Catarina Martins
Catarina Martins | |
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Catarina Martins em 2024 | |
Deputada à Assembleia da República pelo Distrito do Porto | |
Período | 15 de outubro de 2009 14 de setembro de 2023 |
Legislaturas | XV Legislatura XIV Legislatura XIII Legislatura XII Legislatura XI Legislatura |
Coordenadora Nacional do Bloco de Esquerda | |
Período | 1 de dezembro de 2014 até 28 de maio de 2023 |
Antecessor(a) | João Semedo e a própria (como co-coordenadores) |
Sucessor(a) | Mariana Mortágua |
Co-coordenadora Nacional do Bloco de Esquerda | |
Período | 11 de novembro de 2012 até 1 de dezembro de 2014 |
Co-coordenador | João Semedo |
Antecessor(a) | Francisco Louçã |
Sucessor(a) | A própria como coordenadora |
Dados pessoais | |
Nascimento | 7 de setembro de 1973 (51 anos) Porto |
Partido | Bloco de Esquerda |
Profissão | Atriz e Política |
Catarina Soares Martins (Porto, 7 de setembro de 1973) é uma atriz[1] e política portuguesa. Anteriormente, desempenhou o cargo de coordenadora nacional do Bloco de Esquerda (2012-2023) e deputada à Assembleia da República (2009-2023). Foi eleita deputada ao Parlamento Europeu nas Eleições parlamentares europeias de 2024.
Vida pessoal
[editar | editar código-fonte]Catarina Martins nasceu no Porto, a 7 de setembro de 1973. Fez a primeira classe em São Tomé, onde os pais eram cooperantes, e a segunda e terceira classes em Cabo Verde. Regressa a Portugal aos nove anos e vive em cidades como Aveiro, Vila Nova de Gaia e Lisboa. Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, tem um mestrado em Linguística e frequência de doutoramento em Didática das Línguas. É casada e tem duas filhas.
Percurso político
[editar | editar código-fonte]Catarina Martins participa desde a juventude em diversos movimentos cívicos e políticos. No liceu junta-se à luta contra a Prova Geral de Acesso e, mais tarde, em Coimbra onde estuda Direito, participa nos movimentos contra as propinas na universidade. O seu percurso leva-a ao envolvimento em movimentos culturais: é cofundadora, em 1994, da Companhia de Teatro de Visões Úteis[2] e foi dirigente do CITAC e da Plateia[3] (Associação de Profissionais das Artes Cénicas).
É eleita deputada à Assembleia da República pela primeira vez em 2009,[1] ainda como independente nas listas do Bloco, tendo sido reeleita pelo círculo do Porto em 2011 e 2015. Nos primeiros anos de mandato, integra as comissões de Educação, Ciência e Cultura, Economia e Obras Públicas, assim como na Subcomissão de Ética.[4]
Adere ao Bloco de Esquerda e integra a sua direção desde 2010.[5] Em 2012, juntamente com João Semedo, sucede a Francisco Louçã na liderança do partido. Em 2014, na sequência da IX Convenção, João Semedo abandona a liderança, passando a vigorar uma nova Comissão Permanente da qual Catarina é porta-voz. Em 2016, após a X Convenção, a Comissão Permanente é dissolvida e Catarina Martins assume as funções de Coordenadora do Bloco de Esquerda.
É no mandato de Catarina Martins que o Bloco de Esquerda alcança o seu melhor resultado eleitoral de sempre, elegendo 19 deputados, superando o meio milhão de votos e obtendo 10,19% nas eleições legislativas.[6] A 3 de dezembro de 2015, na sequência do sucesso eleitoral e do afastamento da direita do poder, a conceituada revista norte-americana Politico classifica Catarina Martins como uma das 28 personalidades em destaque na Europa, considerando-a “a cara da esquerda” e referindo que “o sucesso de Martins provocou arrepios a todo o establishment da Europa”.[7]
Em 2023, após a queda do BE de 19 para cinco deputados na Assembleia da República nas eleições legislativas de 2022, Catarina Martins não se candidatou a novo mandato como coordenadora do BE, tendo sido sucedida por Mariana Mortágua, e concretizou o pedido de renúncia ao mandato parlamentar. A partir de 14 de setembro de 2023, com efeitos imediatos, Isabel Pires assumiu o mandato de deputada.[8]
Um estudo da consultora de comunicação Imago Llorent & Cuenca, em parceria com a Universidade Católica Portuguesa, coloca Catarina Martins entre os dez políticos mais influentes na rede social Twitter. Em Março de 2017, o Jornal Económico considera Catarina Martins a mulher mais influente em Portugal.
Resultados eleitorais
[editar | editar código-fonte]Eleições legislativas
[editar | editar código-fonte]Data | Partido | Circulo eleitoral | Posição | Cl. | Votos | % | +/- | Status | Notas | |
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2009 | BE | Porto | 3.º (em 39) | 4.º | 92 929 | 9,21 / 100,00 |
Eleita | |||
2011 | 2.º (em 39) | 5.º | 50 985 | 5,13 / 100,00 |
4,02 | Eleita | Coordenadora do Bloco de Esquerda (2012-2023) Renunciou ao mandato em setembro de 2023. | |||
2015 | 1.º (em 39) | 3.º | 106 954 | 11,14 / 100,00 |
6,01 | Eleita | ||||
2019 | 1.º (em 40) | 3.º | 94 553 | 10,12 / 100,00 |
1,02 | Eleita | ||||
2022 | 1.º (em 40) | 4.º | 47 118 | 4,78 / 100,00 |
5,34 | Eleita |
Eleições europeias
[editar | editar código-fonte]Data | Partido | Posição | Cl. | Votos | % | +/- | Status | Notas | |
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2024 | BE | 1.ª (em 21) | 5.º | 168 108 | 4,25 / 100,00 |
Eleita |
Referências
- ↑ a b «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 1 de agosto de 2018
- ↑ «Visões Úteis». visoesuteis.pt. Consultado em 1 de agosto de 2018
- ↑ «Plateia». plateia-apac.blogspot.com. Consultado em 1 de agosto de 2018
- ↑ «Actividade parlamentar.». Assembleia da República - www.parlamento.pt
- ↑ Bloco, Esquerda. «Bloco de Esquerda - Comissão Política». Bloco.org
- ↑ «Eleições para a Assembleia da República 2015 | Comissão Nacional de Eleições». www.cne.pt. Comissão Nacional de Eleições - www.cne.pt. Consultado em 1 de agosto de 2018
- ↑ «CATARINA MARTINS». POLITICO (em inglês). 2 de dezembro de 2015
- ↑ ECO (11 de setembro de 2023). «Catarina Martins deixa o Parlamento a 14 de setembro». ECO. Consultado em 11 de setembro de 2023