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Catatonia

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 Nota: Para a banda, veja Catatonia (desambiguação).
Catatonia
Catatonia
Geralmente é um sintoma de transtornos do humor graves, de psicoses ou de doenças neurológicas.[1]
Especialidade psiquiatria, psicomotricidade
Classificação e recursos externos
CID-10 F20.2 F06.1
CID-9 295.2
CID-11 486722075
MeSH D002389
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A Catatonia é uma perturbação do comportamento motor que pode ter tanto uma causa psicológica ou neurológica. A sua forma mais conhecida envolve uma posição rígida e imóvel que pode durar horas, dias ou semanas. Mas também pode se referir a agitação motora sem propósito mesmo sem estímulos ambientais. Uma forma menos extrema de catatonia envolve atividade motora muito lenta.[2]

Classificação

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Estado catatônico pode ser produzido por drogas psicotrópicas, mesmo usadas apenas uma vez.[1]

A catatonia é dividida em[2]:

  • Esquizofrenia catatônica: Estupor ou agitação com perda de contato com a realidade, algumas posições parecem desconfortáveis e ao mover a pessoa ela pode permanecer na mesma posição por horas. Pode envolver também episódios de violência, alta sugestionabilidade e/ou alucinações vívidas.[3]
  • Depressão catatônica: Apatia severa, pessimismo, imobilidade ou lentidão, mutismo seletivo (dificuldade de se expressar em situações específicas) e anedonia (perda da capacidade de sentir prazer);
  • Catatonia por outras causas médicas : falta de satisfação no dia a dia, rotina repetitiva e sem descanso, prolongamento ativo e afetivo.

Diversas condições médicas podem causar catatonia, especialmente condições neurológicas e psiquiátricas[4]:

O amobarbital, benzodiazepínicos ou ECT podem ser usado para diferenciar causas mais orgânicas de causas mais psiquiátricas. Testes psicológicos e neurológicos devem ser usados durante a administração dos medicamentos para testar a melhora ou piora do paciente.[1]

As posições podem parecer desconfortáveis aos observadores e podem ser mantidas por horas, dias ou semanas.[1]

É uma síndrome complexa consistindo, sobretudo, de[4]:

  • Sintomas negativos (perda de capacidades que a pessoa possuía previamente);
  • Estupor prolongado ou atividade motora excessiva;
  • Mutismo seletivo;
  • Maneirismos (movimentos voluntários peculiares);
  • Ecolalia (repetição de sons);
  • Ecopraxia (imitação dos movimentos de outra pessoa);
  • Sugestionabilidade;

A evolução da catatonia traz uma crescente deficiência intelectual ao paciente e a atividade motora excessiva aparentemente não possui um objetivo nem é influenciada por estímulos externos. A questão poder alguém influenciar como um agente causador.

Dois dos principais sintomas da catatonia são a sugestibilidade e o negativismo do indivíduo. No primeiro caso, há exagerada tendência do doente a submeter-se às sugestões externas, especialmente as fúteis e sem conseqüências benéficas. No segundo caso, verifica-se uma teimosa oposição à execução do que se pede ao doente que faça, chegando ao ponto de realizar exatamente o inverso daquilo que lhe é indicado.

A contração de determinados grupos de músculos, provoca atitudes estereotipadas, mesmo sem cessação dos movimentos voluntários conhecidos como estereotipia.

Diagnóstico diferencial

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Não deve ser confundido com:

Epidemiologia

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Dentre os pacientes diagnosticados com sintomas catatônicos 77% possuem distúrbios afetivos e apenas 7% possuem esquizofrenia.[1]

Eletroconvulsoterapia é um tratamento eficiente, rápido, seguro e recomendado para a catatonia com causas psiquiátricas.[5][1]

Inicialmente começa-se com tratamento sintomático. Em casos de agitação motora benzodiazepínicos em altas doses podem melhorar o quadro em meia hora. Lorazepam é um dos tratamentos de primeira linha. Antipsicóticos podem ser usados, mas com cautela pelo risco de causar hipotensão e síndrome neuroléptica maligna que agravam ainda mais o caso. [5]

Antidepressivos pode ser usado para reduzir sintomas depressivos e carbonato de lítio para reduzir sintomas maniacos e depressivos.[1]

O topiramato, por produzir antagonismo glutamato através da modulação dos receptores de AMPA, pode ser útil quando excesso de glutamato for identificado.[6]

Acredita-se que, nesses casos, o doente poderia ser enterrado ainda em vida. Isso já não ocorre pois atualmente há uma série de exames que são feitos antes de declarar o óbito do indivíduo.

Referências

  1. a b c d e f g http://www.bibliomed.com.br/bibliomed/bmbooks/psiquiat/livro1/cap/cap19.htm
  2. a b http://www.minddisorders.com/Br-Del/Catatonia.html
  3. http://apps.who.int/classifications/icd10/browse/2010/en#/F20.2
  4. a b http://www.psiqweb.med.br/site/DefaultLimpo.aspx?area=ES/VerClassificacoes&idZClassificacoes=97
  5. a b Fink M, Taylor MA: CATATONIA: A Clinician's Guide to Diagnosis and Treatment, Cambridge U Press, 2003"
  6. Carroll, BT.; Goforth, HW.; Thomas, C.; Ahuja, N.; McDaniel, WW.; Kraus, MF.; Spiegel, DR.; Franco, KN. et al. (2007). "Review of adjunctive glutamate antagonist therapy in the treatment of catatonic syndromes.". J Neuropsychiatry Clin Neurosci 19 (4): 406–12. doi:10.1176/appi.neuropsych.19.4.406. PMID 18070843.

Ligações externas

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