Babuíno-sagrado
Babuíno-sagrado | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Pouco preocupante | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Papio hamadryas Linnaeus, 1758 |
O babuíno-sagrado[1] (Papio hamadryas) é uma espécie de babuíno robusto e cinocéfalo nativa do norte da África e do sudeste da Arábia, estendendo-se para a Ásia.[2] O babuíno-sagrado era uma animal sagrado para os antigos egípcios.[3]
Nomes comuns
[editar | editar código-fonte]Dá ainda pelos seguintes nomes comuns: hamadríade,[4] também grafada hamadríada[5] (não confundir com a Ophiophagus hannah[6] que com ela partilha este nome), e hamádrias[7] (não confundir com as borboletas do género Hamadrias, que também dão por este nome).
Vida Social
[editar | editar código-fonte]Organização de grupo
[editar | editar código-fonte]Os babuínos possuem um sistema social incomum assente em quatro níveis, o qual se designa de «sociedade multinível».[3] A maioria das interações sociais acontecem no seio de pequenos grupos, que contêm um macho e até 10 fêmeas, que são os chamados haréns, os quais são liderados e protegidos pelo macho.[8]
Os haréns incluem frequentemente um jovem macho 'seguidor' que pode ser aparentado do chefe.[9] Da junção de dois ou mais haréns formam-se clãs.[10] No seio dos clãs os machos têm parentela comum[11] e organizam-se sob uma hierarquia de poder relacionada com a idade.[12] Aos clãs, sucedem-se os bandos, enquanto nível seguinte de estruturação societária. Destarte, os bandos formam-se pela junção de entre dois a quatro clãs, o que pode abarcar uma população de até 400 indivíduos, os quais costumam viajar e dormir como um grupo. Os machos raramente deixam o seu bando, ao passo que as fêmeas são ocasionalmente transferidas ou trocadas entre os bandos pelos machos.[13] Os bandos podem competir entre si por causa de comida ou ocupação de território.[14]
Referências
- ↑ S.A, Priberam Informática. «BABUÍNO-SAGRADO». Dicionário Priberam. Consultado em 14 de outubro de 2021
- ↑ Groves, C.P. (2005). Wilson, D. E.; Reeder, D. M, eds. Mammal Species of the World 3.ª ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. pp. 166–167. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494
- ↑ a b Swedell, Larissa,. Strategies of sex and survival in hamadryas baboons : through a female lens. Abingdon: [s.n.] OCLC 925332690
- ↑ S.A, Priberam Informática. «hamadríade». Dicionário Priberam. Consultado em 14 de outubro de 2021
- ↑ S.A, Priberam Informática. «HAMADRÍADA». Dicionário Priberam. Consultado em 14 de outubro de 2021
- ↑ «Hamadríade». Michaelis On-Line. Consultado em 14 de outubro de 2021
- ↑ «Hamádrias». Michaelis On-Line. Consultado em 14 de outubro de 2021
- ↑ Kummer, H. "A Male Dominated Society: The Hamadryas Baboon of Cone Rock, Ethiopia.", pg 376-377 of The Encyclopedia of Mammals, 2nd edition (2001) MacDonald, D. (ed) Oxford University Press
- ↑ Stammbach, E. (1987) "Desert, forest, and mountain baboons: Multilevel societies". pp. 112–120 in Primate societies. B. Smuts, D. Cheney, R. Seyfarth, R. Wrangham. University of Chicago Press.
- ↑ Schreier A, Swedell L (2009) "The Fourth Level of Social Structure in a Multi-Level Society: Ecological and Social Functions of Clans in Hamadryas Baboons", American Journal of Primatology 71(11): 1-8.
- ↑ Städele, Veronika; Pines, Mathew; Swedell, Larissa; Vigilant, Linda (julho de 2016). «The ties that bind: Maternal kin bias in a multilevel primate society despite natal dispersal by both sexes: Maternal Kin Bias in Hamadryas Baboons». American Journal of Primatology (em inglês) (7): 731–744. doi:10.1002/ajp.22537. Consultado em 9 de outubro de 2020
- ↑ Sigg, H, Stolba, A, Abegglen, J. -J. and Dasser, V. (1982) "Life history of hamadryas baboons: Physical development, infant mortality, reproductive parameters and family relationships". Primates, 23(4): 473-487.
- ↑ Swedell, Larissa; Saunders, Julian; Schreier, Amy; Davis, Brittany; Tesfaye, Teklu; Pines, Mathew (julho de 2011). «Female "dispersal" in hamadryas baboons: Transfer among social units in a multilevel society». American Journal of Physical Anthropology (em inglês) (3): 360–370. doi:10.1002/ajpa.21504. Consultado em 9 de outubro de 2020
- ↑ Abegglen J. J. (1984) On Socialization in Hamadryas Baboons. Blackwell University Press.