Cyphoma gibbosum

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaCyphoma gibbosum
Cinco vistas da concha de C. gibbosum.
Cinco vistas da concha de C. gibbosum.
C. gibbosum em seu habitat.
C. gibbosum em seu habitat.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Subclasse: Caenogastropoda
Ordem: Littorinimorpha
Superfamília: Cypraeoidea
Família: Ovulidae
Subfamília: Simniinae
Género: Cyphoma
Röding, 1798[1]
Espécie: C. gibbosum
Nome binomial
Cyphoma gibbosum
(Linnaeus, 1758)[1]
Sinónimos
Bulla gibbosa Linnaeus, 1758
Cyphoma dorsatum Röding, 1798
Ovula pharetra Perry, 1811
Ovula rostrata Mörch, 1877
Cyphoma precursor Dall, 1897
Cyphoma alleneae C. N. Cate, 1973
Cyphoma finkli Petuch, 1979
Cyphoma lindae Petuch, 1987
Cyphoma gibbosa (sic)
(WoRMS)[1]

Cyphoma gibbosum (nomeada língua-de-flamingo[2], ou em inglês flamingo tongue snail[3]; na tradução para o portuguêsː "caramujo língua de flamingo") é uma espécie de molusco gastrópode marinho pertencente à família Ovulidae. Foi classificada por Linnaeus, com o nome de Bulla gibbosa, em 1758, na sua obra Systema Naturae. É nativa do oeste do oceano Atlântico.[1][3][4]

Descrição da concha e hábitos[editar | editar código-fonte]

Concha moderadamente retangular, vista por cima ou por baixo,[5] cilíndrica, com extremidades arredondadas[6] e sem espiral aparente. Possui coloração branca a amarelada, sem mancha alguma. Superfície lisa, brilhantemente polida, com área interior, visível através da abertura, com a mesma coloração de sua superfície. Apresenta uma região em relevo, em sua parte mediana, como uma grossa cinta.[5][7] Chega de 2.5[4] a até 3 ou 4.4 centímetros em suas maiores dimensões.[7][8] Quando estão com o animal, geralmente tais conchas se encontram escondidas sob o manto.[3]

É encontrada em águas rasas da zona nerítica, entre 2 a 15 metros,[9] principalmente onde existam Octocorallia dos gêneros Aurella, Eunicea, Plexaura, Briareurn, Pseudopterogorgia e Gorgonia.[10] dos quais se alimenta; consumindo indivíduos sadios, mesmo com altas concentrações de toxinas.[3]

Descrição do animal e distribuição geográfica[editar | editar código-fonte]

O animal de Cyphoma gibbosum é branco e translúcido, coberto por diversas manchas circulares e irregulares em amarelo, como as de uma girafa,[4] rodeadas por margens negras.[11] Normalmente o manto está totalmente estendido, escondendo completamente a sua concha,[3] porém o indivíduo pode retrair-se para o seu interior.[12][1]

Esta espécie ocorre na região do mar do Caribe e do sudeste dos Estados Unidos, da Carolina do Norte e Flórida, ao Brasil. É avistada na costa da Bermuda, Belize, Aruba, Bonaire, Cuba, Jamaica, Porto Rico, ilhas Cayman, Pequenas Antilhas, Golfo do México, Tobago, Costa Rica, Panamá, Colômbia e Venezuela. No Brasil, a espécie chega até o Espírito Santo.[1][4][13]

Pesca e conservação[editar | editar código-fonte]

Embora muitos compostos químicos de sua alimentação sejam nocivos ou tóxicos, parecendo desencorajar os ataques de predadores, esta espécie de caramujo é coletada em excessivo número pelo Homem, o que resulta em baixa quantidade de indivíduos em algumas áreas.[3]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e «Cyphoma gibbosum» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 7 de agosto de 2016 
  2. «Conchas». paginas.fe.up.pt. Consultado em 10 de novembro de 2022 
  3. a b c d e f Nahabedian, Sarah; Wood, James B.; Parr, Melissa. «Flamingo Tongue Snail (Cyphoma gibbosum (em inglês). Marine Invertebrates of Bermuda. 1 páginas. Consultado em 7 de agosto de 2016 
  4. a b c d ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). Nova Iroque: E. P. Dutton. p. 100. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  5. a b Attilia, Maria (17 de março de 2012). «Cyphoma gibbosum» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 7 de agosto de 2016 
  6. WYE, Kenneth R. (1989). The Mitchell Beazley Pocket Guide to Shells of the World (em inglês). London: Mitchell Beazley Publishers. p. 68. 192 páginas. ISBN 0-85533-738-9 
  7. a b «Cyphoma gibbosum» (em inglês). Hardy's Internet Guide to Marine Gastropods. 1 páginas. Consultado em 7 de agosto de 2016. Arquivado do original em 11 de agosto de 2021 
  8. LINDNER, Gert (1983). Moluscos y Caracoles de los Mares del Mundo (em espanhol). Barcelona, Espanha: Omega. p. 148. 256 páginas. ISBN 84-282-0308-3 
  9. Kluijver, M. de; Gijswijt, G.; Leon, R. de; Cunda, I. da. «Flamingo tongue (Cyphoma gibbosum (em inglês). Marine Species Identification Portal. 1 páginas. Consultado em 7 de agosto de 2016 
  10. Harvell, C. Drew; Suchane, Thomas H. (21 de maio de 1987). «Partial predation on tropical gorgonians by Cyphoma gibbosum (Gastropoda)» (PDF) (em inglês). Marine Ecology Progress Series Vol. 38. pp. 37–44. Consultado em 7 de agosto de 2016 
  11. Hall, Roger (19 de dezembro de 2014). «Flamingo Tongue Snail; Cyphoma gibbosum» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 7 de agosto de 2016. Fine art illustration of a Flamingo Tongue Snail (Cyphoma gibbosum). 
  12. Mee-Woong Kim, Alexander (20 de maio de 2012). «Cyphoma gibbosum» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 7 de agosto de 2016. Flamingo tongue snail, mantle withdrawn. 
  13. RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 75. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2