Basílica de São Lourenço em Lucina
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Abril de 2024) |
Basílica de São Lourenço em Lucina San Lorenzo in Lucina | |
---|---|
Fachada da igreja | |
Informações gerais | |
Início da construção | século IV |
Fim da construção | século V 1650 |
Religião | Igreja Católica |
Diocese | Diocese de Roma |
Ano de consagração | 440 |
Website | Site oficial |
Área | 1040 m2 (65 x 16) |
Geografia | |
País | Itália |
Localização | Piazza San Lorenzo (rione Colonna) |
Região | Roma |
Coordenadas | 41° 54′ 12″ N, 12° 28′ 43″ L |
Localização em mapa dinâmico |
San Lorenzo in Lucina, conhecida como Basílica de São Lourenço em Lucina (em latim: S. Laurentii in Lucina), é uma paróquia, igreja titular e basílica menor de Roma, Itália, localizada na Piazza San Lorenzo, no rione Colonna, a cerca de dois quarteirões do Palazzo Montecitorio e próxima da Via del Corso.
O cardeal-presbítero do Título de São Lourenço em Lucina é Malcolm Ranjith, arcebispo de Colombo, no Sri Lanka.
História
[editar | editar código-fonte]A igreja é dedicada a São Lourenço, diácono e mártir romano. O nome Lucina vem de uma matrona romana do século IV que deu permitiu que os cristãos construíssem ali uma casa de devoção. Acredita-se, tradicionalmente, que o papa Marcelo I teria se escondido ali durante as perseguições de Maxêncio. O papa Dâmaso I foi eleito ali em 366 e uma igreja foi consagrada no local pelo papa Sisto III em 440. Na época, já era conhecida como Titulus Lucinae e assim aparece nos atos de um sínodo de 499 convocado pelo papa Símaco. Foi reformada pela primeira vez na década de 1100 por ordem do papa Pascoal II.
Em 1606, o papa Paulo V colocou a igreja sob os cuidados dos clérigos regulares menores. Neste mesmo século, o edifício foi completamente transformado por Cosimo Fanzago, que converteu os corredores laterais da nave em capelas e mandou pintar com afrescos o teto, uma obra do napolitano Mometto Greuter.
No século XIX, uma nova reforma no interior, encomendada pelo papa Pio I, removeu as decorações barrocas da nave e as substituiu por afrescos de Roberto Bompiani.
Charles Stewart, um oficial do exército papal que morreu em 1864, está enterrado na igreja. Ele era filho de John Stewart, o maestro di casa do príncipe Charles Edward Stuart ("Carlos III", o "Jovem Pretendente") e que fora criado baronete por este em 1784.
Arte e arquitetura
[editar | editar código-fonte]Na reconstrução de 1650, o plano basílical de uma nave com dois corredores foi substituído por capelas barrocas, que foram então alugadas para algumas famílias ricas, que as decoraram e utilizaram como jazigos. Esta alteração foi feita através da construção de paredes atrás dos pilares quadrados e robustos das arcadas. O teto plano, decorado com caixotões quadrados em talha dourada decorados por rosetas, traz uma pintura da "Apoteose de São Lourenço" no painel central e foi encomendado durante o papado de Pio IX em 1857.
"Cristo na Cruz", de Guido Reni, decora o altar-mor, que também tem seis colunas coríntias de mármore negro. Debaixo dele está um relicário que guarda a grelha na qual se acredita tradicionalmente que São Lourenço tenha sido martirizado. O trono de mármore do papa Pascoal II, na abside atrás do altar, tem uma inscrição que recorda o translado para a igreja das relíquias de São Lourenço. Uma "Madona com o Menino, São João Nepomuceno e São Miguel Arcanjo", de Onofrio Avellino, decora a abside atrás do altar-mor.
A "Capela Fonseca", quarta à direita, foi projetada por Gian Lorenzo Bernini para Gabriele Fonseca, o médico do papa Inocêncio X (r. 1644–1655). Estão ali diversos bustos feitos por Bernini e sua oficina, incluindo um belo retrato do próprio Fonseca à direita do altar. É nesta capela também que está uma pintura de Giacinto Gimignani chamada "Eliseu Jogando Sal na Fonte Amarga", de 1664.
O artista francês Nicolas Poussin (1594–1665) está enterrado na segunda capela da direita e é comemorado por um monumento doado por Chateaubriand em 1830.
A segunda capela na esquerda ostenta uma peça-de-altar de Carlo Saraceni. A quinta foi projetada e decorada por Simon Vouet com duas pinturas suas sobre São Francisco de Assis; a primeira mostra-o recebendo seu hábito e a outra, suas tentações. A peça-de-altar é "São Francisco Aparecendo para Giacinta Marescotti em seu Leito de Morte", de Marco Benefial.
O batistério, à esquerda da entrada, foi projetado no século XVII por Giuseppe Sardi.
É nesta igreja também que está o túmulo do compositor Bernardo Pasquini (1637–1710). Três anos depois de sua morte, um retrato esculpido em mármore de Carrara por Pietro Francesco Papaleo (ca. 1642–1718) foi colocado sobre o túmulo. A obra foi encomendada pelo sobrinho do compositor, Felice Bernardo Ricordati, e seu pupilo Bernardo Gaffi.
Outros sepultamentos
[editar | editar código-fonte]- Pompeo Batoni (não mais visível)
- Josef Mysliveček
- Francesco Gonzaga (1538-1566)
Galeria
[editar | editar código-fonte]-
Piazza San Lorenzo e a igreja à esquerda
-
Vista do interior
-
A grelha de São Lourenço, no altar-mor
-
Altar-mor e o "Cristo na Cruz", de Guido Reni
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Titi, Filippo (1763). Descrizione delle Pitture, Sculture e Architetture esposte in Roma. [S.l.]: Marco Pagliarini, Rome. pp. 367–369
- D. Mondini, "S. Lorenzo in Lucina", in: P. C. Claussan, D. Mondini, D. Senekovic, Die Kirchen der Stadt Rom im Mittelalter 1050–1300, Band 3 (G-L), Stuttgart 2010, pp. 261–309, ISBN 978-3-515-09073-5
- R. Krautheimer, Corpus basilicarum christianarum Romae. The early Christian basilicas of Rome, 2, Città del Vaticano 1959, 178–179.
- M. E Bertoldi, "L'area archeologica di San Lorenzo in Lucina a Roma", Bollettino di archeologia, 13–15, 1992, 127–134.
- M. E. Bertoldi, S. Lorenzo in Lucina (Le chiese di Roma illustrate. Nuova serie 28), Roma 1994.
- Olof Brandt, "Sul battistero paleocristiano di S. Lorenzo in Lucina", Archeologia laziale XII (Quaderni di archeologia etrusco-italica 23), 1, Roma 1995, 145–150.
- Olof Brandt, "La seconda campagna di scavo nel battistero di S. Lorenzo in Lucina a Roma. Rapporto preliminare", Opuscula Romana 20, 1996, 271-274.
- Olof Brandt, "Un'iscrizione riutilizzata da S. Lorenzo in Lucina", Rivista di Archeologia Cristiana 70, 1994, 197–201.
- G. De Spirito, "Basilica S. Laurentii in Lucina", Lexicon Topographicum Urbis Romae III, Roma 1996, 183–185.
- M. E. Bertoldi, "Un documento di archivio sul battistero di S. Lorenzo in Lucina", Ultra terminum vagari. Scritti in onore di Carl Nylander a cura di Börje Magnusson et al., Roma 1997, 43–44.
- Olof Brandt (ed.), "San Lorenzo in Lucina: The Transformations of a Roman Quarter." Skrifter Utgivna av Svenska Institutet i Athen / Acta Instituti Atheniensis Regni Sueciae. 4°, 61. Stockholm Rome 2012, ISBN 9789170421792.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «San Lorenzo in Lucina» (em italiano). Vicariato de Roma. Consultado em 18 de abril de 2015. Arquivado do original em 5 de agosto de 2009
- «San Lorenzo in Lucina» (em italiano)
- «San Lorenzo in Lucina» (em italiano). Rome City