Amapá (município)

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 Nota: Não confundir com Amapá do Maranhão.
Amapá
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Amapá
Bandeira
Brasão de armas de Amapá
Brasão de armas
Hino
Gentílico amapaense
Localização
Localização de Amapá no Amapá
Localização de Amapá no Amapá
Localização de Amapá no Amapá
Amapá está localizado em: Brasil
Amapá
Localização de Amapá no Brasil
Mapa
Mapa de Amapá
Coordenadas 2° 03' 10" N 50° 47' 34" O
País Brasil
Unidade federativa Amapá
Municípios limítrofes Macapá, Cutias, Tartarugalzinho, Pracuuba, Calçoene
Distância até a capital 302 km
História
Fundação 22 de outubro de 1901 (122 anos)
Administração
Distritos
Prefeito(a) Carlos Sampaio Duarte (UNIÃO [2], 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [3] 9 167,617 km²
População total (estatísticas IBGE/2021[4]) 9 265 hab.
Densidade 1 hab./km²
Clima tropical úmido (Af)
Altitude 8 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[5]) 0,642 médio
PIB (IBGE/2014[6]) R$ 167 323 mil
PIB per capita (IBGE/2014[6]) R$ 19 563,02

Amapá é um município brasileiro no estado homônimo, Região Norte do país. Sua população estimada em 2021 era de 9 265 habitantes[4] e a área é de 8 454,847 km².

Seus limites são o Oceano Atlântico a norte e leste, Macapá e Cutias a sul, Tartarugalzinho e Pracuuba a sudoeste e Calçoene a oeste e noroeste.

O município foi criado em 22 de outubro de 1901 e sua história está basicamente ligada a questões litigiosas com a França, que reivindicou soberania sobre a área. Nos episódios diplomáticos e de batalhas militares que culminaram com a conquista brasileira desse território em 1900, teve destaque a figura de Francisco Xavier da Veiga Cabral, que por seus atos de bravura e coragem. tornou-se uma figura heroica para o Estado.[carece de fontes?]

A principal base econômica é do município é representada pela pecuária extensiva que, em relação ao Estado do Amapá, concentra o maior rebanho.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

A palavra Amapá é de origem indígena e vem da nação Nuaruaque, que habitava a região Norte do Brasil, na época do descobrimento. Já o nome do Município de Amapá, assim como o do Estado do Amapá, originou-se de uma espécie de árvore brasileira ou amazônica chamada amapazeiro, que possui um tronco volumoso, com cerca de um metro de diâmetro na base e casca espessa, por onde escorre um abundante leite branco conhecido como "leite de Amapá".

História[editar | editar código-fonte]

A história deste município é marcada por acontecimentos ligados à conquista de terras, cujos reflexos afetavam o povo da fronteira do extremo norte. Na década de 1860 criou-se, centrado na localidade de Amapá, um sistema de capitania. Os capitães falavam em nome dos habitantes e tentavam solucionar os seus problemas, porém não havia uma formalização da estrutura de governo. Na vila do "Espírito Santo" (nome original de Amapá) foi Eugene Voissien quem representou os interesses franceses, e em Cunani foi Trajano Benitez, escravo fugitivo de Cametá, que foi recebido na vila como delegado francês. A Vila do Espirito Santo também era chamada de "Mapá".[7]

Os conflitos acentuaram-se ainda mais a partir de 1894, quando se deu a descoberta de ouro em Calçoene. Este fato motivou ainda mais a presença de europeus e estadunidenses que se instalavam às cabeceiras do rio.[8]

A história administrativa do município de Amapá inicia-se com a elevação à categoria de vila com a denominação de "Amapá" pela Lei Estadual do Pará n.º 798 de 22 de outubro de 1901. A instalação oficial deu-se em 30 de abril de 1902.[8]

Em 1911 o município muda de nome, passando a chamar-se "Montenegro".[8] Porém, pelo Decreto Estadual n.º 6, de 4 de novembro de 1930, o município de Amapá foi extinto, com seu território sob administração direta do estado do Pará.[8] No mesmo ano um novo decreto denomina a localidade de Montenegro novamente como Amapá.[8]

O município é recriado em 1933 com o nome de Amapá, mudando de denominação, pelo Decreto-lei Estadual n.º 2.972, de 31 de março de 1938, quando passa a denominar-se "Veiga Cabral", em homenagem a Francisco Xavier da Veiga Cabral.[8] Pelo Decreto-lei Estadual n.º 3.131, de 31 de outubro de 1938, o município de Veiga Cabral voltou a denominar-se Amapá.[8]

Em 1939, na criação do Território Federal do Amapá, o município de Amapá passa a ser a capital.[8] Porém, pelo Decreto-lei Federal n.º 6.550, de 31 de maio de 1944, Amapá perdeu à categoria de capital para o município de Macapá.[8]

Geografia[editar | editar código-fonte]

De acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vigente desde 2017,[9] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária de Oiapoque-Porto Grande e Imediata de Oiapoque. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, o município fazia parte da microrregião de Amapá, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Norte do Amapá.[10]

Aspectos naturais[editar | editar código-fonte]

O domínio é das áreas inundáveis, ocupando aproximadamente 5.793,13 km². Nesse domínio, destacam-se os ambientes litorâneos, representados pelos manguezais e os ambientes de várzea, com predomínio dos campos inundáveis e lagos. Outras características desse domínio natural são:

  • Flora dos campos inundáveis e composta de espécies de alto valor forrageiro, elevada resistência natural, sendo o principal suporte da pecuária extensiva do município;
  • Riqueza de ambientes flúvio-lacustres que podem ser tomados como indicadores para a introdução de manejos de espécies silvestres;
  • Fauna flúvio-lacustre altamente especializada, destacando-se os estoques naturais de capivara, jacarés, aves migratórias e residentes;
  • Planície inundável com solos eminentemente eutróficos;
  • Condição paisagística dos sistemas de lagos permanentes;
  • Presença de sítios de manguezais com frequência de caranguejo;
  • Alta vulnerabilidade à erosão natural, à inundação pluvial e por marés, impedimentos à drenagem e susceptibilidade dos campos à seca.
  • Baixa fertilidade natural dos solos.
  • Relevo, em toda sua extensão, suave ondulado;
  • Base física do solo caracteristicamente latossólica;
  • Susceptibilidade à seca;

Localização e limites[editar | editar código-fonte]

O município de Amapá, do ponto de vista geográfico, situa-se na parte nordeste do Estado do Amapá, com altitude de 8,64 m (sede). O município faz limite com os municípios de: Calçoene, Pracuuba, Tartarugalzinho, Cutias e Macapá.

Divisão Política: Além da sede municipal, existem 12 núcleos populacionais consideráveis: Base Aérea, Cruzeiro, Piquiá, calafate, Amapá Grande dos Miras, Vulcão do Norte, Raimundo, Vista Alegre, Santo Antônio, Sucuriju, Araquiçava e Paratu.

Hidrografia[editar | editar código-fonte]

É banhado pelo oceano Atlântico, rio Amapá, Região dos Lagos, e outros.

Precipitação pluviométrica

As chuvas ocorrem nos meses de dezembro a agosto, atingindo mais de 3.000 mm. A estação das secas inicia no mês de setembro, indo até próximo do meio do mês de dezembro, quando se registram temperaturas mais altas.

Clima[editar | editar código-fonte]

O clima predominante é quente e úmido. A temperatura máxima é de 34 °C e a mínima é de 20 °C.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Enciclopédia dos Municípios Brasileiros (2007). «Amapá - Histórico» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 7 de outubro de 2013. Cópia arquivada (PDF) em 5 de outubro de 2013 
  2. «Representantes». União Brasil. Consultado em 29 de setembro de 2022 
  3. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (15 de janeiro de 2013). «Áreas dos Municípios». Consultado em 6 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 6 de novembro de 2017 
  4. a b https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/ap/amapa.html  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  5. Atlas do Desenvolvimento Humano (29 de julho de 2013). «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Consultado em 26 de agosto de 2013. Cópia arquivada (PDF) em 8 de julho de 2014 
  6. a b Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2014). «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2014». Consultado em 6 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 6 de novembro de 2017 
  7. SARNEY, José e COSTA, Pedro. Amapá: a terra onde o Brasil começa. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 1999, 2ª ed. Coleção Brasil 500 Anos.
  8. a b c d e f g h i Histórico - Amapá. IBGE.
  9. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Divisão Regional do Brasil». Consultado em 6 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 6 de novembro de 2017 
  10. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1990). «Divisão regional do Brasil em mesorregiões e microrregiões geográficas» (PDF). Biblioteca IBGE. 1: 29. Consultado em 6 de novembro de 2017. Cópia arquivada (PDF) em 6 de novembro de 2017 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Livro "Amapá em perspectiva", Editora Valcan.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]