Triplofusus princeps

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaTriplofusus princeps
Uma concha de T. princeps repousa no leito marinho. Espécime avistado em Coiba, na costa pacífica do Panamá, província de Veráguas.
Uma concha de T. princeps repousa no leito marinho. Espécime avistado em Coiba, na costa pacífica do Panamá, província de Veráguas.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Subclasse: Caenogastropoda
Ordem: Neogastropoda
Superfamília: Buccinoidea
Família: Fasciolariidae
Subfamília: Fasciolariinae[1]
Género: Triplofusus
Olsson & Harbison, 1953[2]
Espécie: T. princeps
Nome binomial
Triplofusus princeps
(G. B. Sowerby I, 1825)[1]
Ilustração com a vista inferior de uma concha do molusco Triplofusus giganteus, dotada de grande abertura e com seu perióstraco intacto. Retirada de Conchologia Iconica (1847), Vol. 4, Pl. V.; uma espécie do gênero Triplofusus, juntamente com T. princeps, e considerada a sua espécie-tipo.[2]
Distribuição geográfica
A região do golfo da Califórnia,[3][4] no oeste do México (em verde),[3][5] até o norte do Peru (em laranja) é o habitat da espécie T. princeps.[3][6]
A região do golfo da Califórnia,[3][4] no oeste do México (em verde),[3][5] até o norte do Peru (em laranja) é o habitat da espécie T. princeps.[3][6]
Sinónimos
Fasciolaria princeps G. B. Sowerby I, 1825
Pleuroploca princeps (G. B. Sowerby I, 1825)
Fasciolaria crocata R. A. Philippi, 1848
Fasciolaria acutispsira Strebel, 1911
Pleuroploca acutispira (Strebel, 1911)
(WoRMS)[1]

Triplofusus princeps (nomeada, em inglês, Panamic horse conch,[7] Panama horse conch,[5][8] Galapagos horse conch ou prince horse conch;[7][8][9] em castelhano, caracol tulipán[6] ou chireta;[10] durante o século XX cientificamente nomeada Pleuroploca princeps)[5][7][11] é uma espécie de molusco gastrópode marinho predador[11] pertencente à família Fasciolariidae; classificada por George Brettingham Sowerby I, com o nome Fasciolaria princeps, em 1825, no texto "A catalogue of the shells contained in the collection of the late Earl of Tankerville: arranged according to the Lamarckian conchological system: together with an appendix, containing descriptions of many new species", publicado em Londres.[1] É nativa do oeste do México, no sul da Península da Baixa Califórnia e golfo da Califórnia, até o norte do Peru, no oceano Pacífico, incluindo as ilhas Galápagos,[3][5][7][12] sendo uma das duas espécies do seu gênero juntamente com Triplofusus giganteus (Kiener, 1840),[2] do oceano Atlântico, considerado um dos dois maiores gastrópodes do mundo e o maior caramujo americano.[13]

Descrição da concha e hábitos[editar | editar código-fonte]

Concha de coloração creme até alaranjada; alongada e de espiral bem aparente, com a superfície de suas voltas estriada; apresentando dimensões de até 50 centímetros de comprimento. O seu canal sifonal é destacado e mais curto que a espiral e seu lábio externo é fino. Columela e interior da abertura de coloração laranja-avermelhado ou salmão, similar ao restante da concha que, em vida, se cobre de um perióstraco marrom-avermelhado. Opérculo córneo, sulcado e castanho enegrecido, em forma de folha.[5][6][7][9] A superfície de sua concha pode estar incrustada por epibiontes.[7]

Esta espécie é encontrada desde a zona nerítica, da maré baixa, até a profundidade de 20 metros, em fundos de areia e lama de habitats rochosos, incluindo as regiões com manguezais.[5][6][9] São moluscos predadores que se alimentam de outros moluscos e crustáceos.[11]

Uso humano[editar | editar código-fonte]

Esta é uma das seis espécies mais pescadas para alimentação no estado mexicano de Guerrero;[10] sua concha também usada como instrumento de sopro, como um búzio, desde o tempo dos ameríndios.[14][15]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d «Triplofusus princeps» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 18 de abril de 2024 
  2. a b c «Triplofusus» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 18 de abril de 2024 
  3. a b c d «Triplofusus princeps» (em inglês). Hardy's Internet Guide to Marine Gastropods. 1 páginas. Consultado em 18 de abril de 2024. Arquivado do original em 28 de novembro de 2020 
  4. Ratherton (8 de dezembro de 2020). «A Panamic Horse Conch (Triplofusus princeps) in Cabo San Lucas, Mexico» (em inglês). Alamy. 1 páginas. Consultado em 18 de abril de 2024 
  5. a b c d e f ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 182. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  6. a b c d Enzian, Patricia Carbajal; Santamaría, José; Baldarrago, Danny (2018). «Guía ilustrada para el reconocimiento de poliplacóforos, gasterópodos y cefalópodos con valor comercial en el Perú» (em espanhol). Repositorio IMARPE - Instituto del Mar del Perú. p. 21. 31 páginas. Consultado em 18 de abril de 2024 
  7. a b c d e f Snow, John. «Panamic Horse Conch Shell, Pleuroploca princeps» (em inglês). Mexico – Fish, Birds, Crabs, Marine Life, Shells and Terrestrial Life. 1 páginas. Consultado em 18 de abril de 2024 
  8. a b «Pleuroploca princeps» (em inglês). Reef Life Survey. 1 páginas. Consultado em 18 de abril de 2024 
  9. a b c POSADA, Juan M. (2014). Invertebrados marinos de importancia comercial en la costa Pacífica de Colombia (PDF). Guía de identificación (em espanhol). Colombia: Fundación MarViva. p. 61. 104 páginas. Consultado em 18 de abril de 2024 
  10. a b Galeana-Rebolledo, Lizeth; Flores-Garza, Rafael; Violante-González, Juan; Flores-Rodríguez, Pedro; García-Ibáñez, Sergio; Landa-Jaime, Victor; Valdés-González, Arcadio (junho de 2018). «Socioeconomic Aspects for Coastal Mollusk Commercial Fishing in Costa Chica, Guerrero, México» (em inglês). Natural Resources Vol.9 No.6 (SCIRP). 1 páginas. Consultado em 18 de abril de 2024 
  11. a b c Stupakoff, Ian (julho de 1986). «Observations on the feeding behaviour of the gastropod Pleuroploca princeps (Fasciolariidae) in the Galapagos Islands» (em inglês). The Nautilus 100 (ResearchGate). p. 93. Consultado em 18 de abril de 2024 
  12. «Triplofusus princeps - GIANT , Sowerby I, 1825» (em inglês). www.shellauction.net. 1 páginas. Consultado em 18 de abril de 2024 
  13. REHDER, Harald A. (1990). The World of Natureː Seashells (em inglês). New York: Gallery Books. p. 26. 64 páginas. ISBN 0-8317-9578-6 
  14. Davey, A. (22 de março de 2020). «Engraved Shell Ritual Horn and Ceramic Horn with Head of Big Cat, Moche (100 B.C. - 600 A.D.)» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 18 de abril de 2024. The shell is from the predatory marine snail Pleuroploca princeps. It was described by Sowerby in 1825. The range is from western Mexico to Ecuador (Museum Fünf Kontinente, Munich, Germany). 
  15. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda (1986). Novo Dicionário da Língua Portuguesa 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 296-297. 1838 páginas