Alexandria (Rio Grande do Norte)
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Município do Brasil | |||
Serra Barriguda | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | alexandriense | ||
Localização | |||
Localização de Alexandria no Rio Grande do Norte | |||
Localização de Alexandria no Brasil | |||
Mapa de Alexandria | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Rio Grande do Norte | ||
Municípios limítrofes | Pilões, Antônio Martins, João Dias, Tenente Ananias e Marcelino Vieira. | ||
Distância até a capital | 369 km | ||
História | |||
Fundação | 7 de novembro de 1930 | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Alberto Maia Patricio de Figueiredo (PP, 2009 – 2012) | ||
Características geográficas | |||
Área total | 381 km² | ||
População total (est. IBGE/2009[1]) | 14,151 hab. | ||
Densidade | 0 hab./km² | ||
Clima | semiárido | ||
Altitude | 319 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000[2]) | 0,637 — médio | ||
PIB (IBGE/2005[3]) | R$ 34.801 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2005[3]) | R$ 2 623,00 |
Alexandria, município no estado do Rio Grande do Norte (Brasil), localizado na microrregião de Pau dos Ferros. De acordo com as estatísticas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano 2009, sua população era de 14.151 habitantes. Sua área territorial é de 381 km².
Limita-se com os municípios de Pilões e Antônio Martins (norte), João Dias (leste), Tenente Ananias e Marcelino Vieira (oeste) e com a cidade de Bom Sucesso e Santa Cruzno Estado da Paraíba (sul).
A sede do município está a 6° 24’ 46” de latitude sul e 38° 00’ 57” de longitude oeste. A altitude é de 319 m acima do nível do mar e a distância rodoviária até a capital é de 369 km.
De acordo com o IDEMA, o solo da região é do tipo podzólico vermelho amarelo equivalente eutrófico. Sua aptidão para a atividade agrícola é restrita para lavouras, sendo apta para culturas de ciclo longo, como algodão arbóreo (segundo a Embrapa, a melhor época para plantio no município é no mês de fevereiro), sisal, caju e coco. Pequena área isolada a sudeste com aptidão regular para pastagem natural. No sudeste há também algumas áreas indicadas para preservação da flora e da fauna ou para recreação.
O principal acidente geográfico é a Serra Barriguda, com 602 m, mas o ponto culminante é a Serra de Santana, localizada no sítio de mesmo nome.
A pluviosidade normal do município é de 762,6 mm/ano. As temperaturas médias anuais são de 33°C (máxima), 28°C (média) e 18°C (mínima).
História
A primeira denominação da localidade, ainda nos séculos XVIII e XIX, foi Barriguda e, segundo o historiador e médico local Dr. Antônio Fernandes Mousinho, existem duas versões que justificam o nome: a primeira está relacionada a uma serra existente nas proximidades da cidade (Serra da Barriguda) que apresenta o formato anatômico do ventre de uma mulher grávida; a segunda à presença de uma árvore existente em um olho d'água encontrado no sopé da referida serra e que era conhecida na região pelo nome de Barriguda.
No início do Século XX passou a chamar-se de Alexandria em homenagem à Sra. Alexandrina Barreto, filha do proprietário das terras locais Domingos Velho Barreto e casada com o Dr. Joaquim Ferreira Chaves, político que já ocupara os cargos de Senador da República, Governador do estado do Rio Grande do Norte e ministro de estado.
A povoação de Alexandria passou à condição de Vila em 13 de dezembro de 1923. O município de Alexandria foi emancipado de Martins com a publicação do Decreto nº 10, de 7 de novembro de 1930. Na época, sob o impacto do assassinato de João Pessoa, foi rebatizada com o seu nome.
Em 24 de outubro de 1936 é aprovada e sancionada pelo então governador Rafael Fernandes a Lei Estadual nº 19, dando-lhe a categoria de cidade e, ao mesmo tempo, trazendo de volta a denominação de Alexandria, vez que o nome João Pessoa não teve aceitação popular.
Educação
No ensino público fundamental e médio, Alexandria dispõe de 42 unidades públicas estaduais e municipais. A rede estadual é integrada por 7 escolas, sendo quatro na zona urbana e três na zona rural. Por sua vez, o município, no ano de 2006, ofereceu ensino em 38 unidades, sendo cinco na cidade.
No ensino superior, a cidade conta com o Núcleo de Ensino Superior da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) que oferece os cursos de Ciências contábeis e História.
Ensino | Alunos matriculados |
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Infantil | 614 |
Fundamental | 2.477 |
Médio | 608 |
- Analfabetos com mais de quinze anos: 37,49% (IBGE, Censo 2000).
Saúde
A cidade de Alexandria dispõe de:
- 2 Hospitais: H. Maternidade Joaquina Queiroz e H. Maternidade Guiomar Fernandes
- 12 Postos de Saúde
- 1 Centro Regional de Fisioterapia denominado de Waldemar de Sousa Verás
- 1 Centro de Especialidades Odontológicas denominado de Irene Maia
Transporte
As duas principais rodovias que cruzam o município são as RN-117, com destino a diversas cidades do oeste potiguar; a RN-079, que liga Alexandria a Pau dos Ferros passando por Marcelino Vieira. Outro rodovia bastante usada, mas não-asfaltada, é a que liga a cidade de Sousa (Paraíba).
Atualmente, Alexandria conta com transporte regular para diversos municípios da região, inclusive da Paraíba, bem como a capital do estado Natal (Rio Grande do Norte), a cidade de Mossoró e os grandes centros nacionais, como São Paulo (cidade) e o Rio de Janeiro, através de empresas de ônibus e transportes alternativos. Ainda conta com um Terminal Rodoviário e um campo de pouso asfaltado para aviões de médio porte.
Economia
Em 2005, conforme estimativas do IBGE, o PIB era de R$ 34,801 milhões e o PIB per capita para R$ 2.623,00.
O setor Comercial de Alexandria conta com vários estabelecimentos nas áreas de alimentação, destaque para Rede Oeste de supermercados, de confecções e calçados e de tecnologia.
Já o setor industrial está mais concentrado em panificadoras, fabricação de rapaduras, várias mini-industrias de confecções e calçados, e na produção de água purificada através da em presa Água do Céu.
Um fator preponderante para o incremento econômico da cidade foi a chegada dos trilhos da estrada de ferro Mossoró-Sousa em 1951. Infelizmente as atividades do setor foram paralisadas em 1991.
Produção agrícola
Lavoura | Quantidade produzida (ton.) | Valor da produção (R$ mil) | Área plantada (ha.) | Área colhida (ha.) | Rendimento médio (kg/ha.) |
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Algodão herbáceo (em caroço) | 35 | 23 | 50 | 50 | 700 |
Arroz (em casca) | 22 | 10 | 15 | 15 | 1.466 |
Banana | 8 | 2 | 1 | 1 | 8.000 |
Batata-doce | 48 | 13 | 12 | 12 | 4.000 |
Cana-de-açúcar | 60 | 2 | 2 | 2 | 30.000 |
Castanha de caju | 1 | 1 | 2 | 2 | 500 |
Coco-da-baía | 4 (mil frutos) | 1 | 1 | 1 | 4.000 (frutos/ha.) |
Feijão (em grão) | 288 | 245 | 720 | 720 | 400 |
Fumo (em folha) | 55 | 277 | 78 | 78 | 705 |
Manga | 50 | 4 | 2 | 2 | 25.000 |
Milho | 720 | 288 | 900 | 900 | 800 |
Tomate | 150 | 95 | 6 | 6 | 25.000 |
A utilização agrícola deve ser restrita a culturas resistentes a um longo período de estiagem (algodão arbóreo). Pequenas áreas são cultivadas com culturas de subsistência, como milho e feijão.
Aptidão Agrícola: restrita para lavouras, aptas para culturas de ciclo longo, como, algodão arbóreo, sisal, caju e coco. Pequena área isolada a sudeste com aptidão regular para pastagem natural. A sudeste há algumas áreas indicadas para preservação da flora e da fauna ou para recreação.
Sistema de Manejo: baixo e médio nível tecnológico. As práticas agrícolas dependem do trabalho braçal e tração animal com implementos agrícolas simples.
Pecuária
Rebanho | Efetivo (cabeças) |
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Bovino | 11.857 |
Suíno | 382 |
Eqüinos | 625(2003) |
Asininos (jumentos) | 366(2003) |
Muares (mulas) | 259(2003) |
Ovinos | 2.984 |
Aves | 15.089 |
Caprinos | 993 |
Gênero | Produção |
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Leite de vaca | 1,516 (milhões de litros) |
Ovos de galinha | 8,121 (mil dúzias) |
Atrações Turísticas
Muitas são as atrações turísticas na cidade, entre eles tem a Serra da Barriguda, um pico de granito, com altitude de 602 metros acima do nível do mar e altura de 310 metros, é a maior referência e eterno cartão postal da cidade. Chamada de serra barriguda por na sua parte frontal e com total destaque, a pedra se assemelha com uma mulher grávida.
Tratando-se de Carnaval no Rio Grande do Norte, uma referência especial ao Carnaval de Alexandria, considerado um dos melhores do estado. Há décadas, o carnaval de Alexandria é o melhor do interior do estado, sendo, sem dúvida, o de maior frequência e sucesso do Oeste Potiguar, animado principalmente, pelos inúmeros blocos que atuam no período de momo. É caracterizado pelos ritmos Axé Music e Frevo. Existe também na localidade uma Micareta, denominada Alefolia que já trouxe várias atrações baianas para a cidade como: Araketu, Ricardo Chaves, Harmonia do Samba, É o Than! entre outras.
O mais relevante evento Religioso é a festa da padroeira Nossa senhora da Conceição comemorada no período de 28 de novembro a 8 de dezembro. A festa consegue reunir considerável parte da comunidade católica, oferecendo uma programação religiosa, social e cultural.
Dados estatísticos
IDH
IDH | 1991 | 2000 |
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Renda | 0,486 | 0,503 |
Longevidade | 0,605 | 0,706 |
Educação | 0,519 | 0,702 |
Total | 0,537 | 0,637 |
Saneamento urbano
Serviço | Domicílios (%) |
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Água | 99,9% |
Esgoto sanitário | 99,8% |
Coleta de lixo | 99,9% |
Referências
- ↑ «Estimativas da população para 1º de julho de 2009» (PDF). Estimativas de População. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 14 de agosto de 2009. Consultado em 16 de agosto de 2009
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 19 de dezembro de 2007. Consultado em 11 de outubro de 2008
Ligações externas
- «Página oficial da Prefeitura»
- «Câmara Municipal»
- «Arquivo Vip»
- «Instituto Zulmirinha Véras»
- Referência Bibliográfica: Veras, George Antonio de Oliveira. Alexandria - Retratos de uma História. ed. do autor, 2007.
- http://www.ferias.tur.br/fotos/7128/alexandria-rn.html Em falta ou vazio
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