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Moluscos: diferenças entre revisões

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== Importância ==
== Importância ==
Os moluscos englobam uma grande variedade de recursos alimentares denominados frutos-do-mar. Ostras, mexilhões e outras variedades de moluscos são consumidos em diversos pratos típicos regionais. Os bivalves, por serem na maioria animais filtradores, são muito utilizados como indicadores ambientais, uma vez que acumulam substâncias tais como metais pesados. No Japão é grande o número de acidentes resultantes da contaminação de bivalves com toxinas paralisantes produzidas por dinoflagelados que constituem a chamada maré-vermelha. Em meados de 2015, um estudo científico comprovou que os [[dente]]s do molusco são o material biológico mais resistente do mundo, roubando o título ocupado pela [[teia de aranha]].<ref>{{citar web |url=http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/02/150218_dente_molusco_pai |título=Dente de molusco é material biológico ‘mais resistente’ que existe |data=18 de Fevereiro de 2015 |primeiro=Jonathan |ultimo=Webb |publicado=[[BBC|BBC Brasil]] |acessodata=27 de Fevereiro de 2016 |língua2=en}}</ref>
Os moluscos englobam uma grande variedade de recursos alimentares denominados frutos-do-mar. Ostras, mexilhões e outras variedades de moluscos são consumidos em diversos pratos típicos regionais. Os bivalves, por serem na maioria animais filtradores, são muito utilizados como indicadores ambientais, uma vez que acumulam substâncias tais como metais pesados. No Japão é grande o número de acidentes resultantes da contaminação de bivalves com toxinas paralisantes produzidas por dinoflagelados que constituem a chamada maré-vermelha. Em meados de 2015, um estudo científico comprovou que os [[dente]]s do molusco são o material biológico mais resistente do mundo, roubando o título ocupado pela [[teia de aranha]].<ref>{{citar web |url=http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/02/150218_dente_molusco_pai |título=Dente de molusco é material biológico ‘mais resistente’ que existe |data=18 de Fevereiro de 2015 |primeiro=Jonathan |ultimo=Webb |publicado=[[BBC|BBC Brasil]] |acessodata=27 de Fevereiro de 2016 |língua2=en}}</ref>

== Evolução ==
Descobertas recentes, seguidas de um estudo aprofundado, exigem hoje em dia uma revisão de conhecimentos adquiridos sobre a evolução dos moluscos. É o caso de um amplo conjunto de fósseis marinhos descobertos nas falésias de [[Peniche]] ([[Portugal]]). Entre eles destaca-se o fóssil intacto de um verme de 2 cm de comprimento, porventura [[clado]] dos moluscos e dos [[vertebrados]], antepassado próximo de um [[cefalocordado]], um peixe lanceta extinto, o elo perdido (''the missing link'') enquanto progenitor da [[Spriggina]]. <ref>[http://www.wikiwand.com/en/Spriggina Spriggina]</ref> {{,}} <ref> [http://SEAWORM.penichefossil.net Fóssil de um verme marinho] com pelo menos 540 milhões de anos descoberto em [[Portugal]] juntamente com fósseis de polvo do [[Jurássico]], na [[Península de Peniche]] (supostamente remonta ao período [[Ediacarano]])</ref> {{,}} <ref> ('''en''', '''pt''') [http://rcfilms.dotster.com/arribas-abalo-octopuses.pdf Fósseis de polvo] do [[Jurássico]] em ([http://penichefossil.net PENICHEFOSSIL]) – refere a [[deriva continental]] e o papel dos oceanos primordiais na [[evolução das espécies]]</ref> {{,}} <ref> ('''en'''). Ver o vídeo ''Ediacaran Fauna Worms'' de [http://www.sunyorange.edu/biology/faculty/jahn.shtml Walter Jahn] (http://www.sunyorange.edu Faculdade Suny Orange, Universidade de Nova Iorque)</ref>


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Revisão das 18h49min de 14 de janeiro de 2017

Como ler uma infocaixa de taxonomiaMoluscos
Ocorrência: Cambriano - Recente

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Linnaeus, 1758
Classes
Caudofoveata

Aplacophora
Polyplacophora
Monoplacophora
Bivalvia
Scaphopoda
Gastropoda
Cephalopoda

Os moluscos (Mollusca, do latim molluscus, mole) constituem um grande filo de animais invertebrados, marinhos, de água doce ou terrestres, que compreende seres vivos como os caramujos, as ostras e as lulas.

Tais animais têm um corpo mole e não-segmentado, muitas vezes dividido em cabeça (com os órgãos dos sentidos), um muscular e um manto que protege uma parte do corpo e que muitas vezes secreta uma concha. A maior parte dos moluscos são aquáticos, mas existem muitas formas terrestres como os caracóis.

A biologia dos moluscos é estudada pela malacologia, mas as conchas - ainda do ponto de vista biológico, não do ponto de vista dos colecionadores - são estudadas pelos concologistas.

O filo Mollusca é o segundo filo com a maior diversidade de espécies, depois dos Artrópodes, (cerca de 93 000 espécies viventes confirmadas[1] e até 200 000 espécies viventes estimadas[2], e 70 000 espécies fósseis[3]) e inclui uma variedade de animais muito familiares. Essa popularidade deve-se, em grande parte, às conchas desses animais que servem como peças para coleccionadores. O filo abrange formas tais como as ostras, as lulas, os polvos e os caramujos.

Os moluscos são variados e diversos, incluindo várias criaturas familiares conhecidas pelas suas conchas decorativas ou como marisco. Variam entre pequenos caracóis, amêijoas, polvos e à lulas[4] (os dois últimos são considerados os invertebrados mais inteligentes). A lula-gigante é possivelmente o maior invertebrado. Exceptuando as suas larvas e alguns espécimes jovens recentemente capturados, nunca foi observada viva. A lula-colossal poderá ser ainda maior. Uma lula-colossal congelada, encontrada por pescadores, tinha aproximadamente catorze metros e pesava cerca de 450 quilos.

Os moluscos possuem um sistema digestivo completo (da boca ao ânus). Os gastrópodes e os cefalópodes apresentam uma estrutura chamada rádula, formada por dentículos quitinosos que raspam o alimento.

Os bivalves apresentam um estilete cristalino, responsável por colaborar na digestão ao libertar enzimas digestivas.

O sistema circulatório é aberto, com excepção dos cefalópodes, que exigem alta pressão por se locomoverem rapidamente.

Os moluscos também possuem uma grande importância nas cadeias alimentares, sendo detritívoros, consumidores de microrganismos, predadores de grandes presas (peixes, vermes...) e herbívoros (alimentando-se assim de algas e outras plantas).

Reprodução

Os moluscos têm reprodução sexuada, sendo que a maioria apresenta sexos separados, com exceção de alguns bivalves (ostras) e nudibrânquios (aplisia), que são animais hermafroditas. Os espermatozoides podem ser liberados na água ou dentro do corpo da fêmea.

A fecundação pode ser externa, na qual o macho libera o espermatozoide e a fêmea o óvulo, ou a reprodução interna na qual o espermatozoide é liberado no corpo da fêmea. Após a fecundação há a formação de uma larva livre-natante, mesmo no caso de animais sésseis como as ostras e mexilhões, que passa a integrar o plâncton, até que se fixe definitivamente.

O pé é uma das três partes básicas da anatomia dos moluscos, sendo a estrutura muscular mais desenvolvida daquele grupo taxonómico. Tem como funções básicas a locomoção, fixação, escavação, natação ou serve para capturar suas presas. Nos cefalópodes o pé está transformado em tentáculos[5].

Classes

Existem dez classes de moluscos, oito que ainda vivem e duas que só são conhecidas através de fósseis.

Importância

Os moluscos englobam uma grande variedade de recursos alimentares denominados frutos-do-mar. Ostras, mexilhões e outras variedades de moluscos são consumidos em diversos pratos típicos regionais. Os bivalves, por serem na maioria animais filtradores, são muito utilizados como indicadores ambientais, uma vez que acumulam substâncias tais como metais pesados. No Japão é grande o número de acidentes resultantes da contaminação de bivalves com toxinas paralisantes produzidas por dinoflagelados que constituem a chamada maré-vermelha. Em meados de 2015, um estudo científico comprovou que os dentes do molusco são o material biológico mais resistente do mundo, roubando o título ocupado pela teia de aranha.[6]

Evolução

Descobertas recentes, seguidas de um estudo aprofundado, exigem hoje em dia uma revisão de conhecimentos adquiridos sobre a evolução dos moluscos. É o caso de um amplo conjunto de fósseis marinhos descobertos nas falésias de Peniche (Portugal). Entre eles destaca-se o fóssil intacto de um verme de 2 cm de comprimento, porventura clado dos moluscos e dos vertebrados, antepassado próximo de um cefalocordado, um peixe lanceta extinto, o elo perdido (the missing link) enquanto progenitor da Spriggina. [7]  · [8]  · [9]  · [10]

Referências

  1. Haszprunar, G. (2001). «Mollusca (Molluscs)». Encyclopedia of Life Sciences. John Wiley & Sons, Ltd. doi:10.1038/npg.els.0001598 
  2. Winston F. Ponder and David R. Lindberg (2004). «Phylogeny of the Molluscs». World Congress of Malacology. Consultado em 9 de março de 2009 
  3. Brusca, R.C., and Brusca, G.J. (2003). Sinauer Associates, ed. Invertebrates 2 ed. [S.l.: s.n.] 702 páginas. ISBN 0878930973 
  4. Lula jurássica desenhada com a própria tinta - texto de Ricardo Costa sobre o património jurássico de Peniche
  5. Moluscos (Mollusca).
  6. Webb, Jonathan (18 de Fevereiro de 2015). «Dente de molusco é material biológico 'mais resistente' que existe» (em inglês). BBC Brasil. Consultado em 27 de Fevereiro de 2016 
  7. Spriggina
  8. Fóssil de um verme marinho com pelo menos 540 milhões de anos descoberto em Portugal juntamente com fósseis de polvo do Jurássico, na Península de Peniche (supostamente remonta ao período Ediacarano)
  9. (en, pt) Fósseis de polvo do Jurássico em (PENICHEFOSSIL) – refere a deriva continental e o papel dos oceanos primordiais na evolução das espécies
  10. (en). Ver o vídeo Ediacaran Fauna Worms de Walter Jahn (http://www.sunyorange.edu Faculdade Suny Orange, Universidade de Nova Iorque)

Ligações externas

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