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Câmera: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Cameras-set.jpg|miniaturadaimagem|361x361px|Câmeras fotográficas de vários marcas e modelos.<p><small>Desde o topo e à esquerda: Polaroid P, Holga, Yashica A, Contax T, Sony Cybershot DSC-N2, Gowland Pocket View, Mamiya Universal Press, Minolta Pocket Autopak 460, Leica IIIf, Rollei 35, Nikon F2, Canon 5D, Fuji Instax Mini 8, Zenza Bronica e Voigtlander Bessa I.</small></p>]]
[[Ficheiro:Cameras-set.jpg|miniaturadaimagem|361x361px|Câmeras fotográficas de várias marcas e modelos.<p><small>Desde o topo e à esquerda: Polaroid P, Holga, Yashica A, Contax T, Sony Cybershot DSC-N2, Gowland Pocket View, Mamiya Universal Press, Minolta Pocket Autopak 460, Leica IIIf, Rollei 35, Nikon F2, Canon 5D, Fuji Instax Mini 8, Zenza Bronica e Voigtlander Bessa I.</small></p>]]


Uma {{PEPB|câmara fotográfica|câmera fotográfica}} é um [[instrumento óptico]]<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=DojwZzKAvN8C&lpg=PA48&dq=camera%20is%20optical%20instrument&pg=PA48#v=onepage&q=camera%20is%20optical%20instrument&f=false|título=The World of Physics|ultimo=Avison|primeiro=John|editora=Nelson Thornes|ano=2014|edicao=2|local=Cheltenham|página=48|páginas=|lingua=en|isbn=9780174387336|acessodata=21 de julho de 2017|editor-sobrenome2=}}</ref> para captação de [[Imagem|imagens]] na forma de [[fotografia]]s individuais,<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=lVFDduFmMf4C&lpg=PP1&dq=%22what%20is%20a%20camera%22%20single%20images&pg=PA9#v=onepage&q=%20single%20images&f=false|título=Understanding Shutter Speed|ultimo=Peterson|primeiro=Bryan|data=|editora=Amphoto Books|ano=2008|local=New York|página=9-10|páginas=|lingua=en|isbn=9780817400217|acessodata=}}</ref> que são armazenadas localmente, transmitidas para outro local, ou ambos,<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=LodHNPQ8encC&lpg=SA4-PA90&dq=camera%20makes%20images%20can%20be%20stored%20locally%20or%20remotely&pg=SA4-PA90#v=onepage&q=camera%20makes%20images%20can%20be%20stored%20locally%20or%20remotely&f=false|título=Audio-Video Engineering|ultimo=Jaiswal|primeiro=R. C.|editora=Nirali Prakashan|ano=2009|local=Shivaji Nagar|página=4.90|páginas=|lingua=en|isbn=9788190639675|acessodata=}}</ref> e que, como capta informações sobre elementos externos sem ter contato físico com eles, é classificado como um dispositivo de [[sensoriamento remoto]].<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/23870316|título=Fundamentals of remote sensing and airphoto interpretation|ultimo=Lennis Berlin|primeiro=Graydon|ultimo2=Avery|primeiro2=Thomas Eugene|editora=Macmillan|ano=1992|local=New York|lingua=en|isbn=0023050357}}</ref>
Uma {{PEPB|câmara fotográfica|câmera fotográfica}} é um [[instrumento óptico]] para captação de [[Imagem|imagens]] na forma de [[fotografia]]s individuais,<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=DojwZzKAvN8C&lpg=PA48&dq=camera%20is%20optical%20instrument&pg=PA48#v=onepage&q=camera%20is%20optical%20instrument&f=false|título=The World of Physics|ultimo=Avison|primeiro=John|editora=Nelson Thornes|ano=2014|edicao=2|local=Cheltenham|página=48|páginas=|lingua=en|isbn=9780174387336|acessodata=21 de julho de 2017|editor-sobrenome2=}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=lVFDduFmMf4C&lpg=PP1&dq=%22what%20is%20a%20camera%22%20single%20images&pg=PA9#v=onepage&q=%20single%20images&f=false|título=Understanding Shutter Speed|ultimo=Peterson|primeiro=Bryan|data=|editora=Amphoto Books|ano=2008|local=New York|página=9-10|páginas=|lingua=en|isbn=9780817400217|acessodata=}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=dkErDwAAQBAJ&lpg=PA251&dq=still%20cameras%20single%20images%20video%20camera%20difference&pg=PA251#v=onepage&q=still%20cameras%20single%20images%20video%20camera%20difference&f=false|título=Online Journalism: Principles and Practices of News for the Web|ultimo=Foust|primeiro=Jim|editora=Routledge|ano=2017|edicao=3|local=Oxon, New York|página=251|lingua=en|isbn=9781351816038|acessodata=}}</ref> que são armazenadas localmente, transmitidas para outro local, ou ambos.<ref name=":73">{{Citar web|url=http://petapixel.com/2015/05/26/film-vs-digital-a-comparison-of-the-advantages-and-disadvantages/|titulo=Film vs. Digital: A Comparison of the Advantages and Disadvantages|data=2015-05-26|acessodata=2017-07-23|obra=PetaPixel|publicado=|ultimo=Archambault|primeiro=Michael|lingua=en}}</ref> Como capta informações sobre elementos externos sem ter contato físico com eles, tecnicamente é classificada como um dispositivo de [[sensoriamento remoto]].<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/23870316|título=Fundamentals of remote sensing and airphoto interpretation|ultimo=Lennis Berlin|primeiro=Graydon|ultimo2=Avery|primeiro2=Thomas Eugene|editora=Macmillan|ano=1992|local=New York|lingua=en|isbn=0023050357}}</ref>


A palavra câmera vem de ''camera obscura'', [[latim]] para [[câmara escura]],<ref name=":0">{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=|titulo=From Pinholes to Polaroids: The History of the Camera|jornal=ThoughtCo|doi=|url=https://www.thoughtco.com/history-of-photography-and-the-camera-1992331|acessodata=20 de junho de 2017|idioma=en}}</ref> um dispositivo originalmente usado para projetar uma imagem sobre uma superfície plana. Tendo evoluído desse aparato, mesmo equipamentos modernos guardam seu princípio fundamental:<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=31VsBgAAQBAJ&lpg=PA213&dq=all%20cameras%20come%20from%20camera%20obscura&pg=PA213#v=onepage&q=all%20cameras%20come%20from%20camera%20obscura&f=false|título=Encyclopedia of Twentieth-Century Photography, 3-Volume Set|ultimo=Warren|primeiro=Lynne (Ed.)|data=|editora=Routledge|ano=2005|volume=1 (A-F)|local=New York, London|página=213|páginas=|lingua=en|isbn=9781135205362|acessodata=}}</ref> uma caixa à prova de luz com um orifício em um dos lados.<ref>{{Citar web|url=http://www.tamron.eu/magazine/blog/detail/camera-obscura-328/|titulo=Did you know? A camera obscura is still relevant today|data=2017-07-07|acessodata=2017-07-11|obra=|publicado=Tamron|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref><ref name=":30">{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=Bc-9CgAAQBAJ&lpg=PA1&dq=%22what%20is%20a%20camera%22&pg=PA1#v=onepage&q=%22what%20is%20a%20camera%22&f=false|título=A User's Guide to the View Camera|ultimo=Stone|primeiro=Jim|editora=Focal Press|ano=2015|edicao=3|local=New York, London|página=1|lingua=en|isbn=9781317422693|acessodata=}}</ref> Semelhantemente ao funcionamento do [[olho humano]], por esse orifício penetram raios de [[Espectro visível|luz]] e outras porções de [[espectro eletromagnético]],<ref name=":21">{{Citar web|url=http://www.andybrain.com/sciencelab/2008/02/03/how-to-make-a-pinhole-camera-learn-how-your-eyes-work/|titulo=How to make a pinhole camera. Learn how your eyes work.|data=2008|acessodata=2017-07-11|obra=|publicado=Digital Bits Science Labs|ultimo=|primeiro=|lingua=en-US}}</ref> que são então registrados em um [[filme fotográfico]] ou por um [[sensor de imagem]].<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=9N4C0HMzZFMC&lpg=PA12&dq=%22what%20is%20a%20camera%22&pg=PA12#v=onepage&q=%22what%20is%20a%20camera%22&f=false|título=New Manual of Photography|ultimo=Hedgecoe|primeiro=John|editora=Dorling Kindersley Limited|ano=2009|local=London|página=12|lingua=en|isbn=9781405338738|acessodata=}}</ref> Além disso, tipicamente câmeras contam com [[Objectiva (fotografia)|objetivas]], [[obturador]]es e [[Diafragma fotográfico|diafragmas]], que controlam a quantidade de luz recebida; um sistema de [[foco]], que permite ajustar a distância entre a objetiva e o filme ou sensor; e um [[Visor (fotografia)|visor]], que auxilia na [[Composição artística|composição]] da cena que se quer fotografar.<ref name=":30" />
A palavra câmera vem de ''camera obscura'', [[latim]] para câmera [[câmara escura|escura]], um dispositivo originalmente usado para projetar uma imagem sobre uma superfície plana.<ref name=":74" /> Tendo evoluído desse aparato, mesmo os equipamentos modernos mais sofisticados guardam seu princípio fundamental:<ref name=":74">{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=31VsBgAAQBAJ&lpg=PA213&dq=all%20cameras%20come%20from%20camera%20obscura&pg=PA213#v=onepage&q=all%20cameras%20come%20from%20camera%20obscura&f=false|título=Encyclopedia of Twentieth-Century Photography, 3-Volume Set|ultimo=Warren|primeiro=Lynne (Ed.)|data=|editora=Routledge|ano=2005|volume=1 (A-F)|local=New York, London|página=213|páginas=|lingua=en|isbn=9781135205362|acessodata=}}</ref><ref>Gustavson, Todd (2012). [https://www.worldcat.org/oclc/813206094 ''Camera: a history of photography from daguerreotype to digital''] (em inglês). New York: Sterling Signature. p. 1. [[International Standard Book Number|ISBN]] [[Especial%3AFontes%20de%20livros/1454900024|1454900024]]</ref> uma caixa à prova de luz com um orifício em um dos lados.<ref>{{Citar web|url=http://www.tamron.eu/magazine/blog/detail/camera-obscura-328/|titulo=Did you know? A camera obscura is still relevant today|data=2017-07-07|acessodata=2017-07-11|obra=|publicado=Tamron|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref><ref name=":30">{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=Bc-9CgAAQBAJ&lpg=PA1&dq=%22what%20is%20a%20camera%22&pg=PA1#v=onepage&q=%22what%20is%20a%20camera%22&f=false|título=A User's Guide to the View Camera|ultimo=Stone|primeiro=Jim|editora=Focal Press|ano=2015|edicao=3|local=New York, London|página=1|lingua=en|isbn=9781317422693|acessodata=}}</ref> Semelhantemente ao funcionamento do [[olho humano]],<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=xI5ymCe5j0oC&lpg=PA47&dq=camera%20obscura%20human%20eye&pg=PA48#v=onepage&q=camera%20obscura%20human%20eye&f=false|título=In the Mind's Eye: The Visual Impulse in Diderot, Baudelaire and Ruskin|ultimo=Wettlaufer|primeiro=Alexandra|data=2003|editora=Rodopi|ano=2003|local=Amsterdam, New York|página=46-50|lingua=en|isbn=9042010355|acessodata=}}</ref> por esse orifício penetram raios de [[Espectro visível|luz]] e outras porções de [[espectro eletromagnético]] que são registrados em um [[filme fotográfico]] ou por um [[sensor de imagem]].<ref name=":73" /><ref name=":39">{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=9N4C0HMzZFMC&lpg=PA12&dq=%22what%20is%20a%20camera%22&pg=PA12#v=onepage&q=%22what%20is%20a%20camera%22&f=false|título=New Manual of Photography|ultimo=Hedgecoe|primeiro=John|editora=Dorling Kindersley Limited|ano=2009|local=London|página=12|lingua=en|isbn=9781405338738|acessodata=}}</ref> Além disso, tipicamente câmeras contam com [[Objectiva (fotografia)|objetivas]], [[obturador]]es e [[Diafragma fotográfico|diafragmas]], que controlam a quantidade de luz recebida; um sistema de [[foco]], que permite ajustar a distância entre a objetiva e o filme ou sensor; e um [[Visor (fotografia)|visor]], que auxilia na [[Composição artística|composição]] da cena que se quer fotografar.<ref name=":30" />


== Evolução ==
== Evolução ==
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{{Artigo principal|Câmera escura}}
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A precursora da câmera moderna é a câmera escura,<ref>{{Citar periódico|ultimo=Forbes|primeiro=Ted|data=2012-06-09|titulo=The Camera Obscura|jornal=The Art of Photography|doi=|url=http://theartofphotography.tv/episodes/episode-1-the-camera-obscura/|acessodata=20 de junho de 2017|idioma=en}}</ref> cujo principio de funcionamento é fenômeno ótico que ocorre quando uma cena é captada por um pequeno orifício em uma tela ou parede, e projetada em outra tela ou parede paralela e oposta ao orifício, resultando na visualização sobre essa superfície da mesma cena invertida (esquerda para a direita e de cabeça para baixo).<ref>{{Citar web|url=http://ngm.nationalgeographic.com/2011/05/camera-obscura/oneill-text|titulo=Camera Obscura|data=|acessodata=2017-06-28|obra=|publicado=National Geographic Magazine|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> O registro mais antigo desse princípio é uma descrição feita pelo filósofo chinês [[Mozi]] (cerca de 470-391 a.C.), que concluiu corretamente que na câmera escura a imagem é projetada invertida como resultado do trajeto em linha reta que a luz percorre desde a sua fonte.<ref name=":2">{{citar livro|título=Bits Of History - from the Big Bang to Now...|ultimo=De Jounge|primeiro=Dick|editora=Books on Demand|ano=2016|local=United States|páginas=76-77|lingua=en|acessodata=27 de junho de 2017}}</ref> Algumas décadas mais tarde, o grego [[Aristóteles]] (ou eventualmente um de seus alunos) fez apontamentos a respeito do mesmo principio, e em seu tratado sobre ótica [[Euclides]] igualmente pressupõe a câmara escura como uma demonstração de que a luz viaja em linha reta.<ref>{{Citar web|url=http://www.kirriemuircameraobscura.com/history-camera-obscuras|titulo=History of Camera Obscura|data=|acessodata=2017-06-28|obra=Kirriemuir Camera Obscura|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en-gb}}</ref>
A precursora da câmera moderna é a câmera escura,<ref>{{Citar periódico|ultimo=Forbes|primeiro=Ted|data=2012-06-09|titulo=The Camera Obscura|jornal=The Art of Photography|doi=|url=http://theartofphotography.tv/episodes/episode-1-the-camera-obscura/|acessodata=20 de junho de 2017|idioma=en}}</ref> cujo principio de funcionamento é fenômeno ótico que ocorre quando a luz de uma cena é captada por um pequeno orifício em uma tela ou parede e projetada em outra tela ou parede paralela e oposta ao orifício, resultando na visualização sobre essa superfície da mesma cena invertida (esquerda para a direita e de cabeça para baixo).<ref>{{Citar web|url=http://ngm.nationalgeographic.com/2011/05/camera-obscura/oneill-text|titulo=Camera Obscura|data=|acessodata=2017-06-28|obra=|publicado=National Geographic Magazine|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref><ref name=":75" /> O registro mais antigo desse princípio é uma descrição feita pelo filósofo chinês [[Mozi]] (cerca de 470-391 a.C.), que concluiu corretamente que na câmera escura a imagem é projetada invertida como resultado do trajeto em linha reta que a luz percorre desde a sua fonte.<ref name=":2">{{citar livro|título=Bits Of History - from the Big Bang to Now...|ultimo=De Jounge|primeiro=Dick|editora=Books on Demand|ano=2016|local=United States|páginas=76-77|lingua=en|acessodata=27 de junho de 2017}}</ref> Algumas décadas mais tarde, o grego [[Aristóteles]] (ou eventualmente um de seus alunos) fez apontamentos a respeito do mesmo principio, e em seu tratado sobre ótica [[Euclides]] igualmente pressupõe a câmera escura como uma demonstração de que a luz viaja em linha reta.<ref>{{Citar web|url=http://www.kirriemuircameraobscura.com/history-camera-obscuras|titulo=History of Camera Obscuras|data=|acessodata=2017-07-23|obra=|publicado=Camera Obscura Kirriemuir|ultimo=|primeiro=|lingua=en-gb}}</ref>


[[Ficheiro:Camera obscura 1.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Principio de funcionamento de uma [[câmera escura]].]]
[[Ficheiro:Camera obscura 1.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Principio de funcionamento de uma [[câmera escura]].]]


Provavelmente em 1021, o físico árabe [[Ibn al-Haytham]], conhecido como Alhazen, escreveu o influente ''Livro de Óptica'', que inclui experimentos com luz e descreve em maior detalhe uma câmara escura.<ref>{{Citar web|url=https://www.photonics.com/Article.aspx?AID=36717|titulo=Before Newton, there was Alhazen|data=|acessodata=2017-06-28|publicado=Photonics|ultimo=Shenkenberg|primeiro=David L.|lingua=en}}</ref> Através de traduções latinas, seus escritos no campo da ótica tornaram-se muito influentes na Europa, inspirando pessoas como [[Roger Bacon]], [[Leonardo da Vinci|Leonardo Da Vinci]], [[René Descartes]] e [[Johannes Kepler]].<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.nl/books?id=ErMRGiNcxJIC&lpg=PA460&dq=euclid%20inverted%20image&pg=PA460#v=onepage&q=euclid%20inverted%20image&f=false|título=Global History of Philosophy: The period of scholasticism|ultimo=Plott|primeiro=John C.|editora=Motilal Banarsidass Publishe|ano=1977|local=Delhi|página=460|lingua=en|isbn=9780895816788}}</ref> Perto de 1558 as descrições de Alhazen foram estudadas pelo acadêmico italiano [[Giovanni Battista della Porta|Giambattista della Porta]],<ref>{{Citar periódico|ultimo=Kodera|primeiro=Sergius|data=2015|titulo=Giambattista della Porta|jornal=The Stanford Encyclopedia of Philosophy|editora=Metaphysics Research Lab Stanford University|doi=|url=https://plato.stanford.edu/archives/sum2015/entries/della-porta/|acessodata=22 de junho de 2017|idioma=en}}</ref> que baseado nas primeiras experimentações com uma lente, por [[Girolamo Cardano]],<ref>{{citar web|url=http://www.torretavira.com/wp-content/uploads/2015/08/cameras_obscuras-torre-tavira.pdf|titulo=Short story about the Camera Obscura|data=2015|acessodata=21 de junho de 2017|publicado=Torre Tavira|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> propôs a adição de lentes à câmera escura com o objetivo de focalizar mais claramente as imagens projetadas.<ref name=":22">{{citar periódico|ultimo=Quinnell|primeiro=Justin|data=2012|titulo=Creating and Using a Camera Obscura|jornal=Primary Science|doi=|url=http://www.pinholephotography.org/images/Primary%20science%20Quinnell%20FINAL.pdf|acessodata=20 de junho de 2017|idioma=en}}</ref>
Provavelmente em 1021, o físico árabe [[Ibn al-Haytham]], conhecido como Alhazen, escreveu o influente ''Livro de Óptica'', que inclui experimentos com luz e descreve em maior detalhe uma câmera escura.<ref>{{Citar web|url=https://www.photonics.com/Article.aspx?AID=36717|titulo=Before Newton, there was Alhazen|data=|acessodata=2017-06-28|publicado=Photonics|ultimo=Shenkenberg|primeiro=David L.|lingua=en}}</ref> Através de traduções latinas, seus escritos no campo da ótica tornaram-se muito influentes na Europa, inspirando pessoas como [[Roger Bacon]], [[Leonardo da Vinci|Leonardo Da Vinci]], [[René Descartes]] e [[Johannes Kepler]].<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.nl/books?id=ErMRGiNcxJIC&lpg=PA460&dq=euclid%20inverted%20image&pg=PA460#v=onepage&q=euclid%20inverted%20image&f=false|título=Global History of Philosophy: The period of scholasticism|ultimo=Plott|primeiro=John C.|editora=Motilal Banarsidass Publishe|ano=1977|local=Delhi|página=460|lingua=en|isbn=9780895816788}}</ref> Perto de 1558 as descrições de Alhazen foram estudadas pelo acadêmico italiano [[Giovanni Battista della Porta|Giambattista della Porta]],<ref>{{Citar periódico|ultimo=Kodera|primeiro=Sergius|data=2015|titulo=Giambattista della Porta|jornal=The Stanford Encyclopedia of Philosophy|editora=Metaphysics Research Lab Stanford University|doi=|url=https://plato.stanford.edu/archives/sum2015/entries/della-porta/|acessodata=22 de junho de 2017|idioma=en}}</ref> que baseado nas primeiras experimentações com uma lente, por [[Girolamo Cardano]],<ref>{{citar web|url=http://www.torretavira.com/wp-content/uploads/2015/08/cameras_obscuras-torre-tavira.pdf|titulo=Short story about the Camera Obscura|data=2015|acessodata=21 de junho de 2017|publicado=Torre Tavira|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> propôs a adição de lentes à câmera escura com o objetivo de focalizar mais claramente as imagens projetadas.<ref name=":22">{{citar periódico|ultimo=Quinnell|primeiro=Justin|data=2012|titulo=Creating and Using a Camera Obscura|jornal=Primary Science|doi=|url=http://www.pinholephotography.org/images/Primary%20science%20Quinnell%20FINAL.pdf|acessodata=20 de junho de 2017|idioma=en}}</ref>


A partir dessa época, tal qual mais tarde ocorreria com a [[câmera lúcida]], o uso de câmeras escuras, ou mais comumente salas escuras com um furo na parede, difunde-se sobretudo como auxilio para pinturas e desenhos, e existem evidências de que um número de mestres da pintura, notadamente [[Johannes Vermeer|Vermeer]], tenham utilizado esse dispositivo.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/71891028|título=Secret knowledge : rediscovering the lost techniques of the old masters|ultimo=David|primeiro=Hockney|editora=Viking Studio|ano=2006|local=New York|isbn=0142005126|oclc=71891028|idioma=en}}</ref> A partir do final do século XVII câmeras escuras foram adaptadas na forma de tendas e caixas, que podiam ser transportadas e utilizadas em uma variedade de ambientes.<ref name=":2" />
A partir dessa época, tal qual mais tarde ocorreria com a [[câmera lúcida]], o uso de câmeras escuras, ou mais comumente salas escuras com um furo na parede, difunde-se sobretudo como auxilio para pinturas e desenhos,<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=qDFpw6dkVggC&lpg=PA301&dq=camera%20obscura%20art%2016%20century&pg=PA301#v=onepage&q=camera%20obscura%20art%2016%20century&f=false|título=Science, Art and Nature in Medieval and Modern Thought|ultimo=Crombie|primeiro=A. C.|editora=A&C Black|ano=1996|local=London|página=301|páginas=|lingua=en|isbn=9781852850678|acessodata=}}</ref> e existem evidências de que um número de mestres da pintura, notadamente [[Johannes Vermeer|Vermeer]], tenham utilizado esse dispositivo.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/71891028|título=Secret knowledge : rediscovering the lost techniques of the old masters|ultimo=David|primeiro=Hockney|editora=Viking Studio|ano=2006|local=New York|isbn=0142005126|oclc=71891028|idioma=en}}</ref> A partir do século XVII câmeras escuras foram adaptadas na forma de tendas e caixas, que podiam ser transportadas e utilizadas em uma variedade de ambientes,<ref name=":2" /> e existem registros de que o próprio Kepler utilizou uma delas.<ref>Gernsheim, Helmut (1986). [https://books.google.fr/books?id=GDSRJQ3BZ5EC&lpg=PA10&dq=niepce%20contrast%20daguerre%20camera%20design%20improvements&pg=PA10#v=onepage&q&f=false ''A Concise History of Photography''] (em inglês) 3 ed. New York: Dover Publications. p. 5. [[International Standard Book Number|ISBN]] [[Especial%3AFontes%20de%20livros/9780486251288|9780486251288]]</ref>


=== O processo fotográfico ===
=== O processo fotográfico ===
{{Artigo principal|Cronologia da tecnologia fotográfica}}
{{Artigo principal|Cronologia da tecnologia fotográfica}}


Paralelamente ao desenvolvimento das próprias câmeras, por centenas de anos se sabia que algumas substâncias escurecem quando expostas à luz solar.<ref name=":4">{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/813206094|título=Camera: a history of photography from daguerreotype to digital|ultimo=Gustavson|primeiro=Todd|editora=Sterling Signature|ano=2012|local=New York|página=4|páginas=|isbn=1454900024|oclc=|acessodata=|idioma=en}}</ref> Em uma série de experimentos publicado em 1727, o cientista alemão [[Johann Heinrich Schulze]] demonstrou que o escurecimento de sais de prata é resultado da ação da luz apenas, e não do calor ou da exposição ao ar, tal qual acreditava-se à época.<ref name=":1">{{Citar periódico|ultimo=Boyd|primeiro=Jane E.|data=2016-06-02|titulo=Silver and Sunlight|jornal=Chemical Heritage Foundation|doi=|url=https://www.chemheritage.org/distillations/magazine/silver-and-sunlight|acessodata=20 de junho de 2017|idioma=en}}</ref> Meio século depois, o químico sueco [[Carl Wilhelm Scheele]] demonstrou que o cloreto de prata é especialmente suscetível ao escurecimento pela exposição à luz, e que uma vez escurecido ele torna-se insolúvel em soluções de amoníaco.<ref name=":1" /> A primeira pessoa a usar a química para criar imagens foi [[Thomas Wedgwood]], que para criar imagens adicionava objetos, como folhas e asas de insetos, a vasos de cerâmica revestidos com nitrato de prata que eram então expostos à luz. Contudo, essas imagens não eram permanentes, pois Wedgwood não foi capaz de desenvolver um mecanismo para fixação das mesmas.<ref name=":1" />[[Ficheiro:View from the Window at Le Gras, Joseph Nicéphore Niépce.jpg|miniaturadaimagem|A primeira foto, feita por [[Joseph Nicéphore Niépce|Nicéphore Niépce]] em 1827.]]A primeira imagem permanente realizada com uma câmera foi feita em 1827 por [[Joseph Nicéphore Niépce]],<ref name=":0" /> e mostra a cena vista da janela de sua casa. Usando uma câmera escura feita por Charles e Vincent Chevalier de Paris,<ref>{{Citar web|url=http://www.historiccamera.com/cgi-bin/librarium2/pm.cgi?action=app_display&app=datasheet&app_id=1777|titulo=Charles-Louis Chevalier|data=|acessodata=2017-06-28|obra=Historic Camera - History Librarium|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> desde 1816 Niépce vinha experimentando com formas de corrigir e fixar as imagens de uma câmara escura.<ref name=":31">{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=U3qXOp1iT6QC&lpg=PA25&dq=nicephore%20niepce%201816&pg=PA25#v=onepage&q=nicephore%20niepce%201816&f=false|título=Photography in Print: Writings from 1816 to the Present|ultimo=Goldberg|primeiro=Vicki|data=|editora=University of New Mexico Press|ano=1988|local=New York|página=25|páginas=|lingua=en|isbn=9780826310910|acessodata=}}</ref><ref name=":32" /> Para produzir sua primeira fotografia, Niépce submeteu uma placa de estanho revestida com betume a uma exposição de oito horas, e em referência à luz solar batizou seu processo [[heliografia]].<ref name=":0" /> Nos anos seguintes Niépce correspondeu-se com o inventor [[Louis Jacques Mandé Daguerre]], com quem estabeleceu uma parceria visando melhorar o processo da heliográfia.<ref name=":31" /> Niépce realizou experimentos com outros produtos químicos, que lhe permitiram acentuar o contraste de seus heliógrafos.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Daguerre contribuiu com um design melhorado de câmera escura,{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} mas a parceria encerrou-se com o falecimento de Niépce em 1833.<ref name=":32">{{citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=iZk5OOf7fVYC&pg=PA12&lpg=PA12&dq=chevalier+niepce&source=bl&ots=1rXkTE8lIe&sig=s8iWLg2qZAFam7N5b_KT-T8Oogw&hl=en&sa=X&ved=0ahUKEwi4jIWkzeHUAhWSbFAKHRMnB3MQ6AEIXTAM#v=onepage&q=chevalier%20niepce&f=false|título=Catchers of the Light: The Forgotten Lives of the Men and Women Who First Photographed the Heavens|ultimo=Hughes|primeiro=Stefan|editora=Publicação independente|ano=2013|local=|página=12 e ss.|acessodata=20 de junho de 2017|idioma=en}}</ref> Alguns anos depois, Daguerre teve sucesso no desenvolvimento de uma imagem bem focalizada e de alto contraste, ao projetar imagens sobre uma placa revestida com iodeto de prata, que era então exposta ao vapor de mercúrio e finalmente corrigida com uma solução de sal comum. Apesar dos grandes avanços que proporcionou, esse novo processo, batizado [[daguerreótipo]], inicialmente não teve sucesso comercial.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Com a ajuda do cientista e político [[François Arago]], Daguerre vendeu a invenção ao governo francês pelo pagamento de uma aposentadoria a ele e ao filho de Niépce, Isidore.<ref name=":32" /> Essa tecnologia tornaria-se extremamente popular nos anos seguintes.<ref name=":0" />
Paralelamente ao desenvolvimento das próprias câmeras, por centenas de anos se sabia que algumas substâncias escurecem quando expostas à luz solar.<ref name=":4">{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/813206094|título=Camera: a history of photography from daguerreotype to digital|ultimo=Gustavson|primeiro=Todd|editora=Sterling Signature|ano=2012|local=New York|página=4|páginas=|isbn=1454900024|oclc=|acessodata=|idioma=en}}</ref> Em uma série de experimentos publicado em 1727, o cientista alemão [[Johann Heinrich Schulze]] demonstrou que o escurecimento de sais de prata é resultado da ação da luz apenas, e não do calor ou da exposição ao ar, tal qual acreditava-se à época.<ref name=":1">{{Citar periódico|ultimo=Boyd|primeiro=Jane E.|data=2016-06-02|titulo=Silver and Sunlight|jornal=Chemical Heritage Foundation|doi=|url=https://www.chemheritage.org/distillations/magazine/silver-and-sunlight|acessodata=20 de junho de 2017|idioma=en}}</ref> Meio século depois, o químico sueco [[Carl Wilhelm Scheele]] demonstrou que o cloreto de prata é especialmente suscetível ao escurecimento pela exposição à luz, e que uma vez escurecido ele torna-se insolúvel em soluções de amoníaco.<ref name=":1" /> A primeira pessoa a usar a química para criar imagens foi [[Thomas Wedgwood]], que para criar imagens adicionava objetos, como folhas e asas de insetos, a vasos de cerâmica revestidos com nitrato de prata que eram então expostos à luz.<ref name=":1" /> Contudo, essas imagens não eram permanentes, pois Wedgwood não foi capaz de desenvolver um mecanismo para fixação das mesmas.<ref name=":1" />[[Ficheiro:View from the Window at Le Gras, Joseph Nicéphore Niépce.jpg|miniaturadaimagem|A primeira foto, feita por [[Joseph Nicéphore Niépce|Nicéphore Niépce]] em 1827.]]A primeira imagem permanente realizada com uma câmera foi feita em 1827 por [[Joseph Nicéphore Niépce]],<ref name=":0">{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=|titulo=From Pinholes to Polaroids: The History of the Camera|jornal=ThoughtCo|doi=|url=https://www.thoughtco.com/history-of-photography-and-the-camera-1992331|acessodata=20 de junho de 2017|idioma=en}}</ref> e mostra a cena vista da janela de sua casa em [[Les Gras|Le Gras]].<ref name=":77">{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=PJ8DHBay4_EC&lpg=PA1004&dq=first%20photo%20niepce%20window%20encyclopedia&pg=PA1004#v=onepage&q=first%20photo%20niepce%20window%20encyclopedia&f=false|título=Encyclopedia of nineteenth-century photography: A-I, index|ultimo=Hannavy|primeiro=John (Ed.)|editora=Routledge|ano=2008|local=New York, London|página=1004|lingua=en|isbn=9780415972352|acessodata=}}</ref> Usando uma câmera escura feita por Charles e Vincent Chevalier de Paris,<ref name=":77" /><ref>{{Citar web|url=http://www.historiccamera.com/cgi-bin/librarium2/pm.cgi?action=app_display&app=datasheet&app_id=1777|titulo=Charles-Louis Chevalier|data=|acessodata=2017-06-28|obra=Historic Camera - History Librarium|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> desde 1816 Niépce vinha experimentando com formas de corrigir e fixar as imagens de uma câmera escura.<ref name=":31">{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=U3qXOp1iT6QC&lpg=PA25&dq=nicephore%20niepce%201816&pg=PA25#v=onepage&q=nicephore%20niepce%201816&f=false|título=Photography in Print: Writings from 1816 to the Present|ultimo=Goldberg|primeiro=Vicki|data=|editora=University of New Mexico Press|ano=1988|local=New York|página=25|páginas=|lingua=en|isbn=9780826310910|acessodata=}}</ref><ref name=":32" /> Para produzir sua primeira fotografia, Niépce submeteu uma placa de estanho revestida com betume a uma exposição de oito horas, e em referência à luz solar batizou seu processo [[heliografia]].<ref name=":77" /><ref name=":0" /> Nos anos seguintes Niépce correspondeu-se com o inventor [[Louis Jacques Mandé Daguerre]], com quem estabeleceu uma parceria visando melhorar o processo da heliográfia.<ref name=":31" /> Niépce realizou experimentos com outros produtos químicos, que lhe permitiram acentuar o contraste de seus heliógrafos.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/5881158|título=The keepers of light : a history & working guide to early photographic processes|ultimo=Crawford|primeiro=William|editora=Morgan & Morgan|ano=1979|local=Dobbs Ferry|página=24|páginas=|isbn=9780871001580|oclc=5881158|acessodata=}}</ref> Daguerre contribuiu com um design melhorado de câmera escura,<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=GDSRJQ3BZ5EC&lpg=PA10&dq=niepce%20contrast%20daguerre%20camera%20design%20improvements&pg=PA10#v=onepage&q&f=false|título=A Concise History of Photography|ultimo=Gernsheim|primeiro=Helmut|data=|editora=Dover Publications|ano=1986|edicao=3|local=New York|página=10|lingua=en|isbn=9780486251288|acessodata=}}</ref> mas a parceria encerrou-se com o falecimento de Niépce em 1833.<ref name=":32">{{citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=iZk5OOf7fVYC&pg=PA12&lpg=PA12&dq=chevalier+niepce&source=bl&ots=1rXkTE8lIe&sig=s8iWLg2qZAFam7N5b_KT-T8Oogw&hl=en&sa=X&ved=0ahUKEwi4jIWkzeHUAhWSbFAKHRMnB3MQ6AEIXTAM#v=onepage&q=chevalier%20niepce&f=false|título=Catchers of the Light: The Forgotten Lives of the Men and Women Who First Photographed the Heavens|ultimo=Hughes|primeiro=Stefan|editora=Publicação independente|ano=2013|local=|página=12 e ss.|acessodata=20 de junho de 2017|idioma=en}}</ref> Alguns anos depois, Daguerre teve sucesso no desenvolvimento de uma imagem bem focalizada e de alto contraste, ao projetar imagens sobre uma placa revestida com iodeto de prata, que era então exposta ao vapor de mercúrio e finalmente corrigida com uma solução de sal comum.<ref>Hannavy, John (Ed.) (2008). ''[https://books.google.fr/books?id=PJ8DHBay4_EC&lpg=PA1004&dq=first%20photo%20niepce%20window%20encyclopedia&pg=PA368#v=onepage&q=daguerreotype%20mercury%20salt&f=false Encyclopedia of nineteenth-century photography: A-I, index]''(em inglês). New York, London: Routledge. p. 368. [[International Standard Book Number|ISBN]] [[Especial%3AFontes%20de%20livros/9780415972352|9780415972352]]</ref> Reconhecendo o potencial comercial desse novo processo, que chamou [[daguerreótipo]], Daguerre buscou o apoio de [[François Arago]], secretário da [[Académie des Sciences|Academia Francesa de Ciências]] e membro do parlamento francês.<ref name=":33">Warren, Lynne (Ed.) (2005). ''[https://books.google.fr/books?id=31VsBgAAQBAJ&lpg=PA213&dq=all%20cameras%20come%20from%20camera%20obscura&pg=PA704#v=snippet&q=arago&f=false Encyclopedia of Twentieth-Century Photography, 3-Volume Set]'' (em inglês). 1 (A-F). New York, London: Routledge. p. 704. [[International Standard Book Number|ISBN]] [[Especial:Fontes_de_livros/9781135205362|9781135205362]]</ref> Interessado, Arago que propôs uma lei - na sequência efetivamente aprovada - outorgando uma pensão a Daguerre e ao filho de Niépce, Isidore,<ref name=":32" /> em troca da divulgação dos detalhes do processo do daguerreótipo, para que "a França possa nobremente dar ao mundo essa descoberta que muito poderá contribuir para o progresso da arte e da ciência".<ref>Hannavy, John (Ed.) (2008). ''[https://books.google.fr/books?id=Kd5cAgAAQBAJ&lpg=PA368&dq=give%20to%20the%20world%20daguerre%20parliament%20france&pg=PA368#v=onepage&q=give%20to%20the%20world%20daguerre%20parliament%20france&f=false Encyclopedia of nineteenth-century photography: A-I, index]''(em inglês). New York, London: Routledge. p. 368. [[International Standard Book Number|ISBN]] [[Especial%3AFontes%20de%20livros/9780415972352|9780415972352]]</ref> Essa tecnologia tornaria-se extremamente popular nos anos seguintes.<ref name=":0" /><ref name=":76">Hannavy, John (Ed.) (2008). ''[https://books.google.fr/books?id=Kd5cAgAAQBAJ&lpg=PA368&dq=give%20to%20the%20world%20daguerre%20parliament%20france&pg=PA368#v=onepage&q=give%20to%20the%20world%20daguerre%20parliament%20france&f=false Encyclopedia of nineteenth-century photography: A-I, index]''(em inglês). New York, London: Routledge. p. 675. [[International Standard Book Number|ISBN]] [[Especial%3AFontes%20de%20livros/9780415972352|9780415972352]]</ref>


Paralelamente, na década de 1830 o cientista britânico [[William Henry Fox Talbot]] inventou um processo usando sais de prata para fixar imagens.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Embora convencido de que Daguerre tinha se antecipado a ele na invenção da fotografia, em 31 de janeiro de 1839 submeteu à ''Royal Institution'' um panfleto intitulado ''Alguns informes sobre a arte do desenho fotogênico'' (no original, ''Some Account of the Art of Photogenic Drawing''), que é a primeira descrição publicada de um processo fotográfico.<ref>{{Citar web|url=http://www.metmuseum.org/toah/hd/tlbt/hd_tlbt.htm|titulo=William Henry Fox Talbot (1800–1877) and the Invention of Photography|data=|acessodata=2017-06-28|obra=The Met’s Heilbrunn Timeline of Art History|publicado=The Metropolitan Museum of Art|ultimo=Daniel|primeiro=Malcolm|lingua=en}}</ref> Dentro pouco tempo, Talbot desenvolveu um processo em dois passos para a criação de fotografias em papel, que chamou [[calótipo]].{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Esse foi o primeiro processo a utilizar impressões negativas e que invertem todos os valores na fotografia: preto mostra-se como branco e vice-versa.<ref name=":0" /> Esse processo trouxe grandes avanços, pois em princípio negativos permitem a produção de um número ilimitado de duplicatas positivas, que também podem ser alteradas através de retoque.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Calótipos nunca foram tão amplamente utilizados como os daguerreótipos, devido principalmente ao fato de que este último produz detalhes mais nítidos.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} No entanto, daguerreótipos só produzem uma impressão positiva direta que não pode ser duplicada ou modificada, e ao longo do tempo seriam abandonados em detrimento do processo em duas etapas dos calótipos, que constitui a base da fotografia e do cinema do século XX.<ref>{{Citar web|url=http://www.upagallery.com/blog/2014/7/24/photographys-parallel-histories|titulo=The Daguerreotype & The Calotype: Photography’s Parallel Histories|data=2014|acessodata=20 de junho de 2017|publicado=United Photographic Artists Gallery|ultimo=Welch|primeiro=Linz|lingua=en}}</ref>
Paralelamente, na década de 1830 o cientista britânico [[William Henry Fox Talbot]] inventou um processo usando sais de prata para fixar imagens.<ref name=":76" /> Embora convencido de que Daguerre tinha se antecipado a ele na invenção da fotografia, em 31 de janeiro de 1839 submeteu à ''Royal Institution'' um panfleto intitulado ''Alguns informes sobre a arte do desenho fotogênico'' (no original, ''Some Account of the Art of Photogenic Drawing''), que é a primeira descrição publicada de um processo fotográfico.<ref>{{Citar web|url=http://www.metmuseum.org/toah/hd/tlbt/hd_tlbt.htm|titulo=William Henry Fox Talbot (1800–1877) and the Invention of Photography|data=|acessodata=2017-06-28|obra=The Met’s Heilbrunn Timeline of Art History|publicado=The Metropolitan Museum of Art|ultimo=Daniel|primeiro=Malcolm|lingua=en}}</ref> Dentro pouco tempo, Talbot desenvolveu um processo em dois passos para a criação de fotografias em papel, que chamou [[calótipo]].<ref>Warren, Lynne (Ed.) (2005). [https://books.google.fr/books?id=31VsBgAAQBAJ&lpg=PA213&dq=all%20cameras%20come%20from%20camera%20obscura&pg=PA213#v=onepage&q=all%20cameras%20come%20from%20camera%20obscura&f=false ''Encyclopedia of Twentieth-Century Photography, 3-Volume Set''] (em inglês). 1 (A-F). New York, London: Routledge. p. 607. [[International Standard Book Number|ISBN]] [[Especial%3AFontes%20de%20livros/9781135205362|9781135205362]]</ref> Esse foi o primeiro processo a utilizar impressões negativas e que invertem todos os valores na fotografia: preto mostra-se como branco e vice-versa.<ref name=":0" /> Esse processo trouxe grandes avanços, pois em princípio negativos permitem a produção de um número ilimitado de duplicatas positivas, que também podem ser alteradas através de retoque.<ref>Hannavy, John (Ed.) (2008). ''[https://books.google.fr/books?id=Kd5cAgAAQBAJ&lpg=PA368&dq=give%20to%20the%20world%20daguerre%20parliament%20france&pg=PA368#v=onepage&q=give%20to%20the%20world%20daguerre%20parliament%20france&f=false Encyclopedia of nineteenth-century photography: A-I, index]''(em inglês). New York, London: Routledge. p. 1253. [[International Standard Book Number|ISBN]] [[Especial%3AFontes%20de%20livros/9780415972352|9780415972352]]</ref> Calótipos nunca foram tão amplamente utilizados como os daguerreótipos, devido principalmente ao fato de que este último produz detalhes mais nítidos.<ref>Hannavy, John (Ed.) (2008). ''[https://books.google.fr/books?id=Kd5cAgAAQBAJ&lpg=PA368&dq=give%20to%20the%20world%20daguerre%20parliament%20france&pg=PA368#v=onepage&q=give%20to%20the%20world%20daguerre%20parliament%20france&f=false Encyclopedia of nineteenth-century photography: A-I, index]''(em inglês). New York, London: Routledge. p. 678. [[International Standard Book Number|ISBN]] [[Especial%3AFontes%20de%20livros/9780415972352|9780415972352]]</ref> No entanto, daguerreótipos só produzem uma impressão positiva direta que não pode ser duplicada ou modificada, e ao longo do tempo seriam abandonados em detrimento do processo em duas etapas dos calótipos, que constitui a base da fotografia e do cinema do século XX.<ref>{{Citar web|url=http://www.upagallery.com/blog/2014/7/24/photographys-parallel-histories|titulo=The Daguerreotype & The Calotype: Photography’s Parallel Histories|data=2014|acessodata=20 de junho de 2017|publicado=United Photographic Artists Gallery|ultimo=Welch|primeiro=Linz|lingua=en}}</ref>


=== Da câmera escura à câmera moderna ===
=== Da câmera escura à câmera moderna ===
[[Ficheiro:George Eastman founder of Eastman Kodak Company.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|[[George Eastman]], pioneiro do filme fotográfico. A popularização dessa mídia teve grande influência sobre o desenvolvimento das câmeras modernas.]]A primeira câmera fotográfica foi desenvolvida para produção comercial de daguerreótipos, construídas por Alphonse Giroux em 1839.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Giroux assinou um contrato com Daguerre e Isidore Niépce para produzir as câmeras na França,<ref>{{Citar web|url=http://www.ncl.ac.uk/library/special-collections/collections/daguerreotypes/camera|titulo=Daguerreotypes - Giroux Daguerreotype Camera|data=2013|acessodata=2017-06-28|obra=|publicado=University Library, Newcastle University|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> e cada dispositivo e acessórios custava 400 francos, o equivalente a um ano de salário de um trabalhador médio.<ref name=":3">{{Citar web|url=http://www.novacon.com.br/odditycameras/giroux.htm|titulo=Original Giroux Daguerréotype Camera|data=|acessodata=2017-06-28|obra=|publicado=Novacon|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> Essa câmera consistia em uma dupla caixa de madeira com uma lente montada na caixa exterior e um suporte na caixa interna, no qual acoplava-se um vidro fosco emoldurado que funcionava como tela de focagem.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Deslizando a caixa interna, objetos a várias distâncias poderiam ser mais ou menos focalizados. {{Carece de fontes|data=julho de 2017}}Depois de compor a imagem desejada, o vidro fosco era substituído por uma placa sensibilizada com produtos químicos.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Uma roda [[Estriagem|estriada]] na aba da lente funcionava como obturador e era controlada manualmente.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} As câmeras daguerreótipo necessitavam de longos tempos de exposição, que iam de 5 a 30 minutos, e portanto algumas variações de tempo eram toleradas.<ref name=":3" />
[[Ficheiro:George Eastman founder of Eastman Kodak Company.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|[[George Eastman]], pioneiro do filme fotográfico. A popularização dessa mídia teve grande influência sobre o desenvolvimento das câmeras modernas.]]A primeira câmera fotográfica desenvolvida para produção comercial, construída por Alphonse Giroux, um parente de Daguerre, foi lançada em 1839 e era destinada à produção de daguerreótipos.<ref name=":34">Hannavy, John (Ed.) (2008). ''[https://books.google.fr/books?id=Kd5cAgAAQBAJ&lpg=PA368&dq=give%20to%20the%20world%20daguerre%20parliament%20france&pg=PA244#v=snippet&q=244&f=false Encyclopedia of nineteenth-century photography: A-I, index]''(em inglês). New York, London: Routledge. p. 244. [[International Standard Book Number|ISBN]] [[Especial%3AFontes%20de%20livros/9780415972352|9780415972352]]</ref> Giroux assinou um contrato com Daguerre e Isidore Niépce para produzir as câmeras na França,<ref>{{Citar web|url=http://www.ncl.ac.uk/library/special-collections/collections/daguerreotypes/camera|titulo=Daguerreotypes - Giroux Daguerreotype Camera|data=2013|acessodata=2017-06-28|obra=|publicado=University Library, Newcastle University|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> e cada dispositivo e acessórios custava 400 francos,<ref name=":34" /> o equivalente a um ano de salário de um trabalhador médio.<ref name=":3">{{Citar web|url=http://www.novacon.com.br/odditycameras/giroux.htm|titulo=Original Giroux Daguerréotype Camera|data=|acessodata=2017-06-28|obra=|publicado=Novacon|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> Essa câmera consistia em uma dupla caixa de madeira com uma lente montada na caixa exterior e um suporte na caixa interna,<ref name=":34" /> no qual acoplava-se um vidro fosco emoldurado que funcionava como tela de focagem.<ref name=":35">Hannavy, John (Ed.) (2008). ''[https://books.google.fr/books?id=Kd5cAgAAQBAJ&lpg=PA368&dq=give%20to%20the%20world%20daguerre%20parliament%20france&pg=PA254#v=onepage&q=254&f=false Encyclopedia of nineteenth-century photography: A-I, index]''(em inglês). New York, London: Routledge. p. 254. [[International Standard Book Number|ISBN]] [[Especial%3AFontes%20de%20livros/9780415972352|9780415972352]]</ref> Deslizando a caixa interna, objetos a várias distâncias poderiam ser mais ou menos focalizados.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=1AsFdUxOwu8C&lpg=PA87&dq=giroux%20camera%20glass%20screen&pg=PA87#v=onepage&q=giroux%20camera%20glass%20screen&f=false|título=Instruments of Science: An Historical Encyclopedia|ultimo=Bud|primeiro=Robert|ultimo2=Warner|primeiro2=Deborah Jean|data=|editora=Taylor & Francis|ano=1998|local=New York, London|página=87|páginas=|lingua=en|isbn=9780815315612|acessodata=}}</ref> Depois de compor a imagem desejada, o vidro fosco era substituído por uma placa sensibilizada com produtos químicos.<ref name=":35" /> Uma roda [[Estriagem|estriada]] na aba da lente funcionava como obturador e era controlada manualmente.<ref>Hannavy, John (Ed.) (2008). ''[https://books.google.fr/books?id=Kd5cAgAAQBAJ&lpg=PA368&dq=give%20to%20the%20world%20daguerre%20parliament%20france&pg=PA254#v=onepage&q=254&f=false Encyclopedia of nineteenth-century photography: A-I, index]''(em inglês). New York, London: Routledge. p. 538. [[International Standard Book Number|ISBN]] [[Especial%3AFontes%20de%20livros/9780415972352|9780415972352]]</ref> As câmeras daguerreótipo necessitavam de longos tempos de exposição, que iam de 5 a 30 minutos, e portanto algumas variações de tempo eram toleradas.<ref name=":3" />


Graça a melhorias nos processos químicos e no desenho das lentes, por volta de 1840 os tempos de exposição foram reduzidos a apenas alguns segundos.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Daguerreotipistas americanos lançaram placas produzidas em massa e em tamanhos padronizados, que tornaram-se padrões internacionais: placa inteira (6,5 x 8,5 polegadas), placa de três quartos (5,5 x 7 1/8 polegadas), meia placa (4,5 x 5,5 polegadas), placa de um quarto (3,25 x 25,04 polegadas), placa de um sexto (2,75 x 3,25 polegadas), e placa de um nono (2 x 2,5 polegadas). Placas maiores e menores também continuaram a serem produzidas, embora em menor escala.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/48503677|título=The history of photography as seen through the Spira collection|ultimo=Spira|primeiro=S. F.|ultimo2=Lothrop|primeiro2=Eaton S.|ultimo3=Spira|primeiro3=Jonathan B.|data=|editora=Aperture|ano=2001|local=New York|páginas=|isbn=0893819530|oclc=|acessodata=}}</ref>
Graça a melhorias nos processos químicos e no desenho das lentes, por volta de 1840 os tempos de exposição foram reduzidos a apenas alguns segundos.<ref>Hannavy, John (Ed.) (2008). ''[https://books.google.fr/books?id=Kd5cAgAAQBAJ&lpg=PA368&dq=give%20to%20the%20world%20daguerre%20parliament%20france&pg=PA339#v=snippet&q=339&f=false Encyclopedia of nineteenth-century photography: A-I, index]''(em inglês). New York, London: Routledge. p. 339. [[International Standard Book Number|ISBN]] [[Especial%3AFontes%20de%20livros/9780415972352|9780415972352]]</ref> Daguerreotipistas americanos lançaram placas produzidas em massa e em tamanhos padronizados, que tornaram-se padrões internacionais: placa inteira (6,5 x 8,5 polegadas), placa de três quartos (5,5 x 7 1/8 polegadas), meia placa (4,5 x 5,5 polegadas), placa de um quarto (3,25 x 25,04 polegadas), placa de um sexto (2,75 x 3,25 polegadas), e placa de um nono (2 x 2,5 polegadas). Placas maiores e menores também continuaram a serem produzidas, embora em menor escala.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/48503677|título=The history of photography as seen through the Spira collection|ultimo=Spira|primeiro=S. F.|ultimo2=Lothrop|primeiro2=Eaton S.|ultimo3=Spira|primeiro3=Jonathan B.|data=|editora=Aperture|ano=2001|local=New York|páginas=|isbn=0893819530|oclc=|acessodata=}}</ref>


Durante a década de 1850 o processo de placa molhada de [[colódio]] gradualmente substituiu o daguerreótipo,{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} graças principalmente ao seu menor tempo de exposição.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Esse processo requeria que os fotógrafos revestissem e sensibilizassem placas de vidro ou de ferro finos pouco antes da utilização, e as expusesse enquanto ainda molhadas.<ref name=":4" /> As câmeras para este processo eram inicialmente muito simples e pouco diferentes de câmeras daguerreótipo, mas projetos mais sofisticados eventualmente apareceram.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} A câmera Dubroni n. 1, de 1864, permitiu pela primeira vez a sensibilização das placas no interior da própria câmara, eliminando a necessidade de uma câmara escura em separado.<ref>{{Citar web|url=http://www.earlyphotography.co.uk/site/entry_C80.html|titulo=Dubroni No. 1|data=|acessodata=2017-06-28|obra=|publicado=Early Photography|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> Outras câmeras surgiram, equipadas com múltiplas lentes para fotografar vários pequenos retratos em uma única placa maior, e que permitiam ao fotógrafo aumentar grandemente sua produtividade e reduzir seu custo de trabalho.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Foi durante a época de popularidade da placa molhada de colódio que se difundiu o uso de foles no mecanismo de foco das câmeras, que ao aposentar a caixa interna das câmeras permitia torna-las menores e leves.<ref name=":0" />
Durante a década de 1860 o [[Processo de colódio úmido|processo de placas de colódio úmido]] gradualmente substituiu o daguerreótipo,<ref>Hannavy, John (Ed.) (2008). ''[https://books.google.fr/books?id=Kd5cAgAAQBAJ&lpg=PA368&dq=give%20to%20the%20world%20daguerre%20parliament%20france&pg=PA262#v=onepage&q=262&f=false Encyclopedia of nineteenth-century photography: A-I, index]''(em inglês). New York, London: Routledge. p. 262. [[International Standard Book Number|ISBN]] [[Especial%3AFontes%20de%20livros/9780415972352|9780415972352]]</ref> graças principalmente ao seu menor tempo de exposição.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=Vn0CBQAAQBAJ&lpg=PA44&dq=collodion%20replaces%20daguerreotype%20exposure&pg=PA44#v=onepage&q=collodion%20replaces%20daguerreotype%20exposure&f=false|título=Life at the Kiowa, Comanche, and Wichita Agency: The Photographs of Annette Ross Hume|ultimo=Southwell|primeiro=Kristina L.|ultimo2=Lovett|primeiro2=John R.|data=|editora=University of Oklahoma Press|ano=2014|local=Oklahoma|página=44|páginas=|lingua=en|isbn=9780806186450|acessodata=}}</ref> Esse processo requeria que os fotógrafos revestissem e sensibilizassem placas de vidro ou de ferro finos pouco antes da utilização, e as expusesse enquanto ainda molhadas.<ref name=":4" /> Gradualmente foram aparecendo projetos mais sofisticados de câmeras, e o modelo Dubroni n. 1, de 1864, permitiu pela primeira vez a sensibilização das placas no interior da própria câmera, eliminando a necessidade de uma câmera escura em separado.<ref>{{Citar web|url=http://www.earlyphotography.co.uk/site/entry_C80.html|titulo=Dubroni No. 1|data=|acessodata=2017-06-28|obra=|publicado=Early Photography|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> Outras câmeras surgiram, equipadas com múltiplas lentes para fotografar vários pequenos retratos em uma única placa maior, e que permitiam ao fotógrafo aumentar grandemente sua produtividade e reduzir seu custo de trabalho.<ref>Hannavy, John (Ed.) (2008). ''[https://books.google.fr/books?id=Kd5cAgAAQBAJ&lpg=PA368&dq=give%20to%20the%20world%20daguerre%20parliament%20france&pg=PA262#v=onepage&q=262&f=false Encyclopedia of nineteenth-century photography: A-I, index]''(em inglês). New York, London: Routledge. p. 253. [[International Standard Book Number|ISBN]] [[Especial%3AFontes%20de%20livros/9780415972352|9780415972352]]</ref> Foi durante a época de popularidade da placa molhada de colódio que se difundiu o uso de foles no mecanismo de foco das câmeras, que ao aposentar a caixa interna das câmeras permitia torna-las menores e leves.<ref name=":0" />


Por muitos anos, os tempos de exposição bastante longos permitiam ao fotógrafo contar o tempo de exposição em minutos e segundos e controlar a exposição com o simples desacoplar ou acoplar da tampa da lente.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Com o surgimento de materiais fotográficos mais sensíveis, novos modelos de câmeras passaram a incorporar mecanismos de obturador mecânico, que permitem expor por frações de tempo muito mais curtas e com grande ganho de precisão.<ref>{{Citar web|url=http://www.earlyphotography.co.uk/site/shuttern.html|titulo=Shutters|data=|acessodata=2017-06-28|obra=|publicado=Early Photography|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref>
Por muitos anos, os tempos de exposição bastante longos permitiam ao fotógrafo contar o tempo de exposição em minutos e segundos e controlar a exposição com o simples desacoplar ou acoplar da tampa da lente.<ref name=":36" /> Com o surgimento de materiais fotográficos mais sensíveis, novos modelos de câmeras passaram a incorporar mecanismos de obturador mecânico, que permitem expor por frações de tempo muito mais curtas e com grande ganho de precisão.<ref name=":36">{{Citar web|url=http://www.earlyphotography.co.uk/site/shuttern.html|titulo=Shutters|data=|acessodata=2017-06-28|obra=|publicado=Early Photography|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref>


O uso de filme fotográfico foi iniciado por [[George Eastman]], que em 1885 iniciou a fabricação de películas em papel, antes de mudar para um suporte de [[Celuloide|celulóide]] em 1889.<ref name=":0" /> Sua primeira câmera, que batizou de Kodak, foi colocada à venda em 1888 com o slogan "você pressiona o botão - nós fazemos o resto" (''you press the button - we do the rest'').<ref>{{Citar web|url=http://www.kodak.com/corp/aboutus/heritage/milestones/default.htm|titulo=Milestones|data=|acessodata=2017-06-27|obra=|publicado=Kodak.com|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> Essa, era composta por uma caixa simples com uma lente de foco fixo e obturador de velocidade única, que com seu preço relativamente baixo teve grande apelo junto às classes médias.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Cada uma das câmeras Kodak vinha pré-carregada com filme suficiente para 100 exposições e precisava ser enviada de volta para a fábrica para revelação e recarga.<ref>{{Citar web|url=http://americanhistory.si.edu/collections/search/object/nmah_760118|titulo=Original Kodak Camera, Serial No. 540|data=|acessodata=2017-06-27|obra=|publicado=National Museum of American History|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref>
O uso de filme fotográfico foi iniciado por [[George Eastman]], que em 1885 iniciou a fabricação de películas em papel, antes de mudar para um suporte de [[Celuloide|celulóide]] em 1889.<ref>Hannavy, John (Ed.) (2008). ''[https://books.google.fr/books?id=Kd5cAgAAQBAJ&lpg=PA368&dq=give%20to%20the%20world%20daguerre%20parliament%20france&pg=PA250#v=onepage&q=1889%20eastman%20film&f=false Encyclopedia of nineteenth-century photography: A-I, index]''(em inglês). New York, London: Routledge. p. 250. [[International Standard Book Number|ISBN]] [[Especial%3AFontes%20de%20livros/9780415972352|9780415972352]]</ref><ref name=":0" /> Sua primeira câmera, que batizou de Kodak, foi colocada à venda em 1888 com o slogan "você pressiona o botão - nós fazemos o resto" (''you press the button - we do the rest'').<ref>{{Citar web|url=http://www.kodak.com/corp/aboutus/heritage/milestones/default.htm|titulo=Milestones|data=|acessodata=2017-06-27|obra=|publicado=Kodak.com|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> Essa, era composta por uma caixa simples com uma lente de foco fixo e obturador de velocidade única, mas seu preço relativamente alto restringiu seu público às camadas mais afluentes.<ref name=":37">{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=CONJjFMvLZYC&lpg=PA154&dq=1888%20Kodak%20Camera%20consumer%20lens&pg=PA154#v=onepage&q=1888%20Kodak%20Camera%20consumer%20lens&f=false|título=Reflections on Big Spring: A History of Pittsford, NY and the Genesee River Valley|ultimo=McNellis|primeiro=David|data=|editora=AuthorHouse|ano=2010|local=Bloomington|página=154|páginas=|lingua=en|isbn=9781452043586|acessodata=}}</ref> Cada uma das câmeras Kodak vinha pré-carregada com filme suficiente para 100 exposições e precisava ser enviada de volta para a fábrica para revelação e recarga.<ref name=":37" /><ref name=":40">{{Citar web|url=http://americanhistory.si.edu/collections/search/object/nmah_760118|titulo=Original Kodak Camera, Serial No. 540|data=|acessodata=2017-06-27|obra=|publicado=National Museum of American History|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref>


=== Da animação ao filme ===
=== Da animação ao filme ===
[[Ficheiro:Roundhay Garden Scene.ogv|miniaturadaimagem|''[[Roundhay Garden Scene]]'', de 1888, o mais antigo filme de que se tem notícia.]]
[[Ficheiro:Roundhay Garden Scene.ogv|miniaturadaimagem|''[[Roundhay Garden Scene]]'', de 1888, o mais antigo filme de que se tem notícia.]]


A [[cinematografia]] vinha se desenvolvendo desde pelo menos os anos 1830, quando imagens em movimento em baterias e discos rotativos foram produzidas independentemente por Simon von Stampfer ([[estroboscópio]]) na Áustria, [[Joseph Plateau]] ([[fenacistoscópio]]) na Bélgica, e [[William George Horner]] ([[zootropo]]) no Reino Unido.<ref>{{Citar web|url=http://precinemahistory.net/1830.htm|titulo=The History of The Discovery of Cinematography|data=1997|acessodata=2017-06-29|obra=|publicado=Pre-Cinema History|ultimo=Burns|primeiro=Paul|lingua=en}}</ref>
A [[cinematografia]] vinha se desenvolvendo desde pelo menos os anos 1830, quando imagens em movimento em baterias e discos rotativos foram produzidas independentemente por Simon von Stampfer ([[estroboscópio]]) na Áustria, [[Joseph Plateau]] ([[fenacistoscópio]]) na Bélgica, e [[William George Horner]] ([[zootropo]]) no Reino Unido.<ref>{{Citar web|url=http://precinemahistory.net/1830.htm|titulo=The History of The Discovery of Cinematography|data=1997|acessodata=2017-06-29|obra=|publicado=Pre-Cinema History|ultimo=Burns|primeiro=Paul|lingua=en}}</ref>


Em 19 de junho de 1878, [[Eadweard Muybridge]] fotografou com sucesso um cavalo em movimento rápido, com o auxílio de uma série de 12 câmeras dispostas ao longo de uma pista paralela àquela em que corria o cavalo.<ref>{{Citar web|url=http://100photos.time.com/photos/eadweard-muybridge-horse-in-motion|titulo=The Horse in Motion|data=|acessodata=2017-06-28|obra=100 Photographs: The Most Influential Images of All Time|publicado=Time Magazine|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.loc.gov/pictures/item/97502309/|titulo=The Horse in motion. "Sallie Gardner," owned by Leland Stanford; running at a 1:40 gait over the Palo Alto track, 19th June 1878|data=|acessodata=28 de junho de 2017|publicado=Library of Congress USA - Prints and Photographs Division|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> As imagens, tomadas com espaços de tempo de frações de segundo entre si, permitiram sua posterior animação.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Alguns anos mais tarde, em 1882, o cientista francês [[Étienne-Jules Marey|Etienne-Jules Marey]] inventou um dispositivo que chamou de ''fuzil fotográfico'', capaz de captar 12 quadros de imagens consecutivas por segundo e que criava pela primeira vez a possibilidade de fotografar a uma velocidade suficientemente grande para a animação das imagens.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Meier|primeiro=Allison|data=2015-05-11|titulo=The Scientist Who Shot His Photos with a Gun and Inspired Futurism|jornal=Hyperallergic|doi=|url=https://hyperallergic.com/197464/the-scientist-who-shot-his-photos-with-a-gun-and-inspired-futurism/|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref> A isso sucedeu-se o desenvolvimento de películas fotográficas, que permitiram ao operador gravar uma diversidade de imagens tomadas na sequência e a intervalos regulares.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} O filme experimental ''[[Roundhay Garden Scene]]'', gravado em película de papel por [[Louis Le Prince]] em 14 de outubro 1888, é o vídeo mais antigo a ter sido preservado.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Howells|primeiro=R.|data=2006-07-01|titulo=Louis Le Prince: the body of evidence|jornal=Screen|volume=47|numero=2|paginas=179–200|issn=|doi=10.1093/screen/hjl015|url=https://doi.org/10.1093/screen/hjl015|acessodata=20 de junho de 2017|idioma=en}}</ref>
Em 19 de junho de 1878, [[Eadweard Muybridge]] fotografou com sucesso um cavalo em movimento rápido, com o auxílio de uma série de 12 câmeras dispostas ao longo de uma pista paralela àquela em que corria o cavalo.<ref>{{Citar web|url=http://100photos.time.com/photos/eadweard-muybridge-horse-in-motion|titulo=The Horse in Motion|data=|acessodata=2017-06-28|obra=100 Photographs: The Most Influential Images of All Time|publicado=Time Magazine|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.loc.gov/pictures/item/97502309/|titulo=The Horse in motion. "Sallie Gardner," owned by Leland Stanford; running at a 1:40 gait over the Palo Alto track, 19th June 1878|data=|acessodata=28 de junho de 2017|publicado=Library of Congress USA - Prints and Photographs Division|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> As imagens, tomadas com espaços de tempo de frações de segundo entre si, permitiram sua posterior animação.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=O0Eu2DdBbHkC&lpg=PA109&dq=%C2%A01878%20Eadweard%20Muybridge%20horse%20animated&pg=PA109#v=onepage&q=%C2%A01878%20Eadweard%20Muybridge%20horse%20animated&f=false|título=Eadweard Muybridge: The Kingston Museum Bequest|ultimo=Herbert|primeiro=Stephen (Ed.)|editora=The Projection Box|ano=2004|local=Hastings|página=109|páginas=|lingua=en|isbn=9781903000076|acessodata=}}</ref> Alguns anos mais tarde, em 1882, o cientista francês [[Étienne-Jules Marey|Etienne-Jules Marey]] inventou um dispositivo que chamou de ''fuzil fotográfico'', capaz de captar 12 quadros de imagens consecutivas por segundo e que criava pela primeira vez a possibilidade de fotografar a uma velocidade suficientemente grande para a animação das imagens.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Meier|primeiro=Allison|data=2015-05-11|titulo=The Scientist Who Shot His Photos with a Gun and Inspired Futurism|jornal=Hyperallergic|doi=|url=https://hyperallergic.com/197464/the-scientist-who-shot-his-photos-with-a-gun-and-inspired-futurism/|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref> A isso sucedeu-se o desenvolvimento de filmes fotográficos, que permitiram ao operador gravar uma diversidade de imagens tomadas na sequência e a intervalos regulares.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=HZ3SBwAAQBAJ&lpg=PA5&dq=1885%20eastman%20roll%20film%20cinema&pg=PA5#v=onepage&q=1885%20eastman%20roll%20film%20cinema&f=false|título=Motion Picture Restoration: Digital Algorithms for Artefact Suppression in Degraded Motion Picture Film and Video|ultimo=Kokaram|primeiro=Anil C.|data=|editora=Springer Science & Business Media|ano=2013|local=London|página=5|páginas=|lingua=en|isbn=9781447134855|acessodata=}}</ref> O filme experimental ''[[Roundhay Garden Scene]]'', gravado em película de papel por [[Louis Le Prince]] em 14 de outubro 1888, é o mais antigo a ter sido preservado.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Howells|primeiro=R.|data=2006-07-01|titulo=Louis Le Prince: the body of evidence|jornal=Screen|volume=47|numero=2|paginas=179–200|issn=|doi=10.1093/screen/hjl015|url=https://doi.org/10.1093/screen/hjl015|acessodata=20 de junho de 2017|idioma=en}}</ref>
=== A câmera digital ===
=== A câmera digital ===
{{Artigo principal| Câmera digital}}Até o final do século XX o filme fotográfico foi a mídia primária para câmeras fotográficas e de vídeo, mas, embora sua utilização ainda ocorra em certos nichos, sua dominância foi interrompida pela emergência de câmeras digitais, que utilizam um sensor de imagem para captar imagens, convertendo-as em sinais elétricos que podem ser armazenados, exibidas em uma tela e impressas.<ref name=":5">{{Citar periódico|ultimo=Woodford|primeiro=Chris|data=2017|titulo=Digital cameras|jornal=Explain that Stuff|doi=|url=http://www.explainthatstuff.com/digitalcameras.html|acessodata=22 de junho de 2017|idioma=en}}</ref>
{{Artigo principal| Câmera digital}}Até o final do século XX o filme fotográfico foi a mídia primária para câmeras fotográficas e de vídeo, mas, embora sua utilização ainda ocorra em certos nichos, sua dominância foi interrompida pela emergência de câmeras digitais,<ref name=":78" /> que utilizam um sensor de imagem para captar imagens, convertendo-as em sinais elétricos que podem ser armazenados, exibidas em uma tela e impressas.<ref name=":5">{{Citar periódico|ultimo=Woodford|primeiro=Chris|data=2017|titulo=Digital cameras|jornal=Explain that Stuff|doi=|url=http://www.explainthatstuff.com/digitalcameras.html|acessodata=22 de junho de 2017|idioma=en}}</ref>


Câmeras digitais e analógicas compartilham a maior parte de suas características e componentes. A principal diferença entre ambas é que na câmera digital o substrato ou filme dá lugar a um sensor de imagem, normalmente do tipo CCD ou [[CMOS]].{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Alem disso, normalmente câmeras digitais são capazes de exibir imagens em uma tela imediatamente após serem gravadas e permitem apagar imagens gravadas em sua memória.<ref name=":5" /> Câmeras digitais mais avançadas incluem outras funcionalidades como edição de imagens, aplicação de filtros de vídeo, produção de fotografias em ''[[high dynamic range]]'' (HDR) e outros.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}}
Câmeras digitais e analógicas compartilham a maior parte de suas características e componentes, e a principal diferença entre ambas é que na câmera digital o filme dá lugar a um sensor de imagem.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=7hV67QWxbXwC&lpg=PA4&dq=digital%20analog%20sensor%20film%20difference&pg=PA4#v=onepage&q=digital%20analog%20sensor%20film%20difference&f=false|título=Optical Imaging and Spectroscopy|ultimo=Brady|primeiro=David J.|data=2009-04-27|editora=John Wiley & Sons|ano=|local=Durham|página=4|páginas=|lingua=en|isbn=9780470443729|acessodata=}}</ref> Além disso, normalmente câmeras digitais são capazes de exibir imagens em uma tela imediatamente após serem gravadas e permitem apagar imagens gravadas em sua memória.<ref name=":5" /> Câmeras digitais mais avançadas frequentemente incluem outras funcionalidades como produção de fotografias em ''[[high dynamic range]]'' (HDR), junção de múltiplas imagens (''photo stitching''), múltiplas capturas por segundo e outros.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Resnick|primeiro=Mason|data=2013-03-15|titulo=The Best Advanced Compact Digital Cameras Right Now!|jornal=Adorama Learning Center|doi=|url=https://www.adorama.com/alc/0008637/article/Buying-Guide-The-best-system-compact-digital-cameras-right-now|acessodata=21 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.peachpit.com/articles/article.aspx?p=2320220|titulo=Advanced Techniques to Explore with Your Canon EOS 7D Mark II: Panoramas and HDR Images|data=2015|acessodata=2017-07-21|obra=|publicado=Peachpit|ultimo=Revell|primeiro=Jeff|lingua=en}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Tupman|primeiro=Charlie|data=|titulo=Using HDR Photography for Panoramas & 360 Virtual Tours|jornal=PictureCorrect|doi=|url=https://www.picturecorrect.com/tips/using-hdr-photography-for-panoramas-360-virtual-tours/|acessodata=21 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Hall|primeiro=Phil|data=2017|titulo=The 10 best DSLRs you can buy right now|jornal=TechRadar|doi=|url=http://www.techradar.com/news/photography-video-capture/cameras/best-dslr-top-cameras-by-price-and-brand-944543|acessodata=21 de julho de 2017|idioma=en}}</ref>


A primeira câmera que usava um sensor digital para capturar e armazenar imagens foi desenvolvida pelo engenheiro da Kodak [[Steven Sasson]] em 1975.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Ele usou um [[dispositivo de carga acoplada]] (CCD) fornecido pela [[Fairchild Semiconductor]], que possibilitou capturar imagens com apenas 0,01 megapixels de resolução.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Sasson combinou o dispositivo CCD com peças de uma câmera de filme e outros dispositivos que lhe permitiram salvar as imagens em preto e branco captadas em uma [[fita cassete]].{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} As imagens foram então visualizadas em um monitor de TV.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/757518833|título=500 cameras: 170 years of photographic innovation|ultimo=Gustavson|primeiro=Todd|ultimo2=George Eastman|primeiro2=House|editora=Sterling Signature|ano=2011|local=London|páginas=442-443|isbn=1402780869|oclc=|acessodata=20 de junho de 2017|idioma=en}}</ref> Em 1986, a empresa japonesa [[Nikon]] apresentou durante a [[Photokina]] o primeiro protótipo de uma câmera ''reflex'' monobjetiva digital, a Nikon SVC.<ref>{{Citar web|url=http://apphotnum.free.fr/N2BE2.html|titulo=Nikon SLR-type digital cameras|data=|acessodata=2017-06-28|obra=|publicado=Apphotnum|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref>
A primeira câmera a usar um sensor digital para capturar e armazenar imagens foi desenvolvida pelo engenheiro da Kodak [[Steven Sasson]] em 1975.<ref name=":38">{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=f7X5vYbUd0sC&lpg=PA91&dq=Steven%20Sasson%201975%20digital%20tape&pg=PA91#v=onepage&q=Steven%20Sasson%201975%20digital%20tape&f=false|título=The Visual Dictionary of Photography|ultimo=Präkel|primeiro=David|data=|editora=AVA Publishing|ano=2010|local=Lausanne|página=91|lingua=en|isbn=9782940411047|acessodata=}}</ref> Ele usou um [[dispositivo de carga acoplada]] (CCD) fornecido pela [[Fairchild Semiconductor]], que possibilitou capturar imagens com apenas 0,01 megapixels de resolução.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=1YQLAAAAQBAJ&lpg=PA10&dq=Steven%20Sasson%201975%20digital%20tape%200.01%20mp&pg=PA10#v=onepage&q=Steven%20Sasson%201975%20digital%20tape%200.01%20mp&f=false|título=New Image Frontiers:: Defining the Future of Photography|ultimo=Bamberg|primeiro=Matthew|data=|editora=Cengage Learning|ano=2011|local=Boston|página=10|páginas=|lingua=en|isbn=1435458583|acessodata=}}</ref> Sasson combinou o dispositivo CCD com peças de uma câmera de filme e outros dispositivos que lhe permitiram salvar as imagens em preto e branco captadas em uma [[fita cassete]].<ref name=":38" /> As imagens foram então visualizadas em um [[televisor]].<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/757518833|título=500 cameras: 170 years of photographic innovation|ultimo=Gustavson|primeiro=Todd|ultimo2=George Eastman|primeiro2=House|editora=Sterling Signature|ano=2011|local=London|páginas=442-443|isbn=1402780869|oclc=|acessodata=20 de junho de 2017|idioma=en}}</ref> Em 1986, a empresa japonesa [[Nikon]] apresentou durante a [[Photokina]] o primeiro protótipo de uma câmera ''reflex'' monobjetiva digital, a Nikon SVC.<ref>{{Citar web|url=http://apphotnum.free.fr/N2BE2.html|titulo=Nikon SLR-type digital cameras|data=|acessodata=2017-06-28|obra=|publicado=Apphotnum|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref>


Desde o início dos anos 2000 a maioria das câmeras vendidas é digital,<ref>{{Citar web|url=http://petapixel.com/2014/12/15/chart-shows-badly-digital-camera-sales-getting-hammered-smartphones/|titulo=This Chart Shows How the Camera Market Has Changed Over the Past Decades|data=2014-12-15|acessodata=2017-07-11|obra=PetaPixel|publicado=|ultimo=Zhang|primeiro=Michael|lingua=en}}</ref> e equipamentos desse tipo são incorporados em uma variedade de dispositivos que vão desde [[Telefone celular|telefones celulares]] a [[veículo]]s.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}}
Desde o início dos anos 2000 a maioria das câmeras vendidas é digital,<ref name=":78">{{Citar web|url=http://petapixel.com/2014/12/15/chart-shows-badly-digital-camera-sales-getting-hammered-smartphones/|titulo=This Chart Shows How the Camera Market Has Changed Over the Past Decades|data=2014-12-15|acessodata=2017-07-11|obra=PetaPixel|publicado=|ultimo=Zhang|primeiro=Michael|lingua=en}}</ref> e equipamentos desse tipo são incorporados em uma variedade de dispositivos que vão desde [[Telefone celular|telefones celulares]]<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=quEd4w61EYoC&lpg=PA275&dq=cameras%20are%20used%20phones&pg=PA275#v=onepage&q=cameras%20are%20used%20phones&f=false|título=ICTs for Mobile and Ubiquitous Urban Infrastructures: Surveillance, Locative Media and Global Networks: Surveillance, Locative Media and Global Networks|ultimo=Firmino|primeiro=Rodrigo (Ed.)|data=2010-10-31|editora=IGI Global|ano=|local=Hershey|página=275|páginas=|lingua=en|isbn=9781609600532|acessodata=}}</ref> a [[veículo]]s.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=CZDIAwAAQBAJ&lpg=PA97&dq=cameras%20are%20used%20in%20cars%20phones&pg=PA97#v=onepage&q=cameras%20are%20used%20in%20cars%20phones&f=false|título=Distributed Embedded Smart Cameras: Architectures, Design and Applications|ultimo=Bobda|primeiro=Christophe|ultimo2=Velipasalar|primeiro2=Senem|data=|editora=Springer|ano=2014|local=New York|página=5|lingua=en|isbn=9781461477051|acessodata=}}</ref>


== Componentes típicos ==
== Componentes típicos ==
Embora o conceito e a funcionalidade de alguns componentes possam variar entre as diferentes gamas, marcas e categorias de câmeras, os seguintes componentes estão presentes na vasta maioria dos equipamentos:
Embora o conceito e a funcionalidade de alguns componentes possam variar entre as diferentes gamas, marcas e categorias de câmeras, os seguintes componentes estão presentes na vasta maioria dos equipamentos:<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=Ck26ZIQ51QIC&lpg=PT135&dq=camera%20parts%20vary%20shutter%20viewfinder%20screen&pg=PT135#v=onepage&q=camera%20parts%20vary%20shutter%20viewfinder%20screen&f=false|título=Reframing Photography: Theory and Practice|ultimo=Modrak|primeiro=Rebekah|ultimo2=Anthes|primeiro2=Bill|editora=Routledge|ano=2011|local=Abingdom|página=82|páginas=|lingua=en|isbn=9780415779197|acessodata=}}</ref>


[[Ficheiro:Reflex camera (description).svg|miniaturadaimagem|Componentes típicos de uma câmera:  1. Elementos frontais da objetiva; 2. Elementos intermediários da objetiva; 3. Diafragma; 4. Obturador; 5. Filme ou sensor; 6. Cinta de fixação; 7. Disparador; 8. Comando do aparelho; 9. Contador de quadros; 10. Visor; 11. Sapata de flash; 12. Dispositivo de focagem; 13. Pentaprisma; 14. Espelho de reflexo.]]
[[Ficheiro:Reflex camera (description).svg|miniaturadaimagem|Ilustração de uma [[Câmera reflex monobjetiva|câmera SLR]] que mostra os componentes típicos de uma câmera: 1. Elementos frontais da objetiva; 2. Elementos intermediários da objetiva; 3. Diafragma; 4. Obturador; 5. Filme ou sensor; 6. Cinta de fixação; 7. Disparador; 8. Comando do aparelho; 9. Contador de quadros; 10. Visor; 11. Sapata de flash; 12. Dispositivo de focagem; 13. Pentaprisma; 14. Espelho de reflexo.]]


# Elementos frontais: Os elementos frontais e intermediários são parte da [[Objectiva (fotografia)|objetiva]].{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Embora comumente referida como lente, tecnicamente esta refere-se a cada componente ou elemento da objetiva.<ref name=":14">{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=|titulo=How Does Single-Lens Reflex (SLR) Camera Work - Phogulum: Blog Through the Camera Eye|jornal=Phogulum: Blog Through the Camera Eye|doi=|url=http://www.phogulum.com/guides-stuff/how-does-single-lens-reflex-slr-camera-work/|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref> Os elementos frontais de objetivas contemporâneas frequentemente recebem um tratamento - que pode ser visto por seu tom azulado ou amarela - que lhe dá maior durabilidade e a capacidade de refletir faixas indesejadas do espectro de luz.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Além disso, objetivas com ''zoom'' utilizam-se da movimentação dos elementos frontais para controlar a [[distância focal]] do conjunto.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}}
# Elementos frontais: Os elementos frontais e intermediários são parte da [[Objectiva (fotografia)|objetiva]].<ref>{{Citar periódico|ultimo=Mosoner|primeiro=Liz|data=2017|titulo=Learn About Your Camera Lens|jornal=The Spruce|doi=|url=https://www.thespruce.com/what-to-know-about-camera-lenses-2688631|acessodata=21 de julho de 2017|lingua=en}}</ref> Embora comumente referida como lente, tecnicamente esta refere-se a cada componente ou elemento da objetiva.<ref name=":14">{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=|titulo=How Does Single-Lens Reflex (SLR) Camera Work - Phogulum: Blog Through the Camera Eye|jornal=Phogulum: Blog Through the Camera Eye|doi=|url=http://www.phogulum.com/guides-stuff/how-does-single-lens-reflex-slr-camera-work/|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref> Os elementos frontais de objetivas contemporâneas frequentemente recebem um tratamento - que pode ser visto por seu tom azulado ou amarela - que lhe dá maior durabilidade e a capacidade de diminuir reflexos e consequentemente aberrações óticas.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Cicala|primeiro=Roger|data=2011|titulo=All About Lens Coatings|jornal=Canon Rumors|doi=|url=http://www.canonrumors.com/tech-articles/all-about-lens-coatings/|acessodata=21 de julho de 2017|idioma=en-us}}</ref> Além disso, objetivas com ''zoom'' utilizam-se da movimentação dos elementos frontais para controlar a [[distância focal]] do conjunto.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=hcq_40I_7egC&lpg=PA32&dq=camera%20front%20elements%20movement%20zoom&pg=PA32#v=onepage&q=camera%20front%20elements%20movement%20zoom&f=false|título=Optics in Photography|ultimo=Kingslake|primeiro=Rudolf|editora=SPIE Press|ano=1992|local=Belligham|página=32|lingua=en|isbn=9780819407634}}</ref>
# Elementos intermediários: Juntamente com os elementos frontais, os elementos intermediários da objetiva têm como objetivo principal focalizar a luz à altura do plano de foco, onde encontra-se o filme ou sensor.<ref name=":14" /> Como a luz viaja em velocidades distintas em meios distintos, ao deixar o ar e penetrar a lente ela sobre uma curvatura que afeta as proporções da imagem captada pela câmera, e bbjetivas empregam um número variado de lentes convexas e côncavas para corrigir esse fenômeno.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Harris|primeiro=Tom|data=2001-03-21|titulo=How Cameras Work|jornal=How Stuff Works|doi=|url=http://electronics.howstuffworks.com/camera.htm|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en}}</ref>
# Elementos intermediários: Juntamente com os elementos frontais, os elementos intermediários da objetiva têm como objetivo principal focalizar a luz à altura do plano de foco, em que encontra-se o filme ou sensor.<ref name=":14" /> A luz viaja em velocidades distintas em meios distintos, e diferentes espectros de luz viajam em velocidades distintas quando penetram as lentes.<ref name=":41" /> Par, objetivas para evitar aberrações óticas causadas por esses fenômenos, objetivas empregam um número variado de lentes de diferentes materiais e propriedades, que são combinadas.<ref name=":41">{{Citar periódico|ultimo=Harris|primeiro=Tom|data=2001-03-21|titulo=How Cameras Work|jornal=How Stuff Works|doi=|url=http://electronics.howstuffworks.com/camera.htm|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en}}</ref>
# Diafragma: O [[Diafragma fotográfico|diafragma]] regula o diâmetro do orifício através do qual a luz penetra a câmera, e portanto é determinante em relação à quantidade de luz admitida.<ref name=":15">{{Citar web|url=https://stopshootingauto.com/2007/07/12/how-your-camera-works-in-overly-simplified-terms/|titulo=How your camera works, in overly simplified terms|data=2007|acessodata=2017-07-12|obra=|publicado=Stop Shooting Auto!|ultimo=Akhmad|primeiro=Guntar|lingua=en}}</ref> É composto por um conjunto de finas lâminas justapostas que normalmente se localizam dentro da objetiva, e um anel ao redor da lente frequentemente permite que se mova essas pás, regulando a quantidade de luz admitida.<ref>{{Citar web|url=https://improvephotography.com/29529/aperture-blades-many-best/|titulo=Aperture Blades: How many is best?|data=2013|acessodata=2017-07-12|obra=Improve Photography|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en-US}}</ref> Essa quantidade de luz é indicada pelo chamado número f ou f-stop, uma numeração universal (normalmente 1.4, 2, 2.8, 4, 5.6, 8, 11, 16, 22, 32, 45, 64 e assim por diante) que é inversamente proporcional à quantidade de luz admitida pelo diafragma.<ref>{{Citar web|url=https://www.edmundoptics.com/resources/application-notes/imaging/lens-iris-aperture-setting/|titulo=f/# (Lens Iris/Aperture Setting)|data=|acessodata=2017-07-12|obra=Edmund Optics|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref>
# Diafragma: O [[Diafragma fotográfico|diafragma]] regula o diâmetro do orifício através do qual a luz penetra a câmera, e portanto é determinante em relação à quantidade de luz admitida.<ref name=":15">{{Citar web|url=https://stopshootingauto.com/2007/07/12/how-your-camera-works-in-overly-simplified-terms/|titulo=How your camera works, in overly simplified terms|data=2007|acessodata=2017-07-12|obra=|publicado=Stop Shooting Auto!|ultimo=Akhmad|primeiro=Guntar|lingua=en}}</ref> É composto por um conjunto de finas lâminas justapostas que normalmente se localizam dentro da objetiva, e frequentemente um anel ao redor da objetiva permite que se mova essas pás, regulando a quantidade de luz admitida.<ref>{{Citar web|url=https://improvephotography.com/29529/aperture-blades-many-best/|titulo=Aperture Blades: How many is best?|data=2013|acessodata=2017-07-12|obra=Improve Photography|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en-US}}</ref> Essa quantidade de luz é indicada pelo chamado número f ou ''f-stop'', uma numeração universal (normalmente 1.4, 2, 2.8, 4, 5.6, 8, 11, 16, 22, 32, 45, 64 e assim por diante) que é inversamente proporcional à quantidade de luz admitida pelo diafragma.<ref>{{Citar web|url=https://www.edmundoptics.com/resources/application-notes/imaging/lens-iris-aperture-setting/|titulo=f/# (Lens Iris/Aperture Setting)|data=|acessodata=2017-07-12|obra=Edmund Optics|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref>
# Obturador: O [[obturador]] (no caso da imagem deste artigo, um [[obturador de plano focal]]) consiste em um dispositivo que abre e fecha de acordo com uma regulação de tempo, controlando o tempo de exposição do filme ou à luz.<ref name=":15" /> O tempo de abertura do obturador é geralmente expresso em frações de segundo (por exemplo 1/125,<ref name=":16">{{Citar web|url=https://stopshootingauto.com/2007/07/26/shutter-speed-how-it-works/|titulo=Shutter speed, how it works|data=2007-07-26|acessodata=2017-07-12|obra=|publicado=Stop Shooting Auto!|ultimo=Akhmad|primeiro=Gutar|lingua=en}}</ref> que é a maior fração de tempo recomendada para fotografias feitas com a câmera em mãos e sem o auxílio de um [[tripé]]). Juntamente com o diafragma, o obturador é determinante para a quantidade de luz admitida pela câmera e a que o filme ou sensor é exposto.<ref name=":17">{{Citar web|url=https://stopshootingauto.com/2007/07/13/three-things-that-go-into-exposure/|titulo=Three things that go into exposure|data=2007-07-13|acessodata=2017-07-12|obra=|publicado=Stop Shooting Auto!|ultimo=Guntar|primeiro=Akhmad|lingua=en}}</ref>
# Obturador: O [[obturador]] (no caso da imagem deste artigo, um [[obturador de plano focal]]) consiste em um dispositivo que abre e fecha de acordo com uma regulação de tempo, controlando o intervalo de tempo de exposição do filme à luz.<ref name=":15" /><ref name=":16">{{Citar web|url=https://stopshootingauto.com/2007/07/26/shutter-speed-how-it-works/|titulo=Shutter speed, how it works|data=2007-07-26|acessodata=2017-07-12|obra=|publicado=Stop Shooting Auto!|ultimo=Akhmad|primeiro=Gutar|lingua=en}}</ref> O tempo de abertura do obturador é geralmente expresso em frações de segundo (por exemplo 1/125, que é a menor fração de tempo que alguns fotógrafos recomendam para fotografias feitas com a câmera em mãos e sem o auxílio de um [[tripé]]).<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/6092522|título=The camera|ultimo=Adams|primeiro=Ansel|editora=New York Graphic Society|ano=1980|local=Boston|página=116|páginas=|lingua=en|isbn=9780821210925|oclc=|acessodata=}}</ref> Juntamente com o diafragma, o obturador é determinante para a quantidade de luz admitida pela câmera e a que o filme ou sensor é exposto.<ref name=":17">{{Citar web|url=https://stopshootingauto.com/2007/07/13/three-things-that-go-into-exposure/|titulo=Three things that go into exposure|data=2007-07-13|acessodata=2017-07-12|obra=|publicado=Stop Shooting Auto!|ultimo=Guntar|primeiro=Akhmad|lingua=en}}</ref>
# Mídia: O filme fotográfico ou sensor de imagem são substratos sobre o qual a luz é exposta.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Como tal, são responsáveis por registrar a imagem recebida, armazenando-a em sua superfície (através de processos foto-químicos, no caso dos filmes) ou em outros componentes (por meio de processos eletrônicos, no caso de sensores).{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} A sensibilidade do sensor ou do filme é variável e expressa normalmente na [[Sensibilidade fotográfica|escala ISO]] (embora as escalas ASA e DIN tenham sido populares no passado).<ref name=":17" />
# Mídia: O filme fotográfico ou sensor de imagem são substratos sobre o qual a luz é exposta.<ref>{{Citar web|url=http://www.masteringfilm.com/the-practical-differences-between-film-and-digital-sensors/|titulo=Mastering Film » The Practical Differences Between Film and Digital Sensors|data=|acessodata=2017-07-21|obra=|publicado=Mastering Film|ultimo=Stump|primeiro=David|lingua=en}}</ref> Como tal, são responsáveis por registrar a imagem recebida, armazenando-a em sua superfície (através de processos foto-químicos, no caso dos filmes)<ref>{{Citar web|url=http://wwwca.kodak.com/global/en/consumer/education/lessonPlans/lessonPlan152.shtml|titulo=The Basics of Film|data=|acessodata=2017-07-21|obra=|publicado=Kodak|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> ou em outros componentes (por meio de processos eletrônicos, no caso de sensores).<ref>{{Citar periódico|ultimo=Golowczynski|primeiro=Matt|data=2016-06-23|titulo=Digital camera sensors explained|jornal=What Digital Camera|doi=|url=http://www.whatdigitalcamera.com/technical-guides/technology-guides/sensors-explained-11457|acessodata=21 de julho de 2017|lingua=en}}</ref> A sensibilidade do sensor ou do filme é variável e expressa normalmente na [[Sensibilidade fotográfica|escala ISO]] (embora as escalas ASA e DIN tenham sido populares no passado).<ref name=":17" />
# Cinta de fixação: A cintura que permite ao operador manter o equipamento preso ao seu corpo.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}}
# Cinta de fixação: A cintura que permite ao operador manter o equipamento preso ao seu corpo e acessa-lo com rapidez.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Lodi|primeiro=Erin|data=2017|titulo=The Best Camera Straps (for Function and Fashion)|jornal=The Wirecutter|doi=|url=http://thewirecutter.com/reviews/best-camera-straps-for-function-and-fashion/|acessodata=21 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref>
# Disparador ou gatilho: O botão ou manivela que permite ao operador disparar a câmera e realizar uma fotografia.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Schurman|primeiro=Kyle|data=2017|titulo=How Do the Camera Buttons and Shutter Button Work?|jornal=Lifewire|doi=|url=https://www.lifewire.com/what-do-the-camera-buttons-do-493742|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en}}</ref>
# Disparador ou gatilho: O botão ou manivela que permite ao operador disparar a câmera e realizar uma fotografia.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Schurman|primeiro=Kyle|data=2017|titulo=How Do the Camera Buttons and Shutter Button Work?|jornal=Lifewire|doi=|url=https://www.lifewire.com/what-do-the-camera-buttons-do-493742|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en}}</ref>
# Comando do aparelho: Desde os anos 1970 frequentemente câmeras possuem uma variedade de modos de exposição pré-configurados para situações específicas, como atividades esportivas, cenas ao ar livre, cenas noturnas e outras.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} O comando do aparelho permite ao usuário escolher uma dessas opções ou, no caso de câmeras mais avançadas, também modos de operação manual que permitem maior controle sobre as variáveis do processo fotográfico.<ref name=":18">{{Citar web|url=https://stopshootingauto.com/2007/09/10/how-your-camera-works-exposure-modes/|titulo=How your camera works– exposure modes|data=2007-09-10|acessodata=2017-07-12|obra=|publicado=Stop Shooting Auto!|ultimo=Akhmad|primeiro=Guntar|lingua=en}}</ref> Tipicamente, em câmeras SLR as opções disponíveis incluem: Caixa verde: modo automático; P: modo de programa ou semi-automático; Tv: modo de prioridade do obturador (o fotógrafo determina o tempo do obturador e a câmera regula automaticamente o restante); Av: modo de prioridade de abertura (o fotógrafo determina a abertura do diafragma e a câmera regula automaticamente o restante); M: modo manual; B: modo de sincronização com dispositivo exterior de flash.<ref name=":18" />
# Comando do aparelho: Frequentemente câmeras possuem uma variedade de [[Modo de exposição|modos de exposição]] pré-configurados para situações específicas, como atividades esportivas, cenas ao ar livre, cenas noturnas e outras.<ref>{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=2013-08-27|titulo=PASM — Using Exposure Modes|jornal=It's Just Light|doi=|url=http://www.itsjustlight.com/photography-course/pasm-camera-exposure-modes/|acessodata=21 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref> O comando do aparelho permite ao usuário escolher uma dessas opções ou, no caso de câmeras mais avançadas, também modos de operação manual que permitem maior controle sobre as variáveis do processo fotográfico.<ref name=":18">{{Citar web|url=https://stopshootingauto.com/2007/09/10/how-your-camera-works-exposure-modes/|titulo=How your camera works– exposure modes|data=2007-09-10|acessodata=2017-07-12|obra=|publicado=Stop Shooting Auto!|ultimo=Akhmad|primeiro=Guntar|lingua=en}}</ref> Tipicamente, em câmeras SLR as opções disponíveis incluem: Caixa verde: modo automático; P: modo de programa ou semi-automático; Tv: modo de prioridade do obturador (o fotógrafo determina o tempo do obturador e a câmera regula automaticamente o restante); Av: modo de prioridade de abertura (o fotógrafo determina a abertura do diafragma e a câmera regula automaticamente o restante); M: modo manual; B: modo de sincronização com dispositivo exterior de flash.<ref name=":18" />


# Contador de quadros: O contador de quadros é um dispositivo que permite a uma câmera fotográfica indicar o número de fotografias já realizadas ou ainda não realizadas em um filme fotográfico que se encontra dentro da câmera.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Normalmente esse número é zerado a cada vez que se abre o compartimento de filme.<ref>{{Citar web|url=https://en.mimi.hu/photography/frame_counter.html|titulo=Frame counter|data=|acessodata=2017-07-12|obra=Mimi Photography|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref>
# Contador de quadros: O contador de quadros é um dispositivo que permite a uma câmera fotográfica indicar o número de fotografias já realizadas ou ainda não realizadas em um filme fotográfico que se encontra dentro da câmera.<ref name=":42" /> Normalmente esse número é zerado a cada vez que se abre o compartimento de filme.<ref name=":42">{{Citar web|url=https://en.mimi.hu/photography/frame_counter.html|titulo=Frame counter|data=|acessodata=2017-07-12|obra=Mimi Photography|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref>
# Visor: O caso mais comum consiste em um visor ótico alimentado pelo pentaprisma, mas no caso das câmeras ''mirrorless'' pode ser um visor eletrônico e no caso das câmeras lambe-lambe e TLR pode tomar a forma de um vidro de focagem.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} No caso das câmeras SLR, permite visualizar exatamente a imagem que será fotografada, diferentemente de câmeras ''rangefinder'', compactas e TLR, que mostram uma cena ligeiramente deslocada.<ref name=":19">{{Citar web|url=http://www.mediacollege.com/photography/camera/slr/|titulo=SLR Cameras|data=|acessodata=2017-07-12|obra=|publicado=Media College|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> Câmeras contemporâneas frequentemente possuem um visor adicional que normalmente consiste em um [[LCD|display de cristal líquido]] (LCD) que permite ao operador visualizar facilmente as imagens que serão e que já foram fotografadas.<ref name=":20">{{Citar web|url=http://mashable.com/2012/11/15/dslr-photography/|titulo=This Is How Your DSLR Camera Actually Works|data=2012|acessodata=2017-07-12|obra=Mashable|publicado=|ultimo=Fankhauser|primeiro=Dani|lingua=en}}</ref>
# Visor: Em câmeras SLR consiste em um visor ótico alimentado pela luz refletida no pentaprisma<ref name=":14" /> e em câmeras de telêmetro e de visor paralelo em um visor ótico alimentado diretamente pela luz da cena.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Taylor|primeiro=Josh|data=2016|titulo=A Primer on Rangefinder Cameras|jornal=B&H Explora|doi=|url=https://www.bhphotovideo.com/explora/photography/buying-guide/primer-rangefinder-cameras/bi/2446/kbid/3285|acessodata=22 de julho de 2017|lingua=en}}</ref> Câmeras ''mirrorless'', por sua vez, possuem um visor eletrônico,<ref name=":7" /> e câmeras lambe-lambe e TLR não possuem um visor propriamente dito, pois utilizam o vidro de focagem como auxílio para composição da cena a ser fotografada.<ref name=":43">{{citar periódico|ultimo=Rotschild|primeiro=Norman|data=Agosto 1984|ano=|titulo=Twin-lens reflex cameras: how a leap into the past can be a plus for your future|jornal=Popular Photography|paginas=|doi=|url=https://books.google.fr/books?id=wIrBoRhX4zAC&lpg=PA12&ots=fQIpnQlb3X&dq=tlr%20what%20is%20focusing%20screen%20how%20it%20works&pg=PA12#v=onepage&q=tlr%20what%20is%20focusing%20screen%20how%20it%20works&f=false|acessodata=|lingua=en|página=12}}</ref><ref name=":44">{{Citar web|url=http://av.jpn.support.panasonic.com/support/global/cs/dsc/knowhow/knowhow10.html|titulo=Viewfinder Basics|data=|acessodata=2017-07-21|obra=|publicado=Panasonic: Digital Camera Lumix Know-Hows|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> No caso das câmeras SLR, permite visualizar exatamente a imagem que será fotografada, diferentemente de câmeras ''rangefinder'', compactas e TLR, que mostram uma cena ligeiramente deslocada.<ref name=":19">{{Citar web|url=http://www.mediacollege.com/photography/camera/slr/|titulo=SLR Cameras|data=|acessodata=2017-07-12|obra=|publicado=Media College|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> Câmeras digitais contemporâneas frequentemente possuem um visor adicional do tipo [[LCD|display de cristal líquido]] (LCD), que permite ao operador visualizar facilmente as imagens que serão e que já foram fotografadas.<ref name=":20">{{Citar web|url=http://mashable.com/2012/11/15/dslr-photography/|titulo=This Is How Your DSLR Camera Actually Works|data=2012|acessodata=2017-07-12|obra=Mashable|publicado=|ultimo=Fankhauser|primeiro=Dani|lingua=en}}</ref>
# Sapata de flash: A sapata de flash, também chamada sapata quente ou ''hot shoe'', permite acoplar um equipamento de [[Flash (fotografia)|flash]] à câmera e dispara-lo. Contrapõe-se às chamadas sapatas frias, que permitem tão somente acoplar o flash à câmera, sendo o disparo desse equipamento normalmente feito por meio de um cabo acessório.<ref>{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=|titulo=Glossary: Definition - Cold Shoe|jornal=Photokonnexion|doi=|url=http://www.photokonnexion.com/2870-2/|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref>
# Sapata de flash: A sapata de flash, também chamada sapata quente ou ''hot shoe'', permite acoplar um equipamento de [[Flash (fotografia)|flash]] à câmera e dispara-lo.<ref name=":45" /> Contrapõe-se às chamadas sapatas frias, que permitem tão somente acoplar o flash à câmera, sendo o disparo desse equipamento normalmente feito por meio de um cabo acessório.<ref name=":45">{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=|titulo=Glossary: Definition - Cold Shoe|jornal=Photokonnexion|doi=|url=http://www.photokonnexion.com/2870-2/|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref>
# Dispositivo de focagem: O dispositivo de focagem, via de regra um anel ao redor da objetiva, permite mover os grupos de elementos desta e ajustar o foco da imagem projetada no filme ou sensor.<ref>{{Citar web|url=http://www.steves-digicams.com/knowledge-center/how-tos/digital-camera-operation/camera-lens-parts-focusing-ring.html#b|titulo=Camera Lens Parts: Focusing Ring|data=|acessodata=2017-07-12|obra=Steve's Digicams|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref><ref name=":23">{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/664675263|título=Photography : the concise guide|ultimo=Warren|primeiro=Bruce|data=|editora=Wadsworth/Cengage Learning|ano=2012|edicao=2|local=Boston|página=41-43|páginas=|lingua=en|isbn=9780495897804|oclc=|acessodata=}}</ref> Objetivas contemporâneas frequentemente contam com componentes que lhe permitem focar automaticamente.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Dependendo do tipo de câmera, o dispositivo de foco pode ser uma manivela ou botão.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}}
# Dispositivo de focagem: O dispositivo de focagem, via de regra um anel ao redor da objetiva,<ref>{{Citar web|url=http://www.steves-digicams.com/knowledge-center/how-tos/digital-camera-operation/camera-lens-parts-focusing-ring.html#b|titulo=Camera Lens Parts: Focusing Ring|data=|acessodata=2017-07-12|obra=Steve's Digicams|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> permite mover os grupos de elementos desta e ajustar o foco da imagem projetada no filme ou sensor.<ref name=":23">{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=FQtuNqweX8sC&lpg=PT54&dq=types%20of%20cameras%20photography&pg=PT54#v=onepage&q=types%20of%20cameras%20photography&f=false|título=Photography : the concise guide|ultimo=Warren|primeiro=Bruce|data=|editora=Wadsworth/Cengage Learning|ano=2012|edicao=2|local=Boston|página=41-43|páginas=|lingua=en|isbn=9780495897804|oclc=|acessodata=}}</ref> Câmeras contemporâneas frequentemente contam com componentes que lhe permitem focar automaticamente.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Mansurov|primeiro=Nasim|data=2015|titulo=How Phase Detection Autofocus Works|jornal=Photography Life|doi=|url=https://photographylife.com/how-phase-detection-autofocus-works|acessodata=22 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref>
# Pentaprisma ou vidro de focagem: O [[pentaprisma]] ou, dependendo do tipo de câmera, o vidro de focagem, permitem ao operador da câmera visualizar e compor a cena que será fotografa ou filmada.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Vidros de focagem são mais simples e recebem a luz diretamente do espelho de reflexo.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Pentaprismas, por outro lado, são componentes sofisticados que fazem uso de espelhos para refletir e dirigir a luz em direção ao visor, corrigindo a cena que de outro modo seria exibida invertida.<ref name=":14" />
# Pentaprisma ou vidro de focagem: O [[pentaprisma]] ou, dependendo do tipo de câmera, o vidro de focagem, permitem ao operador da câmera visualizar e compor a cena que será fotografa ou filmada.<ref name=":14" /><ref name=":43" /> Vidros de focagem são mais simples e recebem a luz diretamente do espelho de reflexo.<ref name=":43" /><ref name=":46" /> Pentaprismas, por outro lado, são componentes sofisticados que fazem uso de espelhos para refletir e dirigir a luz em direção ao visor, corrigindo a cena que de outro modo seria exibida invertida.<ref name=":14" />
# Espelho de reflexo: O espelho de reflexo é responsável por desviar a luz em direção ao pentarisma ou diretamente à tela de focagem, dependendo do tipo de câmera.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Em câmeras SLR o espelho desloca-se uma vez que o gatilho é disparado, de forma a dar passagem à luz,<ref name=":14" /> e por esse motivo a imagem enviada ao visor é interrompida durante a realização de uma fotografia.<ref name=":19" />
# Espelho de reflexo: O espelho de reflexo é responsável por desviar a luz em direção ao pentarisma ou diretamente à tela de focagem, dependendo do tipo de câmera.<ref name=":43" /><ref name=":7" /> Em câmeras SLR o espelho desloca-se uma vez que o gatilho é disparado, de forma a dar passagem à luz,<ref name=":14" /> e por esse motivo a imagem enviada ao visor é interrompida durante a realização de uma fotografia.<ref name=":19" />


== Funcionamento ==
== Funcionamento ==
[[Ficheiro:SLR cross section.svg|miniaturadaimagem|esquerda|286x286px|Funcionamento de uma câmera SLR: 1. Objetiva; 2. Espelho refletor; 3. Obturador; 4. Sensor; 5. Tela de focagem; 6. Lente condensadora; 7. Pentaprisma; 8. Visor.]]
[[Ficheiro:SLR cross section.svg|miniaturadaimagem|esquerda|286x286px|Funcionamento de uma câmera SLR: 1. Objetiva; 2. Espelho refletor; 3. Obturador; 4. Sensor; 5. Tela de focagem; 6. Lente condensadora; 7. Pentaprisma; 8. Visor.]]
Uma câmera fotográfica é um dispositivo óptico que registra uma única imagem de uma cena em um sensor eletrônico ou filme fotográfico.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Embora originalmente fossem projetadas para captar unicamente o espectro visível da luz, com o passar do tempo foram desenvolvidas câmeras que permitem captar outras porções do espectro eletromagnético, a exemplo das [[Câmera de infravermelho|câmeras para infravermelho]].<ref>{{citar periódico|ultimo=Rogalski|primeiro=A.|data=2012|titulo=History of infrared detectors|jornal=Opto−Electronics Review|volume=20(3)|paginas=279–308|doi=|url=https://pdfs.semanticscholar.org/7b0a/f5463bc3be37a1b4649a6c80e56b350b94ec.pdf|acessodata=27 de junho de 2017|idioma=en}}</ref>
Uma câmera fotográfica é um dispositivo óptico que registra uma única imagem de uma cena em um sensor eletrônico ou filme fotográfico.<ref name=":39" /> Embora inicialmente fossem projetadas para captar unicamente o espectro visível da luz, com o passar do tempo foram desenvolvidas câmeras que permitem captar outras porções do espectro eletromagnético, a exemplo das [[Câmera de infravermelho|câmeras para infravermelho]].<ref>{{citar periódico|ultimo=Rogalski|primeiro=A.|data=2012|titulo=History of infrared detectors|jornal=Opto−Electronics Review|volume=20(3)|paginas=279–308|doi=|url=https://pdfs.semanticscholar.org/7b0a/f5463bc3be37a1b4649a6c80e56b350b94ec.pdf|acessodata=27 de junho de 2017|idioma=en}}</ref>


A ampla maioria das câmeras possuem a mesma concepção básica: Após a luz penetrar por uma objetiva (1), um mecanismo de diafragma controla o diâmetro do orifício por onde a luz deve passar e um mecanismo de obturador (3) controla o intervalo de tempo de entrada de luz na câmera.<ref name=":17" /> A combinação desses dois elementos determina a quantidade de luz que é recebida pelo sensor ou filme, e a combinação desses dois elementos com a sensibilidade do filme ou sensor (4) determina a exposição da imagem, que pode ser mais ou menos escura.<ref name=":17" /><ref name=":16" />
A ampla maioria das câmeras possuem a mesma concepção básica: Após a luz penetrar por uma objetiva (1), um mecanismo de diafragma controla o diâmetro do orifício por onde a luz deve passar e um mecanismo de obturador (3) controla o intervalo de tempo de entrada de luz na câmera.<ref name=":17" /> A combinação desses dois elementos determina a quantidade de luz que é recebida pelo sensor ou filme,<ref>{{Citar web|url=http://www.cambridgeincolour.com/tutorials/camera-exposure.htm|titulo=Camera Exposure: Aperture, ISO & Shutter Speed|data=|acessodata=2017-07-21|obra=|publicado=Cambridge in Colour: a Learning Community for Photographers|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> e a combinação desses dois elementos com a sensibilidade do filme ou sensor (4) determina a exposição da imagem, que pode ser mais ou menos escura.<ref name=":17" /><ref name=":16" />


Além disso, a maioria das câmeras têm funções que permitem ao operador visualizar a cena a ser gravada, e essa funcionalidade lhe permite escolher quais elementos estarão em foco ou desfocados, e ainda o enquadramento e composição da imagem que realizará.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Em câmeras modernas isso é feito por meio de um sensor de imagem que alimenta diretamente o visor (8)<ref name=":20" /> ou por meio de um conjunto mecânico:<ref>{{Citar periódico|ultimo=Mansurov|primeiro=Nasim|data=2017|titulo=What is a DSLR (Digital SLR) Camera?|jornal=Photography Life|doi=|url=https://photographylife.com/what-is-a-dslr|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref> um espelho móvel (2) direciona a luz para uma tela de focagem (5);<ref name=":19" /> os raios de luz são alinhados por uma [[lente condensadora]] (6); os raios de luz penetram em um pentaprisma (7); e esse dispositivo reflete a luz para o visor (8), invertendo a orientação da imagem.<ref name=":14" /> Conjuntos mecânicos deste tipo têm o inconveniente de serem menos silenciosos, pois a cada disparo o espelho refletor (2) é movimentado para dar passagem à luz e ocasiona o ruído característico de câmeras fotográficas.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Por outro lado, eles têm a vantagem de permitir ao fotógrafo focar e disparar com maior precisão e agilidade.<ref name=":19" />
Além disso, a maioria das câmeras têm funções que permitem ao operador visualizar a cena a ser gravada, e essa funcionalidade lhe permite escolher quais elementos estarão em foco ou desfocados, e ainda o enquadramento e composição da imagem que realizará.<ref name=":44" /> Em câmeras modernas isso é feito por meio de um sensor de imagem que alimenta diretamente o visor (8)<ref name=":20" /> ou por meio de um conjunto mecânico:<ref>{{Citar periódico|ultimo=Mansurov|primeiro=Nasim|data=2017|titulo=What is a DSLR (Digital SLR) Camera?|jornal=Photography Life|doi=|url=https://photographylife.com/what-is-a-dslr|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref> um espelho móvel (2) direciona a luz para uma tela de focagem (5);<ref name=":19" /> os raios de luz são alinhados por uma [[lente condensadora]] (6); os raios de luz penetram em um pentaprisma (7); e esse dispositivo reflete a luz para o visor (8), invertendo a orientação da imagem.<ref name=":14" /> Conjuntos mecânicos deste tipo têm o inconveniente de serem menos silenciosos, pois a cada disparo o espelho refletor (2) é movimentado para dar passagem à luz e ocasiona um ruído característico.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=Mw5ADAAAQBAJ&lpg=PT135&dq=mirror%20slap%20sound&pg=PT135#v=onepage&q=mirror%20slap%20sound&f=false|título=Digital Photography For Dummies|ultimo=King|primeiro=Julie Adair|data=|editora=John Wiley & Sons|ano=2016|local=Hoboken|páginas=336|lingua=en|isbn=9781119235644|acessodata=}}</ref> Por outro lado, eles têm a vantagem de permitir ao fotógrafo focar e disparar com maior precisão e agilidade.<ref name=":19" />


== Classificação quanto ao formato do filme/sensor ==
== Classificação quanto ao formato do filme/sensor ==
{{Artigo principal|Filme fotográfico}}
{{Artigo principal|Filme fotográfico}}
De maneira geral, câmeras são classificadas quanto ao formato do filme que utilizam, e, como essa classificação consolidou-se ao longo dos anos, ela acabou por extender-se às câmeras digitais, e neste caso leva em consideração o tamanho de seu sensor de imagem.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Essa classificação estabelece três categorias, que correspondem a faixas de largura do filme utilizado.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Câmeras de vídeo, em específico, também podem ser classificadas em função das diferentes larguras de filme de [[bitola cinematográfica]]: 8, 16, 35 e 70 mm.<ref>{{Citar web|url=https://wichm.home.xs4all.nl/filmsize.html|titulo=One hundred Years of Film Sizes|data=1996|acessodata=2017-07-12|obra=Review of the Fotografica Society (Netherlands)|publicado=|ultimo=Rogge|primeiro=Michael|lingua=en}}</ref>
De maneira geral, câmeras são classificadas quanto ao formato do filme que utilizam, e, no caso das câmeras digitais, isso leva em consideração o tamanho de seu sensor de imagem.<ref name=":47">{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=_zoqBgAAQBAJ&lpg=PA207&dq=medium%20format%20digital&pg=PA207#v=onepage&q=medium%20format%20digital&f=false|título=The Medium Format Advantage|ultimo=Wildi|primeiro=Ernst|data=|editora=CRC Press|ano=2012|local=Woburn|página=207|páginas=|lingua=en|isbn=9781136092145|acessodata=}}</ref> Essa classificação estabelece três categorias, que correspondem a faixas de largura do filme utilizado.<ref name=":23" /> Câmeras de vídeo, em específico, também podem ser classificadas em função das diferentes larguras de filme de [[bitola cinematográfica]]: 8, 16, 35 e 70 mm.<ref>{{Citar web|url=https://wichm.home.xs4all.nl/filmsize.html|titulo=One hundred Years of Film Sizes|data=1996|acessodata=2017-07-12|obra=Review of the Fotografica Society (Netherlands)|publicado=|ultimo=Rogge|primeiro=Michael|lingua=en}}</ref>


=== Pequeno formato ===
=== Pequeno formato ===
[[Ficheiro:Film size comparison.jpg|miniaturadaimagem|220x220px|Comparação entre filmes de médio e pequeno formato.]]Embora não exista um padrão oficial, costumeiramente são classificadas como de pequeno formato câmeras digitais e analógicas que gravam imagens em mídias iguais ou menores do que 24 × 36 mm, que é o tamanho de cada imagem de um filme de 35 mm e constitui um quadro inteiro ou ''full-frame''.<ref name=":23" /> A maioria das câmeras produzidas e comercializadas desde os anos 1980 pertence a esta categoria, primeiro na forma de câmeras analógicas que utilizam filme de 35 mm, e posteriormente na forma de câmeras digitais.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Mesmo algumas câmeras digitais utilizadas por profissionais possuem sensores menores do que 24 × 36 mm, e, para se ter uma idéia da dominância desse formato, da linha de câmeras comercializadas pela [[Canon]] em 2017 apenas três modelos principais, todos de topo-de-gama, são oferecidos com sensor ''full-frame''.<ref>{{Citar web|url=http://www.canon.co.uk/for_home/product_finder/cameras/camera-selector/|titulo=Compare Canon Cameras|data=|acessodata=2017-06-27|obra=|publicado=Canon UK|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref>
[[Ficheiro:Film size comparison.jpg|miniaturadaimagem|220x220px|Comparação entre filmes de médio e pequeno formato.]]Embora não exista um padrão oficial, costumeiramente são classificadas como de pequeno formato câmeras digitais e analógicas que gravam imagens em mídias iguais ou menores do que 24 × 36 mm, que é o tamanho de cada imagem de um filme de 35 mm e constitui um quadro inteiro ou ''full-frame''.<ref name=":23" /> A maioria das câmeras produzidas e comercializadas desde os anos 1980 pertence a esta categoria, primeiro na forma de câmeras analógicas que utilizam filme de 35 mm, e posteriormente na forma de câmeras digitais.<ref name=":48">{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=Ck26ZIQ51QIC&pg=PT124&lpg=PT124&dq=small+format+are+the+most+common+cameras&source=bl&ots=RZMzs9MF3Z&sig=wRGhEikosSRsSHDmYQ-50upnX-g&hl=en&sa=X&ved=0ahUKEwimgvbbwpvVAhXF2xoKHfXmC0AQ6AEITDAH#v=onepage&q=small%20format%20are%20the%20most%20common%20cameras&f=false|título=Reframing Photography: Theory and Practice|ultimo=Modrak|primeiro=Rebekah|ultimo2=Anthes|primeiro2=Bill|data=|editora=Routledge|ano=2011|local=Abingdom|página=72|páginas=|lingua=en|isbn=9780415779197|acessodata=}}</ref> Mesmo algumas câmeras digitais utilizadas por profissionais possuem sensores menores do que 24 × 36 mm, e, para se ter uma idéia da dominância desse formato, da linha de câmeras comercializadas pela [[Canon]] em 2017 apenas três modelos principais, todos de topo-de-gama, são oferecidos com sensor ''full-frame''.<ref>{{Citar web|url=http://www.canon.co.uk/for_home/product_finder/cameras/camera-selector/|titulo=Compare Canon Cameras|data=|acessodata=2017-06-27|obra=|publicado=Canon UK|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref>


=== Médio formato ===
=== Médio formato ===
Geralmente são classificadas como de médio formato câmeras digitais e analógicas que gravam imagens em mídias maiores que 24 × 36 mm<ref name=":24" /> mas menores que 4 × 5 polegadas.<ref name=":23" /> O termo se aplica igualmente a câmeras analógicas que utilizam filme de médio formato e câmeras analógicas adaptadas para uso digital e câmeras digitais que usam sensores maiores que um quadro de filme de 35 mm.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Câmeras digitais de formato médio constituem equipamentos particularmente caros, e tipicamente custam entre US$6.000 (Mamiya 645DF+)<ref>{{Citar web|url=https://www.bhphotovideo.com/c/product/963698-REG/mamiya_518_00800a_645df_medium_format_dslr.html|titulo=Mamiya 645DF|data=|acessodata=2017-06-27|obra=|publicado=B & H Photovideo|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> e US$36.000 (Hasselblad H5D-50c).<ref>{{Citar web|url=https://www.bhphotovideo.com/c/product/1078379-REG/hasselblad_3013707_h5d_50c_multi_shot_medium_format.html|titulo=Hasselblad H5D-50c Multi-Shot Medium Format|data=|acessodata=2017-06-27|obra=|publicado=B & H Photovideo|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref>
Geralmente são classificadas como de médio formato câmeras digitais e analógicas que gravam imagens em mídias maiores que 24 × 36 mm<ref name=":24" /> mas menores que 4 × 5 polegadas.<ref name=":23" /> O termo se aplica igualmente a câmeras analógicas que utilizam filme de médio formato e câmeras analógicas adaptadas para uso digital e câmeras digitais que usam sensores maiores que um quadro de filme de 35 mm.<ref name=":47" /> Câmeras digitais de formato médio constituem equipamentos particularmente caros, e tipicamente custam entre US$6.000 (Mamiya 645DF+)<ref>{{Citar web|url=https://www.bhphotovideo.com/c/product/963698-REG/mamiya_518_00800a_645df_medium_format_dslr.html|titulo=Mamiya 645DF|data=|acessodata=2017-06-27|obra=|publicado=B & H Photovideo|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> e US$36.000 (Hasselblad H5D-50c).<ref>{{Citar web|url=https://www.bhphotovideo.com/c/product/1078379-REG/hasselblad_3013707_h5d_50c_multi_shot_medium_format.html|titulo=Hasselblad H5D-50c Multi-Shot Medium Format|data=|acessodata=2017-06-27|obra=|publicado=B & H Photovideo|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref>


=== Grande formato ===
=== Grande formato ===
Grande formato refere-se a qualquer câmera que grave imagens em mídia igual ou maior do que 4 × 5 polegadas (102 × 127 mm).<ref name=":23" /> As câmeras de grande formato estão entre os primeiros dispositivos fotográficos criados, e antes de ampliações se popularizarem era comum imprimir fotografias em escala 1:1 a partir de um negativo de 4 × 5, 5 × 7 ou 8 × 10 polegadas.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} As imagens produzidas por essas câmeras são maiores do que aquelas produzidas por câmeras de médio formato (em geral de 6 × 6 cm ou 6 × 9 cm), e muito maiores do que as produzidas por câmeras de pequeno formato.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} A principal vantagem do grande formato, seja em filme ou digital, é a maior resolução no mesmo tamanho de pixels ou a mesma resolução com pixels maiores.<ref name=":23" /><ref>{{Citar periódico|ultimo=Rosemond|primeiro=Hans|data=2016-09-05|titulo=35mm, Medium Format, Large Format: Which Should You Choose?|jornal=Fstoppers|doi=|url=https://fstoppers.com/education/35mm-medium-format-large-format-which-should-you-choose-144442|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref>
Grande formato refere-se a qualquer câmera que grave imagens em mídia igual ou maior do que 4 × 5 polegadas (102 × 127 mm).<ref name=":23" /> As câmeras de grande formato estão entre os primeiros dispositivos fotográficos criados,<ref name=":48" /> e as imagens produzidas por elas são maiores e melhores do que aquelas produzidas por câmeras de médio formato (em geral de 6 × 6 cm ou 6 × 9 cm), e muito maiores e melhores do que as produzidas por câmeras de pequeno formato.<ref name=":48" /><ref>{{Citar web|url=https://www.bhphotovideo.com/find/Product_Resources/largeformat1.jsp|titulo=Introduction To Large Format, Part I|data=|acessodata=2017-07-21|obra=|publicado=B & H Photovideo|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> A principal vantagem do grande formato, seja em filme ou digital, é a maior resolução no mesmo tamanho de pixels ou a mesma resolução com pixels maiores.<ref name=":23" /><ref>{{Citar periódico|ultimo=Rosemond|primeiro=Hans|data=2016-09-05|titulo=35mm, Medium Format, Large Format: Which Should You Choose?|jornal=Fstoppers|doi=|url=https://fstoppers.com/education/35mm-medium-format-large-format-which-should-you-choose-144442|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref>


== Categorias de câmeras fotográficas ==
== Categorias de câmeras fotográficas ==
Além da bitola do filme que utilizam, uma diversidade de características físicas das câmeras têm influenciado a sua classificação em categorias.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Essas características incluem o tipo de dispositivo para visualização das imagens que serão captadas, o sistema de objetivas (única ou gêmeas) e ainda o tipo de substrato para captação da imagem (digital ou filme), dentre outras.<ref name=":23" /> Frequentemente essas características não se excluem mutuamente, e portanto uma mesma câmera pode ser classificada de mais de uma maneira.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}}
Além da bitola do filme que utilizam, uma diversidade de características físicas das câmeras têm influenciado a sua classificação em categorias.<ref name=":49">{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=G_bGBAAAQBAJ&lpg=PA52&dq=types%20of%20cameras%20photography&pg=PA52#v=onepage&q=types%20of%20cameras%20photography&f=false|título=Photography Redefined|ultimo=Sharma|primeiro=Gaurav|data=|editora=Lulu|ano=2013|local=|página=52|páginas=|lingua=en|isbn=9781300837480|acessodata=}}</ref> Essas características incluem principalmente o tipo de dispositivo para visualização das imagens que serão captadas, mas também o sistema de objetivas (única ou gêmeas) e ainda o tipo de substrato para captação da imagem (digital ou filme), dentre outras.<ref name=":23" /><ref name=":24" />


=== Câmara estenopeica ou ''pinhole'' ===
=== Câmara estenopeica ou ''pinhole'' ===
{{Artigo principal|Câmera pinhole}}Câmeras estenopeicas ou ''pinhole'' (literalmente, buraco de agulha) são as mais simples e aquelas em que o princípio fundamental da câmera escura é mais evidente.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} O termo ''pinhole'' descreve a ausência de uma objetiva nessas câmeras, que ao invés apresentam um pequeno orifício em um dos lados: a luz penetra através dele, projetando uma imagem invertida sobre o filme ou sensor.<ref name=":22" />
{{Artigo principal|Câmera pinhole}}Câmeras estenopeicas ou ''pinhole'' (literalmente, buraco de agulha) são as mais simples e aquelas em que o princípio fundamental da câmera escura é mais evidente.<ref name=":22" /><ref name=":0" /> O termo ''pinhole'' descreve a ausência de uma objetiva nessas câmeras, que ao invés apresentam um pequeno orifício em um dos lados: a luz penetra através dele, projetando uma imagem invertida sobre o filme ou sensor.<ref name=":22" /><ref name=":21">{{Citar web|url=http://www.andybrain.com/sciencelab/2008/02/03/how-to-make-a-pinhole-camera-learn-how-your-eyes-work/|titulo=How to make a pinhole camera. Learn how your eyes work.|data=2008|acessodata=2017-07-11|obra=|publicado=Digital Bits Science Labs|ultimo=|primeiro=|lingua=en-US}}</ref>


Câmeras estonopeicas comercializadas podem apresentar funcionalidades como um suporte para filme, um obturador e até mesmo um visor.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Dada a simplicidade desse equipamento, ele é frequentemente construído pelo próprio usuário e nesses casos podem consistir tão somente em uma caixa com orifício coberta internamente com um material fosco e preto.<ref name=":21" />
Câmeras estonopeicas comercializadas podem apresentar funcionalidades como um suporte para filme, um obturador e até mesmo um visor.<ref name=":0" /> Dada a simplicidade desse equipamento, ele é frequentemente construído pelo próprio usuário e nesses casos podem consistir tão somente em uma caixa com orifício coberta internamente com um material fosco e preto.<ref name=":21" />
[[Ficheiro:George Eastman patent no 388,850.png|miniaturadaimagem|235x235px|Patente da primeira câmera da [[Kodak]], uma câmera-caixote.]]
[[Ficheiro:George Eastman patent no 388,850.png|miniaturadaimagem|235x235px|Patente da primeira câmera da [[Kodak]], uma câmera-caixote.]]


=== Câmera-caixote ===
=== Câmera-caixote ===
Câmeras-caixote estão entre os primeiros modelos vendidos em larga escala para o público amador.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Equipamentos mecanicamente simples, consistem normalmente de uma caixa com lente de foco fixo, um obturador simples e um diafragma com um ou poucos estágios.<ref>{{Citar web|url=http://www.collectorsweekly.com/cameras/box-cameras|titulo=Box Cameras|acessodata=2017-07-12|obra=Collectors Weekly|lingua=en}}</ref> São câmeras sólidas e de fácil operação, e embora tecnologicamente tenham sido ultrapassadas rapidamente, sua produção continuou até pelo meados dos anos 1950, principalmente na forma de pseudo-TLR, imitações das então populares câmeras ''reflex'' de objetivas gêmeas.<ref>{{Citar web|url=http://schneidan.com/2014/07/14/kodak-duaflex-ii-vintage-pseudo-tlr-camera/|titulo=Kodak Duaflex II vintage pseudo-TLR camera review and photos|data=2014|acessodata=2017-07-12|obra=|publicado=Daniel J. Schneider|ultimo=Schneider|primeiro=Daniel J.|lingua=en}}</ref>
Câmeras-caixote estão entre os primeiros modelos vendidos em larga escala para o público amador.<ref name=":40" /> Equipamentos mecanicamente simples, consistem normalmente de uma caixa com lente de foco fixo, um obturador simples e um diafragma com um ou poucos estágios.<ref>{{Citar web|url=http://www.collectorsweekly.com/cameras/box-cameras|titulo=Box Cameras|acessodata=2017-07-12|obra=Collectors Weekly|lingua=en}}</ref> São câmeras sólidas e de fácil operação, e embora tecnologicamente tenham sido ultrapassadas rapidamente, sua produção continuou até pelo meados dos anos 1950, principalmente na forma de pseudo-TLR, imitações das então populares câmeras ''reflex'' de objetivas gêmeas.<ref name=":46">{{Citar web|url=http://schneidan.com/2014/07/14/kodak-duaflex-ii-vintage-pseudo-tlr-camera/|titulo=Kodak Duaflex II vintage pseudo-TLR camera review and photos|data=2014|acessodata=2017-07-12|obra=|publicado=Daniel J. Schneider|ultimo=Schneider|primeiro=Daniel J.|lingua=en}}</ref>


=== Câmera compacta ou ''point-and-shoot'' ===
=== Câmera compacta ou ''point-and-shoot'' ===
{{Artigo principal|Câmera compacta}}Câmeras compactas são as mais comuns e amplamente distribuídas atualmente.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Uma câmera é classificada compacta ou aponte-e-dispare (em referência à sua denominação em língua inglesa, ''point-and-shoot'') quando é desenvolvida para operação simples, contando tipicamente com uma objetiva de foco fixo e modos de exposição pré-definidos.<ref name=":24" /> Via de regra a visualização da cena é feita através de um visor paralelo, e portanto essas câmeras também podem ser classificadas por esse critério.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Como consequência dessa característica, essas câmeras apresentam [[paralaxe]], fenômeno no qual a imagem visualizada pelo operador é ligeiramente deslocada em relação àquela efetivamente capturada pelo equipamento.<ref>{{Citar web|url=http://www.pahnation.com/viewfinders-and-parallax-error-in-point-and-shoot-digital-cameras/|titulo=Viewfinders and Parallax Error in Point and Shoot Digital Cameras {{!}} PAH|data=|acessodata=2017-07-12|obra=|publicado=PAH Nation|ultimo=|primeiro=|lingua=en-US}}</ref>
{{Artigo principal|Câmera compacta}}Câmeras compactas são as mais comuns e amplamente distribuídas atualmente.<ref name=":49" /> Uma câmera é classificada compacta ou aponte-e-dispare (em referência à sua denominação em língua inglesa, ''point-and-shoot'') quando é desenvolvida para operação simples, contando tipicamente com uma objetiva de foco fixo e modos de exposição pré-definidos.<ref name=":24" /> Via de regra a visualização da cena é feita através de um visor paralelo,<ref name=":49" /> e portanto essas câmeras também podem ser classificadas por esse critério. Como consequência dessa característica, essas câmeras apresentam [[paralaxe]], fenômeno no qual a imagem visualizada pelo operador é ligeiramente deslocada em relação àquela efetivamente capturada pelo equipamento.<ref>{{Citar web|url=http://www.pahnation.com/viewfinders-and-parallax-error-in-point-and-shoot-digital-cameras/|titulo=Viewfinders and Parallax Error in Point and Shoot Digital Cameras {{!}} PAH|data=|acessodata=2017-07-12|obra=|publicado=PAH Nation|ultimo=|primeiro=|lingua=en-US}}</ref>
=== Câmera de visor paralelo ou ''viewfinder'' ===
=== Câmera de visor paralelo ou ''viewfinder'' ===
Uma câmera de visor paralelo é uma câmera equipada com dispositivo que permite ao utilizador visualizar aproximadamente a mesma cena que será capturada, auxiliando na composição da imagem final.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Seu nome faz referência exatamente a essa característica: um visor com ângulo de visualização paralelo ao ângulo de captação da imagem.<ref name=":23" /> Enquanto outras câmeras permitem ao utilizador visualizar a mesma cena que será capturada ou ainda controlar visualmente o foco do aparelho, câmeras de visor paralelo somente fornecem ao operador um referencial para enquadramento da cena.<ref name=":23" />
Uma câmera de visor paralelo é uma câmera equipada com dispositivo que permite ao utilizador visualizar aproximadamente a mesma cena que será capturada, auxiliando na composição da imagem final.<ref name=":23" /> Seu nome faz referência exatamente a essa característica: um visor com ângulo de visualização paralelo ao ângulo de captação da imagem.<ref name=":23" /> Enquanto outras câmeras permitem ao utilizador visualizar a mesma cena que será capturada ou ainda controlar visualmente o foco do aparelho, câmeras de visor paralelo somente fornecem ao operador um referencial para enquadramento da cena.<ref name=":23" />


Inicialmente câmeras não contavam com dispositivos que permitiam ao operador compor a imagem, e a composição era um processo bastante aproximado.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Com o passar do tempo acessórios foram integrados às câmeras, primeiro na forma de uma moldura externa (também chamada ''visor de esportes'')<ref>{{Citar web|url=http://www.urban75.org/photos/ikodot-finder.html|titulo=Ikodot Sports Finder For Cameras|data=2007|acessodata=2017-07-12|obra=|publicado=Urban75|ultimo=Slocombe|primeiro=Mike|lingua=en}}</ref> e depois na forma de um visor incorporado à câmera ou ''viewfinder''.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Em todos esses casos o visor permanece independente do restante do funcionamento da câmera.<ref name=":23" />[[Ficheiro:Sp-400.jpg|thumb|139x139px|Câmera ''rangefinder'' [[Nikon]]. As duas janelas mais afastadas, na parte frontal, permitem calcular a distância e focar.]]
Inicialmente câmeras não contavam com dispositivos que permitiam ao operador compor a imagem, e a composição era um processo bastante aproximado.<ref name=":4" /> Com o passar do tempo acessórios foram integrados às câmeras, primeiro na forma de uma moldura externa (também chamada ''visor de esportes'')<ref>{{Citar web|url=http://www.urban75.org/photos/ikodot-finder.html|titulo=Ikodot Sports Finder For Cameras|data=2007|acessodata=2017-07-12|obra=|publicado=Urban75|ultimo=Slocombe|primeiro=Mike|lingua=en}}</ref> e depois na forma de um visor incorporado à câmera ou ''viewfinder''.<ref name=":23" /> Em todos esses casos o visor permanece independente do restante do funcionamento da câmera.<ref name=":23" />[[Ficheiro:Sp-400.jpg|thumb|139x139px|Câmera ''rangefinder'' [[Nikon]]. As duas janelas mais afastadas, na parte frontal, permitem calcular a distância e focar.]]


=== Câmera de telêmetro ou ''rangefinder'' ===
=== Câmera de telêmetro ou ''rangefinder'' ===
Uma câmera de telêmetro, também chamada ''rangefinder'' (que calcula distâncias) é uma câmera equipada com um [[telêmetro]], um dispositivo que permite medir a distância entre a cena que se quer capturar e a câmera, e consequentemente focar essa cena com relativa precisão e agilidade.<ref name=":23" /> O telêmetro tipicamente utilizado em câmeras é do tipo ''split-image'': um mecanismo que apresenta ao operador duas visualizações semelhantes de uma mesma cena, que ao serem sobrepostas permitem à câmera focalizar a cena.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Johnston|primeiro=Mike|data=2009-01-13|titulo=Understanding Viewfinders - Luminous Landscape|jornal=Luminous Landscape|doi=|url=https://luminous-landscape.com/understanding-viewfinders/|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref>
Uma câmera de telêmetro, também chamada ''rangefinder'' (que calcula distâncias) é uma câmera equipada com um [[telêmetro]], um dispositivo que permite medir a distância entre a cena que se quer capturar e a câmera, e consequentemente focar essa cena com relativa precisão e agilidade.<ref name=":23" /> O telêmetro tipicamente utilizado em câmeras é do tipo ''split-image'': um mecanismo que apresenta ao operador duas visualizações semelhantes de uma mesma cena, que ao serem sobrepostas permitem à câmera focalizar a cena.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Johnston|primeiro=Mike|data=2009-01-13|titulo=Understanding Viewfinders - Luminous Landscape|jornal=Luminous Landscape|doi=|url=https://luminous-landscape.com/understanding-viewfinders/|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref>


Inicialmente o telêmetro consistia em um acessório externo e opcional, que normalmente era acoplado à sapata de flash e simplesmente fornecia ao operador um dado numérico (como a distância em metros) que era então informado manualmente no dispositivo de foco da câmera.<ref>{{Citar web|url=http://connealy.blogspot.fr/2016/02/accessory-rangefinders.html|titulo=Accessory Rangefinders|data=2016|acessodata=2017-07-12|obra=Photography & Vintage Film Cameras|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> Contudo, desde os anos 1970 câmeras comuns passaram a incorporar um mecanismo integrado que transmite automaticamente a informação do telêmetro ao dispositivo de foco, permitindo calcular a distância e focar em uma mesma operação.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} As câmeras de telêmetro ou ''rangefinder'' são sobretudo essas últimas, normalmente dotadas de duas ou três janelas frontais e um ou dois visores traseiros (ou seja, um único visor para composição e foco, ou visores independentes para foco e composição).<ref>{{Citar web|url=https://web2.ph.utexas.edu/~yue/misc/rangefinder.html|titulo=Rangefinder Cameras|data=2017|acessodata=2017-07-12|obra=|publicado=U.T. Austin Physics Department|ultimo=Yue|primeiro=Andrew|lingua=en}}</ref>[[Ficheiro:Rolleiflex Baby de face.jpg|miniaturadaimagem|210x210px|Câmera TLR da linha [[Rolleiflex]]. A lente superior permite visualizar a cena e a inferior projeta a luz sobre o filme.]]
Inicialmente o telêmetro consistia em um acessório externo e opcional, que normalmente era acoplado à sapata de flash e simplesmente fornecia ao operador um dado numérico (como a distância em metros) que era então informado manualmente no dispositivo de foco da câmera.<ref>{{Citar web|url=http://connealy.blogspot.fr/2016/02/accessory-rangefinders.html|titulo=Accessory Rangefinders|data=2016|acessodata=2017-07-12|obra=Photography & Vintage Film Cameras|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref><ref name=":50">{{Citar web|url=http://photoethnography.com/ClassicCameras/finders.html|titulo=Accessory Finders|data=|acessodata=2017-07-22|obra=|publicado=Photoethnography.com|ultimo=Nakamura|primeiro=Karen|lingua=en}}</ref> Contudo, desde os anos 1950 câmeras comuns passaram a incorporar um mecanismo integrado que transmite automaticamente a informação do telêmetro ao dispositivo de foco, permitindo calcular a distância e focar em uma mesma operação.<ref name=":50" /> As câmeras de telêmetro ou ''rangefinder'' são sobretudo essas últimas, normalmente dotadas de duas ou três janelas frontais e um ou dois visores traseiros (ou seja, um único visor para composição e foco, ou visores independentes para foco e composição).<ref>{{Citar web|url=https://web2.ph.utexas.edu/~yue/misc/rangefinder.html|titulo=Rangefinder Cameras|data=2017|acessodata=2017-07-12|obra=|publicado=U.T. Austin Physics Department|ultimo=Yue|primeiro=Andrew|lingua=en}}</ref>[[Ficheiro:Rolleiflex Baby de face.jpg|miniaturadaimagem|210x210px|Câmera TLR da linha [[Rolleiflex]]. A lente superior permite visualizar a cena e a inferior projeta a luz sobre o filme.]]


=== Câmera ''reflex'' de objetivas gêmeas ou TLR ===
=== Câmera ''reflex'' de objetivas gêmeas ou TLR ===
{{Artigo principal| Câmera reflex de objetivas gêmeas}}Uma câmara ''reflex'' de objetivas gêmeas, também chamada TLR em referência ao seu nome em inglês (''twin lens reflex''), é um tipo de câmera com duas objetivas do mesmo comprimento focal, daí seu nome fazer referência a objetivas gêmeas.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Uma das lentes (dita de tomada) é responsável por receber a luz e direciona-la ao filme ou sensor, enquanto a outra objetiva envia uma imagem semelhante ao vidro de focagem, por meio de um espelho refletor.<ref name=":23" /> Frequentemente operadas à altura da cintura, normalmente o vidro de foco é visto de cima.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Hunt|primeiro=Bellamy|data=2012-02-21|titulo=Medium format cameras - a buyers guide: Part 1|jornal=Japan Camera Hunter|doi=|url=http://www.japancamerahunter.com/2012/02/medium-format-cameras-a-buyers-guide-part-1/|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref>
{{Artigo principal| Câmera reflex de objetivas gêmeas}}Uma câmera ''reflex'' de objetivas gêmeas, também chamada TLR em referência ao seu nome em inglês (''twin lens reflex''), é um tipo de câmera com duas objetivas do mesmo comprimento focal, daí seu nome fazer referência a objetivas gêmeas.<ref name=":23" /><ref name=":56">{{Citar web|url=http://www.nelsontan.com/articlespage/twinlenscameras.html|titulo=Twin-Lens Reflex Cameras|data=|acessodata=2017-07-22|obra=|publicado=NelsonTan: Photography and all about it|ultimo=Tan|primeiro=Nelson|lingua=en}}</ref> Uma das lentes (dita de tomada) é responsável por receber a luz e direciona-la ao filme ou sensor, enquanto a outra objetiva envia uma imagem semelhante ao vidro de focagem, por meio de um espelho refletor.<ref name=":23" /><ref name=":56" /> Frequentemente operadas à altura da cintura, normalmente o vidro de foco é visto de cima.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Hunt|primeiro=Bellamy|data=2012-02-21|titulo=Medium format cameras - a buyers guide: Part 1|jornal=Japan Camera Hunter|doi=|url=http://www.japancamerahunter.com/2012/02/medium-format-cameras-a-buyers-guide-part-1/|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref>


Amplamente utilizadas por profissionais e amadores,<ref>{{Citar web|url=http://www.kenrockwell.com/tech/intro2mf.htm|titulo=Introduction to Medium Format Photography|data=2005|acessodata=2017-07-12|obra=|publicado=KenRockwell.com|ultimo=Rockwell|primeiro=Ken|lingua=en}}</ref> praticamente todas as TLR produzidas são câmeras de filme, muitas delas usando filme 120. Isso decorre principalmente do fato de o auge das câmeras TLR ter terminado muito antes da era das câmeras digitais.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Apesar de sua superação tecnológica, esse tipo de equipamento conta com seus apreciadores, e a linha de TLR [[Rolleiflex]] continuou em produção até o início do século XXI.<ref>{{Citar web|url=http://www.collectorsweekly.com/cameras/twin-lens-reflex|titulo=Twin Lens Reflex Cameras|acessodata=2017-07-12|obra=Collectors Weekly|lingua=en}}</ref>
Amplamente utilizadas por profissionais e amadores,<ref>{{Citar web|url=http://www.kenrockwell.com/tech/intro2mf.htm|titulo=Introduction to Medium Format Photography|data=2005|acessodata=2017-07-12|obra=|publicado=KenRockwell.com|ultimo=Rockwell|primeiro=Ken|lingua=en}}</ref> praticamente todas as TLR produzidas são câmeras de filme,<ref name=":57">{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=2016|titulo=8 TLR Cameras For the Creative Photographer|jornal=Lomography|doi=|url=https://www.lomography.com/magazine/319470-8-tlr-cameras-for-the-creative-photographer|acessodata=22 de julho de 2017|idioma=en}}</ref> muitas delas usando filme 120.<ref name=":57" /> Isso decorre principalmente do fato de o auge das câmeras TLR ter terminado muito antes da era das câmeras digitais.<ref>{{Citar web|url=https://www.theregister.co.uk/2008/03/19/minidigi_af_rolleiflex/|titulo=Twin-lens reflex camera updated for digital era|data=2008|acessodata=2017-07-22|publicado=The Register|ultimo=Sherwood|primeiro=James|lingua=en}}</ref><ref name=":56" /> Apesar de sua superação tecnológica, esse tipo de equipamento conta com seus apreciadores, e a linha de TLR [[Rolleiflex]] continuou em produção até o início do século XXI.<ref>{{Citar web|url=http://www.collectorsweekly.com/cameras/twin-lens-reflex|titulo=Twin Lens Reflex Cameras|acessodata=2017-07-12|obra=Collectors Weekly|lingua=en}}</ref>


=== Câmera ''reflex'' monobjetiva ou SLR ===
=== Câmera ''reflex'' monobjetiva ou SLR ===
{{Artigo principal|Câmera reflex monobjetiva}}Contemporaneamente, as câmeras ''reflex'' monobjetivas, também referidas pela sigla SLR em referência ao seu nome em inglês (''single lens reflex''), são as mais amplamente utilizadas por profissionais e amadores especializados.<ref name=":25">{{Citar web|url=http://www.kenrockwell.com/tech/rangefinder-vs-slr.htm|titulo=Rangefinder vs. SLR cameras|data=2009|acessodata=2017-07-12|obra=|publicado=KenRockwell.com|ultimo=Rockwell|primeiro=Ken|lingua=en}}</ref> Embora a ampla maioria das câmeras SLR fabricadas e comercializadas sejam modelos simples e com poucos recursos, no imaginário do grande público esse tipo de câmera está associado com fotógrafos profissionais,<ref name=":13">{{Citar periódico|ultimo=Oest|primeiro=Adam|data=2012|titulo=Who Brought Us the SLR?|jornal=B&H Explora|doi=|url=https://www.bhphotovideo.com/explora/content/who-brought-us-slr|acessodata=12 de julho de 2017}}</ref> daí serem assim denominadas popularmente.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} As principais características que diferencia as câmeras ''reflex'' monobjetivas de outros tipos de equipamentos são, primeiro, a utilização de um espelho refletor para direcionar a luz ao visor ou pentaprisma (''reflex''), a utilização de uma única objetiva para captação da luz e visualização da cena (monobjetiva), e o uso de objetivas intercambiáveis.<ref name=":24">{{Citar web|url=http://av.jpn.support.panasonic.com/support/global/cs/dsc/knowhow/knowhow01.html|titulo=Camera Principles and Types|data=|acessodata=2017-07-11|obra=|publicado=Panasonic|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref><ref name=":23" /> Isso implica que no momento de capturar uma imagem o espelho refletor deve de deslocar para dar passagem à luz,{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} produzindo um som característico.<ref>{{Citar web|url=http://1000wordpics.blogspot.fr/2013/10/mirror-slap-versus-shutter-shock.html|titulo=Mirror-Slap Versus Shutter Shock|data=2013|acessodata=2017-07-11|obra=A Thousand Words a Picture|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> As câmeras SLR surgiram no final nos anos 1940 e nas décadas seguintes conquistaram parte significativa do mercado, tornando-se o padrão entre profissionais e as preferidas de amadores<ref name=":25" /> devido principalmente à incorporação de tecnologias que tornavam sua operação mais simples em comparação com outros tipos de câmeras, como a possibilidade de uso de objetivas intercambiáveis.<ref name=":13" /><ref name=":20" />
{{Artigo principal|Câmera reflex monobjetiva}}Contemporaneamente, as câmeras ''reflex'' monobjetivas, também referidas pela sigla SLR em referência ao seu nome em inglês (''single lens reflex''), são as mais amplamente utilizadas por profissionais e amadores especializados.<ref name=":25">{{Citar web|url=http://www.kenrockwell.com/tech/rangefinder-vs-slr.htm|titulo=Rangefinder vs. SLR cameras|data=2009|acessodata=2017-07-12|obra=|publicado=KenRockwell.com|ultimo=Rockwell|primeiro=Ken|lingua=en}}</ref> Embora a ampla maioria das câmeras SLR fabricadas e comercializadas sejam modelos simples e com poucos recursos, no imaginário do grande público esse tipo de câmera está associado com fotógrafos profissionais,<ref name=":13">{{Citar periódico|ultimo=Oest|primeiro=Adam|data=2012|titulo=Who Brought Us the SLR?|jornal=B&H Explora|doi=|url=https://www.bhphotovideo.com/explora/content/who-brought-us-slr|acessodata=12 de julho de 2017}}</ref> daí serem assim denominadas popularmente.<ref>{{Citar web|url=https://www.quora.com/Why-does-anyone-with-a-DSLR-camera-think-he-she-is-a-photographer-Has-professional-photography-become-a-joke-today|titulo=Why does anyone with a DSLR camera think he/she is a photographer? Has professional photography become a joke today? - Quora|data=2015|acessodata=2017-07-22|obra=|publicado=Quora|ultimo=Chen|primeiro=Sharon|lingua=en}}</ref> As principais características que diferencia as câmeras ''reflex'' monobjetivas de outros tipos de equipamentos são a utilização de um espelho refletor para direcionar a luz ao visor ou pentaprisma (''reflex''), a utilização de uma única objetiva para captação da luz e visualização da cena (monobjetiva), e o uso de objetivas intercambiáveis.<ref name=":14" /><ref name=":23" /><ref name=":24">{{Citar web|url=http://av.jpn.support.panasonic.com/support/global/cs/dsc/knowhow/knowhow01.html|titulo=Camera Principles and Types|data=|acessodata=2017-07-11|obra=|publicado=Panasonic|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> Isso implica que no momento de capturar uma imagem o espelho refletor deve de deslocar para dar passagem à luz,<ref name=":23" /> produzindo um som característico.<ref>{{Citar web|url=http://1000wordpics.blogspot.fr/2013/10/mirror-slap-versus-shutter-shock.html|titulo=Mirror-Slap Versus Shutter Shock|data=2013|acessodata=2017-07-11|obra=A Thousand Words a Picture|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> As câmeras SLR surgiram no final nos anos 1940 e nas décadas seguintes conquistaram parte significativa do mercado, tornando-se o padrão entre profissionais e as preferidas de amadores<ref name=":25" /> devido principalmente à incorporação de tecnologias que tornavam sua operação mais versátil em comparação com outros tipos de câmeras, como objetivas intercambiáveis.<ref name=":20" /><ref name=":13" />
[[Ficheiro:Baldafix folding camera.jpg|miniaturadaimagem|Câmera de fole Baldafix. Seu dispositivo retrátil também é chamado [[sanfona]].|140x140px]]
[[Ficheiro:Baldafix folding camera.jpg|miniaturadaimagem|Câmera de fole Baldafix. Seu dispositivo retrátil também é chamado [[sanfona]].|140x140px]]


=== Câmera de fole ou ''folding'' ===
=== Câmera de fole ou ''folding'' ===
Uma câmera de fole ou, por analogia, câmera-[[sanfona]], é uma câmera de pequeno ou médio formato que apresenta um fole conectando o corpo da câmera e a objetiva.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Embora a presença de um fole em uma câmera possa ter como finalidade permitir focar objetos muito próximos e utilizar técnicas fotográficas avançadas, as chamadas câmeras de fole se caracterizam principalmente pelo uso de fole com o intuito de permitir dobrar a câmera e consequentemente reduzir seu tamanho para armazenamento e transporte.<ref>{{Citar web|url=http://licm.org.uk/livingImage/BellowsCamera.html|titulo=Camera Anatomy - Bellows Cameras or more correctly, folding cameras|data=|acessodata=2017-07-12|obra=The Living Image Vintage Camera Museum|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> Seu nome nos [[Anglofonia|países anglófonos]], ''folding'' (dobrável), reflete exatamente essa sua característica.<ref name=":26">{{Citar periódico|ultimo=Berndtotto|primeiro=|data=2012|titulo=Folding Cameras: Medium Format in the Pocket|jornal=Lomography|doi=|url=https://www.lomography.com/magazine/142890-folding-cameras-medium-format-in-the-pocket|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en}}</ref> Embora câmeras da categoria ''view'' também possuam um fole, essas se distinguem das câmeras ''folding'' pelo uso de filmes e placas de grande formato, por sua construção e pelo uso do fole para realização de técnicas fotográficas complexas. Essas câmeras tiveram seu pico de popularidade entre os primeiros anos do século XX e a década de 1950.<ref name=":26" />[[Ficheiro:Sputnik stereo camera.jpg|miniaturadaimagem|Câmera estéreo ''Sputnik'', da [[LOMO|Lomo]]. As lentes laterais captam imagens deslocadas entre si, e a lente central alimenta o visor.|140x140px]]
Uma câmera de fole ou, por analogia, câmera-[[sanfona]],<ref>{{Citar web|url=http://www.queimandofilme.com/2012/10/19/a-lomography-e-a-volta-das-cameras-de-fole/|titulo=Belair: a Lomography e a volta das câmeras de fole...|data=2012|acessodata=2017-07-22|obra=|publicado=Queimando Filme|ultimo=Corrêa|primeiro=André}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.retrostoreleiloes.com.br/peca.asp?ID=2705779&ctd=106&tot=&tipo=|titulo=Lote 206 - Câmera Sanfona Kodak Ball Bearing Shutter de 1913,|data=|acessodata=2017-07-22|obra=|publicado=Retro Store Leilões|ultimo=|primeiro=}}</ref> é uma câmera de pequeno ou médio formato que apresenta um fole conectando o corpo da câmera e a objetiva.<ref name=":23" /> Embora a presença de um fole em uma câmera possa ter como finalidade permitir focar objetos muito próximos e utilizar técnicas fotográficas avançadas, as chamadas câmeras de fole se caracterizam principalmente pelo uso de fole com o intuito de permitir dobrar a câmera e consequentemente reduzir seu tamanho para armazenamento e transporte.<ref>{{Citar web|url=http://licm.org.uk/livingImage/BellowsCamera.html|titulo=Camera Anatomy - Bellows Cameras or more correctly, folding cameras|data=|acessodata=2017-07-12|obra=The Living Image Vintage Camera Museum|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> Seu nome nos [[Anglofonia|países anglófonos]], ''folding'' (dobrável), reflete exatamente essa sua característica.<ref name=":26">{{Citar periódico|ultimo=Berndtotto|primeiro=|data=2012|titulo=Folding Cameras: Medium Format in the Pocket|jornal=Lomography|doi=|url=https://www.lomography.com/magazine/142890-folding-cameras-medium-format-in-the-pocket|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en}}</ref> Embora câmeras da categoria ''view'' também possuam um fole, essas se distinguem das câmeras ''folding'' pelo uso de filmes e placas de grande formato, por sua construção e pelo uso do fole para realização de técnicas fotográficas complexas. Essas câmeras tiveram seu pico de popularidade entre os primeiros anos do século XX e a década de 1950.<ref name=":26" />[[Ficheiro:Sputnik stereo camera.jpg|miniaturadaimagem|Câmera estéreo ''Sputnik'', da [[LOMO|Lomo]]. As lentes laterais captam imagens deslocadas entre si, e a lente central alimenta o visor.|140x140px]]


=== Câmera estereoscópica ou 3D ===
=== Câmera estereoscópica ou 3D ===
{{Artigo principal|Câmera estereoscópica}}Uma câmera estereoscópica ou estéreo, ou ainda câmera 3D, é um tipo de câmera que permite capturar simultaneamente duas imagens ligeiramente distantes umas das outras, de maneira a simular a [[visão binocular]] humana.<ref name=":27">{{Citar periódico|ultimo=Banks|primeiro=M. S.|ultimo2=Read|primeiro2=J. C. A.|ultimo3=Allison|primeiro3=R. S.|ultimo4=Watt|primeiro4=S. J.|data=2012|titulo=Stereoscopy and the Human Visual System|jornal=SMPTE Motion Imaging Journal|volume=121|numero=4|paginas=24–43|issn=|pmid=|doi=10.5594/j18173|url=http://ieeexplore.ieee.org/lpdocs/epic03/wrapper.htm?arnumber=7308394|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en}}</ref> Isso permite que essas imagens sejam combinadas ou apresentadas com um efeito [[Espaço tridimensional|tridimensional]], um processo conhecido como [[estereoscopia]].<ref>{{Citar web|url=http://www.vmresource.com/camera/cameras-general.htm|titulo=An Introduction to Stereo Cameras|data=|acessodata=2017-07-12|obra=View-Master Resource|publicado=|ultimo=Bowers|primeiro=Eddie|lingua=en}}</ref> Sua produção atingiu um pico entre os anos 1940 e 1960.<ref>{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=|titulo=6 Stereoscopic Cameras for Analogue 3D Photography|jornal=Lomography Magazine|doi=|url=https://www.lomography.com/magazine/320554-6-stereoscopic-cameras-for-analogue-3d-photography|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en}}</ref>
{{Artigo principal|Câmera estereoscópica}}Uma câmera estereoscópica ou estéreo, ou ainda câmera 3D,<ref name=":58" /> é um tipo de câmera que permite capturar simultaneamente duas imagens ligeiramente distantes umas das outras, de maneira a simular a [[visão binocular]] humana.<ref name=":27">{{Citar periódico|ultimo=Banks|primeiro=M. S.|ultimo2=Read|primeiro2=J. C. A.|ultimo3=Allison|primeiro3=R. S.|ultimo4=Watt|primeiro4=S. J.|data=2012|titulo=Stereoscopy and the Human Visual System|jornal=SMPTE Motion Imaging Journal|volume=121|numero=4|paginas=24–43|issn=|pmid=|doi=10.5594/j18173|url=http://ieeexplore.ieee.org/lpdocs/epic03/wrapper.htm?arnumber=7308394|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en}}</ref> Isso permite que essas imagens sejam combinadas ou apresentadas com um efeito [[Espaço tridimensional|tridimensional]], um processo conhecido como [[estereoscopia]].<ref>{{Citar web|url=http://www.vmresource.com/camera/cameras-general.htm|titulo=An Introduction to Stereo Cameras|data=|acessodata=2017-07-12|obra=View-Master Resource|publicado=|ultimo=Bowers|primeiro=Eddie|lingua=en}}</ref> Sua produção atingiu um pico entre os anos 1940 e 1960.<ref name=":58">{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=|titulo=6 Stereoscopic Cameras for Analogue 3D Photography|jornal=Lomography Magazine|doi=|url=https://www.lomography.com/magazine/320554-6-stereoscopic-cameras-for-analogue-3d-photography|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en}}</ref>


Esse tipo de câmera apresenta duas ou mais objetivas, com um sensor de imagem ou quadro de filme dedicado a cada lente. A distância típica entre as lentes em uma câmera estéreo, dita distância intra-axial, é de aproximadamente 6.35 cm,{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} que corresponde grosso modo à distância entre os olhos humanos, por sua vez conhecida como distância intra-ocular.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Contudo, algumas câmeras podem apresentar uma distância maior ou menor, ou permitir afastar e aproximas as lentes, e isso permite aumentar ou diminuir o efeito de tridimensionalidade resultante.<ref name=":27" />
Esse tipo de câmera apresenta duas ou mais objetivas, com um sensor de imagem ou quadro de filme dedicado a cada lente. A distância típica entre as lentes em uma câmera estéreo, dita distância intra-axial, é de aproximadamente 6,35 cm, que corresponde grosso modo à distância entre os olhos humanos, por sua vez conhecida como distância intra-ocular.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Faris|primeiro=Sadeg M.|data=1994|titulo=Novel 3D stereoscopic imaging technology|jornal=Stereoscopic Displays and Virtual Reality Systems|volume=2177|paginas=180–195|doi=10.1117/12.173875|url=http://dx.doi.org/10.1117/12.173875|acessodata=|lingua=en|página=183}}</ref> Contudo, algumas câmeras podem apresentar uma distância maior ou menor, ou permitir afastar e aproximas as lentes, e isso permite aumentar ou diminuir o efeito de tridimensionalidade resultante.<ref name=":27" />


Além de seu uso mais evidente em fotografia e filme, câmeras estéreo também encontram outras aplicações práticas como, por exemplo, em veículos, permitindo detectar a largura de faixas de sinalização e a proximidade de um objeto na estrada.<ref name=":27" />[[Ficheiro:Horizont 35mm Panoramic (2184012180).jpg|miniaturadaimagem|Câmera panorâmica russa Horizont. Sua lente gira em sentido horizontal, captando imagens amplas.|140x140px]]
Além de seu uso mais evidente em fotografia e filme, câmeras estéreo também encontram outras aplicações práticas como, por exemplo, em veículos, permitindo detectar a largura de faixas de sinalização e a proximidade de um objeto na estrada.<ref name=":27" />[[Ficheiro:Horizont 35mm Panoramic (2184012180).jpg|miniaturadaimagem|Câmera panorâmica russa Horizont. Sua lente gira em sentido horizontal, captando imagens amplas.|140x140px]]
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=== Câmera panorâmica ===
=== Câmera panorâmica ===
{{Artigo principal| Fotografia panorâmica}}
{{Artigo principal| Fotografia panorâmica}}
Câmeras panorâmicas buscam capturar a vista inteira de uma área circunvizinha, daí tirarem seu nome da palavra [[panorama]].{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Embora câmeras convencionais possam utilizar objetivas do tipo grande-angular, que permitem capturar imagens com um ângulo de vista amplo, câmeras panorâmicas tendem a superar as possibilidades dessas objetivas por realizar imagens particularmente largas e que mantém relativamente precisas as proporções da imagem.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Embora não haja uma definição formal da distinção entre uma imagem grande-angular e uma imagem panorâmica, essas últimas são geralmente referidas como aquelas que capturam um campo de vista comparável ou superior ao do [[olho humano]], que é de 160° por 75°, e que mantém relativamente intactas as proporções e detalhes da cena capturada.<ref>{{Citar web|url=https://fujilove.com/panorama-photography-meets-the-fuji-x-series/|titulo=Panorama Photography Meets the Fuji X Series|data=2015|acessodata=2017-07-12|obra=|publicado=FUJILOVE|ultimo=Miskelly|primeiro=John|lingua=en-US}}</ref>
Câmeras panorâmicas buscam capturar uma vista ampla de uma área circunvizinha, daí tirarem seu nome da palavra [[panorama]].<ref name=":51" /> Por motivos evidentes esse tipo de câmera é normalmente associado a fotografias de paisagem e natureza, mas câmeras panorâmicas podem ser usadas para realizar fotografias de uma variedade de temas.<ref name=":59">{{Citar web|url=http://imagesandcameras.com/panoramic-cameras|titulo=Panoramic Cameras: Pro Photographers landscape photography|data=|acessodata=2017-07-22|obra=|publicado=Images and Cameras|ultimo=|primeiro=|lingua=en-US}}</ref>


Câmeras fotográficas panorâmicas geralmente apresentam mecanismos que vão além de uma objetiva grande-angular.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Isso inclui por exemplo gráficos em uma tela ou dispositivos mecânicos que permitem realizar uma sequência de fotografias complementares e que posteriormente devem ser integradas, e um sistema de rotação controlada da objetiva, que permite capturar uma única imagem relativamente larga.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/822030533|título=Panoramic Photography: From Composition and Exposure to Final Exhibition.|ultimo=Frich|primeiro=Arnaud|data=|editora=Focal Press|ano=2007|local=Amsterdam, London|página=61|lingua=en|isbn=9781281026194}}</ref> Atualmente é possível fazer fotografias panorâmicas com o uso de câmeras fotográfica relativamente simples e [[scanner]]s, e câmeras panorâmicas modernas constituem um equipamento voltado principalmente a aplicações profissionais.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/822030533|título=Panoramic Photography: From Composition and Exposure to Final Exhibition.|ultimo=Frich|primeiro=Arnaud|data=|editora=Focal Press|ano=2007|local=Amsterdam, London|página=116|páginas=|lingua=en|isbn=9781281026194|acessodata=}}</ref>
Embora câmeras convencionais possam utilizar objetivas do tipo grande-angular, que permitem capturar imagens com um ângulo de vista amplo, câmeras panorâmicas tendem a superar as possibilidades dessas objetivas por realizar imagens particularmente largas<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=oAHttBeG8psC&lpg=PT176&dq=panoramic%20camera%20professional&pg=PT176#v=onepage&q=panoramic%20camera%20professional&f=false|título=Professional Architectural Photography|ultimo=Harris|primeiro=Michael|data=|editora=Focal Press|ano=2001|local=Woburn|páginas=|lingua=en|isbn=9781136093494|acessodata=}}</ref> e que, em alguns casos, mantém relativamente precisas as proporções da imagem.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=25SI8FTE8ZEC&lpg=PT92&dq=panoramic%20camera%20professional&pg=PT87#v=onepage&q=panoramic%20camera%20professional&f=false|título=Panoramic Photography: From Composition and Exposure to Final Exhibition|ultimo=Frich|primeiro=Arnaud|data=|editora=Focal Press|ano=2007|local=Amsterdam, London|páginas=|lingua=en|isbn=9781136103971|acessodata=}}</ref> Embora não haja uma definição formal da distinção entre uma imagem grande-angular e uma imagem panorâmica, essas últimas são geralmente referidas como aquelas que capturam um campo de vista comparável ou superior ao do [[olho humano]], que é de 160° por 75°.<ref>{{Citar web|url=https://fujilove.com/panorama-photography-meets-the-fuji-x-series/|titulo=Panorama Photography Meets the Fuji X Series|data=2015|acessodata=2017-07-12|obra=|publicado=FUJILOVE|ultimo=Miskelly|primeiro=John|lingua=en-US}}</ref>

Câmeras fotográficas panorâmicas geralmente apresentam mecanismos que vão além de uma objetiva grande-angular, e que inclui por exemplo gráficos em uma tela ou dispositivos mecânicos que permitem realizar uma sequência de fotografias complementares e que posteriormente devem ser integradas, e um sistema de rotação controlada da objetiva, que permite capturar uma única imagem relativamente larga.<ref name=":51">{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/822030533|título=Panoramic Photography: From Composition and Exposure to Final Exhibition.|ultimo=Frich|primeiro=Arnaud|data=|editora=Focal Press|ano=2007|local=Amsterdam, London|página=61|lingua=en|isbn=9781281026194}}</ref> Atualmente é possível fazer fotografias panorâmicas com o uso de câmeras fotográfica relativamente simples e [[scanner]]s, e câmeras panorâmicas modernas constituem um equipamento voltado principalmente a aplicações profissionais.<ref name=":59" /><ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/822030533|título=Panoramic Photography: From Composition and Exposure to Final Exhibition.|ultimo=Frich|primeiro=Arnaud|data=|editora=Focal Press|ano=2007|local=Amsterdam, London|página=116|páginas=|lingua=en|isbn=9781281026194|acessodata=}}</ref>


[[Ficheiro:Nettel Argus Monocular (disguised Camera C 1911) MH29862.jpg|miniaturadaimagem|143x143px|Câmera espiã com aspecto de [[monóculo]], utilizada na [[Primeira Guerra Mundial]].]]
[[Ficheiro:Nettel Argus Monocular (disguised Camera C 1911) MH29862.jpg|miniaturadaimagem|143x143px|Câmera espiã com aspecto de [[monóculo]], utilizada na [[Primeira Guerra Mundial]].]]


=== Câmera miniatura e subminiatura ===
=== Câmera miniatura e subminiatura ===
Câmeras miniatura e subminiatura são equipamentos [[Miniaturização|miniaturizados]] e que em geral utilizam um filme ou possuem um sensor pequenos, distinguindo-se de câmeras para microfotografia, que registram imagens diminutas em microfilme, e para [[Microfotografia|fotomicrografia]], que realizam imagens de objetos extremamente pequenos.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/56466761|título=Digital photos, movies, & music gigabook for dummies|ultimo=Chambers|primeiro=Mark L.|data=|editora=Wiley Pub|ano=2004|local=Indianapolis|página=108|páginas=|lingua=en|isbn=0764574140|oclc=|acessodata=}}</ref>
Câmeras miniatura e subminiatura são equipamentos [[Miniaturização|miniaturizados]] e que em geral utilizam um filme ou possuem um sensor pequenos,<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/56466761|título=Digital photos, movies, & music gigabook for dummies|ultimo=Chambers|primeiro=Mark L.|data=|editora=Wiley Pub|ano=2004|local=Indianapolis|página=108|páginas=|lingua=en|isbn=0764574140|oclc=|acessodata=}}</ref> distinguindo-se de câmeras para microfotografia, que registram imagens diminutas em [[microfilme]], e para [[Microfotografia|fotomicrografia]], que realizam imagens de objetos extremamente pequenos.<ref>{{citar livro|url=http://www.georgiamicro.org/photomicrography.pdf|título=Microphotography & Photomicrography|ultimo=Hopen|primeiro=Thomas J.|editora=Georgia Microscopical Society|ano=|local=Duluth|páginas=|lingua=en|acessodata=22 de julho de 2017}}</ref>


Quando de seu lançamento, câmeras que utilizam filme de 35 mm eram consideradas câmeras miniatura,{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} pois à época os filmes utilizados em fotografia e cinema eram consideravelmente mais largos.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Essa definição continuou a ser utilizada principalmente durante a primeira metade do século XX, e câmeras para outros formatos de filme - notadamente filme 127 - também eram referidas por esse termo.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Para distinguir essas câmeras de outras, que utilizam filmes menores do que 35 mm - por exemplo 16 mm ou 9.5 mm - passou-se a designar essas últimas de subminiatura.<ref>{{citar periódico|ultimo=Berger|primeiro=Bob|data=Novembro de 1965|titulo=Sub-Minis: Those Mighty Midget Cameras|jornal=Popular Mechanics|doi=|url=https://books.google.fr/books?id=BeMDAAAAMBAJ&pg=PA122&dq=subminiature+camera&hl=en&sa=X&ved=0ahUKEwjy1Yvu2IPVAhWDrRoKHUBnB1cQ6AEISjAG#v=onepage&q=subminiature%20camera&f=false|acessodata=12 de julho de 2017|língua=en}}</ref>
Quando de seu lançamento, câmeras que utilizam filme de 35 mm eram consideradas câmeras miniatura, pois à época os filmes utilizados em fotografia e cinema eram consideravelmente mais largos.<ref name=":52">{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=H4h-5pobY0kC&lpg=PR8&ots=AgfzrAxod0&dq=history%2035mm%20cameras%20miniature%20subminiature&pg=PR8#v=onepage&q=history%2035mm%20cameras%20miniature%20subminiature&f=false|título=Glass, Brass, and Chrome: The American 35mm Miniature Camera|ultimo=Lahue|primeiro=Kalton C.|ultimo2=Bailey|primeiro2=Joseph A.|data=|editora=University of Oklahoma Press|ano=2001|local=Norman|página=viii|páginas=|lingua=en|isbn=9780806134345|acessodata=}}</ref> Essa definição continuou a ser utilizada principalmente durante a primeira metade do século XX, e câmeras para outros formatos de filme - notadamente filme 127 - também eram referidas por esse termo.<ref name=":52" /> Para distinguir essas câmeras de outras, que utilizam filmes menores do que 35 mm - por exemplo 16 mm ou 9.5 mm - passou-se a designar essas últimas de subminiatura.<ref>{{citar periódico|ultimo=Berger|primeiro=Bob|data=Novembro 1965|titulo=Sub-Minis: Those Mighty Midget Cameras|jornal=Popular Mechanics|doi=|url=https://books.google.fr/books?id=BeMDAAAAMBAJ&pg=PA122&dq=subminiature+camera&hl=en&sa=X&ved=0ahUKEwjy1Yvu2IPVAhWDrRoKHUBnB1cQ6AEISjAG#v=onepage&q=subminiature%20camera&f=false|acessodata=12 de julho de 2017|lingua=en}}</ref>


==== Câmera espiã ====
==== Câmera espiã ====
Por vezes câmeras subminiatura são classificadas como câmeras espiãs, pois seu tamanho e peso diminutos tendem a permitir oculta-las e dissimular seu uso.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Contudo, existe um número relativamente restrito de câmeras especializadas que buscam camuflar seu uso não unicamente por seu tamanho reduzido, mas também por seu aspecto inconspícuo, normalmente o de um outro objeto que passe despercebido.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/778340215|título=Clandestine Photography : Basic to Advanced Daytime and Nighttime Manual Surveillance Photography Techniques.|ultimo=Siljander|primeiro=Raymond P.|ultimo2=Juusola|primeiro2=Lance W .|data=|editora=Charles C Thomas|ano=2012|local=Springfield|página=20-22|páginas=|lingua=en|isbn=9780398086916|acessodata=}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Buckley|primeiro=Sean|data=2015|titulo=13 of History's Most Ingenious Spy Cameras|jornal=Gizmodo|doi=|url=https://gizmodo.com/13-of-historys-most-ingenious-spy-cameras-1685088759|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref> Essas câmeras, produzidas primariamente para uso militar, encontraram uma duradoura popularidade junto a amadores, dando origem a câmeras fabricadas especificamente com o objetivo de abastecer esse mercado.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/29845925|título=Spy camera|ultimo=Pritchard|primeiro=Michael|ultimo2=St Denny|primeiro2=Douglas|data=|editora=Classic Collection|ano=1993|local=London|lingua=en|isbn=1874485003}}</ref>
Por vezes câmeras subminiatura são classificadas como câmeras espiãs, pois seu tamanho e peso diminutos tendem a permitir oculta-las e dissimular seu uso.<ref name=":53" /> Contudo, existe um número relativamente restrito de câmeras especializadas que buscam camuflar seu uso não unicamente por seu tamanho reduzido, mas também por seu aspecto inconspícuo, normalmente o de um outro objeto que passe despercebido.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/778340215|título=Clandestine Photography : Basic to Advanced Daytime and Nighttime Manual Surveillance Photography Techniques.|ultimo=Siljander|primeiro=Raymond P.|ultimo2=Juusola|primeiro2=Lance W .|data=|editora=Charles C Thomas|ano=2012|local=Springfield|página=20-22|páginas=|lingua=en|isbn=9780398086916|acessodata=}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Buckley|primeiro=Sean|data=2015|titulo=13 of History's Most Ingenious Spy Cameras|jornal=Gizmodo|doi=|url=https://gizmodo.com/13-of-historys-most-ingenious-spy-cameras-1685088759|acessodata=12 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref> Essas câmeras, produzidas primariamente para uso militar, encontraram uma duradoura popularidade junto a amadores, dando origem a câmeras fabricadas especificamente com o objetivo de abastecer esse mercado.<ref name=":53">{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/29845925|título=Spy camera|ultimo=Pritchard|primeiro=Michael|ultimo2=St Denny|primeiro2=Douglas|data=|editora=Classic Collection|ano=1993|local=London|lingua=en|isbn=1874485003}}</ref>
[[Ficheiro:Polaroid Land Camera 1000.jpg|miniaturadaimagem|184x184px|Polaroid Land Camera 1000. Câmeras instantâneas imprimem imediatamente as imagens fotografadas.]]
[[Ficheiro:Polaroid Land Camera 1000.jpg|miniaturadaimagem|184x184px|Polaroid Land Camera 1000. Câmeras instantâneas imprimem imediatamente as imagens fotografadas.]]


=== Câmera instantânea ===
=== Câmera instantânea ===
{{Artigo principal|Câmera instantânea}}
{{Artigo principal|Câmera instantânea}}
A câmera instantânea é um tipo de câmera que usa uma película capaz de gerar uma reação química com o objetivo de [[Revelação fotográfica|revelar]] a imagem fotografada logo após a sua captura.<ref name=":24" /> Embora o processo de fotografia instantânea tenha sido inventado em 1923 por Samuel Shlafrock,{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} a invenção de câmeras instantâneas práticas e voltadas ao grande público é geralmente creditada ao cientista americano [[Edwin Land]], que produziu em 1948 a primeira câmera instantânea comercial, a ''Land Camera modelo 95''.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Sua empresa, [[Polaroid Corporation|Polaroid]], nas décadas seguintes se tornaria o principal nome do mercado de fotografia instantânea.<ref>{{Citar web|url=https://www.acs.org/content/acs/en/education/whatischemistry/landmarks/land-instant-photography.html|titulo=Edwin Land and Instant Photography|data=|acessodata=2017-07-01|obra=American Chemical Society|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref>
A câmera instantânea é um tipo de câmera que usa uma película capaz de gerar uma reação química com o objetivo de [[Revelação fotográfica|revelar]] a imagem fotografada logo após a sua captura.<ref name=":24" /> Embora o processo de fotografia instantânea tenha sido inventado em 1923 por Samuel Shlafrock,<ref name=":54">{{Citar web|url=http://www.shootingfilm.net/2013/03/how-instant-camera-works.html|titulo=How an Instant Camera Works|data=|acessodata=2017-07-22|obra=|publicado=Shooting Film|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> a invenção de câmeras instantâneas práticas e voltadas ao grande público é geralmente creditada ao cientista americano [[Edwin Land]], que produziu em 1948 a primeira câmera instantânea comercial, a ''Land Camera modelo 95''.<ref name=":55" /> Sua empresa, [[Polaroid Corporation|Polaroid]], nas décadas seguintes se tornaria o principal nome do mercado de fotografia instantânea.<ref name=":55">{{Citar web|url=https://www.acs.org/content/acs/en/education/whatischemistry/landmarks/land-instant-photography.html|titulo=Edwin Land and Instant Photography|data=|acessodata=2017-07-01|obra=American Chemical Society|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref>


A funcionalidade dessas câmeras depende majoritariamente da própria película.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Cada um dos quadros dela contém os produtos químicos necessários para revela-lo, acondicionados em uma pequena bolsa localizada na borda inferior da fotografia (borda essa que dá a essas fotografias a sua forma icônica).{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Quando a foto é expelida, essa bolsa é rompida por dois rolos localizados na câmera, que também espalham uniformemente os químicos por toda a fotografia, revelando a imagem.<ref>{{Citar web|url=https://www.wired.com/2011/05/how-instant-film-works-and-other-mysteries/|titulo=How Instant Film Works, and Other Mysteries|data=2011|acessodata=2017-07-01|obra=|publicado=WIRED|ultimo=Robinson|primeiro=Mark|lingua=en}}</ref>
A funcionalidade dessas câmeras depende majoritariamente da própria película.<ref name=":54" /> Cada um dos quadros dela contém os produtos químicos necessários para revela-lo, acondicionados em uma pequena bolsa localizada na borda inferior da fotografia (borda essa que dá a essas fotografias a sua forma icônica).<ref>Warren, Lynne (Ed.) (2005). [https://books.google.fr/books?id=31VsBgAAQBAJ&lpg=PA213&dq=all%20cameras%20come%20from%20camera%20obscura&pg=PA213#v=onepage&q=all%20cameras%20come%20from%20camera%20obscura&f=false ''Encyclopedia of Twentieth-Century Photography, 3-Volume Set''] (em inglês). 1 (A-F). New York, London: Routledge. p. 1303. [[International Standard Book Number|ISBN]] [[Especial:Fontes_de_livros/9781135205362|9781135205362]]</ref> Quando a foto é expelida, essa bolsa é rompida por dois rolos localizados na câmera, que também espalham uniformemente os químicos por toda a fotografia, revelando a imagem.<ref>{{Citar web|url=https://www.wired.com/2011/05/how-instant-film-works-and-other-mysteries/|titulo=How Instant Film Works, and Other Mysteries|data=2011|acessodata=2017-07-01|obra=|publicado=WIRED|ultimo=Robinson|primeiro=Mark|lingua=en}}</ref>


=== Câmera de visor eletrônico ou ''mirrorless'' ===
=== Câmera de visor eletrônico ou ''mirrorless'' ===
{{Artigo principal| Câmera fotográfica do tipo mirrorless}}
{{Artigo principal| Câmera fotográfica do tipo mirrorless}}
Uma câmera ''mirrorless'' (literalmente, sem espelho) é um aparelho digital que utiliza um sensor eletrônico para fornecer imagens a um visor eletrônico (EVF), e não um espelho móvel para direcionar a luz para um visor ótico, como no caso das câmeras SLR.<ref name=":23" /> Em comparação com essas últimas, câmeras ''mirrorless'' costumam ser menores, mais simples e leves, e, além disso, consideravelmente mais silenciosas.<ref name=":7">{{Citar periódico|ultimo=Hall|primeiro=Phil|data=2016|titulo=Mirrorless vs DSLR cameras: 10 key differences|jornal=TechRadar|doi=|url=http://www.techradar.com/news/photography-video-capture/cameras/mirrorless-vs-dslr-1304910|acessodata=25 de junho de 2017|idioma=en}}</ref> Embora desde os anos 2000 a maioria das câmeras eletrônicas produzidas não possuam espelhos, incluindo a totalidade das câmeras de telefones celulares e veículos e grande parte das câmeras compactas, geralmente essas câmeras não são classificadas como ''mirrorless,'' termo reservado a câmeras que utilizam lentes intercambiáveis.<ref name=":28" />
Uma câmera ''mirrorless'' (literalmente, sem espelho) é um aparelho digital que utiliza um sensor eletrônico para fornecer imagens a um visor eletrônico (EVF), e não um espelho móvel para direcionar a luz para um visor ótico, como no caso das câmeras SLR.<ref name=":23" /> Em comparação com essas últimas, câmeras ''mirrorless'' costumam ser menores, mais simples e leves, e, além disso, consideravelmente mais silenciosas.<ref name=":7">{{Citar periódico|ultimo=Hall|primeiro=Phil|data=2016|titulo=Mirrorless vs DSLR cameras: 10 key differences|jornal=TechRadar|doi=|url=http://www.techradar.com/news/photography-video-capture/cameras/mirrorless-vs-dslr-1304910|acessodata=25 de junho de 2017|idioma=en}}</ref> Embora desde os anos 2000 a maioria das câmeras eletrônicas produzidas não possuam espelhos, incluindo a totalidade das câmeras de telefones celulares e veículos e grande parte das câmeras compactas, geralmente essas câmeras não são classificadas como ''mirrorless,'' termo reservado a câmeras que utilizam lentes intercambiáveis.<ref name=":28" />
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=== Câmera lambre-lambe ou ''view'' ===
=== Câmera lambre-lambe ou ''view'' ===
[[Ficheiro:View camera 2.svg|miniaturadaimagem|esquerda|Esquema de uma câmera ''view''. Da esquerda para a direita: Suporte de filme/Video de focagem, Padrão traseiro, Plano do filme, Plano da lente, Padrão dianteiro, Eixo da objetiva, Base.]]
[[Ficheiro:View camera 2.svg|miniaturadaimagem|esquerda|Esquema de uma câmera ''view''. Da esquerda para a direita: suporte de filme/vidro de focagem, padrão traseiro, plano do filme, plano da lente, padrão dianteiro, eixo da objetiva, base.]]


Uma câmera lambe-lambe ou ''view'' é uma câmera de grande formato em que a lente forma uma imagem invertida em uma tela de vidro fosco diretamente no plano do filme, e que é exatamente a mesma que será capturada.<ref name=":23" /> Após focar e compor a cena no vidro fosco, o fotógrafo o substitui por um filme, placa, ou sensor de imagem, que captará a imagem durante a exposição.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/35249578|título=A world history of photography|ultimo=Rosenblum|primeiro=Naomi|editora=Abbeville Press|ano=1997|local=New York|página=654|isbn=0789200287|idioma=en}}</ref> No imaginário popular este tipo de câmera é associado com [[Fotógrafo lambe-lambe|fotógrafos à la minuta ou lambe-lambe]],<ref>{{Citar web|url=http://www.queimandofilme.com/2013/10/11/uma-lambe-lambe-novinha-em-folha/|titulo=Uma Lambe-Lambe novinha em folha...|data=2013|acessodata=2017-07-01|obra=|publicado=Queimando Filme|ultimo=Corrêa|primeiro=André}}</ref> sendo que a etimologia deste último termo pode estar associada ao processo de revelação das placas utilizadas por essas câmeras e, mais especificamente, ao fato de alguns fotógrafos tocarem a placa com suas línguas para verificar a ação dos químicos usados nesse processo.<ref>{{citar web|url=https://lambelambedigital.wordpress.com/historia-dos-lambe-lambe/|titulo=Origem do fotógrafo Lambe-Lambe|data=|acessodata=15 de junho de 2017|publicado=Lambe-Lambe Digital|ultimo=|primeiro=}}</ref>
Uma câmera lambe-lambe ou ''view'' é uma câmera de grande formato em que a lente forma uma imagem invertida em uma tela de vidro fosco diretamente no plano do filme, e que é a mesma que será capturada.<ref name=":23" /> Após focar e compor a cena no vidro fosco, o fotógrafo o substitui por um filme, placa, ou sensor de imagem, que captará a imagem durante a exposição.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/35249578|título=A world history of photography|ultimo=Rosenblum|primeiro=Naomi|editora=Abbeville Press|ano=1997|local=New York|página=654|isbn=0789200287|idioma=en}}</ref> No imaginário popular este tipo de câmera é associado com [[Fotógrafo lambe-lambe|fotógrafos à la minuta ou lambe-lambe]],<ref>{{Citar web|url=http://www.queimandofilme.com/2013/10/11/uma-lambe-lambe-novinha-em-folha/|titulo=Uma Lambe-Lambe novinha em folha...|data=2013|acessodata=2017-07-01|obra=|publicado=Queimando Filme|ultimo=Corrêa|primeiro=André}}</ref> sendo que a [[etimologia]] deste último termo pode estar associada ao processo de revelação das placas utilizadas por essas câmeras e, mais especificamente, ao fato de alguns fotógrafos tocarem a placa com suas línguas para verificar a ação dos químicos usados nesse processo.<ref>{{citar web|url=https://lambelambedigital.wordpress.com/historia-dos-lambe-lambe/|titulo=Origem do fotógrafo Lambe-Lambe|data=|acessodata=15 de junho de 2017|publicado=Lambe-Lambe Digital|ultimo=|primeiro=}}</ref>


Este tipo de câmera foi desenvolvida ainda na era do daguerreótipo<ref name=":6">{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/12216165|título=View camera technique|ultimo=Stroebel|primeiro=Leslie|data=|editora=Focal Press|ano=1986|local=Boston|página=2|isbn=0240517113}}</ref> e continua em uso, embora com muitos refinamentos.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Elas contam geralmente com um fole flexível, que proporciona vedação à luz e o ajuste dos dois padrões, um que detém uma lente e outro que detém o suporte no qual são presos vidro de focagem e o filme.<ref name=":6" /> Dito de outro modo, o fole é uma estrutura plissada e flexível que acomoda o espaço entre a lente e o filme, e que flexiona para acomodar o movimento dos padrões frontal e traseiro.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} O padrão frontal é uma placa na qual são acopladas uma lente e, geralmente, um obturador.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Na outra extremidade do fole, o padrão traseiro é um quadro que contém uma placa de vidro fosco, utilizada para a focagem e compor a imagem, e que no momento da captura é substituída manualmente por um substrato.<ref>{{Citar livro|título=The camera|ultimo=Baker|primeiro=Robert|data=|editora=New York Graphic Society|ano=1980|local=Boston|páginas=|isbn=0821210920|acessodata=|idioma=en}}</ref>
Este tipo de câmera foi desenvolvida ainda na era do daguerreótipo<ref name=":6">{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/12216165|título=View camera technique|ultimo=Stroebel|primeiro=Leslie|data=|editora=Focal Press|ano=1986|local=Boston|página=2|isbn=0240517113}}</ref> e continua em uso, embora com muitos refinamentos.<ref name=":23" /><ref name=":60">Stone, Jim (2015). ''[https://books.google.fr/books?id=Bc-9CgAAQBAJ&lpg=PA100&dq=field%20camera&pg=PA100#v=onepage&q=field%20camera&f=false A User's Guide to the View Camera]'' (em inglês) 3 ed. New York, London: Focal Press. p. 95-99. [[International Standard Book Number|ISBN]] [[Especial%3AFontes%20de%20livros/9781317422693|9781317422693]]</ref> Elas contam geralmente com um fole flexível, que proporciona vedação à luz e o ajuste dos dois padrões, um que detém uma lente e outro que detém o suporte no qual são presos vidro de focagem e o filme.<ref name=":6" /> Dito de outro modo, o fole é uma estrutura plissada e flexível que acomoda o espaço entre a lente e o filme, e que flexiona para acomodar o movimento dos padrões frontal e traseiro.<ref name=":23" /> O padrão frontal é uma placa na qual são acopladas uma lente e, geralmente, um obturador.<ref name=":23" /> Na outra extremidade do fole, o padrão traseiro é um quadro que contém uma placa de vidro fosco, utilizada para a focagem e compor a imagem, e que no momento da captura é substituída manualmente por um substrato.<ref>{{Citar livro|título=The camera|ultimo=Baker|primeiro=Robert|data=|editora=New York Graphic Society|ano=1980|local=Boston|páginas=|isbn=0821210920|acessodata=|idioma=en}}</ref>


Dependendo do tipo de câmera ''view'', os padrões dianteiros e traseiros podem mover-se de várias formas em relação um ao outro, e isso proporciona um controle sobre o foco, a profundidade de campo e a perspectiva inexistente em outros tipos de equipamentos.<ref>{{Citar web|url=http://www.toyoview.com/LargeFrmtTech/lgformat.html|titulo=Large Format Techniques|data=|acessodata=2017-07-01|obra=|publicado=Toyo-View|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> Essas funcionalidades variam em cada das quatro subcategorias principais de câmeras ''view'': câmeras de campo, câmeras jornalísticas, câmeras monotrilho e câmeras técnicas.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}}
Dependendo do tipo de câmera ''view'', os padrões dianteiros e traseiros podem mover-se de várias formas em relação um ao outro,<ref name=":60" /> e isso proporciona um controle sobre o foco, a profundidade de campo e a perspectiva inexistente em outros tipos de equipamentos.<ref>{{Citar web|url=http://www.toyoview.com/LargeFrmtTech/lgformat.html|titulo=Large Format Techniques|data=|acessodata=2017-07-01|obra=|publicado=Toyo-View|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> Essas funcionalidades variam em cada das quatro subcategorias principais de câmeras ''view'': câmeras de campo, câmeras jornalísticas, câmeras monotrilho e câmeras técnicas.


==== Câmera de campo ou ''field'' ====
==== Câmera de campo ou ''field'' ====
[[Ficheiro:Penta 45F Field Camera.jpg|miniaturadaimagem|140x140px|Câmera de campo Penta 45F.]]
[[Ficheiro:Penta 45F Field Camera.jpg|miniaturadaimagem|140x140px|Câmera de campo Penta 45F.]]


Uma câmera de campo é uma câmera ''view'' que pode ser dobrada e que, portanto, é mais portátil.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Embora em geral permitam uma amplitude limitada de movimentos em comparação com o que é oferecido por câmeras monotrilho, sua portabilidade faz com que por vezes sejam preferidas por fotógrafos que atuam em campo e não em um estúdio.<ref name=":9">{{Citar web|url=http://www.kenrockwell.com/tech/tachihara.htm|titulo=Tachihara 4x5 field camera|data=|acessodata=2017-07-02|obra=|publicado=|ultimo=Rockwell|primeiro=Ken|lingua=en}}</ref>
Uma câmera de campo é uma câmera ''view'' que pode ser dobrada e que, portanto, é mais portátil.<ref name=":61">Stone, Jim (2015). [https://books.google.fr/books?id=Bc-9CgAAQBAJ&lpg=PA1&dq=%22what%20is%20a%20camera%22&pg=PA1#v=onepage&q=%22what%20is%20a%20camera%22&f=false]''[https://books.google.fr/books?id=Bc-9CgAAQBAJ&lpg=PA100&dq=field%20camera&pg=PA100#v=onepage&q=field%20camera&f=false A User's Guide to the View Camera]'' (em inglês) 3 ed. New York, London: Focal Press. p. 100. [[International Standard Book Number|ISBN]] [[Especial%3AFontes%20de%20livros/9781317422693|9781317422693]]</ref> Embora em geral permitam uma amplitude limitada de movimentos em comparação com o que é oferecido por câmeras monotrilho, sua portabilidade faz com que por vezes sejam preferidas por fotógrafos que atuam em campo e não em um estúdio.<ref name=":9">{{Citar web|url=http://www.kenrockwell.com/tech/tachihara.htm|titulo=Tachihara 4x5 field camera|data=|acessodata=2017-07-02|obra=|publicado=|ultimo=Rockwell|primeiro=Ken|lingua=en}}</ref>


Equipamentos modernos deste tipo são pouco diferentes das primeiras câmeras de campo do século XIX, mas ao invés de caixas de madeira utilizam foles,{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} que lhes permitem serem dobradas até tamanhos reduzidos, por vezes comparável ao de um livro.<ref name=":9" /> Alem disso, o uso de filmes (ou sensor) de grande formato, a disponibilidade de objetivas nobres e sua construção lhes tornam capazes de produzir imagens de alta qualidade,{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} conhecidas por criarem uma sensação tridimensional e representarem fidedignamente até mesmo os menores detalhes de uma cena.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Por esse motivo, tradicionalmente têm sido o instrumento de preferência de [[Fotografia de natureza|fotógrafos de paisagem]], como no caso de [[Ansel Adams]] e [[Edward Weston]].<ref>{{Citar periódico|ultimo=Krieger|primeiro=Carsten|data=2012|titulo=The DSLR Field Camera|jornal=Digital Photography Review|doi=|url=https://www.dpreview.com/articles/9496515776/the-dslr-field-camera|acessodata=2 de julho de 2017|idioma=en}}</ref>
Equipamentos modernos deste tipo são pouco diferentes das primeiras câmeras de campo do século XIX, mas ao invés de caixas de madeira utilizam foles,<ref name=":61" /> que lhes permitem serem dobradas até tamanhos reduzidos, por vezes comparável ao de um livro.<ref name=":9" /> Além disso, o uso de filmes (ou sensor) de grande formato, a disponibilidade de objetivas nobres e sua construção lhes tornam capazes de produzir imagens de alta qualidade,<ref name=":61" /> conhecidas por criarem uma sensação tridimensional e representarem fidedignamente até mesmo os menores detalhes de uma cena.<ref name=":9" /> Por esse motivo, tradicionalmente têm sido o instrumento de preferência de [[Fotografia de natureza|fotógrafos de paisagem]], como no caso de [[Ansel Adams]] e [[Edward Weston]].<ref>{{Citar periódico|ultimo=Krieger|primeiro=Carsten|data=2012|titulo=The DSLR Field Camera|jornal=Digital Photography Review|doi=|url=https://www.dpreview.com/articles/9496515776/the-dslr-field-camera|acessodata=2 de julho de 2017|idioma=en}}</ref>


==== Câmera jornalística ou ''press'' ====
==== Câmera jornalística ou ''press'' ====
[[Ficheiro:Stanley Kubrick's Speed Graphic camera at the LACMA exhibit.jpg|miniaturadaimagem|140x140px|<span data-ve-clipboard-key="0.8082906492288569-2">Uma câmera jornalística</span> ''Speed Graphic.'']]
[[Ficheiro:Stanley Kubrick's Speed Graphic camera at the LACMA exhibit.jpg|miniaturadaimagem|140x140px|<span data-ve-clipboard-key="0.8082906492288569-2">Uma câmera jornalística</span> ''Speed Graphic.'']]


Câmera jornalísticas são câmeras ''view'' de médio ou, menos comumente, de grande formato, que foram predominantemente utilizadas por fotógrafos da imprensa no início e em meados do século XX.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} A partir da década de 1960 este tipo de equipamento foi em grande medida substituído por câmeras do tipo ''rangefinder'' e SLR de filme 35mm, e, posteriormente, por câmeras digitais.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} A câmera jornalística quintessencial é o modelo ''Speed Graphic'' da Graflex, usado por exemplo por [[Weegee]].<ref>{{Citar livro|url=|título=Naked city|ultimo=Weegee|primeiro=|data=|editora=Da Capo Press|ano=2003|local=Cambridge|página=260|páginas=|isbn=0306812045|oclc=|acessodata=|idioma=en}}</ref>
Câmera jornalísticas são câmeras ''view'' de médio ou, menos comumente, de grande formato, que foram predominantemente utilizadas por fotógrafos da imprensa no início e em meados do século XX.<ref name=":62">Stone, Jim (2015). ''[https://books.google.fr/books?id=Bc-9CgAAQBAJ&lpg=PA100&dq=field%20camera&pg=PA100#v=onepage&q=field%20camera&f=false A User's Guide to the View Camera]'' (em inglês) 3 ed. New York, London: Focal Press. p. 105-107. [[International Standard Book Number|ISBN]] [[Especial%3AFontes%20de%20livros/9781317422693|9781317422693]]</ref> A partir da década de 1960 este tipo de equipamento foi em grande medida substituído por câmeras do tipo ''rangefinder'' e SLR de filme 35mm,<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/4549267|título=All about 35mm photography : a complete guide to choosing and using 35mm cameras and equipment|ultimo=Grimm|primeiro=Michele|data=|editora=Macmillan|ano=1979|local=New York|página=9|páginas=|lingua=en|isbn=9780025457508|oclc=4549267|acessodata=}}</ref> e, posteriormente, por câmeras digitais.<ref name=":62" /> A câmera jornalística quintessencial é o modelo ''Speed Graphic'' da Graflex, usado por exemplo por [[Weegee]].<ref>{{Citar livro|url=|título=Naked city|ultimo=Weegee|primeiro=|data=|editora=Da Capo Press|ano=2003|local=Cambridge|página=260|páginas=|isbn=0306812045|oclc=|acessodata=|idioma=en}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.fr/books?id=LpxWDQAAQBAJ&lpg=PP1&dq=%C2%A0Speed%20Graphic%20da%20Graflex%20weegee&pg=PT38#v=onepage&q=%C2%A0Speed%20Graphic&f=false|título=Weegee: The Autobiography (Annotated)|ultimo=Fellig|primeiro=Arthur (Weegee)|data=|editora=Devault-Graves|ano=2013|local=Memphis|páginas=|lingua=en|isbn=9780989671408|acessodata=}}</ref>


==== Câmera monotrilho ou técnica ====
==== Câmera monotrilho ou técnica ====
[[Ficheiro:Fachkamera.jpg|miniaturadaimagem|140x140px|Fotógrafo operando uma câmera monotrilho ArcaSwiss.]]
[[Ficheiro:Fachkamera.jpg|miniaturadaimagem|140x140px|Fotógrafo operando uma câmera monotrilho ArcaSwiss.]]


Câmeras monotrilho são câmeras em geral de grande formato nas quais o plano dianteiro, o fole e o plano traseiro são montados em um trilho rígido, ao longo do qual deslizam até serem travados na posição desejada.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Além disso, frequentemente os planos frontal e traseiro dessas câmeras podem ser deslocados verticalmente e inclinados, e isso confere a esses equipamentos extrema versatilidade e controles inigualáveis sobre o foco, a profundidade de campo e a perspectiva.<ref name=":10">{{Citar web|url=http://www.largeformatphotography.info/mono-field.html|titulo=Using a Monorail in the Field - Horseman LE|data=|acessodata=2017-07-02|obra=|publicado=Large Format Photography|ultimo=Thornton|primeiro=Nick|lingua=en}}</ref><ref name=":11">{{Citar web|url=https://www.bhphotovideo.com/find/Product_Resources/largeformat1.jsp|titulo=Introduction To Large Format, Part I|data=|acessodata=2017-07-02|obra=|publicado=B & H Photovideo|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> Consequentemente câmeras monotrilho podem ser usadas para aplicações de alta precisão, como por exemplo em [[Fotografia Fine Art|fotografia artística]] ou captando imagens de objetos muito pequenos ou que requerem um aumento drástico do campo de foco.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Por essas aplicações, são também chamadas câmeras técnicas.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Dubovoy|primeiro=Mark|data=2017-04-07|titulo=The Joy Of Technical Cameras|jornal=Photo Aesthetics|doi=|url=http://photoaesthetics.com/the-joy-of-technical-cameras/|acessodata=1 de julho de 2017|idioma=en}}</ref>
Câmeras monotrilho são câmeras em geral de grande formato nas quais o plano dianteiro, o fole e o plano traseiro são montados em um trilho rígido, ao longo do qual deslizam até serem travados na posição desejada.<ref>Stone, Jim (2015). ''[https://books.google.fr/books?id=Bc-9CgAAQBAJ&lpg=PA100&dq=field%20camera&pg=PA100#v=onepage&q=field%20camera&f=false A User's Guide to the View Camera]'' (em inglês) 3 ed. New York, London: Focal Press. p. 98. [[International Standard Book Number|ISBN]] [[Especial%3AFontes%20de%20livros/9781317422693|9781317422693]]</ref> Além disso, frequentemente os planos frontal e traseiro dessas câmeras podem ser deslocados verticalmente e inclinados, e isso confere a esses equipamentos extrema versatilidade e controles inigualáveis sobre o foco, a profundidade de campo e a perspectiva.<ref name=":10">{{Citar web|url=http://www.largeformatphotography.info/mono-field.html|titulo=Using a Monorail in the Field - Horseman LE|data=|acessodata=2017-07-02|obra=|publicado=Large Format Photography|ultimo=Thornton|primeiro=Nick|lingua=en}}</ref><ref name=":11">{{Citar web|url=https://www.bhphotovideo.com/find/Product_Resources/largeformat1.jsp|titulo=Introduction To Large Format, Part I|data=|acessodata=2017-07-02|obra=|publicado=B & H Photovideo|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> Consequentemente câmeras monotrilho podem ser usadas para aplicações de alta precisão, como por exemplo em [[Fotografia Fine Art|fotografia artística]] ou captando imagens de objetos muito pequenos ou que requerem um aumento drástico do campo de foco.<ref name=":63">Stone, Jim (2015). ''[https://books.google.fr/books?id=Bc-9CgAAQBAJ&lpg=PA100&dq=field%20camera&pg=PA100#v=onepage&q=field%20camera&f=false A User's Guide to the View Camera]'' (em inglês) 3 ed. New York, London: Focal Press. p. 106-107. [[International Standard Book Number|ISBN]] [[Especial%3AFontes%20de%20livros/9781317422693|9781317422693]]</ref><ref name=":64" /> Por essas aplicações, são também chamadas câmeras técnicas.<ref name=":63" /><ref name=":64">{{Citar periódico|ultimo=Dubovoy|primeiro=Mark|data=2017-04-07|titulo=The Joy Of Technical Cameras|jornal=Photo Aesthetics|doi=|url=http://photoaesthetics.com/the-joy-of-technical-cameras/|acessodata=1 de julho de 2017|idioma=en}}</ref>


Câmeras monotrilho, como câmeras de campo, normalmente gravam suas imagens em filmes em folha, placas fotográficas ou, desde o advento das câmeras digitais, através de sensores de imagem.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Tipicamente o filme em folha ou sensor utilizado é dos tamanhos 4 x 5" (dito meia folha) ou 8 x 10" (dito uma folha), mas também existem aplicações para filmes 5 x 7" e 11 x 14".<ref>{{Citar web|url=http://www.argentumcamera.com/eng/pages/other/accessories.htm|titulo=Sheet film holders|data=|acessodata=2017-07-02|obra=|publicado=Argentum Camera Manufactura|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref>
Câmeras monotrilho, como câmeras de campo, normalmente gravam suas imagens em filmes em folha, placas fotográficas ou, desde o advento das câmeras digitais, através de sensores de imagem.<ref name=":64" /> Tipicamente o filme em folha ou sensor utilizado é dos tamanhos 4 x 5" (dito meia folha) ou 8 x 10" (dito uma folha), mas também existem aplicações para filmes 5 x 7" e 11 x 14".<ref>{{Citar web|url=http://www.argentumcamera.com/eng/pages/other/accessories.htm|titulo=Sheet film holders|data=|acessodata=2017-07-02|obra=|publicado=Argentum Camera Manufactura|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref>


O contraponto da versatilidade destas câmeras é o seu peso e tamanho, que geralmente implicam seu uso para fotografias de elementos estáticos.<ref name=":11" /> Embora alguns modelos sejam mais compactos e projetados para uso em campo, em geral câmeras monotrilho são usadas exclusivamente em estúdios fotográficos.<ref name=":10" />
O contraponto da versatilidade destas câmeras é o seu peso e tamanho, que geralmente implicam seu uso para fotografias de elementos estáticos.<ref name=":11" /> Embora alguns modelos sejam mais compactos e projetados para uso em campo, em geral câmeras monotrilho são usadas exclusivamente em estúdios fotográficos.<ref name=":10" />
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[[Ficheiro:130607 Svatba Staromak Praha 0031b.jpg|miniaturadaimagem|140x140px|Fotógrafo usando um monopé.]]
[[Ficheiro:130607 Svatba Staromak Praha 0031b.jpg|miniaturadaimagem|140x140px|Fotógrafo usando um monopé.]]


[[Tripé (fotografia)|Tripés]] são usado para estabilizar e elevar uma câmera, uma unidade de flash ou outro equipamento fotográfico.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Tripés fotográficos possuem uma cabeça de montagem, na qual a câmera é acoplada.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Existem diferentes modelos de cabeças de montagem, que apresentam desde um simples parafuso para prender a câmera, até recursos sofisticados que permitem realizar fotografias panorâmicas e controlar a inclinação de cada um dos eixos da câmera, dentre outros.<ref>{{Citar web|url=http://www.dslrfilmnoob.com/2014/02/19/dslr-camera-rig-mounting-options/|titulo=DSLR Camera rig mounting options|data=2014-02-19|acessodata=2017-07-12|obra=DSLR Film Noob|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> Alem disso, a solidez e estabilidade de cada tripé são características determinantes para sua escolha.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Essas características normalmente variam em função do tipo de construção do tripé (pernas dobráveis, retrateis ou fixas), bem como em função dos materiais empregados nessa construção (tipicamente alumínio, fibra de carbono, aço, madeira ou plástico).<ref>{{Citar periódico|ultimo=Mansurov|primeiro=Nasim|data=2017|titulo=How to Choose and Buy a Tripod for a DSLR Camera|jornal=Photography Life|doi=|url=https://photographylife.com/how-to-choose-and-buy-a-tripod-for-a-dslr-camera#tripod_head|acessodata=2 de julho de 2017|idioma=en}}</ref>
[[Tripé (fotografia)|Tripés]] são usado para estabilizar e elevar uma câmera,<ref>{{Citar periódico|ultimo=Laurence|primeiro=Norah|data=2015|titulo=11 Reasons Why You Need A Tripod for Awesome Photographs|jornal=Finding the Universe|doi=|url=http://www.findingtheuniverse.com/2015/11/reasons-you-need-a-tripod-photography.html|acessodata=23 de julho de 2017|lingua=en}}</ref><ref name=":65">{{Citar periódico|ultimo=Rowse|primeiro=Darren|data=2010-05-19|titulo=How to use Your Tripod (it's not as simple as you think!)|jornal=Digital Photography School|doi=|url=https://digital-photography-school.com/how-to-use-your-tripod-its-not-as-simple-as-you-think/|acessodata=23 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref> uma unidade de flash ou outro equipamento fotográfico.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Evans|primeiro=Ben|data=2015-11-01|titulo=Supporting Your Off-Camera Flash - Tripods, Monopods or Light Stands?|jornal=Digital Photography School|doi=|url=https://digital-photography-school.com/supporting-your-off-camera-flash-tripods-monopods-or-light-stands/|acessodata=23 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref> Tripés fotográficos possuem uma cabeça de montagem, na qual a câmera é acoplada.<ref name=":65" /> Existem diferentes modelos de cabeças de montagem, que apresentam desde um simples parafuso para prender a câmera, até recursos sofisticados que permitem realizar fotografias panorâmicas e controlar a inclinação de cada um dos eixos da câmera, dentre outros.<ref>{{Citar web|url=http://www.dslrfilmnoob.com/2014/02/19/dslr-camera-rig-mounting-options/|titulo=DSLR Camera rig mounting options|data=2014-02-19|acessodata=2017-07-12|obra=DSLR Film Noob|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> Alem disso, a solidez e estabilidade de cada tripé são características determinantes para sua escolha.<ref name=":65" /> Essas características normalmente variam em função do tipo de construção do tripé (pernas dobráveis, retrateis ou fixas), bem como em função dos materiais empregados nessa construção (tipicamente alumínio, fibra de carbono, aço, madeira ou plástico).<ref>{{Citar periódico|ultimo=Mansurov|primeiro=Nasim|data=2017|titulo=How to Choose and Buy a Tripod for a DSLR Camera|jornal=Photography Life|doi=|url=https://photographylife.com/how-to-choose-and-buy-a-tripod-for-a-dslr-camera#tripod_head|acessodata=2 de julho de 2017|idioma=en}}</ref>


Por definição, todo tripé tem três pernas, e acessórios para estabilizar câmeras que contam com apenas um pé são chamados [[monopé]]s.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Estes, têm como vantagem comparativa uma maior mobilidade e portabilidade, e são particularmente úteis, por exemplo, em fotografia de esportes.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Panic|primeiro=Mike|data=2010-03-21|titulo=Should I Use a Monopod or Tripod?|jornal=Light Stalking|doi=|url=https://www.lightstalking.com/monopod-or-tripod/|acessodata=2 de julho de 2017|idioma=en}}</ref>
Por definição, todo tripé tem três pernas, e acessórios para estabilizar câmeras que contam com apenas um pé são chamados [[monopé]]s.<ref name=":66" /> Estes, têm como vantagem comparativa uma maior mobilidade e portabilidade, e são particularmente úteis, por exemplo, em fotografia de esportes.<ref name=":66">{{Citar periódico|ultimo=Panic|primeiro=Mike|data=2010-03-21|titulo=Should I Use a Monopod or Tripod?|jornal=Light Stalking|doi=|url=https://www.lightstalking.com/monopod-or-tripod/|acessodata=2 de julho de 2017|idioma=en}}</ref>


=== Filtro ótico ===
=== Filtro ótico ===
{{Artigo principal|Filtro fotográfico}}[[Ficheiro:Filters 6187.jpg|miniaturadaimagem|140x140px|Conjunto de filtros óticos.]]Um [[Filtro fotográfico|filtro ótico]] é um acessório de plástico ou vidro que pode ser inserido no caminho óptico, normalmente à frente da objetiva.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Filtros podem ter uma forma quadrada ou oblonga e serem montados num acessório de suporte, ou, mais comumente, consistirem em um disco que é rosqueado na parte da frente da objetiva.<ref name=":12">{{Citar periódico|ultimo=Meyer|primeiro=Jeff|data=2017|titulo=5 essential photography filters (and why you can't live without them!)|jornal=TechRadar|doi=|url=http://www.techradar.com/how-to/photography-video-capture/cameras/5-essential-photography-filters-and-why-you-can-t-live-without-them-1320801|acessodata=2 de julho de 2017|idioma=en}}</ref> O uso de filtros tem como objetivo modificar a luz e consequentemente as imagens captadas.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} O uso desse recurso é particularmente variado e permite realizar desde mudanças sutis nas imagens, até imagens que simplesmente não poderiam ser captadas sem o uso de filtros.<ref name=":29" />
{{Artigo principal|Filtro fotográfico}}[[Ficheiro:Filters 6187.jpg|miniaturadaimagem|140x140px|Conjunto de filtros óticos.]]Um [[Filtro fotográfico|filtro ótico]] é um acessório de plástico ou vidro que pode ser inserido no caminho óptico, normalmente à frente da objetiva.<ref name=":12" /> Filtros podem ter uma forma quadrada ou oblonga e serem montados num acessório de suporte, ou, mais comumente, consistirem em um disco que é rosqueado na parte da frente da objetiva.<ref name=":12">{{Citar periódico|ultimo=Meyer|primeiro=Jeff|data=2017|titulo=5 essential photography filters (and why you can't live without them!)|jornal=TechRadar|doi=|url=http://www.techradar.com/how-to/photography-video-capture/cameras/5-essential-photography-filters-and-why-you-can-t-live-without-them-1320801|acessodata=2 de julho de 2017|idioma=en}}</ref> O uso de filtros tem como objetivo modificar a luz e consequentemente as imagens captadas.<ref name=":67">{{Citar web|url=http://www.exposureguide.com/lens-filters.htm|titulo=Lens Filters: Camera Lens Filters Explained|data=|acessodata=2017-07-23|obra=|publicado=Exposure Guide|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> O uso desse recurso é particularmente variado e permite realizar desde mudanças sutis nas imagens, até imagens que simplesmente não poderiam ser captadas sem o uso de filtros.<ref name=":29" />


Em fotografia [[Fotografia em preto-e-branco|monocromática]], filtros afetam o brilho relativo de diferentes cores, e assim um batom vermelho, por exemplo, pode ser processado com diferentes filtros e resultar em uma variedade de tons que vão desde o quase branco até o quase preto.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Outros filtros alteram o equilíbrio entre as cores das imagens, permitindo, por exemplo, compensar o tom amarelado da luz de [[Lâmpada incandescente|lâmpadas]] incandescentes e obter uma imagem mais realista.<ref name=":29" /> Além disso, existem filtros que distorcem a imagem de um modo desejado, que aumentam a nitidez (por exemplo direcionado a [[Filtro polarizador|luz polarizada]]), que filtram determinados trechos do espectro de luz (por exemplo a [[radiação ultravioleta]] (UV)), ou que acrescentam efeitos à imagem captada (por exemplo dando um formato estrelado às fontes de luz).<ref name=":29">{{Citar periódico|ultimo=Mansurov|primeiro=Nasim|data=2017|titulo=Lens Filters Explained|jornal=Photography Life|doi=|url=https://photographylife.com/lens-filters-explained|acessodata=2 de julho de 2017|idioma=en}}</ref>
Em fotografia [[Fotografia em preto-e-branco|monocromática]], filtros coloridos podem afetar o brilho relativo de diferentes cores, e assim um filtro vermelho, por exemplo, pode ser usado para aumentar o contrate entre flores vermelhas e folhagens verdes, escurecer um céu azul e consequentemente produzir o efeito de nuvens brancas, dentre outros efeitos.<ref name=":67" /> Outros filtros alteram o equilíbrio entre as cores das imagens, permitindo, por exemplo, compensar o tom amarelado da luz de [[Lâmpada incandescente|lâmpadas]] incandescentes e obter uma imagem mais realista.<ref name=":29" /> Além disso, existem filtros que distorcem a imagem de um modo desejado, que aumentam a nitidez (por exemplo direcionando a [[Filtro polarizador|luz polarizada]]), filtram determinados trechos do espectro de luz (por exemplo a [[radiação ultravioleta]] (UV)), ou acrescentam efeitos à imagem captada (por exemplo dando um formato estrelado às fontes de luz).<ref name=":29">{{Citar periódico|ultimo=Mansurov|primeiro=Nasim|data=2017|titulo=Lens Filters Explained|jornal=Photography Life|doi=|url=https://photographylife.com/lens-filters-explained|acessodata=2 de julho de 2017|idioma=en}}</ref>


Filtros ópticos são utilizados em diversas áreas da ciência, especialmente em [[astronomia]].{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Contudo, embora esses filtros sejam essencialmente os mesmos como filtros fotográficos, na prática muitas vezes eles contam propriedades ópticas e com um nível de precisão muito mais controlado.<ref>{{Citar web|url=http://chsopensource.org/2016/01/29/technical-photography-filters-set/|titulo=Technical Photography Filters Set|data=2016-01-29|acessodata=2017-07-02|obra=Cultural Heritage Science Open Source|publicado=|ultimo=Cosentino|primeiro=Antonino|lingua=en}}</ref> Consequentemente, filtros fotográficos são vendidos em quantidades maiores a preços mais baixos do que seus correspondente de laboratório.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}}
Filtros ópticos são utilizados em diversas áreas da ciência, especialmente em [[astronomia]], onde auxiliam na redução da [[poluição luminosa]] captada.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Norman|primeiro=Ian|data=2016-04-21|titulo=Hoya Red Intensifier Review: An Affordable Light Pollution Filter for Astrophotography|jornal=Lonely Speck|doi=|url=https://www.lonelyspeck.com/hoya-intensifier-review-an-affordable-light-pollution-filter-for-astrophotography/|acessodata=23 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref> Contudo, embora esses filtros sejam essencialmente os mesmos filtros fotográficos, na prática muitas vezes eles contam propriedades ópticas e com um nível de precisão muito mais controlado.<ref>{{Citar web|url=http://chsopensource.org/2016/01/29/technical-photography-filters-set/|titulo=Technical Photography Filters Set|data=2016-01-29|acessodata=2017-07-02|obra=Cultural Heritage Science Open Source|publicado=|ultimo=Cosentino|primeiro=Antonino|lingua=en}}</ref>


A fotografia digital tornou redundante o uso de grande parte dos filtros,{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} que frequentemente são substituídos por filtros digitais durante o pós-processamento.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} As excepções incluem o filtro UV, tipicamente usado para proteger o elemento frontal da lente,{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} o [[filtro de densidade neutra]], o filtro polarizador e o filtro de infravermelhos (IR).<ref name=":12" />
A fotografia digital tornou redundante o uso de grande parte dos filtros, que frequentemente são substituídos por filtros digitais durante o pós-processamento.<ref name=":29" /> As excepções incluem o filtro UV, tipicamente usado para proteger o elemento frontal da lente,<ref>{{Citar periódico|ultimo=Axford|primeiro=Tom|data=2013|titulo=Should You Use a UV Filter on Your Lens?|jornal=dpreview.com|doi=|url=https://www.dpreview.com/articles/7333331953/should-you-use-a-uv-filter-on-your-lens|acessodata=23 de julho de 2017|lingua=en}}</ref> o [[filtro de densidade neutra]], o filtro polarizador e o filtro de infravermelhos (IR).<ref name=":12" /><ref name=":67" />


=== Pára-sol ===
=== Pára-sol ===
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[[Ficheiro:Lens flare scheme en.svg|miniaturadaimagem|220x220px|Pára-sóis evitam a incidência direta da luz sobre a objetiva.]]
[[Ficheiro:Lens flare scheme en.svg|miniaturadaimagem|220x220px|Pára-sóis evitam a incidência direta da luz sobre a objetiva.]]


Um [[Para-sol|pára-sol]], ou, mais informalmente, um capuz de lente, é um dispositivo usado na extremidade dianteira de uma objetiva para bloquear partes dos raios de sol ou de outras fontes de luz,{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} evitando que esses raios incidam diretamente sobre a lente e causem ''[[lens flare]]'' e [[Clarão|clarões]], duas aberrações óticas.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Carey|primeiro=Peter West|data=2011-08-06|titulo=Why You Should Use Your Lens' Hood|jornal=Digital Photography School|doi=|url=https://digital-photography-school.com/why-you-should-use-your-lens-hood/|acessodata=2 de julho de 2017|idioma=en}}</ref> Pára-sóis também podem ser utilizados para proteger a objetiva e seus elementos frontais, evitando o uso de tampas de lente, que devem ser removidas antes do uso do equipamento e portanto podem retardar a captura de imagens inesperadas.<ref>{{Citar web|url=http://www.the-digital-picture.com/Canon-Lenses/Lens-Hoods.aspx|titulo=Canon Lens Hoods - Do I Really Need To Use One?|data=|acessodata=2017-07-02|obra=|publicado=The-Digital-Picture.com|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref>
Um [[Para-sol|pára-sol]], ou, mais informalmente, um capuz de lente, é um dispositivo usado na extremidade dianteira de uma objetiva para bloquear partes dos raios de sol ou de outras fontes de luz, evitando que esses raios incidam diretamente sobre a lente e causem ''[[Lens flare]]'' e [[Clarão|clarões]], duas aberrações óticas.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Carey|primeiro=Peter West|data=2011-08-06|titulo=Why You Should Use Your Lens' Hood|jornal=Digital Photography School|doi=|url=https://digital-photography-school.com/why-you-should-use-your-lens-hood/|acessodata=2 de julho de 2017|idioma=en}}</ref> Pára-sóis também podem ser utilizados para proteger a objetiva e seus elementos frontais, evitando o uso de tampas de lente, que devem ser removidas antes do uso do equipamento e portanto podem retardar a captura de imagens inesperadas.<ref name=":68">{{Citar web|url=http://www.the-digital-picture.com/Canon-Lenses/Lens-Hoods.aspx|titulo=Canon Lens Hoods - Do I Really Need To Use One?|data=|acessodata=2017-07-02|obra=|publicado=The-Digital-Picture.com|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref>


Existe uma grande diversidade de pára-sóis disponíveis no mercado,{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} e a sua possível compatibilidade com uma câmera deve levar em consideração ao menos três fatores: a distância focal da objetiva utilizada, o tamanho do elemento de lente frontal e as dimensões do sensor de imagem ou filme na câmara.<ref>{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=2016|titulo=Your Guide to Buying Camera Lens Hoods for Zoom Lenses|jornal=eBay|doi=|url=http://www.ebay.com/gds/Your-Guide-to-Buying-Camera-Lens-Hoods-for-Zoom-Lenses-/10000000177629186/g.html|acessodata=1 de julho de 2017|idioma=en}}</ref> Além disso, existem formatos variados de pára-sóis com finalidades distintas, como por exemplo aquele dito de pétala, tulipa ou flor, que permite bloquear a luz dispersa sem interromper a luz dos cantos da imagem, reduzindo assim a quantidade de [[Vinheta (fotografia)|vinheta]] da imagem final.<ref>{{Citar web|url=http://toothwalker.org/optics/vignetting.html|titulo=Vignetting|data=2002|acessodata=2017-07-11|obra=|publicado=Toothwalker.org|ultimo=Walree|primeiro=Paul van|lingua=en}}</ref>
Existe uma grande diversidade de pára-sóis disponíveis no mercado,<ref name=":68" /> e a sua possível compatibilidade com uma câmera deve levar em consideração ao menos três fatores: a distância focal da objetiva utilizada, o tamanho do elemento de lente frontal e as dimensões do sensor de imagem ou filme na câmera.<ref>{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=2016|titulo=Your Guide to Buying Camera Lens Hoods for Zoom Lenses|jornal=eBay|doi=|url=http://www.ebay.com/gds/Your-Guide-to-Buying-Camera-Lens-Hoods-for-Zoom-Lenses-/10000000177629186/g.html|acessodata=1 de julho de 2017|idioma=en}}</ref> Além disso, existem formatos variados de pára-sóis com finalidades distintas, como por exemplo aquele dito de pétala, tulipa ou flor, que permite bloquear a luz dispersa sem interromper a luz dos cantos da imagem, reduzindo assim a quantidade de [[Vinheta (fotografia)|vinheta]] da imagem final.<ref>{{Citar web|url=http://toothwalker.org/optics/vignetting.html|titulo=Vignetting|data=2002|acessodata=2017-07-11|obra=|publicado=Toothwalker.org|ultimo=Walree|primeiro=Paul van|lingua=en}}</ref>


=== Flash ===
=== Flash ===
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[[Ficheiro:Kodak flash holder (3878834678).jpg|miniaturadaimagem|154x154px|Unidade de flash com empunhadura.]]
[[Ficheiro:Kodak flash holder (3878834678).jpg|miniaturadaimagem|154x154px|Unidade de flash com empunhadura.]]


Um [[Flash (fotografia)|flash]] é um dispositivo usado para produzir luz artificial, com o objetivo de iluminar uma cena.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Isso pode ser desejável por uma série de motivos que incluem melhorar a clareza de uma cena, reduzir o tempo de exposição de uma cena e consequentemente poder operar a câmera sem o uso de um tripé e/ou poder captar em detalhe objetos em movimento e obter exposições mais equilibradas mesmo em condições de luz do dia.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Além disso, um flash pode ser usado como uma ferramenta criativa altamente eficaz.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Petersen|primeiro=Bjorn|data=2015|titulo=A Guide to On-Camera Flash|jornal=B&H Explora|doi=|url=https://www.bhphotovideo.com/explora/photography/buying-guide/guide-camera-flash|acessodata=20 de junho de 2017|idioma=en}}</ref>
Um [[Flash (fotografia)|flash]] é um dispositivo usado para produzir luz artificial, com o objetivo de iluminar uma cena.<ref name=":69" /> Isso pode ser desejável por uma série de motivos que incluem melhorar a clareza de uma cena, reduzir o tempo de exposição e consequentemente poder operar a câmera sem o uso de um tripé, captar em detalhe objetos em movimento, obter exposições mais equilibradas mesmo em condições de luz do dia e dirigir a atenção do espectador a pontos específicos da imagem.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Tejada|primeiro=David|data=|titulo=Flash Photography the Easy Way Tips|jornal=Nikon: Tips and Techniques|doi=|url=http://www.nikonusa.com/en/learn-and-explore/a/tips-and-techniques/flash-photography-the-easy-way.html|acessodata=23 de julho de 2017|idioma=en}}</ref> Consequentemente, um flash pode ser usado como uma ferramenta criativa altamente eficaz.<ref name=":69">{{Citar periódico|ultimo=Petersen|primeiro=Bjorn|data=2015|titulo=A Guide to On-Camera Flash|jornal=B&H Explora|doi=|url=https://www.bhphotovideo.com/explora/photography/buying-guide/guide-camera-flash|acessodata=20 de junho de 2017|idioma=en}}</ref>

O tempo de duração da luz produzida pelo flash deve coincidir com a abertura do obturador.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Contudo, essas duas velocidades não necessariamente devem ser equivalentes, e de fato o tempo de duração e a intensidade da luz do flash podem ser controlados em equipamentos mais avançados.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Atualmente a maioria dos dispositivos de flash são eletrônicos, mas historicamente a mesma função era atingida, embora com menor precisão, com o emprego de pós inflamáveis (notadamente a base de magnésio) e lâmpadas descartáveis.<ref>{{Citar web|url=http://creaphot.fr/histoire-du-flash-et-de-la-synchro-x/|titulo=Histoire du Flash et de la Synchro-X|data=2015|acessodata=2017-07-01|obra=Creaphot|publicado=|ultimo=Bodin|primeiro=Daniel|lingua=fr}}</ref>


A primeira câmera a apresentar um flash integrado foi a americana ''Spartus Press Flash,'' de 1939,<ref>{{Citar web|url=http://vintagecameralab.com/spartus-press-flash/|titulo=Spartus Press Flash|data=|acessodata=2017-07-03|obra=|publicado=Vintage Camera Lab|ultimo=|primeiro=|lingua=en-US}}</ref> e desde os anos 1960 esse tipo de construção se popularizou.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Contudo, alguns equipamentos, principalmente para uso profissional, permitem acoplar unidades de flash separadas, e estúdios de fotografia também utilizam unidades de flash independentes, que devido ao seu tamanho e potência podem ser alimentadas por baterias ou conectados à rede elétrica.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Nesses casos, as unidades de flash são sincronizadas com a câmera através de dispositivos com ou sem fios, ou ainda através dos chamados ''escravos'', que são dispositivos que captam a luz do flash integrado à câmera e disparam as demais unidades de flash presentes no ambiente.<ref>{{Citar web|url=http://www.pixelvalley.com/appareil-numerique/le-flash.php|titulo=Bien utiliser le flash de son appareil photo numérique|data=|acessodata=2017-07-01|obra=|publicado=Pixelvalley|ultimo=|primeiro=|lingua=fr}}</ref>
Atualmente a maioria dos dispositivos de flash são eletrônicos, mas historicamente a mesma função era atingida, embora com menor precisão, com o emprego de pós [[Substâncias inflamáveis|inflamáveis]] (notadamente a base de [[magnésio]]) e lâmpadas descartáveis.<ref>{{Citar web|url=http://creaphot.fr/histoire-du-flash-et-de-la-synchro-x/|titulo=Histoire du Flash et de la Synchro-X|data=2015|acessodata=2017-07-01|obra=Creaphot|publicado=|ultimo=Bodin|primeiro=Daniel|lingua=fr}}</ref> A primeira câmera a apresentar um flash integrado foi a americana ''Spartus Press Flash,'' de 1939, e desde então gradualmente esse tipo de construção se popularizou.<ref>{{Citar web|url=http://vintagecameralab.com/spartus-press-flash/|titulo=Spartus Press Flash|data=|acessodata=2017-07-03|obra=|publicado=Vintage Camera Lab|ultimo=|primeiro=|lingua=en-US}}</ref><ref name=":75">{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/902660921|título=Curious cameras: 183 cool cameras from the strange to the spectacular|ultimo=Gustavson|primeiro=Todd|editora=Sterling Signature|ano=2015|edicao=|local=New York|página=155|páginas=|lingua=en|isbn=9781454915515|oclc=|acessodata=}}</ref> Contudo, alguns equipamentos, principalmente para uso profissional, permitem acoplar unidades de flash separadas,<ref>{{Citar periódico|ultimo=Eftaiha|primeiro=Diana|data=2010|titulo=An Introduction to Indoor and Studio Flash Photography|jornal=Photo & Video Envato Tuts+|doi=|url=https://photography.tutsplus.com/articles/an-introduction-to-indoor-and-studio-flash-photography--photo-4229|acessodata=23 de julho de 2017|lingua=en}}</ref><ref name=":70" /> e estúdios de fotografia também utilizam unidades de flash independentes, que devido ao seu tamanho e potência podem ser alimentadas por baterias ou conectados à rede elétrica.<ref name=":71">{{Citar periódico|ultimo=Eftaiha|primeiro=Diana|data=2011|titulo=A Fundamental Introduction to Studio Lighting Equipment|jornal=Photo & Video Envato Tuts+|doi=|url=https://photography.tutsplus.com/articles/a-fundamental-introduction-to-studio-lighting-equipment--photo-6067|acessodata=23 de julho de 2017|lingua=en}}</ref> Nesses casos, as unidades de flash são sincronizadas com a câmera através de dispositivos com ou sem fios, ou ainda através dos chamados ''escravos'', que são dispositivos que captam a luz do flash integrado à câmera e disparam as demais unidades de flash presentes no ambiente.<ref name=":70">{{Citar web|url=http://www.pixelvalley.com/appareil-numerique/le-flash.php|titulo=Bien utiliser le flash de son appareil photo numérique|data=|acessodata=2017-07-01|obra=|publicado=Pixelvalley|ultimo=|primeiro=|lingua=fr}}</ref><ref name=":71" />


=== Disparadores remotos ===
=== Disparadores remotos ===
[[Ficheiro:OldCamera CableRelease.jpg|miniaturadaimagem|140x140px|Um cabo de disparo remoto.]]
[[Ficheiro:OldCamera CableRelease.jpg|miniaturadaimagem|140x140px|Um cabo de disparo remoto.]]


Disparadores remotos são dispositivos que permitem ao fotógrafo disparar a câmera sem contato direto com ela,{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} e uma grande vantagem apresentada por esse acessório é permitir ao fotógrafo realizar fotografias de longa exposição sem perturbar a captura.<ref name=":8">{{Citar periódico|ultimo=Richards|primeiro=Matthew|data=2012|titulo=Best camera remote shutter releases|jornal=TechRadar|doi=|url=http://www.techradar.com/news/photography-video-capture/cameras/best-camera-remote-shutter-releases-1046267|acessodata=20 de junho de 2017|idioma=en}}</ref>
Disparadores remotos são dispositivos que permitem ao fotógrafo disparar a câmera sem contato direto com ela,<ref>{{Citar periódico|ultimo=Rowse|primeiro=Darren|data=2006-11-20|titulo=Using Shutter Release Cables in Digital Photography|jornal=Digital Photography School|doi=|url=https://digital-photography-school.com/using-shutter-release-cables-in-digital-photography/|acessodata=23 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref> e que consequentemente permitem ao fotógrafo realizar fotografias de longa exposição sem perturbar a captura.<ref name=":8">{{Citar periódico|ultimo=Richards|primeiro=Matthew|data=2012|titulo=Best camera remote shutter releases|jornal=TechRadar|doi=|url=http://www.techradar.com/news/photography-video-capture/cameras/best-camera-remote-shutter-releases-1046267|acessodata=20 de junho de 2017|idioma=en}}</ref>


Existem duas categorias principais de disparadores remotos: sem fio ou a cabo.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Disparadores a cabo são dispositivos mecânicos que são aparafusados à câmera, e equipamentos mais recentes tendem a não aceita-los.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Disparadores sem fio comunicam-se diretamente com a câmera, caso ela tenha essa capacidade, ou com um receptor acoplado a ela.{{Carece de fontes|data=julho de 2017}} Neste caso, a câmera deve possuir uma entrada compatível com essa tecnologia.<ref name=":8" />
Existem duas categorias principais de disparadores remotos: sem fio ou a cabo.<ref name=":72">{{Citar web|url=http://www.digital-photo-secrets.com/tip/3405/when-to-use-a-cable-release-and-remote-shutter-release/|titulo=When To Use A Cable Release and Remote Shutter Release|data=2016|acessodata=2017-07-23|obra=|publicado=Digital Photo Secrets|ultimo=Peterson|primeiro=David|lingua=en}}</ref> Disparadores a cabo são dispositivos mecânicos que são aparafusados à câmera, e equipamentos mais recentes podem ou não aceita-los.<ref name=":72" /> Disparadores sem fio comunicam-se diretamente com a câmera, caso ela tenha essa capacidade, ou com um receptor acoplado a ela.<ref name=":8" /><ref name=":72" /> Neste caso, a câmera deve possuir uma entrada compatível com essa tecnologia.<ref name=":8" />


== Ver também ==
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== Ligações externas ==
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* {{Link2|url=https://www.collection-appareils.fr|título=La collection d'appareils photo|descrição=Grande conjunto de câmeras do colecionador Sylvain Halgand|língua=fr|acessadoem=2 julho 2017}}
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* {{Link2|url=http://global.canon/en/c-museum/|título=Canon Camera Museum|descrição=Museu online de câmeras da Canon|língua=en|acessadoem=2 julho 2017}}
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* {{Link2|url=http://www.antiquecameras.net|título=Antique & Classic Cameras|descrição=Website dedicado a câmeras e objetivas antigas|língua=en|acessadoem=3 julho 2017}}
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* {{Link2|url=http://www.rolleiclub.com/thedarkroom/|título=Rollei Club|descrição=Clube online de usuário de câmeras Rollei|língua=en|acessadoem=3 julho 2017}}
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[[Categoria:Equipamento fotográfico]]
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Revisão das 00h41min de 24 de julho de 2017

 Nota: Para outros significados, veja Câmara.
Câmeras fotográficas de várias marcas e modelos.

Desde o topo e à esquerda: Polaroid P, Holga, Yashica A, Contax T, Sony Cybershot DSC-N2, Gowland Pocket View, Mamiya Universal Press, Minolta Pocket Autopak 460, Leica IIIf, Rollei 35, Nikon F2, Canon 5D, Fuji Instax Mini 8, Zenza Bronica e Voigtlander Bessa I.

Uma câmara fotográfica (português europeu) ou câmera fotográfica (português brasileiro) é um instrumento óptico para captação de imagens na forma de fotografias individuais,[1][2][3] que são armazenadas localmente, transmitidas para outro local, ou ambos.[4] Como capta informações sobre elementos externos sem ter contato físico com eles, tecnicamente é classificada como um dispositivo de sensoriamento remoto.[5]

A palavra câmera vem de camera obscura, latim para câmera escura, um dispositivo originalmente usado para projetar uma imagem sobre uma superfície plana.[6] Tendo evoluído desse aparato, mesmo os equipamentos modernos mais sofisticados guardam seu princípio fundamental:[6][7] uma caixa à prova de luz com um orifício em um dos lados.[8][9] Semelhantemente ao funcionamento do olho humano,[10] por esse orifício penetram raios de luz e outras porções de espectro eletromagnético que são registrados em um filme fotográfico ou por um sensor de imagem.[4][11] Além disso, tipicamente câmeras contam com objetivas, obturadores e diafragmas, que controlam a quantidade de luz recebida; um sistema de foco, que permite ajustar a distância entre a objetiva e o filme ou sensor; e um visor, que auxilia na composição da cena que se quer fotografar.[9]

Evolução

Origens

Ver artigo principal: Câmera escura

A precursora da câmera moderna é a câmera escura,[12] cujo principio de funcionamento é fenômeno ótico que ocorre quando a luz de uma cena é captada por um pequeno orifício em uma tela ou parede e projetada em outra tela ou parede paralela e oposta ao orifício, resultando na visualização sobre essa superfície da mesma cena invertida (esquerda para a direita e de cabeça para baixo).[13][14] O registro mais antigo desse princípio é uma descrição feita pelo filósofo chinês Mozi (cerca de 470-391 a.C.), que concluiu corretamente que na câmera escura a imagem é projetada invertida como resultado do trajeto em linha reta que a luz percorre desde a sua fonte.[15] Algumas décadas mais tarde, o grego Aristóteles (ou eventualmente um de seus alunos) fez apontamentos a respeito do mesmo principio, e em seu tratado sobre ótica Euclides igualmente pressupõe a câmera escura como uma demonstração de que a luz viaja em linha reta.[16]

Principio de funcionamento de uma câmera escura.

Provavelmente em 1021, o físico árabe Ibn al-Haytham, conhecido como Alhazen, escreveu o influente Livro de Óptica, que inclui experimentos com luz e descreve em maior detalhe uma câmera escura.[17] Através de traduções latinas, seus escritos no campo da ótica tornaram-se muito influentes na Europa, inspirando pessoas como Roger Bacon, Leonardo Da Vinci, René Descartes e Johannes Kepler.[18] Perto de 1558 as descrições de Alhazen foram estudadas pelo acadêmico italiano Giambattista della Porta,[19] que baseado nas primeiras experimentações com uma lente, por Girolamo Cardano,[20] propôs a adição de lentes à câmera escura com o objetivo de focalizar mais claramente as imagens projetadas.[21]

A partir dessa época, tal qual mais tarde ocorreria com a câmera lúcida, o uso de câmeras escuras, ou mais comumente salas escuras com um furo na parede, difunde-se sobretudo como auxilio para pinturas e desenhos,[22] e existem evidências de que um número de mestres da pintura, notadamente Vermeer, tenham utilizado esse dispositivo.[23] A partir do século XVII câmeras escuras foram adaptadas na forma de tendas e caixas, que podiam ser transportadas e utilizadas em uma variedade de ambientes,[15] e existem registros de que o próprio Kepler utilizou uma delas.[24]

O processo fotográfico

Paralelamente ao desenvolvimento das próprias câmeras, por centenas de anos se sabia que algumas substâncias escurecem quando expostas à luz solar.[25] Em uma série de experimentos publicado em 1727, o cientista alemão Johann Heinrich Schulze demonstrou que o escurecimento de sais de prata é resultado da ação da luz apenas, e não do calor ou da exposição ao ar, tal qual acreditava-se à época.[26] Meio século depois, o químico sueco Carl Wilhelm Scheele demonstrou que o cloreto de prata é especialmente suscetível ao escurecimento pela exposição à luz, e que uma vez escurecido ele torna-se insolúvel em soluções de amoníaco.[26] A primeira pessoa a usar a química para criar imagens foi Thomas Wedgwood, que para criar imagens adicionava objetos, como folhas e asas de insetos, a vasos de cerâmica revestidos com nitrato de prata que eram então expostos à luz.[26] Contudo, essas imagens não eram permanentes, pois Wedgwood não foi capaz de desenvolver um mecanismo para fixação das mesmas.[26]

A primeira foto, feita por Nicéphore Niépce em 1827.

A primeira imagem permanente realizada com uma câmera foi feita em 1827 por Joseph Nicéphore Niépce,[27] e mostra a cena vista da janela de sua casa em Le Gras.[28] Usando uma câmera escura feita por Charles e Vincent Chevalier de Paris,[28][29] desde 1816 Niépce vinha experimentando com formas de corrigir e fixar as imagens de uma câmera escura.[30][31] Para produzir sua primeira fotografia, Niépce submeteu uma placa de estanho revestida com betume a uma exposição de oito horas, e em referência à luz solar batizou seu processo heliografia.[28][27] Nos anos seguintes Niépce correspondeu-se com o inventor Louis Jacques Mandé Daguerre, com quem estabeleceu uma parceria visando melhorar o processo da heliográfia.[30] Niépce realizou experimentos com outros produtos químicos, que lhe permitiram acentuar o contraste de seus heliógrafos.[32] Daguerre contribuiu com um design melhorado de câmera escura,[33] mas a parceria encerrou-se com o falecimento de Niépce em 1833.[31] Alguns anos depois, Daguerre teve sucesso no desenvolvimento de uma imagem bem focalizada e de alto contraste, ao projetar imagens sobre uma placa revestida com iodeto de prata, que era então exposta ao vapor de mercúrio e finalmente corrigida com uma solução de sal comum.[34] Reconhecendo o potencial comercial desse novo processo, que chamou daguerreótipo, Daguerre buscou o apoio de François Arago, secretário da Academia Francesa de Ciências e membro do parlamento francês.[35] Interessado, Arago que propôs uma lei - na sequência efetivamente aprovada - outorgando uma pensão a Daguerre e ao filho de Niépce, Isidore,[31] em troca da divulgação dos detalhes do processo do daguerreótipo, para que "a França possa nobremente dar ao mundo essa descoberta que muito poderá contribuir para o progresso da arte e da ciência".[36] Essa tecnologia tornaria-se extremamente popular nos anos seguintes.[27][37]

Paralelamente, na década de 1830 o cientista britânico William Henry Fox Talbot inventou um processo usando sais de prata para fixar imagens.[37] Embora convencido de que Daguerre tinha se antecipado a ele na invenção da fotografia, em 31 de janeiro de 1839 submeteu à Royal Institution um panfleto intitulado Alguns informes sobre a arte do desenho fotogênico (no original, Some Account of the Art of Photogenic Drawing), que é a primeira descrição publicada de um processo fotográfico.[38] Dentro pouco tempo, Talbot desenvolveu um processo em dois passos para a criação de fotografias em papel, que chamou calótipo.[39] Esse foi o primeiro processo a utilizar impressões negativas e que invertem todos os valores na fotografia: preto mostra-se como branco e vice-versa.[27] Esse processo trouxe grandes avanços, pois em princípio negativos permitem a produção de um número ilimitado de duplicatas positivas, que também podem ser alteradas através de retoque.[40] Calótipos nunca foram tão amplamente utilizados como os daguerreótipos, devido principalmente ao fato de que este último produz detalhes mais nítidos.[41] No entanto, daguerreótipos só produzem uma impressão positiva direta que não pode ser duplicada ou modificada, e ao longo do tempo seriam abandonados em detrimento do processo em duas etapas dos calótipos, que constitui a base da fotografia e do cinema do século XX.[42]

Da câmera escura à câmera moderna

George Eastman, pioneiro do filme fotográfico. A popularização dessa mídia teve grande influência sobre o desenvolvimento das câmeras modernas.

A primeira câmera fotográfica desenvolvida para produção comercial, construída por Alphonse Giroux, um parente de Daguerre, foi lançada em 1839 e era destinada à produção de daguerreótipos.[43] Giroux assinou um contrato com Daguerre e Isidore Niépce para produzir as câmeras na França,[44] e cada dispositivo e acessórios custava 400 francos,[43] o equivalente a um ano de salário de um trabalhador médio.[45] Essa câmera consistia em uma dupla caixa de madeira com uma lente montada na caixa exterior e um suporte na caixa interna,[43] no qual acoplava-se um vidro fosco emoldurado que funcionava como tela de focagem.[46] Deslizando a caixa interna, objetos a várias distâncias poderiam ser mais ou menos focalizados.[47] Depois de compor a imagem desejada, o vidro fosco era substituído por uma placa sensibilizada com produtos químicos.[46] Uma roda estriada na aba da lente funcionava como obturador e era controlada manualmente.[48] As câmeras daguerreótipo necessitavam de longos tempos de exposição, que iam de 5 a 30 minutos, e portanto algumas variações de tempo eram toleradas.[45]

Graça a melhorias nos processos químicos e no desenho das lentes, por volta de 1840 os tempos de exposição foram reduzidos a apenas alguns segundos.[49] Daguerreotipistas americanos lançaram placas produzidas em massa e em tamanhos padronizados, que tornaram-se padrões internacionais: placa inteira (6,5 x 8,5 polegadas), placa de três quartos (5,5 x 7 1/8 polegadas), meia placa (4,5 x 5,5 polegadas), placa de um quarto (3,25 x 25,04 polegadas), placa de um sexto (2,75 x 3,25 polegadas), e placa de um nono (2 x 2,5 polegadas). Placas maiores e menores também continuaram a serem produzidas, embora em menor escala.[50]

Durante a década de 1860 o processo de placas de colódio úmido gradualmente substituiu o daguerreótipo,[51] graças principalmente ao seu menor tempo de exposição.[52] Esse processo requeria que os fotógrafos revestissem e sensibilizassem placas de vidro ou de ferro finos pouco antes da utilização, e as expusesse enquanto ainda molhadas.[25] Gradualmente foram aparecendo projetos mais sofisticados de câmeras, e o modelo Dubroni n. 1, de 1864, permitiu pela primeira vez a sensibilização das placas no interior da própria câmera, eliminando a necessidade de uma câmera escura em separado.[53] Outras câmeras surgiram, equipadas com múltiplas lentes para fotografar vários pequenos retratos em uma única placa maior, e que permitiam ao fotógrafo aumentar grandemente sua produtividade e reduzir seu custo de trabalho.[54] Foi durante a época de popularidade da placa molhada de colódio que se difundiu o uso de foles no mecanismo de foco das câmeras, que ao aposentar a caixa interna das câmeras permitia torna-las menores e leves.[27]

Por muitos anos, os tempos de exposição bastante longos permitiam ao fotógrafo contar o tempo de exposição em minutos e segundos e controlar a exposição com o simples desacoplar ou acoplar da tampa da lente.[55] Com o surgimento de materiais fotográficos mais sensíveis, novos modelos de câmeras passaram a incorporar mecanismos de obturador mecânico, que permitem expor por frações de tempo muito mais curtas e com grande ganho de precisão.[55]

O uso de filme fotográfico foi iniciado por George Eastman, que em 1885 iniciou a fabricação de películas em papel, antes de mudar para um suporte de celulóide em 1889.[56][27] Sua primeira câmera, que batizou de Kodak, foi colocada à venda em 1888 com o slogan "você pressiona o botão - nós fazemos o resto" (you press the button - we do the rest).[57] Essa, era composta por uma caixa simples com uma lente de foco fixo e obturador de velocidade única, mas seu preço relativamente alto restringiu seu público às camadas mais afluentes.[58] Cada uma das câmeras Kodak vinha pré-carregada com filme suficiente para 100 exposições e precisava ser enviada de volta para a fábrica para revelação e recarga.[58][59]

Da animação ao filme

Roundhay Garden Scene, de 1888, o mais antigo filme de que se tem notícia.

A cinematografia vinha se desenvolvendo desde pelo menos os anos 1830, quando imagens em movimento em baterias e discos rotativos foram produzidas independentemente por Simon von Stampfer (estroboscópio) na Áustria, Joseph Plateau (fenacistoscópio) na Bélgica, e William George Horner (zootropo) no Reino Unido.[60]

Em 19 de junho de 1878, Eadweard Muybridge fotografou com sucesso um cavalo em movimento rápido, com o auxílio de uma série de 12 câmeras dispostas ao longo de uma pista paralela àquela em que corria o cavalo.[61][62] As imagens, tomadas com espaços de tempo de frações de segundo entre si, permitiram sua posterior animação.[63] Alguns anos mais tarde, em 1882, o cientista francês Etienne-Jules Marey inventou um dispositivo que chamou de fuzil fotográfico, capaz de captar 12 quadros de imagens consecutivas por segundo e que criava pela primeira vez a possibilidade de fotografar a uma velocidade suficientemente grande para a animação das imagens.[64] A isso sucedeu-se o desenvolvimento de filmes fotográficos, que permitiram ao operador gravar uma diversidade de imagens tomadas na sequência e a intervalos regulares.[65] O filme experimental Roundhay Garden Scene, gravado em película de papel por Louis Le Prince em 14 de outubro 1888, é o mais antigo a ter sido preservado.[66]

A câmera digital

Ver artigo principal:  Câmera digital

Até o final do século XX o filme fotográfico foi a mídia primária para câmeras fotográficas e de vídeo, mas, embora sua utilização ainda ocorra em certos nichos, sua dominância foi interrompida pela emergência de câmeras digitais,[67] que utilizam um sensor de imagem para captar imagens, convertendo-as em sinais elétricos que podem ser armazenados, exibidas em uma tela e impressas.[68]

Câmeras digitais e analógicas compartilham a maior parte de suas características e componentes, e a principal diferença entre ambas é que na câmera digital o filme dá lugar a um sensor de imagem.[69] Além disso, normalmente câmeras digitais são capazes de exibir imagens em uma tela imediatamente após serem gravadas e permitem apagar imagens gravadas em sua memória.[68] Câmeras digitais mais avançadas frequentemente incluem outras funcionalidades como produção de fotografias em high dynamic range (HDR), junção de múltiplas imagens (photo stitching), múltiplas capturas por segundo e outros.[70][71][72][73]

A primeira câmera a usar um sensor digital para capturar e armazenar imagens foi desenvolvida pelo engenheiro da Kodak Steven Sasson em 1975.[74] Ele usou um dispositivo de carga acoplada (CCD) fornecido pela Fairchild Semiconductor, que possibilitou capturar imagens com apenas 0,01 megapixels de resolução.[75] Sasson combinou o dispositivo CCD com peças de uma câmera de filme e outros dispositivos que lhe permitiram salvar as imagens em preto e branco captadas em uma fita cassete.[74] As imagens foram então visualizadas em um televisor.[76] Em 1986, a empresa japonesa Nikon apresentou durante a Photokina o primeiro protótipo de uma câmera reflex monobjetiva digital, a Nikon SVC.[77]

Desde o início dos anos 2000 a maioria das câmeras vendidas é digital,[67] e equipamentos desse tipo são incorporados em uma variedade de dispositivos que vão desde telefones celulares[78] a veículos.[79]

Componentes típicos

Embora o conceito e a funcionalidade de alguns componentes possam variar entre as diferentes gamas, marcas e categorias de câmeras, os seguintes componentes estão presentes na vasta maioria dos equipamentos:[80]

Ilustração de uma câmera SLR que mostra os componentes típicos de uma câmera: 1. Elementos frontais da objetiva; 2. Elementos intermediários da objetiva; 3. Diafragma; 4. Obturador; 5. Filme ou sensor; 6. Cinta de fixação; 7. Disparador; 8. Comando do aparelho; 9. Contador de quadros; 10. Visor; 11. Sapata de flash; 12. Dispositivo de focagem; 13. Pentaprisma; 14. Espelho de reflexo.
  1. Elementos frontais: Os elementos frontais e intermediários são parte da objetiva.[81] Embora comumente referida como lente, tecnicamente esta refere-se a cada componente ou elemento da objetiva.[82] Os elementos frontais de objetivas contemporâneas frequentemente recebem um tratamento - que pode ser visto por seu tom azulado ou amarela - que lhe dá maior durabilidade e a capacidade de diminuir reflexos e consequentemente aberrações óticas.[83] Além disso, objetivas com zoom utilizam-se da movimentação dos elementos frontais para controlar a distância focal do conjunto.[84]
  2. Elementos intermediários: Juntamente com os elementos frontais, os elementos intermediários da objetiva têm como objetivo principal focalizar a luz à altura do plano de foco, em que encontra-se o filme ou sensor.[82] A luz viaja em velocidades distintas em meios distintos, e diferentes espectros de luz viajam em velocidades distintas quando penetram as lentes.[85] Par, objetivas para evitar aberrações óticas causadas por esses fenômenos, objetivas empregam um número variado de lentes de diferentes materiais e propriedades, que são combinadas.[85]
  3. Diafragma: O diafragma regula o diâmetro do orifício através do qual a luz penetra a câmera, e portanto é determinante em relação à quantidade de luz admitida.[86] É composto por um conjunto de finas lâminas justapostas que normalmente se localizam dentro da objetiva, e frequentemente um anel ao redor da objetiva permite que se mova essas pás, regulando a quantidade de luz admitida.[87] Essa quantidade de luz é indicada pelo chamado número f ou f-stop, uma numeração universal (normalmente 1.4, 2, 2.8, 4, 5.6, 8, 11, 16, 22, 32, 45, 64 e assim por diante) que é inversamente proporcional à quantidade de luz admitida pelo diafragma.[88]
  4. Obturador: O obturador (no caso da imagem deste artigo, um obturador de plano focal) consiste em um dispositivo que abre e fecha de acordo com uma regulação de tempo, controlando o intervalo de tempo de exposição do filme à luz.[86][89] O tempo de abertura do obturador é geralmente expresso em frações de segundo (por exemplo 1/125, que é a menor fração de tempo que alguns fotógrafos recomendam para fotografias feitas com a câmera em mãos e sem o auxílio de um tripé).[90] Juntamente com o diafragma, o obturador é determinante para a quantidade de luz admitida pela câmera e a que o filme ou sensor é exposto.[91]
  5. Mídia: O filme fotográfico ou sensor de imagem são substratos sobre o qual a luz é exposta.[92] Como tal, são responsáveis por registrar a imagem recebida, armazenando-a em sua superfície (através de processos foto-químicos, no caso dos filmes)[93] ou em outros componentes (por meio de processos eletrônicos, no caso de sensores).[94] A sensibilidade do sensor ou do filme é variável e expressa normalmente na escala ISO (embora as escalas ASA e DIN tenham sido populares no passado).[91]
  6. Cinta de fixação: A cintura que permite ao operador manter o equipamento preso ao seu corpo e acessa-lo com rapidez.[95]
  7. Disparador ou gatilho: O botão ou manivela que permite ao operador disparar a câmera e realizar uma fotografia.[96]
  8. Comando do aparelho: Frequentemente câmeras possuem uma variedade de modos de exposição pré-configurados para situações específicas, como atividades esportivas, cenas ao ar livre, cenas noturnas e outras.[97] O comando do aparelho permite ao usuário escolher uma dessas opções ou, no caso de câmeras mais avançadas, também modos de operação manual que permitem maior controle sobre as variáveis do processo fotográfico.[98] Tipicamente, em câmeras SLR as opções disponíveis incluem: Caixa verde: modo automático; P: modo de programa ou semi-automático; Tv: modo de prioridade do obturador (o fotógrafo determina o tempo do obturador e a câmera regula automaticamente o restante); Av: modo de prioridade de abertura (o fotógrafo determina a abertura do diafragma e a câmera regula automaticamente o restante); M: modo manual; B: modo de sincronização com dispositivo exterior de flash.[98]
  1. Contador de quadros: O contador de quadros é um dispositivo que permite a uma câmera fotográfica indicar o número de fotografias já realizadas ou ainda não realizadas em um filme fotográfico que se encontra dentro da câmera.[99] Normalmente esse número é zerado a cada vez que se abre o compartimento de filme.[99]
  2. Visor: Em câmeras SLR consiste em um visor ótico alimentado pela luz refletida no pentaprisma[82] e em câmeras de telêmetro e de visor paralelo em um visor ótico alimentado diretamente pela luz da cena.[100] Câmeras mirrorless, por sua vez, possuem um visor eletrônico,[101] e câmeras lambe-lambe e TLR não possuem um visor propriamente dito, pois utilizam o vidro de focagem como auxílio para composição da cena a ser fotografada.[102][103] No caso das câmeras SLR, permite visualizar exatamente a imagem que será fotografada, diferentemente de câmeras rangefinder, compactas e TLR, que mostram uma cena ligeiramente deslocada.[104] Câmeras digitais contemporâneas frequentemente possuem um visor adicional do tipo display de cristal líquido (LCD), que permite ao operador visualizar facilmente as imagens que serão e que já foram fotografadas.[105]
  3. Sapata de flash: A sapata de flash, também chamada sapata quente ou hot shoe, permite acoplar um equipamento de flash à câmera e dispara-lo.[106] Contrapõe-se às chamadas sapatas frias, que permitem tão somente acoplar o flash à câmera, sendo o disparo desse equipamento normalmente feito por meio de um cabo acessório.[106]
  4. Dispositivo de focagem: O dispositivo de focagem, via de regra um anel ao redor da objetiva,[107] permite mover os grupos de elementos desta e ajustar o foco da imagem projetada no filme ou sensor.[108] Câmeras contemporâneas frequentemente contam com componentes que lhe permitem focar automaticamente.[109]
  5. Pentaprisma ou vidro de focagem: O pentaprisma ou, dependendo do tipo de câmera, o vidro de focagem, permitem ao operador da câmera visualizar e compor a cena que será fotografa ou filmada.[82][102] Vidros de focagem são mais simples e recebem a luz diretamente do espelho de reflexo.[102][110] Pentaprismas, por outro lado, são componentes sofisticados que fazem uso de espelhos para refletir e dirigir a luz em direção ao visor, corrigindo a cena que de outro modo seria exibida invertida.[82]
  6. Espelho de reflexo: O espelho de reflexo é responsável por desviar a luz em direção ao pentarisma ou diretamente à tela de focagem, dependendo do tipo de câmera.[102][101] Em câmeras SLR o espelho desloca-se uma vez que o gatilho é disparado, de forma a dar passagem à luz,[82] e por esse motivo a imagem enviada ao visor é interrompida durante a realização de uma fotografia.[104]

Funcionamento

Funcionamento de uma câmera SLR: 1. Objetiva; 2. Espelho refletor; 3. Obturador; 4. Sensor; 5. Tela de focagem; 6. Lente condensadora; 7. Pentaprisma; 8. Visor.

Uma câmera fotográfica é um dispositivo óptico que registra uma única imagem de uma cena em um sensor eletrônico ou filme fotográfico.[11] Embora inicialmente fossem projetadas para captar unicamente o espectro visível da luz, com o passar do tempo foram desenvolvidas câmeras que permitem captar outras porções do espectro eletromagnético, a exemplo das câmeras para infravermelho.[111]

A ampla maioria das câmeras possuem a mesma concepção básica: Após a luz penetrar por uma objetiva (1), um mecanismo de diafragma controla o diâmetro do orifício por onde a luz deve passar e um mecanismo de obturador (3) controla o intervalo de tempo de entrada de luz na câmera.[91] A combinação desses dois elementos determina a quantidade de luz que é recebida pelo sensor ou filme,[112] e a combinação desses dois elementos com a sensibilidade do filme ou sensor (4) determina a exposição da imagem, que pode ser mais ou menos escura.[91][89]

Além disso, a maioria das câmeras têm funções que permitem ao operador visualizar a cena a ser gravada, e essa funcionalidade lhe permite escolher quais elementos estarão em foco ou desfocados, e ainda o enquadramento e composição da imagem que realizará.[103] Em câmeras modernas isso é feito por meio de um sensor de imagem que alimenta diretamente o visor (8)[105] ou por meio de um conjunto mecânico:[113] um espelho móvel (2) direciona a luz para uma tela de focagem (5);[104] os raios de luz são alinhados por uma lente condensadora (6); os raios de luz penetram em um pentaprisma (7); e esse dispositivo reflete a luz para o visor (8), invertendo a orientação da imagem.[82] Conjuntos mecânicos deste tipo têm o inconveniente de serem menos silenciosos, pois a cada disparo o espelho refletor (2) é movimentado para dar passagem à luz e ocasiona um ruído característico.[114] Por outro lado, eles têm a vantagem de permitir ao fotógrafo focar e disparar com maior precisão e agilidade.[104]

Classificação quanto ao formato do filme/sensor

Ver artigo principal: Filme fotográfico

De maneira geral, câmeras são classificadas quanto ao formato do filme que utilizam, e, no caso das câmeras digitais, isso leva em consideração o tamanho de seu sensor de imagem.[115] Essa classificação estabelece três categorias, que correspondem a faixas de largura do filme utilizado.[108] Câmeras de vídeo, em específico, também podem ser classificadas em função das diferentes larguras de filme de bitola cinematográfica: 8, 16, 35 e 70 mm.[116]

Pequeno formato

Comparação entre filmes de médio e pequeno formato.

Embora não exista um padrão oficial, costumeiramente são classificadas como de pequeno formato câmeras digitais e analógicas que gravam imagens em mídias iguais ou menores do que 24 × 36 mm, que é o tamanho de cada imagem de um filme de 35 mm e constitui um quadro inteiro ou full-frame.[108] A maioria das câmeras produzidas e comercializadas desde os anos 1980 pertence a esta categoria, primeiro na forma de câmeras analógicas que utilizam filme de 35 mm, e posteriormente na forma de câmeras digitais.[117] Mesmo algumas câmeras digitais utilizadas por profissionais possuem sensores menores do que 24 × 36 mm, e, para se ter uma idéia da dominância desse formato, da linha de câmeras comercializadas pela Canon em 2017 apenas três modelos principais, todos de topo-de-gama, são oferecidos com sensor full-frame.[118]

Médio formato

Geralmente são classificadas como de médio formato câmeras digitais e analógicas que gravam imagens em mídias maiores que 24 × 36 mm[119] mas menores que 4 × 5 polegadas.[108] O termo se aplica igualmente a câmeras analógicas que utilizam filme de médio formato e câmeras analógicas adaptadas para uso digital e câmeras digitais que usam sensores maiores que um quadro de filme de 35 mm.[115] Câmeras digitais de formato médio constituem equipamentos particularmente caros, e tipicamente custam entre US$6.000 (Mamiya 645DF+)[120] e US$36.000 (Hasselblad H5D-50c).[121]

Grande formato

Grande formato refere-se a qualquer câmera que grave imagens em mídia igual ou maior do que 4 × 5 polegadas (102 × 127 mm).[108] As câmeras de grande formato estão entre os primeiros dispositivos fotográficos criados,[117] e as imagens produzidas por elas são maiores e melhores do que aquelas produzidas por câmeras de médio formato (em geral de 6 × 6 cm ou 6 × 9 cm), e muito maiores e melhores do que as produzidas por câmeras de pequeno formato.[117][122] A principal vantagem do grande formato, seja em filme ou digital, é a maior resolução no mesmo tamanho de pixels ou a mesma resolução com pixels maiores.[108][123]

Categorias de câmeras fotográficas

Além da bitola do filme que utilizam, uma diversidade de características físicas das câmeras têm influenciado a sua classificação em categorias.[124] Essas características incluem principalmente o tipo de dispositivo para visualização das imagens que serão captadas, mas também o sistema de objetivas (única ou gêmeas) e ainda o tipo de substrato para captação da imagem (digital ou filme), dentre outras.[108][119]

Câmara estenopeica ou pinhole

Ver artigo principal: Câmera pinhole

Câmeras estenopeicas ou pinhole (literalmente, buraco de agulha) são as mais simples e aquelas em que o princípio fundamental da câmera escura é mais evidente.[21][27] O termo pinhole descreve a ausência de uma objetiva nessas câmeras, que ao invés apresentam um pequeno orifício em um dos lados: a luz penetra através dele, projetando uma imagem invertida sobre o filme ou sensor.[21][125]

Câmeras estonopeicas comercializadas podem apresentar funcionalidades como um suporte para filme, um obturador e até mesmo um visor.[27] Dada a simplicidade desse equipamento, ele é frequentemente construído pelo próprio usuário e nesses casos podem consistir tão somente em uma caixa com orifício coberta internamente com um material fosco e preto.[125]

Patente da primeira câmera da Kodak, uma câmera-caixote.

Câmera-caixote

Câmeras-caixote estão entre os primeiros modelos vendidos em larga escala para o público amador.[59] Equipamentos mecanicamente simples, consistem normalmente de uma caixa com lente de foco fixo, um obturador simples e um diafragma com um ou poucos estágios.[126] São câmeras sólidas e de fácil operação, e embora tecnologicamente tenham sido ultrapassadas rapidamente, sua produção continuou até pelo meados dos anos 1950, principalmente na forma de pseudo-TLR, imitações das então populares câmeras reflex de objetivas gêmeas.[110]

Câmera compacta ou point-and-shoot

Ver artigo principal: Câmera compacta

Câmeras compactas são as mais comuns e amplamente distribuídas atualmente.[124] Uma câmera é classificada compacta ou aponte-e-dispare (em referência à sua denominação em língua inglesa, point-and-shoot) quando é desenvolvida para operação simples, contando tipicamente com uma objetiva de foco fixo e modos de exposição pré-definidos.[119] Via de regra a visualização da cena é feita através de um visor paralelo,[124] e portanto essas câmeras também podem ser classificadas por esse critério. Como consequência dessa característica, essas câmeras apresentam paralaxe, fenômeno no qual a imagem visualizada pelo operador é ligeiramente deslocada em relação àquela efetivamente capturada pelo equipamento.[127]

Câmera de visor paralelo ou viewfinder

Uma câmera de visor paralelo é uma câmera equipada com dispositivo que permite ao utilizador visualizar aproximadamente a mesma cena que será capturada, auxiliando na composição da imagem final.[108] Seu nome faz referência exatamente a essa característica: um visor com ângulo de visualização paralelo ao ângulo de captação da imagem.[108] Enquanto outras câmeras permitem ao utilizador visualizar a mesma cena que será capturada ou ainda controlar visualmente o foco do aparelho, câmeras de visor paralelo somente fornecem ao operador um referencial para enquadramento da cena.[108]

Inicialmente câmeras não contavam com dispositivos que permitiam ao operador compor a imagem, e a composição era um processo bastante aproximado.[25] Com o passar do tempo acessórios foram integrados às câmeras, primeiro na forma de uma moldura externa (também chamada visor de esportes)[128] e depois na forma de um visor incorporado à câmera ou viewfinder.[108] Em todos esses casos o visor permanece independente do restante do funcionamento da câmera.[108]

Câmera rangefinder Nikon. As duas janelas mais afastadas, na parte frontal, permitem calcular a distância e focar.

Câmera de telêmetro ou rangefinder

Uma câmera de telêmetro, também chamada rangefinder (que calcula distâncias) é uma câmera equipada com um telêmetro, um dispositivo que permite medir a distância entre a cena que se quer capturar e a câmera, e consequentemente focar essa cena com relativa precisão e agilidade.[108] O telêmetro tipicamente utilizado em câmeras é do tipo split-image: um mecanismo que apresenta ao operador duas visualizações semelhantes de uma mesma cena, que ao serem sobrepostas permitem à câmera focalizar a cena.[129]

Inicialmente o telêmetro consistia em um acessório externo e opcional, que normalmente era acoplado à sapata de flash e simplesmente fornecia ao operador um dado numérico (como a distância em metros) que era então informado manualmente no dispositivo de foco da câmera.[130][131] Contudo, desde os anos 1950 câmeras comuns passaram a incorporar um mecanismo integrado que transmite automaticamente a informação do telêmetro ao dispositivo de foco, permitindo calcular a distância e focar em uma mesma operação.[131] As câmeras de telêmetro ou rangefinder são sobretudo essas últimas, normalmente dotadas de duas ou três janelas frontais e um ou dois visores traseiros (ou seja, um único visor para composição e foco, ou visores independentes para foco e composição).[132]

Câmera TLR da linha Rolleiflex. A lente superior permite visualizar a cena e a inferior projeta a luz sobre o filme.

Câmera reflex de objetivas gêmeas ou TLR

Uma câmera reflex de objetivas gêmeas, também chamada TLR em referência ao seu nome em inglês (twin lens reflex), é um tipo de câmera com duas objetivas do mesmo comprimento focal, daí seu nome fazer referência a objetivas gêmeas.[108][133] Uma das lentes (dita de tomada) é responsável por receber a luz e direciona-la ao filme ou sensor, enquanto a outra objetiva envia uma imagem semelhante ao vidro de focagem, por meio de um espelho refletor.[108][133] Frequentemente operadas à altura da cintura, normalmente o vidro de foco é visto de cima.[134]

Amplamente utilizadas por profissionais e amadores,[135] praticamente todas as TLR produzidas são câmeras de filme,[136] muitas delas usando filme 120.[136] Isso decorre principalmente do fato de o auge das câmeras TLR ter terminado muito antes da era das câmeras digitais.[137][133] Apesar de sua superação tecnológica, esse tipo de equipamento conta com seus apreciadores, e a linha de TLR Rolleiflex continuou em produção até o início do século XXI.[138]

Câmera reflex monobjetiva ou SLR

Ver artigo principal: Câmera reflex monobjetiva

Contemporaneamente, as câmeras reflex monobjetivas, também referidas pela sigla SLR em referência ao seu nome em inglês (single lens reflex), são as mais amplamente utilizadas por profissionais e amadores especializados.[139] Embora a ampla maioria das câmeras SLR fabricadas e comercializadas sejam modelos simples e com poucos recursos, no imaginário do grande público esse tipo de câmera está associado com fotógrafos profissionais,[140] daí serem assim denominadas popularmente.[141] As principais características que diferencia as câmeras reflex monobjetivas de outros tipos de equipamentos são a utilização de um espelho refletor para direcionar a luz ao visor ou pentaprisma (reflex), a utilização de uma única objetiva para captação da luz e visualização da cena (monobjetiva), e o uso de objetivas intercambiáveis.[82][108][119] Isso implica que no momento de capturar uma imagem o espelho refletor deve de deslocar para dar passagem à luz,[108] produzindo um som característico.[142] As câmeras SLR surgiram no final nos anos 1940 e nas décadas seguintes conquistaram parte significativa do mercado, tornando-se o padrão entre profissionais e as preferidas de amadores[139] devido principalmente à incorporação de tecnologias que tornavam sua operação mais versátil em comparação com outros tipos de câmeras, como objetivas intercambiáveis.[105][140]

Câmera de fole Baldafix. Seu dispositivo retrátil também é chamado sanfona.

Câmera de fole ou folding

Uma câmera de fole ou, por analogia, câmera-sanfona,[143][144] é uma câmera de pequeno ou médio formato que apresenta um fole conectando o corpo da câmera e a objetiva.[108] Embora a presença de um fole em uma câmera possa ter como finalidade permitir focar objetos muito próximos e utilizar técnicas fotográficas avançadas, as chamadas câmeras de fole se caracterizam principalmente pelo uso de fole com o intuito de permitir dobrar a câmera e consequentemente reduzir seu tamanho para armazenamento e transporte.[145] Seu nome nos países anglófonos, folding (dobrável), reflete exatamente essa sua característica.[146] Embora câmeras da categoria view também possuam um fole, essas se distinguem das câmeras folding pelo uso de filmes e placas de grande formato, por sua construção e pelo uso do fole para realização de técnicas fotográficas complexas. Essas câmeras tiveram seu pico de popularidade entre os primeiros anos do século XX e a década de 1950.[146]

Câmera estéreo Sputnik, da Lomo. As lentes laterais captam imagens deslocadas entre si, e a lente central alimenta o visor.

Câmera estereoscópica ou 3D

Ver artigo principal: Câmera estereoscópica

Uma câmera estereoscópica ou estéreo, ou ainda câmera 3D,[147] é um tipo de câmera que permite capturar simultaneamente duas imagens ligeiramente distantes umas das outras, de maneira a simular a visão binocular humana.[148] Isso permite que essas imagens sejam combinadas ou apresentadas com um efeito tridimensional, um processo conhecido como estereoscopia.[149] Sua produção atingiu um pico entre os anos 1940 e 1960.[147]

Esse tipo de câmera apresenta duas ou mais objetivas, com um sensor de imagem ou quadro de filme dedicado a cada lente. A distância típica entre as lentes em uma câmera estéreo, dita distância intra-axial, é de aproximadamente 6,35 cm, que corresponde grosso modo à distância entre os olhos humanos, por sua vez conhecida como distância intra-ocular.[150] Contudo, algumas câmeras podem apresentar uma distância maior ou menor, ou permitir afastar e aproximas as lentes, e isso permite aumentar ou diminuir o efeito de tridimensionalidade resultante.[148]

Além de seu uso mais evidente em fotografia e filme, câmeras estéreo também encontram outras aplicações práticas como, por exemplo, em veículos, permitindo detectar a largura de faixas de sinalização e a proximidade de um objeto na estrada.[148]

Câmera panorâmica russa Horizont. Sua lente gira em sentido horizontal, captando imagens amplas.

Câmera panorâmica

Ver artigo principal:  Fotografia panorâmica

Câmeras panorâmicas buscam capturar uma vista ampla de uma área circunvizinha, daí tirarem seu nome da palavra panorama.[151] Por motivos evidentes esse tipo de câmera é normalmente associado a fotografias de paisagem e natureza, mas câmeras panorâmicas podem ser usadas para realizar fotografias de uma variedade de temas.[152]

Embora câmeras convencionais possam utilizar objetivas do tipo grande-angular, que permitem capturar imagens com um ângulo de vista amplo, câmeras panorâmicas tendem a superar as possibilidades dessas objetivas por realizar imagens particularmente largas[153] e que, em alguns casos, mantém relativamente precisas as proporções da imagem.[154] Embora não haja uma definição formal da distinção entre uma imagem grande-angular e uma imagem panorâmica, essas últimas são geralmente referidas como aquelas que capturam um campo de vista comparável ou superior ao do olho humano, que é de 160° por 75°.[155]

Câmeras fotográficas panorâmicas geralmente apresentam mecanismos que vão além de uma objetiva grande-angular, e que inclui por exemplo gráficos em uma tela ou dispositivos mecânicos que permitem realizar uma sequência de fotografias complementares e que posteriormente devem ser integradas, e um sistema de rotação controlada da objetiva, que permite capturar uma única imagem relativamente larga.[151] Atualmente é possível fazer fotografias panorâmicas com o uso de câmeras fotográfica relativamente simples e scanners, e câmeras panorâmicas modernas constituem um equipamento voltado principalmente a aplicações profissionais.[152][156]

Câmera espiã com aspecto de monóculo, utilizada na Primeira Guerra Mundial.

Câmera miniatura e subminiatura

Câmeras miniatura e subminiatura são equipamentos miniaturizados e que em geral utilizam um filme ou possuem um sensor pequenos,[157] distinguindo-se de câmeras para microfotografia, que registram imagens diminutas em microfilme, e para fotomicrografia, que realizam imagens de objetos extremamente pequenos.[158]

Quando de seu lançamento, câmeras que utilizam filme de 35 mm eram consideradas câmeras miniatura, pois à época os filmes utilizados em fotografia e cinema eram consideravelmente mais largos.[159] Essa definição continuou a ser utilizada principalmente durante a primeira metade do século XX, e câmeras para outros formatos de filme - notadamente filme 127 - também eram referidas por esse termo.[159] Para distinguir essas câmeras de outras, que utilizam filmes menores do que 35 mm - por exemplo 16 mm ou 9.5 mm - passou-se a designar essas últimas de subminiatura.[160]

Câmera espiã

Por vezes câmeras subminiatura são classificadas como câmeras espiãs, pois seu tamanho e peso diminutos tendem a permitir oculta-las e dissimular seu uso.[161] Contudo, existe um número relativamente restrito de câmeras especializadas que buscam camuflar seu uso não unicamente por seu tamanho reduzido, mas também por seu aspecto inconspícuo, normalmente o de um outro objeto que passe despercebido.[162][163] Essas câmeras, produzidas primariamente para uso militar, encontraram uma duradoura popularidade junto a amadores, dando origem a câmeras fabricadas especificamente com o objetivo de abastecer esse mercado.[161]

Polaroid Land Camera 1000. Câmeras instantâneas imprimem imediatamente as imagens fotografadas.

Câmera instantânea

Ver artigo principal: Câmera instantânea

A câmera instantânea é um tipo de câmera que usa uma película capaz de gerar uma reação química com o objetivo de revelar a imagem fotografada logo após a sua captura.[119] Embora o processo de fotografia instantânea tenha sido inventado em 1923 por Samuel Shlafrock,[164] a invenção de câmeras instantâneas práticas e voltadas ao grande público é geralmente creditada ao cientista americano Edwin Land, que produziu em 1948 a primeira câmera instantânea comercial, a Land Camera modelo 95.[165] Sua empresa, Polaroid, nas décadas seguintes se tornaria o principal nome do mercado de fotografia instantânea.[165]

A funcionalidade dessas câmeras depende majoritariamente da própria película.[164] Cada um dos quadros dela contém os produtos químicos necessários para revela-lo, acondicionados em uma pequena bolsa localizada na borda inferior da fotografia (borda essa que dá a essas fotografias a sua forma icônica).[166] Quando a foto é expelida, essa bolsa é rompida por dois rolos localizados na câmera, que também espalham uniformemente os químicos por toda a fotografia, revelando a imagem.[167]

Câmera de visor eletrônico ou mirrorless

Uma câmera mirrorless (literalmente, sem espelho) é um aparelho digital que utiliza um sensor eletrônico para fornecer imagens a um visor eletrônico (EVF), e não um espelho móvel para direcionar a luz para um visor ótico, como no caso das câmeras SLR.[108] Em comparação com essas últimas, câmeras mirrorless costumam ser menores, mais simples e leves, e, além disso, consideravelmente mais silenciosas.[101] Embora desde os anos 2000 a maioria das câmeras eletrônicas produzidas não possuam espelhos, incluindo a totalidade das câmeras de telefones celulares e veículos e grande parte das câmeras compactas, geralmente essas câmeras não são classificadas como mirrorless, termo reservado a câmeras que utilizam lentes intercambiáveis.[168]

Apesar de oferecerem diversas vantagens, câmeras mirrorless em geral têm dificuldade em competir com outras câmeras voltadas ao mercado profissional, devido principalmente à dificuldade e ao custo de contarem com EVF que apresentem resolução, clareza e velocidade de resposta comparáveis às dos visores óticos.[101] Notadamente, câmeras para uso profissional necessitam contar com um sistema de foco que seja particularmente rápido, e em câmeras mirrorless a velocidade de foco automático tende a ser mais reduzida.[168]

Câmera lambre-lambe ou view

Esquema de uma câmera view. Da esquerda para a direita: suporte de filme/vidro de focagem, padrão traseiro, plano do filme, plano da lente, padrão dianteiro, eixo da objetiva, base.

Uma câmera lambe-lambe ou view é uma câmera de grande formato em que a lente forma uma imagem invertida em uma tela de vidro fosco diretamente no plano do filme, e que é a mesma que será capturada.[108] Após focar e compor a cena no vidro fosco, o fotógrafo o substitui por um filme, placa, ou sensor de imagem, que captará a imagem durante a exposição.[169] No imaginário popular este tipo de câmera é associado com fotógrafos à la minuta ou lambe-lambe,[170] sendo que a etimologia deste último termo pode estar associada ao processo de revelação das placas utilizadas por essas câmeras e, mais especificamente, ao fato de alguns fotógrafos tocarem a placa com suas línguas para verificar a ação dos químicos usados nesse processo.[171]

Este tipo de câmera foi desenvolvida ainda na era do daguerreótipo[172] e continua em uso, embora com muitos refinamentos.[108][173] Elas contam geralmente com um fole flexível, que proporciona vedação à luz e o ajuste dos dois padrões, um que detém uma lente e outro que detém o suporte no qual são presos vidro de focagem e o filme.[172] Dito de outro modo, o fole é uma estrutura plissada e flexível que acomoda o espaço entre a lente e o filme, e que flexiona para acomodar o movimento dos padrões frontal e traseiro.[108] O padrão frontal é uma placa na qual são acopladas uma lente e, geralmente, um obturador.[108] Na outra extremidade do fole, o padrão traseiro é um quadro que contém uma placa de vidro fosco, utilizada para a focagem e compor a imagem, e que no momento da captura é substituída manualmente por um substrato.[174]

Dependendo do tipo de câmera view, os padrões dianteiros e traseiros podem mover-se de várias formas em relação um ao outro,[173] e isso proporciona um controle sobre o foco, a profundidade de campo e a perspectiva inexistente em outros tipos de equipamentos.[175] Essas funcionalidades variam em cada das quatro subcategorias principais de câmeras view: câmeras de campo, câmeras jornalísticas, câmeras monotrilho e câmeras técnicas.

Câmera de campo ou field

Câmera de campo Penta 45F.

Uma câmera de campo é uma câmera view que pode ser dobrada e que, portanto, é mais portátil.[176] Embora em geral permitam uma amplitude limitada de movimentos em comparação com o que é oferecido por câmeras monotrilho, sua portabilidade faz com que por vezes sejam preferidas por fotógrafos que atuam em campo e não em um estúdio.[177]

Equipamentos modernos deste tipo são pouco diferentes das primeiras câmeras de campo do século XIX, mas ao invés de caixas de madeira utilizam foles,[176] que lhes permitem serem dobradas até tamanhos reduzidos, por vezes comparável ao de um livro.[177] Além disso, o uso de filmes (ou sensor) de grande formato, a disponibilidade de objetivas nobres e sua construção lhes tornam capazes de produzir imagens de alta qualidade,[176] conhecidas por criarem uma sensação tridimensional e representarem fidedignamente até mesmo os menores detalhes de uma cena.[177] Por esse motivo, tradicionalmente têm sido o instrumento de preferência de fotógrafos de paisagem, como no caso de Ansel Adams e Edward Weston.[178]

Câmera jornalística ou press

Uma câmera jornalística Speed Graphic.

Câmera jornalísticas são câmeras view de médio ou, menos comumente, de grande formato, que foram predominantemente utilizadas por fotógrafos da imprensa no início e em meados do século XX.[179] A partir da década de 1960 este tipo de equipamento foi em grande medida substituído por câmeras do tipo rangefinder e SLR de filme 35mm,[180] e, posteriormente, por câmeras digitais.[179] A câmera jornalística quintessencial é o modelo Speed Graphic da Graflex, usado por exemplo por Weegee.[181][182]

Câmera monotrilho ou técnica

Fotógrafo operando uma câmera monotrilho ArcaSwiss.

Câmeras monotrilho são câmeras em geral de grande formato nas quais o plano dianteiro, o fole e o plano traseiro são montados em um trilho rígido, ao longo do qual deslizam até serem travados na posição desejada.[183] Além disso, frequentemente os planos frontal e traseiro dessas câmeras podem ser deslocados verticalmente e inclinados, e isso confere a esses equipamentos extrema versatilidade e controles inigualáveis sobre o foco, a profundidade de campo e a perspectiva.[184][185] Consequentemente câmeras monotrilho podem ser usadas para aplicações de alta precisão, como por exemplo em fotografia artística ou captando imagens de objetos muito pequenos ou que requerem um aumento drástico do campo de foco.[186][187] Por essas aplicações, são também chamadas câmeras técnicas.[186][187]

Câmeras monotrilho, como câmeras de campo, normalmente gravam suas imagens em filmes em folha, placas fotográficas ou, desde o advento das câmeras digitais, através de sensores de imagem.[187] Tipicamente o filme em folha ou sensor utilizado é dos tamanhos 4 x 5" (dito meia folha) ou 8 x 10" (dito uma folha), mas também existem aplicações para filmes 5 x 7" e 11 x 14".[188]

O contraponto da versatilidade destas câmeras é o seu peso e tamanho, que geralmente implicam seu uso para fotografias de elementos estáticos.[185] Embora alguns modelos sejam mais compactos e projetados para uso em campo, em geral câmeras monotrilho são usadas exclusivamente em estúdios fotográficos.[184]

Acessórios usuais

Dentre a grande diversidade de acessórios fotográficos existentes no mercado, os seguintes são os mais comumente associados às câmeras:

Tripé e monopé

Ver artigo principal: Tripé (fotografia)
Fotógrafo usando um monopé.

Tripés são usado para estabilizar e elevar uma câmera,[189][190] uma unidade de flash ou outro equipamento fotográfico.[191] Tripés fotográficos possuem uma cabeça de montagem, na qual a câmera é acoplada.[190] Existem diferentes modelos de cabeças de montagem, que apresentam desde um simples parafuso para prender a câmera, até recursos sofisticados que permitem realizar fotografias panorâmicas e controlar a inclinação de cada um dos eixos da câmera, dentre outros.[192] Alem disso, a solidez e estabilidade de cada tripé são características determinantes para sua escolha.[190] Essas características normalmente variam em função do tipo de construção do tripé (pernas dobráveis, retrateis ou fixas), bem como em função dos materiais empregados nessa construção (tipicamente alumínio, fibra de carbono, aço, madeira ou plástico).[193]

Por definição, todo tripé tem três pernas, e acessórios para estabilizar câmeras que contam com apenas um pé são chamados monopés.[194] Estes, têm como vantagem comparativa uma maior mobilidade e portabilidade, e são particularmente úteis, por exemplo, em fotografia de esportes.[194]

Filtro ótico

Ver artigo principal: Filtro fotográfico
Conjunto de filtros óticos.

Um filtro ótico é um acessório de plástico ou vidro que pode ser inserido no caminho óptico, normalmente à frente da objetiva.[195] Filtros podem ter uma forma quadrada ou oblonga e serem montados num acessório de suporte, ou, mais comumente, consistirem em um disco que é rosqueado na parte da frente da objetiva.[195] O uso de filtros tem como objetivo modificar a luz e consequentemente as imagens captadas.[196] O uso desse recurso é particularmente variado e permite realizar desde mudanças sutis nas imagens, até imagens que simplesmente não poderiam ser captadas sem o uso de filtros.[197]

Em fotografia monocromática, filtros coloridos podem afetar o brilho relativo de diferentes cores, e assim um filtro vermelho, por exemplo, pode ser usado para aumentar o contrate entre flores vermelhas e folhagens verdes, escurecer um céu azul e consequentemente produzir o efeito de nuvens brancas, dentre outros efeitos.[196] Outros filtros alteram o equilíbrio entre as cores das imagens, permitindo, por exemplo, compensar o tom amarelado da luz de lâmpadas incandescentes e obter uma imagem mais realista.[197] Além disso, existem filtros que distorcem a imagem de um modo desejado, que aumentam a nitidez (por exemplo direcionando a luz polarizada), filtram determinados trechos do espectro de luz (por exemplo a radiação ultravioleta (UV)), ou acrescentam efeitos à imagem captada (por exemplo dando um formato estrelado às fontes de luz).[197]

Filtros ópticos são utilizados em diversas áreas da ciência, especialmente em astronomia, onde auxiliam na redução da poluição luminosa captada.[198] Contudo, embora esses filtros sejam essencialmente os mesmos filtros fotográficos, na prática muitas vezes eles contam propriedades ópticas e com um nível de precisão muito mais controlado.[199]

A fotografia digital tornou redundante o uso de grande parte dos filtros, que frequentemente são substituídos por filtros digitais durante o pós-processamento.[197] As excepções incluem o filtro UV, tipicamente usado para proteger o elemento frontal da lente,[200] o filtro de densidade neutra, o filtro polarizador e o filtro de infravermelhos (IR).[195][196]

Pára-sol

Ver artigo principal: Para-sol
Pára-sóis evitam a incidência direta da luz sobre a objetiva.

Um pára-sol, ou, mais informalmente, um capuz de lente, é um dispositivo usado na extremidade dianteira de uma objetiva para bloquear partes dos raios de sol ou de outras fontes de luz, evitando que esses raios incidam diretamente sobre a lente e causem Lens flare e clarões, duas aberrações óticas.[201] Pára-sóis também podem ser utilizados para proteger a objetiva e seus elementos frontais, evitando o uso de tampas de lente, que devem ser removidas antes do uso do equipamento e portanto podem retardar a captura de imagens inesperadas.[202]

Existe uma grande diversidade de pára-sóis disponíveis no mercado,[202] e a sua possível compatibilidade com uma câmera deve levar em consideração ao menos três fatores: a distância focal da objetiva utilizada, o tamanho do elemento de lente frontal e as dimensões do sensor de imagem ou filme na câmera.[203] Além disso, existem formatos variados de pára-sóis com finalidades distintas, como por exemplo aquele dito de pétala, tulipa ou flor, que permite bloquear a luz dispersa sem interromper a luz dos cantos da imagem, reduzindo assim a quantidade de vinheta da imagem final.[204]

Flash

Ver artigo principal: Flash (fotografia)
Unidade de flash com empunhadura.

Um flash é um dispositivo usado para produzir luz artificial, com o objetivo de iluminar uma cena.[205] Isso pode ser desejável por uma série de motivos que incluem melhorar a clareza de uma cena, reduzir o tempo de exposição e consequentemente poder operar a câmera sem o uso de um tripé, captar em detalhe objetos em movimento, obter exposições mais equilibradas mesmo em condições de luz do dia e dirigir a atenção do espectador a pontos específicos da imagem.[206] Consequentemente, um flash pode ser usado como uma ferramenta criativa altamente eficaz.[205]

Atualmente a maioria dos dispositivos de flash são eletrônicos, mas historicamente a mesma função era atingida, embora com menor precisão, com o emprego de pós inflamáveis (notadamente a base de magnésio) e lâmpadas descartáveis.[207] A primeira câmera a apresentar um flash integrado foi a americana Spartus Press Flash, de 1939, e desde então gradualmente esse tipo de construção se popularizou.[208][14] Contudo, alguns equipamentos, principalmente para uso profissional, permitem acoplar unidades de flash separadas,[209][210] e estúdios de fotografia também utilizam unidades de flash independentes, que devido ao seu tamanho e potência podem ser alimentadas por baterias ou conectados à rede elétrica.[211] Nesses casos, as unidades de flash são sincronizadas com a câmera através de dispositivos com ou sem fios, ou ainda através dos chamados escravos, que são dispositivos que captam a luz do flash integrado à câmera e disparam as demais unidades de flash presentes no ambiente.[210][211]

Disparadores remotos

Um cabo de disparo remoto.

Disparadores remotos são dispositivos que permitem ao fotógrafo disparar a câmera sem contato direto com ela,[212] e que consequentemente permitem ao fotógrafo realizar fotografias de longa exposição sem perturbar a captura.[213]

Existem duas categorias principais de disparadores remotos: sem fio ou a cabo.[214] Disparadores a cabo são dispositivos mecânicos que são aparafusados à câmera, e equipamentos mais recentes podem ou não aceita-los.[214] Disparadores sem fio comunicam-se diretamente com a câmera, caso ela tenha essa capacidade, ou com um receptor acoplado a ela.[213][214] Neste caso, a câmera deve possuir uma entrada compatível com essa tecnologia.[213]

Ver também

Referências

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