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Arritmia cardíaca

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Arritmia cardíaca
Arritmia cardíaca
Fibrilhação ventricular, exemplo de arritmia cardíaca grave.
Especialidade Cardiologia
Sintomas Palpitações, tonturas, desmaio, falta de ar, dor no peito[1]
Complicações AVC, insuficiência cardíaca[2][3]
Início habitual Idade avançada[4]
Tipos batimentos adicionais, taquicardias supraventriculares, arritmias ventriculares, bradiarritmias[3]
Causas Problemas no sistema de condução elétrica do coração[2]
Método de diagnóstico Electrocardiograma, monitor Holter[5]
Tratamento Medicação, pacemaker, cirurgia[6]
Frequência Milhões[4]
Classificação e recursos externos
CID-10 I47I49
CID-9 427
CID-11 1457291912
OMIM 115000
DiseasesDB 15206
MedlinePlus 001101
MeSH D001145
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Arritmia cardíaca é um grupo de condições em que o batimento cardíaco é irregular, demasiado rápido ou demasiado lento. Um ritmo cardíaco acima de 100 batimentos por minuto em adultos é demasiado rápido e denomina-se taquicardia. Um ritmo cardíaco abaixo de 60 batimentos por minuto é muito lento e denomina-se bradicardia.[2] Muitos tipos de arritmia não manifestam sintomas. Quando os sintomas estão presentes podem incluir palpitações ou sentir-se uma pausa entre batimentos. Em casos mais graves, os sintomas podem incluir tonturas, desmaio, falta de ar ou dor torácica.[1] Embora muitos tipos de arritmia não sejam graves, alguns tipos predispõem a pessoa para complicações como acidentes vasculares cerebrais ou insuficiência cardíaca,[2][3] enquanto outros podem causar paragens cardiorrespiratórias.[3]

Existem quatro tipos principais de arritmia: batimentos adicionais, taquicardias supraventriculares, arritmias ventriculares e bradiarritmias. Entre os subtipos de batimentos adicionais estão as contrações atriais prematuras e as contrações ventriculares prematuras. Entre os subtipos de taquicardias supraventriculares estão a fibrilação auricular, flutter atrial e taquicardia supraventricular paroxística. Entre os subtipos de arritmias ventriculares estão a fibrilação ventricular e a taquicardia ventricular.[3][7] As arritmias têm origem em problemas do sistema de condução elétrica do coração.[2] As arritmias também podem ocorrer em crianças. No entanto, o intervalo normal de batimentos cardíacos é diferente do dos adultos e depende da idade.[3] Há vários exames que apoiam o diagnóstico, entre os quais eletrocardiogramas (ECG) e monitor Holter.[5]

A maior parte das arritmias pode ser tratada de forma eficaz.[2] O tratamento pode consistir em medicamentos, cirurgia e procedimentos médicos, como a implantação de um pacemaker. Os medicamentos destinados a tratar o ritmo cardíaco acelerado incluem betabloqueadores ou antiarrítmicos como a procainamida. No entanto, este último grupo pode apresentar efeitos adversos significativos, especialmente se for tomado durante um longo período de tempo. Os pacemakers são muitas vezes usados para ritmos cardíacos lentos. As pessoas com batimento cardíaco irregular são muitas vezes tratadas com anticoagulantes para diminuir o risco de complicações. As pessoas com sintomas graves de arritmia podem receber tratamento de urgência com cardioversão ou desfibrilação.[6]

A arritmia afeta milhões de pessoas em todo o mundo.[4] Na Europa e na América do Norte, em 2014 a fibrilação arterial afetava entre 2 e 3% da população.[8] Em 2013, a fibrilação auricular e o flutter auricular foram a causa de 112 000 mortes, um aumento em relação às 29 000 em 1990.[9] Cerca de 80% dos casos de morte súbita cardíaca são causados por arritmias ventriculares.[10] Embora as arritmias possam ocorrer em qualquer idade, são mais comuns entre idosos.[4]

Lista de arritmias comuns

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Referências

  1. a b «What Are the Signs and Symptoms of an Arrhythmia?». www.nhlbi.nih.gov. 1 de julho de 2011. Consultado em 7 de março de 2015 
  2. a b c d e f «What Is Arrhythmia?». www.nhlbi.nih.gov. 1 de julho de 2011. Consultado em 7 de março de 2015 
  3. a b c d e f «Types of Arrhythmia». www.nhlbi.nih.gov. 1 de julho de 2011. Consultado em 7 de março de 2015 
  4. a b c d «Who Is at Risk for an Arrhythmia?». www.nhlbi.nih.gov/. 1 de julho de 2011. Consultado em 7 de março de 2015 
  5. a b «How Are Arrhythmias Diagnosed?». www.nhlbi.nih.gov/. 1 de julho de 2011. Consultado em 7 de março de 2015 
  6. a b «How Are Arrhythmias Treated?». www.nhlbi.nih.gov/. 1 de julho de 2011. Consultado em 7 de março de 2015 
  7. Martin, C; Matthews, G; Huang, CL (2012). «Sudden cardiac death and Inherited channelopathy: the basic electrophysiology of the myocyte and myocardium in ion channel disease.». Heart. 98: 536–543. PMID 22422742. doi:10.1136/heartjnl-2011-300953 
  8. Zoni-Berisso, M; Lercari, F; Carazza, T; Domenicucci, S (2014). «Epidemiology of atrial fibrillation: European perspective.». Clinical epidemiology. 6: 213–20. PMID 24966695. doi:10.2147/CLEP.S47385 
  9. GBD 2013 Mortality and Causes of Death, Collaborators (17 de dezembro de 2014). «Global, regional, and national age-sex specific all-cause and cause-specific mortality for 240 causes of death, 1990–2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013.». Lancet. 385 (9963): 117–171. PMC 4340604Acessível livremente. PMID 25530442. doi:10.1016/S0140-6736(14)61682-2 
  10. Mehra, R (2007). «Global public health problem of sudden cardiac death.». Journal of electrocardiology. 40 (6 Suppl): S118-22. PMID 17993308. doi:10.1016/j.jelectrocard.2007.06.023