Andrzej Duda
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Andrzej Duda | |
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Andrzej Duda | |
Presidente da Polônia | |
Período | 6 de agosto de 2015 – presente |
Antecessor(a) | Bronisław Komorowski |
Membro do Parlamento Europeu | |
Período | 1 de julho de 2014 – 25 de maio de 2015 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 16 de maio de 1972 (52 anos) Cracóvia, Polônia |
Alma mater | Universidade Jaguelônica |
Cônjuge | Agata Kornhauser-Duda |
Filhos(as) | 1 |
Partido | União da Liberdade (2000–2001) Lei e Justiça (2005–2015) Sem partido (2015–presente) |
Religião | Católico Apostólico Romano |
Andrzej Sebastian Duda (Cracóvia, 16 de maio de 1972) é um político polonês, que serve como presidente do seu país desde agosto de 2015.[1] Antes da presidência ele atuava como advogado, formado pela Universidade Jaguelônica, e foi membro do Parlamento Europeu de 2014 a 2015.[2]
No começo de 2015 foi candidato pelo partido Lei e Justiça nas eleições presidenciais, onde derrotou o presidente no cargo, Bronisław Komorowski.[3] Foi reeleito em julho de 2020 para a presidência.[4]
Posições políticas
[editar | editar código-fonte]Violação da Constituição
[editar | editar código-fonte]Andrzej Duda se recusou declarar qualquer um dos cinco candidatos a juiz do Tribunal Constitucional selecionados pelo Sejm do VII mandato. Três deles foram selecionados desde 7 de novembro de 2015, cuja eleição foi declarada constitucional.[5] Em 28 de dezembro de 2015, Duda assinou o projeto de lei do Tribunal Constitucional (aprovado em 22 de dezembro de 2015 pelo Sejm), que viola inequivocamente a Constituição da Polônia, de acordo com o Conselho Nacional do Judiciário da Polônia.[6]
Em 2018 o governo polonês recuou em alguns posto por pressão externa.[7]
Questão da cumplicidade acerca do holocausto na Polônia
[editar | editar código-fonte]Em fevereiro de 2018, Duda disse que assinaria uma emenda à lei do Institute of National Remembrance, tornando ilegal acusar 'a nação polonesa' de cumplicidade no Holocausto e outras atrocidades nazistas alemãs, uma medida que prejudicou as relações com Israel, com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu chegando a acusar o governo polonês de "negação do holocausto".[8][9][10]
Posição sobre os direitos LGBT
[editar | editar código-fonte]Em junho de 2020, Duda disse que não permitiria que casais gays se casassem ou adotassem filhos, descrevendo o movimento LGBT como "uma ideologia estrangeira" e comparando-o à doutrinação na União Soviética. Ele também prometeu proibir o "ensino LGBT" nas escolas.[11][12] Em resposta aos comentários de Duda, o ex-primeiro-ministro da Bélgica Elio Di Rupo pediu publicamente à Comissão Européia uma reação oficial.[13][14] Logo após seus comentários, Duda convidou o candidato à presidência Robert Biedroń (que solicitou a reunião do Presidente) e um ativista LGBT, Bartosz Staszewski ao Palácio Presidencial,[15] apesar de Robert Biedroń eventualmente não aceitar o convite dizendo que não aceitará até o presidente Duda pedir desculpas.[16] Segundo Staszewski, durante sua reunião, Duda citou a liberdade de expressão para defender suas palavras sobre a "ideologia LGBT".[15]
Em 4 de julho de 2020, Duda propôs mudar a constituição para proibir os casais LGBT de adotarem filhos. Em 6 de julho de 2020, ele assinou um documento com um esboço presidencial da emenda à Constituição polonesa.[17]
Política externa
[editar | editar código-fonte]A 1 de setembro de 2008, foi agraciado com o grau de Grã-Cruz da Ordem do Mérito, de Portugal.[18]
Em 4 de novembro de 2015, durante um encontro com o Presidente da Roménia Klaus Iohannis[19] em Bucareste, Romênia, ambos os líderes oficializaram a criação da organização Bucharest Nine, em reação ao expansionismo russo sobre a Ucrânia. O grupo é composto por nove Repúblicas ex-soviéticas, que incluem a Bulgária, República Tcheca, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia e Eslováquia, além da Polônia e Romênia.[20]
Em 2017, Duda se encontrou com o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan, no qual elogiou a resposta de Erdoğan à Crise de refugiados na Europa. No encontro, o presidente polônes também reiterou o apoio da Polônia à Adesão da Turquia à União Europeia.[21]
Em maio de 2019, o presidente polônes visitou o Azerbaijão para se encontrar com o presidente Ilham Aliyev. Durante sua visita ao país, Duda disse que o "gás e o petróleo fluirão do Azerbaijão também para a Polônia. Eles fluirão através do Azerbaijão, onde os corredores de transporte que estão atualmente em construção constituem e constituirão os elementos" da Iniciativa do Cinturão e Rota da China.[22]
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou a atuação de Duda, além de oferecer apoio político para sua campanha na Eleição presidencial polonesa em 2020.[23][24] Em 12 junho de 2019 o presidente norte-americano anunciou sua intenção de deslocar mais de 1.000 soldados de suas bases militares na Alemanha para a Polônia, em reforço aos mais de 4.500 soldados estadunidenses no país como parte do acordo firmado em 2016 com a OTAN.[25] O acordo foi assinado no dia 15 de agosto de 2020, em Varsóvia, pelo então Secretário de Estado Mike Pompeo.[26]
A 22 de agosto de 2023, foi agraciado com o grau de Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique, de Portugal.[18]
Relações com Jair Bolsonaro
[editar | editar código-fonte]No Fórum Econômico Mundial de 2019, em Davos, Jair Bolsonaro se reuniu apenas com presidentes de posições de política de extrema-direita, inclusive Andrzej Duda.[27] Em julho de 2020 a família de Jair Bolsonaro presta homenagem à reeleição de Duda.[28] Mas apesar das aproximações entre ambos os mandatários, o governo Polones recusou a visita da comitiva presidencial após o encontro do brasileiro com Vladimir Putin em 16 de fevereiro, oito dias antes da Invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022.[29]
Referências
- ↑ «Andrzej Duda Elected Poland's New President, Incumbent Bronislaw Komorowski Concedes Defeat». The Huffington Post. Consultado em 25 de maio de 2015
- ↑ "Poland's Andrzej Duda: From boy scout to president". Página acessada em 12 de agosto de 2015.
- ↑ "Conservative Duda wins Poland's presidential vote". Página acessada em 12 de agosto de 2015.
- ↑ «Andrzej Duda é reeleito presidente da Polônia». G1. Consultado em 13 de julho de 2020
- ↑ «Wyrok Trybunału Konstytucyjnego z dnia 3 grudnia 2015 r. sygn. akt K 34/15». isap.sejm.gov.pl. Consultado em 14 de julho de 2020
- ↑ «Aktualności - Stanowisko Prezydium Krajowej Rady Sądownictwa w sprawie uchwalonej 22 grudnia 2015 r. zmiany ustawy o Trybunale Konstytucyjnym (Dz. U. poz. 1064 ze zm.) - Krajowa Rada Sądownictwa». web.archive.org. 18 de outubro de 2018. Consultado em 14 de julho de 2020
- ↑ Hervás, María (22 de novembro de 2018). «Governo da Polônia recua e altera reforma judicial reprovada pela UE». EL PAÍS. Consultado em 14 de julho de 2020
- ↑ «Presidente polonês sanciona lei polêmica sobre Holocausto». VEJA (em inglês). Consultado em 14 de julho de 2020
- ↑ «Polish president signs Holocaust bill, triggers Israeli, U.S. criticism». Reuters (em inglês). 6 de fevereiro de 2018
- ↑ Santora, Marc (6 de fevereiro de 2018). «Poland's President Supports Making Some Holocaust Statements a Crime». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331
- ↑ «Polish Leader Casts Gays as Enemy in Bid to Revive Campaign». BloombergQuint (em inglês). Consultado em 14 de julho de 2020
- ↑ Proquest digitized newspapers: The New York Times recent. (em inglês). [S.l.: s.n.] 2008. OCLC 1035502633
- ↑ «Elio Di Rupo geschokt door uitlatingen Poolse president over "LGBT-ideologie"». www.msn.com. Consultado em 14 de julho de 2020
- ↑ «Privacy settings». myprivacy.dpgmedia.be. Consultado em 14 de julho de 2020
- ↑ a b «Duda zaprasza Biedronia z matką do pałacu. Zaprasza także aktywistę LGBT». wiadomosci.onet.pl. 16 de junho de 2020. Consultado em 14 de julho de 2020
- ↑ «Biedroń nie przyjdzie na spotkanie z Dudą. "Nie przeprosił za swoje słowa, chce nas wykorzystać"». gazetapl (em polaco). Consultado em 14 de julho de 2020
- ↑ «Polish president proposes constitutional ban on gay adoption». NBC News (em inglês). Consultado em 14 de julho de 2020
- ↑ a b «Entidades Estrangeiras Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Andrzej Sebastian Duda". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 28 de setembro de 2023
- ↑ «Bilateral visit of President of Romania, Mr. Klaus Iohannis, in the Republic of Poland and his participation in the High Level Meeting of the Bucharest Format (B9), on 7-8 June 2018». www.presidency.ro. Consultado em 9 de maio de 2022
- ↑ Gerasymchuk, Sergiy (julho de 2019). Bucharest nine : Looking for cooperation on NATO's Eastern flank?. Friedrich-Ebert-Stiftung Büro Kiew. Kyiv: [s.n.] OCLC 1112141478
- ↑ «President: Poland backs Turkey's European ambitions». Oficjalna strona Prezydenta Rzeczypospolitej Polskiej (em inglês). 17 de outubro de 2017. Consultado em 9 de maio de 2022
- ↑ S.A, Telewizja Polska. «I hope gas and oil will flow from Azerbaijan to Poland: President Duda». tvpworld.com (em inglês). Consultado em 9 de maio de 2022
- ↑ CNN, Kevin Liptak. «Trump's first foreign visitor amid pandemic is Poland's nationalist president». CNN. Consultado em 9 de maio de 2022
- ↑ «Andrzej Duda é reeleito presidente da Polônia». G1. Consultado em 9 de maio de 2022
- ↑ «Trump anuncia que enviará mais soldados à Polônia – DW – 13/06/2019». dw.com. Consultado em 9 de maio de 2022
- ↑ «Fechado acordo para envio de mil soldados dos EUA à Polônia – DW – 15/08/2020». dw.com. Consultado em 9 de maio de 2022
- ↑ «Agenda de Bolsonaro se limita a encontros com nacionalistas». R7.com. 22 de janeiro de 2019. Consultado em 14 de julho de 2020
- ↑ «Eduardo Bolsonaro comemora no Twitter vitória do candidato de ultradireita da Polônia». Revista Fórum. 13 de julho de 2020. Consultado em 14 de julho de 2020
- ↑ «Governo da Polônia recusa encontro com Bolsonaro; presidente do país está sem tempo». Revista Fórum. Consultado em 9 de maio de 2022
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