Alexandria (Rio Grande do Norte)

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Alexandria
  Município do Brasil  
Serra Barriguda
Serra Barriguda
Serra Barriguda
Símbolos
Bandeira de Alexandria
Bandeira
Brasão de armas de Alexandria
Brasão de armas
Hino
Gentílico alexandriense
Localização
Localização de Alexandria no Rio Grande do Norte
Localização de Alexandria no Rio Grande do Norte
Localização de Alexandria no Rio Grande do Norte
Alexandria está localizado em: Brasil
Alexandria
Localização de Alexandria no Brasil
Mapa
Mapa de Alexandria
Coordenadas 6° 24' 46" S 38° 0' 57" O
País Brasil
Unidade federativa Rio Grande do Norte
Municípios limítrofes Pilões, Antônio Martins, João Dias, Tenente Ananias e Marcelino Vieira.
Distância até a capital 369 km
História
Fundação 7 de novembro de 1930
Administração
Prefeito(a) Alberto Maia Patricio de Figueiredo (PP, 2009 – 2012)
Características geográficas
Área total 381 km²
População total (est. IBGE/2009[1]) 14,151 hab.
Densidade 0 hab./km²
Clima semiárido
Altitude 319 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[2]) 0,637 médio
PIB (IBGE/2005[3]) R$ 34.801 mil
PIB per capita (IBGE/2005[3]) R$ 2 623,00

Alexandria, município no estado do Rio Grande do Norte (Brasil), localizado na microrregião de Pau dos Ferros. De acordo com as estatísticas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano 2009, sua população era de 14.151 habitantes. Sua área territorial é de 381 km².

Limita-se com os municípios de Pilões e Antônio Martins (norte), João Dias (leste), Tenente Ananias e Marcelino Vieira (oeste) e com a cidade de Bom Sucesso e Santa Cruzno Estado da Paraíba (sul).

A sede do município está a 6° 24’ 46” de latitude sul e 38° 00’ 57” de longitude oeste. A altitude é de 319 m acima do nível do mar e a distância rodoviária até a capital é de 369 km.

De acordo com o IDEMA, o solo da região é do tipo podzólico vermelho amarelo equivalente eutrófico. Sua aptidão para a atividade agrícola é restrita para lavouras, sendo apta para culturas de ciclo longo, como algodão arbóreo (segundo a Embrapa, a melhor época para plantio no município é no mês de fevereiro), sisal, caju e coco. Pequena área isolada a sudeste com aptidão regular para pastagem natural. No sudeste há também algumas áreas indicadas para preservação da flora e da fauna ou para recreação.

O principal acidente geográfico é a Serra Barriguda, com 602 m, mas o ponto culminante é a Serra de Santana, localizada no sítio de mesmo nome.

A pluviosidade normal do município é de 762,6 mm/ano. As temperaturas médias anuais são de 33°C (máxima), 28°C (média) e 18°C (mínima).

História

A primeira denominação da localidade, ainda nos séculos XVIII e XIX, foi Barriguda e, segundo o historiador e médico local Dr. Antônio Fernandes Mousinho, existem duas versões que justificam o nome: a primeira está relacionada a uma serra existente nas proximidades da cidade (Serra da Barriguda) que apresenta o formato anatômico do ventre de uma mulher grávida; a segunda à presença de uma árvore existente em um olho d'água encontrado no sopé da referida serra e que era conhecida na região pelo nome de Barriguda.

No início do Século XX passou a chamar-se de Alexandria em homenagem à Sra. Alexandrina Barreto, filha do proprietário das terras locais Domingos Velho Barreto e casada com o Dr. Joaquim Ferreira Chaves, político que já ocupara os cargos de Senador da República, Governador do estado do Rio Grande do Norte e ministro de estado.

A povoação de Alexandria passou à condição de Vila em 13 de dezembro de 1923. O município de Alexandria foi emancipado de Martins com a publicação do Decreto nº 10, de 7 de novembro de 1930. Na época, sob o impacto do assassinato de João Pessoa, foi rebatizada com o seu nome.

Em 24 de outubro de 1936 é aprovada e sancionada pelo então governador Rafael Fernandes a Lei Estadual nº 19, dando-lhe a categoria de cidade e, ao mesmo tempo, trazendo de volta a denominação de Alexandria, vez que o nome João Pessoa não teve aceitação popular.

Educação

No ensino público fundamental e médio, Alexandria dispõe de 42 unidades públicas estaduais e municipais. A rede estadual é integrada por 7 escolas, sendo quatro na zona urbana e três na zona rural. Por sua vez, o município, no ano de 2006, ofereceu ensino em 38 unidades, sendo cinco na cidade.

No ensino superior, a cidade conta com o Núcleo de Ensino Superior da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) que oferece os cursos de Ciências contábeis e História.

IBGE (2003)
Ensino Alunos matriculados
Infantil 614
Fundamental 2.477
Médio 608
  • Analfabetos com mais de quinze anos: 37,49% (IBGE, Censo 2000).

Saúde

A cidade de Alexandria dispõe de:

  • 2 Hospitais: H. Maternidade Joaquina Queiroz e H. Maternidade Guiomar Fernandes
  • 12 Postos de Saúde
  • 1 Centro Regional de Fisioterapia denominado de Waldemar de Sousa Verás
  • 1 Centro de Especialidades Odontológicas denominado de Irene Maia

Transporte

As duas principais rodovias que cruzam o município são as RN-117, com destino a diversas cidades do oeste potiguar; a RN-079, que liga Alexandria a Pau dos Ferros passando por Marcelino Vieira. Outro rodovia bastante usada, mas não-asfaltada, é a que liga a cidade de Sousa (Paraíba).

Atualmente, Alexandria conta com transporte regular para diversos municípios da região, inclusive da Paraíba, bem como a capital do estado Natal (Rio Grande do Norte), a cidade de Mossoró e os grandes centros nacionais, como São Paulo (cidade) e o Rio de Janeiro, através de empresas de ônibus e transportes alternativos. Ainda conta com um Terminal Rodoviário e um campo de pouso asfaltado para aviões de médio porte.

Economia

Em 2005, conforme estimativas do IBGE, o PIB era de R$ 34,801 milhões e o PIB per capita para R$ 2.623,00.

O setor Comercial de Alexandria conta com vários estabelecimentos nas áreas de alimentação, destaque para Rede Oeste de supermercados, de confecções e calçados e de tecnologia.

Já o setor industrial está mais concentrado em panificadoras, fabricação de rapaduras, várias mini-industrias de confecções e calçados, e na produção de água purificada através da em presa Água do Céu.

Um fator preponderante para o incremento econômico da cidade foi a chegada dos trilhos da estrada de ferro Mossoró-Sousa em 1951. Infelizmente as atividades do setor foram paralisadas em 1991.

Produção agrícola

IBGE (2002)
Lavoura Quantidade produzida (ton.) Valor da produção (R$ mil) Área plantada (ha.) Área colhida (ha.) Rendimento médio (kg/ha.)
Algodão herbáceo (em caroço) 35 23 50 50 700
Arroz (em casca) 22 10 15 15 1.466
Banana 8 2 1 1 8.000
Batata-doce 48 13 12 12 4.000
Cana-de-açúcar 60 2 2 2 30.000
Castanha de caju 1 1 2 2 500
Coco-da-baía 4 (mil frutos) 1 1 1 4.000 (frutos/ha.)
Feijão (em grão) 288 245 720 720 400
Fumo (em folha) 55 277 78 78 705
Manga 50 4 2 2 25.000
Milho 720 288 900 900 800
Tomate 150 95 6 6 25.000

A utilização agrícola deve ser restrita a culturas resistentes a um longo período de estiagem (algodão arbóreo). Pequenas áreas são cultivadas com culturas de subsistência, como milho e feijão.

Aptidão Agrícola: restrita para lavouras, aptas para culturas de ciclo longo, como, algodão arbóreo, sisal, caju e coco. Pequena área isolada a sudeste com aptidão regular para pastagem natural. A sudeste há algumas áreas indicadas para preservação da flora e da fauna ou para recreação.

Sistema de Manejo: baixo e médio nível tecnológico. As práticas agrícolas dependem do trabalho braçal e tração animal com implementos agrícolas simples.

Pecuária

IBGE (2006)
Rebanho Efetivo (cabeças)
Bovino 11.857
Suíno 382
Eqüinos 625(2003)
Asininos (jumentos) 366(2003)
Muares (mulas) 259(2003)
Ovinos 2.984
Aves 15.089
Caprinos 993
IBGE (2002)
Gênero Produção
Leite de vaca 1,516 (milhões de litros)
Ovos de galinha 8,121 (mil dúzias)

Atrações Turísticas

Muitas são as atrações turísticas na cidade, entre eles tem a Serra da Barriguda, um pico de granito, com altitude de 602 metros acima do nível do mar e altura de 310 metros, é a maior referência e eterno cartão postal da cidade. Chamada de serra barriguda por na sua parte frontal e com total destaque, a pedra se assemelha com uma mulher grávida.

Tratando-se de Carnaval no Rio Grande do Norte, uma referência especial ao Carnaval de Alexandria, considerado um dos melhores do estado. Há décadas, o carnaval de Alexandria é o melhor do interior do estado, sendo, sem dúvida, o de maior frequência e sucesso do Oeste Potiguar, animado principalmente, pelos inúmeros blocos que atuam no período de momo. É caracterizado pelos ritmos Axé Music e Frevo. Existe também na localidade uma Micareta, denominada Alefolia que já trouxe várias atrações baianas para a cidade como: Araketu, Ricardo Chaves, Harmonia do Samba, É o Than! entre outras.

O mais relevante evento Religioso é a festa da padroeira Nossa senhora da Conceição comemorada no período de 28 de novembro a 8 de dezembro. A festa consegue reunir considerável parte da comunidade católica, oferecendo uma programação religiosa, social e cultural.

Dados estatísticos

IDH

PNUD (2000)
IDH 1991 2000
Renda 0,486 0,503
Longevidade 0,605 0,706
Educação 0,519 0,702
Total 0,537 0,637

Saneamento urbano

IBGE (2000)
Serviço Domicílios (%)
Água 99,9%
Esgoto sanitário 99,8%
Coleta de lixo 99,9%

Referências

  1. «Estimativas da população para 1º de julho de 2009» (PDF). Estimativas de População. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 14 de agosto de 2009. Consultado em 16 de agosto de 2009 
  2. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  3. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 19 de dezembro de 2007. Consultado em 11 de outubro de 2008 

Ligações externas

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