e misturam as correntes estéticas do realismo, simbolismo, surrealismo e expressionismo. São peças as suas nas quais se cuida o diálogo com o público.

Representações Destacadas[editar | editar código-fonte]

  • Laudamuco, Señor de Ningures (1976)
"Bailadela da morte ditosa" en Ribeira.

Obras Escritas Destacadas[editar | editar código-fonte]

Entre as suas obras, destacam-se:

  • Laudamuco, Señor de Ningures (1976)
  • Bailadela da morte ditosa (1980)
  • Agasallo de Sombras (1992)
  • Días sen Gloria (1992)
  • Saxo Tenor (1993)
  • As Actas Escuras (1994)
  • Rastros (1998)
  • O Día que os Chífanos Deixaron de Zoar

Ensaio[editar | editar código-fonte]

  • Perspectivas do Teatro Galego Actual (2002)

Prêmios e menções honoríficas[editar | editar código-fonte]

  • Abrente (1976), con Laudamuco Señor de ningures.
  • Abrente (1978) Menção Especial (Memorias de Mortos e Ausentes).
  • Abrente (1980), com Bailadela da Morte Ditosa
  • O Facho (1977). Menção honorífica com Xaxara, Paniogas, Tarelo, o Rapaz e o Cachamon ou Trocar en Rato Pequeno o Meirande Xigantón".
  • O Facho (1979) Menção honorífica con Ruada das Papas e do Unto.
  • Medalla de ouro (Prêmio cidade de Valladolid) (1983-1984) por unha adaptação teatral de textos de Xosé Luís Méndez Ferrín.
  • Prêmio Rafael Dieste
  • Prêmio Álvaro Cunqueiro
  • Prêmio Xacobeo (1992)
  • Prêmio Eixo Atlântico
  • Prêmios Max de Teatro (2001) (melhor texto de teatro em língua galega)

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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