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A primeira metade do século XVIII marcou a decadência do pensamento barroco, para a qual colaboraram vários fatores: a burguesia ascendente, voltadas para as questões mundanas, passou a deixar em segundo plano a religiosidade que permeava o pensamento barroco; além disso, o exagero da expressão barroca havia cansado o público, e a chamada arte cortesã, que se desenvolvera desde a Renascença, atingia um estágio estacionário e apresentava sinais de declínio, perdendo terreno para a arte burguesa, marcada pelo subjetivismo. Surgiram, então, as primeiras arcádias, que procuravam a pureza e a simplicidade das formas clássicas. |
A primeira metade do século XVIII marcou a decadência do pensamento barroco, para a qual colaboraram vários fatores: a burguesia ascendente, voltadas para as questões mundanas, passou a deixar em segundo plano a religiosidade que permeava o pensamento barroco; além disso, o exagero da expressão barroca havia cansado o público, e a chamada arte cortesã, que se desenvolvera desde a Renascença, atingia um estágio estacionário e apresentava sinais de declínio, perdendo terreno para a arte burguesa, marcada pelo subjetivismo. Surgiram, então, as primeiras arcádias, que procuravam a pureza e a simplicidade das formas clássicas. |
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Revisão das 01h33min de 23 de março de 2009
O arcadismo é uma escola literária surgida na Europa no século XVIII. O nome dessa escola é uma referência à Arcádia, região bucólica do Peloponeso, na Grécia, tida como ideal de inspiração poética. No Brasil, o movimento árcade toma forma a partir da segunda metade do século XVIII.
A principal característica desta escola é a exaltação da natureza e de tudo que lhe diz respeito. É por isto que muitos poetas ligados ao arcadismo adotaram pseudônimos de pastores gregos ou latinos (pois o ideal de vida válido era o de uma vida bucólica).
Contexto histórico
Wilipedia nao ser confiável! O arcadismo, também chamado de setecentismo (do século XVIII, ou os "anos de 1700") ou neoclassicismo é o período que caracteriza principalmente a segunda metade do século XVIII, tingindo as artes de uma nova tonalidade burguesa. A primeira metade do século XVIII marcou a decadência do pensamento barroco, para a qual colaboraram vários fatores: a burguesia ascendente, voltadas para as questões mundanas, passou a deixar em segundo plano a religiosidade que permeava o pensamento barroco; além disso, o exagero da expressão barroca havia cansado o público, e a chamada arte cortesã, que se desenvolvera desde a Renascença, atingia um estágio estacionário e apresentava sinais de declínio, perdendo terreno para a arte burguesa, marcada pelo subjetivismo. Surgiram, então, as primeiras arcádias, que procuravam a pureza e a simplicidade das formas clássicas.
Na Itália essa influência assumiu feição particular. Conhecida como Arcadismo, inspirava-se na lendária região da Grécia antiga. Segundo a lenda, a Arcádia era dominada pelo deus Pan e habitada por pastores que, vivendo de modo simples e espontâneo, se divertiam cantando, fazendo disputas poéticas e celebrando o amor e o prazer.
Os italianos, procurando imitar a lenda grega, criaram a Arcádia em 1690 - uma academia literária que reunia os escritores com a finalidade de combater o Barroco e difundir os ideais neoclássicos. Para serem coerentes com certos princípios, como simplicidade e igualdade, os cultos literatos árcades usavam roupas e pseudônimos de pastores gregos e reuniam-se em parques e jardins para gozar a vida natural.
No Brasil e em Portugal, a experiência neoclássica na literatura se deu em torno dos modelos do Arcadismo italiano, com a fundação de academias literárias, simulação pastoral, ambiente campestre, etc.
Esses ideais de vida simples e natural vêm ao encontro dos anseios de um novo público consumidor em formação, a burguesia, que historicamente lutava pelo poder e denunciava a vida luxuosa da nobreza nas cortes.
O desejo da natureza, a realização da poesia pastoril, a reverência ao bucolismo são traços marcantes da literatura arcádica, disposta a fazer valer a simplicidade perdida no Barroco.
- Fugere urbem (fuga da cidade)
- Locus amoenus (lugar aprazível, ameno)
- Aurea Mediocritas (mediocridade áurea - simboliza a valorização das coisas cotidianas focalizadas pela razão)
- Inutilia truncat (cortar o inútil - eliminar o rebuscamento barroco)
- Neoclassicismo
- Pseudônimos pastoris (fingimento poético para não revelar sua identidade)
- Carpe diem (aproveite o dia)
Em Portugal
- D. José no trono na casa do pai João
- Período Pombalino (1750 a 1777)
- Grandes Reformas na Economia
- Aumento da exploração na colônia do Brasil
- Expulsão dos jesuítas dos domínios portugueses
- A morte de D. José, em 1777, e a queda de Pombal
- D. Maria, sucessora do trono, tenta resolver os problemas, cada vez maiores, do Erário Real.
- O dominio Inglês em Portugal cresce, e a dependência econômica de Portugal torna-se incontrolável.
No Brasil
- Minas Gerais como centro econômico e político
- A descoberta do ouro, na região de Minas Gerais, forma cidades ao redor.
- Vila Rica (atual Ouro Preto) se consolida como espaço cultural desde o Barroco (Aleijadinho)
- A corrida pelo ouro se intensifica.
- Influências das arcádias portuguesas nos poetas brasileiros
- Conflitos com o Império (Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana)
- O ciclo da mineração
- A expulsão dos jesuítas do Brasil - (1759)
- A Inconfidência Mineira(1789)
O que era
O arcadismo foi uma escola criada na Itália, procurando imitar a lenda grega, os italianos criaram em 1690 uma academia literária, denominada Arcádia que reunia escritores com a finalidade de combater o Barroco e difundir os ideais neoclássicos.
Em Portugal
- Fundação da Arcádia Lusitana (1756)
No Brasil
- Publicação das Obras Poéticas, de Cláudio Manuel da Costa (1768)
- Fundação da Arcádia Ultramarina em Vila Rica (atual Ouro Preto, MG)
Características
- Rococó - estilo artístico situado entre o Barroco (com o qual, às vezes, é confundido) e o Arcadismo. O Rococó durou pouco mais de 35 anos. Assumiu porém, ares de padrão artístico em vários países do mundo, principalmente na américa espanhola e portuguesa.
- Predomínio da razão - ênfase aos estatutos da razão, do conhecimento e da ciência. A beleza e o racional caminham lado a lado
- Adoção de lemas latinos, tais como:Fugere urbem (fuga da cidade), Locus amoenus (lugar aprazível), Carpe diem (aproveita o dia), Inutilia truncat (Cortar o inútil) etc;
- Pastoralismo ou Bucolismo;
- Imitação de modelos artísticos greco-romanos - a obediência a regras e convenções clássicas como sinônimo de "imitação", não de cópia pura e simples. Aspectos imitados: quanto à forma (busca da perfeição formal, através da utilização de modelos literários); quanto ao conteúdo (temáticas preferenciais: amor, vida e morte, vida campestre, poesia didática ou doutrinária; recorrência à mitologia pagã);
- Convencionalismo (Repetição de temas muito explorados e utilização de lugares comuns da literatura;
- Idealização do amor e da mulher.
Gerais
- Idéias Iluministas
- Laicismo
- Liberalismo
- Carpe Diem
- Antropocentrismo
- Fugere Urbem
- Bucolismo (vida bucólica = vida campestre, no campo)
- Obs: Apesar do Arcadismo pregar que a vida feliz é a vida no campo e idolatrar a vida campestre e a natureza, o campo ainda é um plano de fundo, apenas. A maioria dos autores não deixam sua vida na cidade pela vida no campo.
- Rigor formal
- Revalorização da cultura clássica
- Aurea Mediocritas
- Convencionismo amoroso
- Idealização do Sexo
- Objetivismo
- Sátira Política
- Linguagem Simples
- Uso dos Versos decassílabos, sonetos e outras formas clássicas
- Presos à estética e à forma
No Brasil
- Introdução de paisagens tropicais - Caramuru (de Frei José de Santa Rita Durão)
- História colonial muito valorizada
- Início do nacionalismo
- Início da luta pela independência - Tomás Antônio Gonzaga ("primeira cabeça da inconfidência" segundo Joaquim Silvério, delator da Inconfidência Mineira)
- A colônia é colocada como centro das atenções.
Autores
Portugal
- Manuel Maria Barbosa Du Bocage
- Antonio Diniz Cruz e Silva
- Correia Garção
- Marquesa de Alorna
- Francisco José Feire, o Cândido Lusitano
Brasil
- Santa Rita Durão
- Cláudio Manuel da Costa
- Basílio da Gama
- Tomás Antônio Gonzaga
- Inácio José de Alvarenga Peixoto
- Manuel Inácio da Silva Alvarenga
Arcadismo no Brasil
Desenvolve-se no Brasil com o Arcadismo a primeira produção literária adaptada à vida da colônia, já que os temas estão ligados à paisagem local. Surgem vários autores do gênero em Minas Gerais, centro de riqueza na época. Embora eles não cheguem a criar um grupo nos moldes das arcádias, constituem a primeira geração literária brasileira.
A transição do barroco para o Arcadismo se dá com a publicação, em 1768, do livro Obras Poéticas, de Cláudio Manuel da Costa (1729-1789), um dos integrantes da Inconfidência Mineira. Entre os árcades se destacam ainda o português que viveu no Brasil e participou da Inconfidência Mineira, Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810), autor de Marília de Dirceu e Cartas Chilenas; Basílio da Gama (1741-1795), autor do poema épico O Uraguai; Silva Alvarenga (1749-1814), autor de Glaura; e Frei Santa Rita Durão (1722-1784), autor do poema épico Caramuru. Apesar do engajamento pessoal, a produção literária desses autores não está a serviço da política. A escola predomina até o início do século XIX, quando surge o Romantismo.