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Sherlock Holmes é um personagem de ficção da literatura britânica criado pelo médico e escritor Sir Arthur Conan Doyle[1]. Holmes é um investigador do final do século XIX e início do século XX e teve sua primeira aparição em 1887 na revista Beeton's Christmas Annual[2] na história Um Estudo em Vermelho (A Study in Scarlet). Em Fevereiro de 1891, o romance O Sinal dos Quatro (The Sign of the Four) foi publicado em outra revista, Lippincott’s Magazine.[3] Em Junho de 1891, Holmes estreia na Strand Magazine com o conto Um Escândalo na Boêmia (A Scandal in Bohemia).[4] O conto obteve tanto sucesso que garantiu, a Holmes, um longo tempo de publicações na Strand Magazine, contos adicionais surgiram desde então até 1927, totalizando quatro novelas e 56 histórias curtas.

Todos as histórias, exceto um, são colocados nas eras vitorianas ou eduardianas, entre 1880 e 1914. E não é necessário viver na Inglaterra para conhecer o lar de Sherlock Holmes: o 221B Baker Street é um dos endereços mais famosos de Londres e abriga, hoje, um museu com o nome do personagem. As histórias do detetive se passam entre vários cartões-postais da capital inglesa.[5] Um dos locais mais visitados por Sherlock Holmes, entre um caso e outro, é a estação ferroviária de Charing Cross, pois Holmes sempre estava de viagem marcada. Quando a investigação era em Londres, Holmes não deixava de passar pela Fleet Street, pela Oxford Street, pela Strand, pela Pall Mall e pela Tottenham Court Road, endereços recorrentes dos contos do personagem.[6]

Sherlock Holmes não é o primeiro investigador criado na literatura dos romances policiais, contudo, foi e ainda é o famoso por utilizar, na resolução dos seus mistérios, o método científico e a lógica dedutiva. Sua habilidade para desvendar crimes aparentemente insolúveis até mesmo para a Scotland Yard transformou seu nome em sinônimo de detetive. O personagem Sherlock Holmes tornou-se tão poderoso que, como pouquíssimas vezes na história, engoliu o seu criador: raramente se ouve falar em Sherlock Holmes como "o personagem criado por Conan Doyle", mas sim de Conan Doyle como "o homem que criou Sherlock Holmes".[7]

Embora não seja o primeiro detetive de ficção, Sherlock Holmes é indiscutivelmente o mais conhecido, sendo listado no Guinness World Recordscomo o "personagem de filme mais retratado" da história.[8] A popularidade e a fama de Holmes são tais que muitos acreditavam que ele não era um personagem fictício, mas um indivíduo real;[9][10] várias sociedades literárias e de fãs foram fundadas que pretendem operar sobre esse princípio. Considerado amplamente como um ícone cultural britânico, o personagem e as histórias tiveram um efeito profundo e duradouro sobre a escrita do mistério e a cultura popular como um todo, com os contos originais e milhares escritos por autores diferentes de Conan Doyle sendo adaptados para palcos e peças de rádio , televisão, filmes, videogames e outras mídias há mais de cem anos.

Biografia do personagem[editar | editar código-fonte]

Capa da edição de Beeton's Christmas Annual que contém a primeira aparição de Holmes em 1887 (A Study in Scarlet).

Família e juventude[editar | editar código-fonte]

Os detalhes sobre a vida de Sherlock Holmes, exceto as aventuras narradas nos livros, são escassos nas histórias originais de Conan Doyle. No entanto, as breves menções de sua vida antes de conhecer Dr. Watson e sobre sua família pintam uma imagem biográfica razoável do detetive.

Mycroft Holmes, de Sidney Paget. Originalmente publicado na Strand Magazine, em setembro de 1893.

Segundo alguns indícios, Holmes nasceu em 6 de Janeiro de 1854, filho de um agricultor e de uma mãe de origem francesa, e sua avó era irmã do pintor Horace Vernet.[11]

O seu irmão sete anos mais velho, Mycroft, trabalha para o Serviço Secreto britânico. Mycroft passa a maior parte do seu tempo livre no Diogenes Club. Segundo Holmes, seu irmão Mycroft não somente é mais brilhante do que ele próprio, como também possui um senso de observação e de dedução muitas vezes superior ao seu, embora seja preguiçoso demais para ir aos locais das investigações para analisá-las quando faltam fatos. Na investigação de Holmes chamada por Watson de "o intérprete grego", Watson descreve um encontro entre Sherlock e Mycroft, onde os dois se encontram no Diogenes Club, de que Mycroft é um dos fundadores. Os dois mantêm um diálogo recheado de deduções sobre um transeunte que deixam Watson completamente atônito.[12]

A vida com Watson[editar | editar código-fonte]

Watson considerou Holmes como o homem que acima de todos os outros, melhor e mais sábio homem que ele já conheceu. Nas primeiras semanas como colegas de quarto, os hábitos de Holmes despertaram a curiosidade de Watson e ele tentou desvendar qual era a profissão do seu colega.[13]

Sherlock Holmes e o Dr. Watson, por Sidney Paget. Publicado em Silver Blaze (The Adventure of Silver Blaze), que apareceu na The Strand Magazine em dezembro de 1892.

Em março de 1882, a amizade entre os dois já era clara e Holmes pediu-lhe para acompanhá-lo na cena do crime do que se tornaria a primeira história Um Estudo em Vermelho. Holmes trabalhou como detetive por vinte e três anos, com o Dr. John Watson ajudando-o por dezessete.[14] Eles eram companheiros de quarto antes do casamento de Watson em 1887 e novamente após a morte de sua esposa. A sua residência é mantida por sua senhoria, a Sra. Hudson. A maioria das histórias são narrativas específicas, escritas do ponto de vista de Watson como resumos dos casos mais interessantes do detetive. Holmes freqüentemente chama a escrita de Watson sensacionalista e populista, sugerindo que não lida com precisão e objetividade a "ciência" de seu ofício:

A Investigação é, ou deveria ser, uma ciência exata e, portanto, deve ser tratada da mesma forma fria, sem emoção. [Em Um Estudo em Vermelho] Você tentou dar-lhe um sabor romântico, e o efeito é o mesmo que transformar uma história de amor, [...] Alguns fatos deveriam ter sido suprimidos, ou, pelo menos, devia ter observado um sentido correto de proporção ao tratar deles. O único ponta da questão que merecia ser mencionado era o curioso raciocínio analítico dos efeitos para as causas, por meio do qual consegui desvendar tudo.[15]

No entanto, a amizade de Holmes com Watson é a sua relação mais significativa. Quando Watson é ferido por uma bala, embora a ferida seja superficial, Watson é movido pela reação de Holmes:

Valia um ferimento - valia muitos ferimentos - conhecer a dimensão da lealdade e do amor que estavam por trás daquela máscara fria. Os olhos claros e duros ficaram sombrios por um instante, e os lábios firmes estavam tremendo. Durante um minuto, o único, vislumbrei um grande coração, bem como uma grande inteligência. Todos os meus anos de serviço humildes sinceros culminaram naquele momento de revelação. [16]

Sherlock e Moriarty lutando nas cataratas de Reichenbach.

O Grande Hiato[editar | editar código-fonte]

Placa comemorativa localizada perto das Cataratas de Reichenbach, em Meiringen na Suíça. "Neste lugar temerário, Sherlock Holmes venceu o professor Moriarty, em 4 de maio de 1891."

O primeiro conjunto de histórias de Holmes foi publicado entre 1887 e 1893. Desejando dedicar mais tempo a suas novelas históricas, Conan Doyle matou Holmes em uma batalha final com o criminoso professor James Moriarty em "O Problema Final" (The Final Problem, publicado em 1893, mas a história ocorre em 1891), os Holmes e Moriarty acabam morrendo, caindo nas Cataratas de Reichenbach.[17] Conan Doyle ficou surpreso com as reações negativas dos leitores, ele recebeu diversas cartas de repudiando a a decição de matar o personagem e, até mesmo, era ameaçado nas ruas de Londres.[18] Depois de resistir à pressão pública por oito anos, o autor escreveu O Cão dos Baskervilles (The Hound of the Baskervilles, serializado em 1901-1902, com um cenário implícito antes da morte de Holmes). Em 1903, Conan Doyle escreveu "A Aventura da Casa Vazia" (The Adventure of the Empty House, ambientada em 1894), Holmes reaparece, explicando a um atordoado Watson que ele fingiu sua morte em "O Problema Final" para enganar seus inimigos. "A Aventura da Casa Vazia" marca o início do segundo conjunto de histórias, que Conan Doyle escreveu até 1927.[19]

Os fãs das aventuras de Holmes referem-se ao período de 1891 a 1894 - entre o seu desaparecimento e a sua presumida morte em "O Problema Final" e o seu reaparecimento em "A Aventura da Casa Vazia" - como O Grande Hiato (embora a "O Caso da Vila Glicínia" de 1908 é descrito como ocorrendo em 1892 devido a um erro

Professor Moriarty, como imaginado por Paget.

na parte de Conan Doyle). O primeiro uso conhecido desta expressão está no artigo "Sherlock Holmes and the Great Hiatus" de Edgar W. Smith, publicado na edição de julho de 1946 do The Baker Street Journal.[20]

Aposentadoria[editar | editar código-fonte]

No conto O Último Adeus de Sherlock Holmes, Holmes se aposentou em uma pequena fazenda em Sussex Downs e aceitou a apicultura como sua principal ocupação. A mudança não é datada precisamente, mas pode ser presumido como anterior a 1904 (já que é referido retrospectivamente em "A Aventura da Segunda Mancha", publicado pela primeira vez naquele ano). A história apresenta Holmes e Watson saindo da aposentadoria para ajudar o esforço da guerra. Apenas um outro conto, "A Aventura da Juba do Leão" (narrado por Holmes), ocorre durante a aposentadoria do detetive.

Personalidade, trabalho e hábitos[editar | editar código-fonte]

Um retrato de Sherlock Holmes por Sidney Paget em The Strand Magazine, em 1891, em "O Homem com a boca torta".

Watson descreve Holmes como "boêmio" em seus hábitos e estilo de vida. Descrito por Watson em O Cão dos Baskervilles como tendo "aquele amor felino pela limpeza pessoal"[21], Holmes é um excêntrico, sem qualquer consideração pelos padrões contemporâneos de arrumação ou boa ordem. Em "O Ritual Musgrave", Watson diz:

Uma anomalia que me impressionava com frequência no caráter de meu amigo Sherlock Holmes era que, embora nos seus sistemas de raciocínio ele fosse o homem mais cuidadoso e sistemático do mundo, e apesar de mostrar um discreto requinte na maneira de vestir, seus hábitos pessoais eram dos mais excêntricos [...] [Holmes] guarda os charutos no balde de carvão, o tabaco enfiado num chinelo persa e a correspondência ainda não respondida presa com um punhal no meio do consolo da lareira, [...] Holmes tinha horror a destruir documentos, principalmente os relacionados com os casos passados, e apenas uma vez por ano, ou a cada dois anos, conseguia coragem para juntá-los e arrumá-los, [...] E assim, mês após mês, os papéis se acumulavam, até que todos os cantos da sala ficavam cobertos de manuscritos, que não deviam ser queimados de modo algum, e só podiam ser guardados por ele mesmo.[22]

Em muitas das histórias, Holmes mergulha em uma bagunça aparente para encontrar um item mais relevante para um mistério. O detetive não se alimenta em momentos de intensa atividade intelectual, como durante "A Aventura do Construtor de Norwood" - em que, de acordo com Watson:

[Holmes] Meu amigo não tomou café da manhã, pois uma de suas peculiaridades era que em seus momentos mais intensos ele não se permitia nenhuma comida, e eu sabia que confiava demais em sua força de ferro, até que desmaiava de pura inanição. "No momento não posso gastar energia e força dos nervos para a digestão" ele diria, em resposta aos meus conselhos médicos.[23]

Maria Konnikova salienta em uma entrevista com D. J. Grothe que Holmes pratica o que agora se chama atenção plena, concentrando-se em uma coisa por vez e quase nunca em "multitarefas". Ela acrescenta que, nisso, ele antecede a ciência mostrando o quanto isso é útil para o cérebro.[24]

Embora seu cronista não considere o uso habitual de um cachimbo (ou seu uso menos freqüente de cigarros e charutos) por Holmes, Watson - um médico - ocasionalmente critica o detetive por criar uma "atmosfera envenenada" de fumaça de tabaco.[25] Holmes reconhece a desaprovação de Watson em "O Caso do Pé do Diabo": "Eu acho, Watson, que devo voltar a me envenenar de fumo, coisa que você tem condenado tão frequentemente e com razão".[26]

Watson tolera a vontade do detetive de dobrar a verdade (ou quebrar a lei) em nome de um cliente - mentir para a polícia, ocultar evidências ou entrar em casas - quando ele a sente moralmente justificável[27], mas condena a manipulação de Holmes de pessoas inocentes em "A Aventura de Charles Augustus Milverton".

Sherlock Holmes (direita) e o Dr. John H. Watson, por Sidney Paget.

Holmes obtém o prazer em frustrar os inspetores da polícia com suas deduções e tem confiança suprema - beirando a arrogância - em suas habilidades intelectuais. Contudo, o detetive não procura ativamente a fama e geralmente se mostra satisfeito em permitir que a polícia aproveite o crédito por seu trabalho,[28] Holmes fica satisfeito quando suas habilidades são reconhecidas e responde a lisonjas.[29] A polícia fora de Londres pede ajuda a Holmes se ele estiver nas proximidades, mesmo durante as férias.[30] As histórias de Watson e artigos de jornal revelam o papel de Holmes nos casos, e ele se torna bem conhecido como detetive; tantos clientes pedem sua ajuda em vez de (ou, além disso) do da polícia[31] que, Watson escreve, até 1895, Holmes tem "uma prática imensa".[32]

Enquanto o detetive é geralmente desapaixonado e frio, durante uma investigação ele é animado e excitável. Ele tem um dom para exibicionismo, preparando armadilhas elaboradas para capturar e expor um culpado (muitas vezes para impressionar os observadores).[33]

Com exceção da de Watson, Holmes evita a companhia casual. Em "Gloria Scott", ele diz ao médico que, durante dois anos na faculdade, ele criou apenas um amigo, Victor Trevor: "Nunca fui muito sociável, Watson, preferindo ficar sempre nos meus aposentos elaborando métodos de raciocínio e nunca me envolvi muito com meus colegas. [...] Além disso, minha linha de estudos era bem diferente da dos meus colegas, de modo que não tínhamos pontos de contato".[34]

Holmes relaxa com música em "A Liga dos Ruivos", tirando a noite de folga de um caso para ouvir o violinista de Pablo de Sarasate. Sua diversão de música vocal, particularmente a de Wagner, é evidente em "O Caso do Círculo Vermelho".

Uso de drogas[editar | editar código-fonte]

Holmes ocasionalmente usa drogas adictivas, especialmente na ausência de casos estimulantes,por exemplo injeções de cocaína. Embora Holmes também faça uso de morfina, ele expressa uma forte desaprovação quando ele visita uma guarida de ópio; ambas as drogas eram legais na Inglaterra do final do século XIX. Watson e Holmes usam tabaco, fumando cigarros, charutos e cachimbos, e o detetive é um especialista em identificar resíduos de cinzas de tabaco.[35]

Como médico, Watson desaprova fortemente o hábito de cocaína de seu amigo, descrevendo-o como o "único vício" do detetive e preocupado com o efeito sobre a saúde mental e o intelecto de Holmes.[36] Em "A Aventura do 'Three-Quarter' Desaparecido", Watson diz que, embora tenha "desmamado" Holmes de drogas, ele continua a ser um viciado cujo hábito "não está morto, mas simplesmente está dormindo".

Conhecimentos e habilidades[editar | editar código-fonte]

No romance Um Estudo em Vermelho, Dr. Watson, na tentativa de descobrir a profissão de Holmes, avalia os conhecimentos do detetive[37] como:

  1. Literatura: zero.
  2. Filosofia: zero.
  3. Astronomia: zero.
  4. Política: fracos.
  5. Botânica: variáveis. Versado nos efeitos de beladona, ópio e venenos em geral. Não sabe nada sobre jardinagem e horticultura.
  6. Geologia: práticos, mas limitados. À primeira vista, sabe reconhecer solos diferentes. Quando chega de suas caminhadas, mostra-me manchas e respingos nas calças e, por sua cor e consistência, me diz em que parte de Londres as recebeu.
  7. Química: profundos.
  8. Anatomia: acurados, mas pouco sistemáticos.
  9. Literatura sensacionalista: imensos. Ele parece conhecer todos os detalhes de cada horror perpetrado neste século.
  10. Toca bem violino.
  11. É perito em esgrima e boxe, além de hábil espadachim.
  12. Tem um bom conhecimento prático das leis inglesas.

Histórias subsequentes revelam que a avaliação adiantada de Watson estava incompleta em alguns aspectos e imprecisa em outros. No final de Um Estudo em Vermelho, Holmes demonstra um conhecimento do latim[38]. Apesar da suposta ignorância de política de Holmes, em "Escândalo na Boêmia", ele imediatamente reconhece a verdadeira identidade do "Conde von Kramm"[39]. Seu discurso é salpicado de referências à Bíblia, Shakespeare e Johann Wolfgang von Goethe, e o detetive cita uma carta de Gustave Flaubert a George Sand no francês original. No final de "Um Caso de Identidade", Holmes cita Hafez[40]. Em O Cão dos Baskervilles, o detetive reconhece obras de Martin Knoller e Joshua Reynolds[41]. Em "O caso dos Planos de Bruce-Partington", Watson diz que, em novembro de 1895, "[Holmes] ficou absorvido numa monografia que estava escrevendo sobre Motetes Polifônicos de Lassus"[42]. Holmes também é um criptoanalista, dizendo a Watson em "A Aventura dos Homenzinhos Dançantes": "Estou familiarizado com todas as formas de escrita secreta,e eu mesmo sou autor de uma monografia banal sobre o assuntos, na qual analiso 160 códigos diferentes"[43]

Sherlock Holmes em The Hound of the Baskervilles. A ilustração apareceu na Revista The Strand em agosto de 1901.

Em Um Estudo em Vermelho, Holmes afirma não saber que a Terra gira em torno do sol, uma vez que essa informação é irrelevante para o seu trabalho; Depois de ouvir esse fato de Watson, ele diz que ele imediatamente tentará esquecer.[44] O detetive acredita que a mente tem uma capacidade limitada para o armazenamento de informações, e aprender coisas inúteis reduz a capacidade de aprender coisas úteis. As histórias posteriores se afastam dessa noção: no segundo capítulo de O Vale do Medo, ele diz: "Todo conhecimento é útil para o detetive"[45], e perto do fim de "A Aventura da Juba do Leão", o detetive se chama "um leitor ávido, com uma memória extraordinária para coisas sem importância."[46].

O detetive é particularmente experiente na análise de evidências físicas, incluindo impressões latentes (como pegadas, impressões de cascos e faixas de bicicleta) para identificar ações em uma cena de crime (Um Estudo em Vermelho, "Silver Blaze", "A Aventura da Priory School", O Cão dos Baskervilles, "O Mistério do Vale Boscombe"); usando cinzas de tabaco e pontas de cigarro para identificar criminosos ("O Paciente Interno", O Cão dos Baskervilles); comparando letras dactilografadas para expor uma fraude ("Um Caso de Identidade"); usando resíduos de pólvora para expor dois assassinos ("Os Senhores de Reigate"); comparando balas de duas cenas de crime ("A Aventura da Casa Vazia"); analisando pequenos pedaços de restos humanos para expor dois assassinatos ("O Caso da Caixa de Papelão"); e um uso precoce de impressões digitais ("A Aventura do Construtor de Norwood").

Holmes demonstra um conhecimento de psicologia em "Um Escândalo na Boêmia", enganando Irene Adler para fazê-la mostrar onde escondeu uma fotografia com base na premissa de que uma mulher solteira vai salvar sua posse mais valorizada de um incêndio.[47] Outro exemplo é "A Pedra Azul", onde Holmes obtém informações de um vendedor com uma aposta: "Quando você vir um homem com costeletas parecidas com aquelas e um talão de apostas no bolso, pode ter certeza de que conseguirá extrair alguma coisa por meio de uma aposto. - Acho que se eu tivesse posto 100 libras na frente dele, aquele homem não me teria dado tantas informações como consegui dando-lhe a impressão de que estava apostando comigo"[48].

Dedução[editar | editar código-fonte]

"Por um longo tempo ele permaneceu lá", uma ilustração (1892) de Sidney Paget para "O Mistério do Vale Boscombe" de Arthur Conan Doyle

O principal método de detecção intelectual de Holmes é o raciocínio abdutivo.[49] A dedução holmesiana consiste principalmente em inferências baseadas na observação[50], de acordo com Carlo Ginzburg, Holmes trabalha com indícios[51].

Em Um Estudo em Vermelho, Holmes deixa claro que se baseia em observações e indícios: "Por enquanto, ainda não dispomos de dados […] É um erro capital formular teorias antes de contarmos com todos os indícios. Pode prejudicar o raciocínio.”[52]  Em "A Coroa de Berilos", Holmes explica como dá prosseguimento ao seu trabalho até chegar na solução: “É um velho preceito meu que, quando se exclui o impossível, o que resta, por mais improvável que seja, deve ser a verdade.”[53]

Em Um Estudo em Vermelho, o Dr. Watson compara Holmes com C. Auguste Dupin, o detetive de ficção de Edgar Allan Poe, que empregou uma metodologia similar. Para isso, Holmes responde: "Sem dúvida, imagina estar me fazendo um elogio, quando me compara a Dupin [...] Bem, na minha opinião Dupin era um tipo bastante inferior. Aquele seu truque de interromper os pensamentos do amigo com um comentário oportuno, após um silêncio de 15 minutos, além de enpalhafatoso, é superficial. Não duvido que ele tivesse certo dom analítico, mas não era de modo algum o fenômeno que Poe parecia imaginar"[54]. Aludindo a um episódio em "Os Assassinatos da Rua Morgue", onde Dupin deduz o que seu amigo pensa, apesar de terem andado juntos em silêncio por um quarto de hora. No entanto, Holmes realiza o mesmo "truque" com Watson em "O Caso da Caixa de Papelão".

Deductive reasoning allows Holmes to learn a stranger's occupation, such as the retired Marine sergeant in A Study in Scarlet; the ship's-carpenter-turned-pawnbroker in "The Red-Headed League", and the billiard-marker and retired artillery non-commissioned officer in "The Adventure of the Greek Interpreter". By studying inanimate objects, he makes deductions about their owners (Watson's pocket watch in The Sign of the Four and a hat, pipe, and walking stick in other stories). The detective's guiding principle, as he says in The Sign of the Four and elsewhere in the stories, is: "When you have eliminated the impossible, whatever remains, however improbable, must be the truth".

O raciocínio dedutivo permite que Holmes aprenda a ocupação de um estranho, como o sargento marinho aposentado em A Study in Scarlet; o carpinteiro do navio-virou-penhora em "The Red-Headed League", e o oficial de mesa de bilhar e artilharia aposentada em "The Adventure of the Greek Interpreter". Ao estudar objetos inanimados, ele faz deduções sobre seus donos (o relógio de bolso de Watson em The Sign of the Four e um chapéu, [53] pipe, [54] and walking stick [55] em outras histórias). O princípio orientador do detetive, como ele diz em The Sign of the Four e em outras partes das histórias, é: "Quando você eliminou o impossível, o que resta, por mais improvável que seja, deve ser a verdade". [56]

Disfarce[editar | editar código-fonte]

Sherlock Holmes como um clérigo simplório. Ilustração da história curta A Scandal in Bohemia, que apareceu na The Strand Magazine em julho de 1891.

Holmes exibe uma forte aptidão para atuar e disfarçar. Em várias histórias ("The Adventure of Charles Augustus Milverton", "The Man with the Twisted Lip", "The Adventure of the Empty House" e "A Scandal in Bohemia"), para reunir evidências disfarçadas, ele usa disfarces tão convincentes que Watson não o reconhece. Em outros ("The Adventure of the Dying Detective" e, novamente, "A Scandal in Bohemia"), Holmes finge ferimento ou doença para incriminar o culpado. Na última história, Watson diz: "O palco perdeu um bom ator ... quando [Holmes] se tornou especialista em crimes". [57]

Lista de disfarces usados por Sherlock Holmes:[55]

  • Um marinheiro (O Signo dos Quatro)
  • Um antigo mestre marinho asmático (O Signo dos Quatro)
  • Um noivo com aparência de embriaguez (Um Escândalo na Boêmia)
  • Um clérigo não-conformista amável e simples (Um Escândalo na Boêmia)
  • Um fumante de ópio drogado (O Homem do Lábio Torcido)
  • Um desleixado comum (Coroa de Berilos)
  • Um venerável padre italiano (O Problema Final)
  • Um idoso colecionador de livros (A Aventura da Casa Vazia)
  • Um familiar de East End conhecido como Capitão Basil (A Aventura de Black Peter)
  • Um encanador com uma empresa em expansão chamada Escott (A Aventura de Charles Augustus Milverton)
  • Um operário francês sem barbear (O Caso do Desaparecimento da Lady Frances Carfax)
  • Um trabalhador que procura um emprego (A Aventura da Pedra Mazarin)
  • Um velho homem esportivo (A Aventura da Pedra Mazarin)
  • Uma mulher idosa (A Aventura da Pedra Mazarin)
  • Um espião irlandês-americano chamado Altamont (Seu Último Caso)

Influências e inspiração para o personagem[editar | editar código-fonte]

O modelo real[editar | editar código-fonte]

Dr. Joseph Bell

Conan Doyle repetidamente disse que Holmes foi inspirado pela figura da vida real de Joseph Bell, um médico na Royal Infirmary de Edimburgo, a quem Doyle encontrou em 1877 e trabalhou com ele, depois de Doyle ter ingressado na Universidade para estudar medicina. Bell vinha de uma família de cirurgiões, era professor e médico e tinha uma capacidade impressionante de observar, deduzir e diagnosticar seus pacientes.[56] Não só mentalmente, mas também Bell serviu para inspirar a aparência física de Holmes, Conan Doyle descreve Bell como: "[...] um homem excepcional, tanto no intelecto quanto no físico. Era magro, rijo, moreno, com um rosto comprido e nariz reto, penetrantes olhos cinzentos, ombros angulosos e um jeito desengonçado de caminhar"[57]

Criminologia e Ciência forense[editar | editar código-fonte]

As histórias de Sherlock Holmes ajudaram a se casar com ciência forense, particularmente a aguda observação de Holmes de pistas pequenas, e literatura. Ele usa evidências de rastreamento (como impressões de sapatos e pneus), impressões digitais, balística e análise de caligrafia para avaliar suas teorias e as da polícia. Algumas das técnicas de investigação do detetive, como a análise de impressões digitais e a caligrafia, estavam em sua infância quando as histórias foram escritas; Holmes frequentemente lamenta a contaminação de uma cena do crime e a integridade da cena do crime tornou-se um procedimento de investigação padrão.

A Antropometria também ajuda a explicar muito das tecnicas utilizados por Holmes. Alphonse Bertillon, em 1897, elaborou um método de identificação de pessoas, para ser utilizado principalmente na identificação de criminoso, esse método ficou conhecido como "Bertillonage", a partir de 1882[58]. A Bertillonage se baseia em medições precisas de partes do corpo e em percepções antropológicas anteriores, sendo constituída por três partes:

O sinal antropométrico, que consiste em medir com a máxima precisão, em condições prescritas, algumas das dimensões mais características da estrutura óssea do corpo humano; O sinal descritivo ou morfológico, que é a observação da forma corporal e dos movimentos, e até mesmo as qualidades mentais e morais mais características; E o sinal por marcas peculiares, ou sinal patológico, como poderia ser chamado, que é a observação das peculiaridades na superfície do corpo, resultante de doença, acidente, deformidade ou desfiguração artificial, como pintas, verrugas, cicatrizes, tatuagens etc.[59]

Considerando o terceiro fator da Bertillonage, sinais na pele são claros indícios e detalhes que servem para descrever indivíduos. Tatuagem, por exemplo, são detalhes que Holmes presta atenção: “O peixe tatuado logo acima do seu pulso direito só poderia ter sido feito na China. Fiz um pequeno estudo sobre marcas de tatuagem e até contribuí para a literatura sobre o assunto.”[60]

Romance policial[editar | editar código-fonte]

Como gênero literário o Romance Policial foi menosprezado por muito tempo, sendo considerado uma leitura facilitada, pois se baseia em técnicas de investigação e explicações como os casos e, muitas vezes, não aprofunda na personalidade dos personagens (com exceção dos principais).

Edgar Allan Poe foi um dos precursores a escrever sobre um detive, Poe criou Chevalier Auguste Dupin e lhe apresentou em uma série de contos: Os Assassinatos da Rua Morgue (1841), O Mistério de Marie Rogêt (1842). A Carta Roubada (1844).[61]

Poe influência claramente as história de sherlock Holmes, tanto que uma das frases mais reconhecidas de Holmes, foi inspirada em um frase de Dupin. Na fala de Dupin: “Agora que fomos trazidos a esta conclusão de uma forma tão inequívoca, não é nosso papel, como homens de raciocínio, rejeitá-la em virtude de sua impossibilidade. O que nos resta é provar que estas “impossibilidades” aparentes, na realidade, são possíveis.”[62], na versão de Holmes: “[...] quando se exclui o impossível, o que resta, por mais improvável que seja, deve ser a verdade”[63].

O cânone[editar | editar código-fonte]

O cão dos Baskervilles, por Sidney Paget.

Sherlock Holmes aparece ao todo em cerca de 60 obras de autoria de Arthur Conan Doyle, compostas por cerca de 56 contos e 4 romances, onde Sherlock Holmes resolvia casos insolúveis até mesmo para a Scotland Yard.

O ator britânico Basil Rathbone, considerado por muitos como o melhor intérprete de Sherlock Holmes

Romances[editar | editar código-fonte]

Contos[editar | editar código-fonte]

Obras relacionadas e derivadas[editar | editar código-fonte]

Várias peças teatrais, paródias, contos e artigos do próprio Conan Doyle foram publicadas em antologias, como The Final Adventures of Sherlock Holmes (2005, edição de Peter Haining), Sherlock Holmes: the Published Apocrypha (1980, edição de Jack Tracy) e The Uncollected Sherlock Holmes (1993, compilação de Roger Lancelyn Green).

Das muitas adaptações já feitas, alguns atores ficaram famosos pela interpretação do personagem, dois dos mais conhecidos sendo Basil Rathbone, em filmes de 1939 a 1946, e Jeremy Brett, na série da Granada Television de 1984 a 1994.

Benedict Cumberbatch interpretando Sherlock Holmes na série "Sherlock"

Algumas outras adaptações são os filmes: Sherlock Holmes (filme de 2009), e sua continuação, Sherlock Holmes: A Game of Shadows, ambos do diretor inglês Guy Ritchie, com Robert Downey Jr. no papel principal e Jude Law como John Watson.

O filme Mr. Holmes (2015) estrelou Ian McKellen como Sherlock Holmes, Laura Linney como a governante Munro e Milo Parker como seu filho Roger, na direção de Bill Condon. Na trama, baseada no livro A Slight Trick of the Mind, do autor norte-americano Mitch Cullin, Sherlock está aposentado, com 93 anos, e trabalhando como apicultor.

A série britânica Sherlock, de Steven Moffat e Mark Gatiss, foi lançada em 2010 e retrata Holmes nos dias atuais. O endereço onde mora é o mesmo: 221B da Baker Street, em Londres, na Inglaterra. Benedict Cumberbatch dá vida a Sherlock Holmes e Martin Freeman ao Dr. John Watson. A quarta temporada da série tem previsão de estreia para janeiro de 2017.

Há também a série americana Elementary, lançada em 2012, onde Holmes também vive nos dias atuais, só que em Nova York, nos EUA. Jonny Lee Miller interpreta Sherlock Holmes, e o Dr. Watson aparece como uma mulher: Dra. Joan Watson, uma cirurgiã interpretada por Lucy Liu.

Ver também[editar | editar código-fonte]

The Sherlock Holmes Museum, no 221B da Baker Street.
  1. «The Victorian Web - Sir Arthur Conan Doyle. A Biographical Introduction». Consultado em 6 de novembro de 2017 
  2. «The Arthur Conan Doyle Encyclopedia - A Study in Scarlet». Consultado em 6 de novembro de 2017 
  3. «The Arthur Conan Doyle Encyclopedia - The Sign of Four». Consultado em 6 de novembro de 2017 
  4. «Mundo Sherlock-Um Escândalo na Boêmia»  Página visitada em 29 de Janeiro de 2011
  5. O Cão dos Baskervilles, Editora Melhoramentos, 2005, ISBN 85-06-2995-3
  6. «SherlockHolmes.co.uk-The London of Sherlock Holmes»  Página visitada em 29 de Janeiro de 2011
  7. «Revista Capitu»  Publicado em: Revista Capitu, 30 de Janeiro de 2010. Página visitada em 29 de Janeiro de 2011
  8. «Sherlock Holmes awarded title for most portrayed literary human character in film & TV». Guinness World Records (em inglês). 14 de maio de 2012. Consultado em 6 de novembro de 2017 
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