Saltar para o conteúdo

Exame laboratorial

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Análise clínica)

Exame laboratorial é o conjunto de exames e testes realizados em laboratórios de análises clínicas visando um diagnóstico ou confirmação de uma patologia ou para um check-up (exame de rotina).[1]

Etapas do exame

[editar | editar código-fonte]

É importante que se diga que o exame laboratorial é um meio para um dado profissional da saúde humana (médico, dentista) ou veterinária concluir a respeito do estado de saúde do paciente-cliente.

1) Fase pré-analítica: o paciente-cliente é orientado, é realizado a coleta de material biológico, a manipulação e conservação do material que posteriormente será analisado. É nesta fase onde ocorrem a maioria dos erros. Os fluidos mais comuns para exame são: sangue, urina, fezes e expectoração. No entanto em ambiente hospitalar poderá ser encontrado ainda: liquido sinovial, pleural, céfalo-raquidiano, pus, entre outros.

2) Fase analítica: é realizada através de aparelhos automatizados de alta tecnologia e que garantem um maior percentual de acertos e alto número de exames realizados ao mesmo tempo (ganhos de escala). Este fato permite uma análise em maior escala e propicia aos clínicos uma resposta mais breve do estado fisiológico do paciente, possibilitando uma intervenção mais ágil, aumentando assim a possibilidade de salvar mais vidas humanas.

As especialidades analíticas mais comuns são: Hematologia, Microbiologia, Imunologia, Química clínica, Parasitologia

3) Fase pós-analítica: Emissão de laudo

Atualmente tecnologias point-of-care deixaram essas três fases muito próximas de si e do local do paciente-cliente, apresentando ganhos inegáveis de tempo e atendimento em áreas remotas e acessibilidade aos exames.

Dentro deste contexto, existem diversos fatores que podem interagir com o resultado do exame, resultando em um falso-negativo ou falso-positivo: medicamentos utilizados pelo paciente, sua resposta metabólica, jejum, transporte do material, centrifugação, metrologia, reagentes, calibração e manutenção dos equipamentos, entre outros. Nos laudos, os principais erros são unidades erradas, erro de digitação, não informação de interferentes no exame, etc.

Profissionais envolvidos

[editar | editar código-fonte]

No Brasil e em Portugal, podem atuar como analistas e/ou responsáveis técnicos por laboratórios de análises clínicas:

  1. O Biólogo com formação superior, habilitado em análises clínicas através da comprovação de um currículo direcionado efetivamente realizado e registro no conselho regional de biologia (Brasil) ou ordem dos biólogos (Portugal);
  2. O Biomédico com habilitação e/ou especialização em análises clínicas, com registro no respectivo Conselho Regional de Biomedicina. Estima-se que mais de 80% dos profissionais formados no curso possuam habilitação em análises clínicas;
  3. O Bioquímico (Bacharel em Bioquímica) com especialização em química clínica, diagnóstico molecular, biologia molecular clínica, toxicologia ou equivalentes, nos termos do artigo quarto do decreto-lei 85.877 de 1981 e conforme registro no conselho regional de química (Brasil) ou ordem dos biólogos (Portugal).
  4. O Farmacêutico generalista com especialização em análises clínicas e registro no conselho regional de farmácia (Brasil) ou Ordem dos farmacêuticos (Portugal).
  5. O Médico patologista clínico;

No seu trabalho, estes profissionais citados acima poderão interagir com outros profissionais , dentre eles:

  • Nível superior:
  • Nível médio:
    • Auxiliar técnico de laboratório;
    • Técnicos de laboratório (de análises clínicas, de química etc...);
    • Biotécnico.

Mediante a modernidade tecnológica que significa, hoje em dia, a automação e a informatização da maioria dos processos de análise, deve também o profissional possuir conhecimentos básicos nas áreas de engenharia e informática, que viabilizem sua interação frequente com os respectivos profissionais, também comumente envolvidos como auxiliares valiosos em todos os processos de análise.

Listagem de exames mais comuns

[editar | editar código-fonte]

Bioquímica- substâncias não eletrolíticas

[editar | editar código-fonte]

Bioquímica - substâncias eletrolíticas

[editar | editar código-fonte]

Bioquímica- enzimas

[editar | editar código-fonte]

Fosfatase alcalina e ácida, amilase, lipase, aldolase, lactato-desidrogenase, transaminases, creatinofosfoquinase, gamaglutamiltranspeptidase, isoenzimas de lactato-desidrogenase, isoenzimas de creatinofosfoquinase.

Hemograma - série vermelha

[editar | editar código-fonte]

Hemograma - série branca

[editar | editar código-fonte]
  • Leucograma.

granulocitos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos. agranulocitos: linfócitos e monócitos

Exame de urina

[editar | editar código-fonte]
  • Análise bioquímica, análise macroscópica microscopia de sedimento, estudo bacteriológico, outros

Exame de fezes

[editar | editar código-fonte]

Notas e referências

  1. C. Jarreau, Patsy (1995). Clinical Laboratory Science Review: A Bottom Line Approach. [S.l.: s.n.] 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]