Daniel Bilos

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Daniel Bilos
Informações pessoais
Nome completo Daniel Rubén Bilos
Data de nascimento 3 de setembro de 1980 (43 anos)
Local de nascimento Pergamino, Argentina
Informações profissionais
Clube atual Douglas Haig
Posição Meia
Clubes de juventude
1999–2000 Sportivo Pergamino
Clubes profissionais2
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
2000–2005
2005–2006
2006–2009
2007
2007–2008
2009
2011–
Banfield
Boca Juniors
Saint-Étienne
América (empr.)
San Lorenzo (empr.)
Banfield
Douglas Haig
0094 000(15)
0033 0000(4)
0014 0000(0)
0007 0000(2)
0014 0000(1)
0000 0000(0)
0000 0000(0)
Seleção nacional
2005–2006[1][2] Argentina 0003 0000(1)


2 Partidas e gols totais pelos
clubes, atualizadas até 5 de janeiro de 2015.

Daniel Rubén Bilos (Pergamino, 3 de setembro de 1980) é um futebolista argentino.

Carreira em clubes[editar | editar código-fonte]

Início[editar | editar código-fonte]

Começou no Sportivo Pergamino, de sua cidade natal, em 1999. Em 2000, se transferiu para o Banfield, pequena equipe da Grande Buenos Aires. Só se firmaria a partir de 2003, quando o técnico Julio César Falcioni chegou ao clube e percebeu que ele rendia melhor mais recuado, no meio-de-campo, ao invés de atacante.[3]

Sucesso[editar | editar código-fonte]

Foi naquela temporada argentina de 2003/04 que ele e o Banfield deslancharam: o clube teve seu melhor momento até então, terminando em terceiro lugar na tabela agregada da temporada argentina de 2003/04, atrás apenas da dupla Boca Juniors e River Plate. Isso valeu ao clube uma inédita classificação para a Taça Libertadores da América de 2005.[carece de fontes?] A estreia de um veterano (fevereiro de 2005). Placar n. 1279-B. Editora Abril, p. 43</ref>

Na Libertadores, o Taladro chegou até as quartas-de-final, quando foi eliminado pelo River.[carece de fontes?] Bilos foi o grande destaque do time, terminando a competição na vice-artilharia, com 6 gols.[carece de fontes?] Sua performance no Banfield atraiu o Boca Juniors, cujo técnico, Alfio Basile, pediu a contratação.[3] Ganharia grande projeção nos xeneizes, ganhando todos os troféus que disputou na temporada 2005/06: o Apertura e o Clausura e também a Copa e Recopa Sul-Americanas.[3] Sua boa fase fazia com que Basile o optasse, no lugar dos ídolos boquenses Marcelo Delgado e Guillermo Barros Schelotto, improvisado como um dos dois atacantes ao lado de Rodrigo Palacio quando Martín Palermo, o outro atacante titular, esteve machucado.[4]

A grande temporada chamou a atenção da Europa, sendo contratado pelo maior campeão francês, o Saint-Étienne, no segundo semestre de 2006. Sobre sua vitoriosa passagem na equipe de La Boca, declararia: "Foi ótimo jogar no Boca, pois foi lá que obtive reconhecimento. Em tudo o que fazíamos tinha uma repercussão impressionante, como uma banda de rock. Fomos para a Coreia do Sul, El Salvador e Honduras e sempre éramos notícia".[3]

Crises[editar | editar código-fonte]

Não se deu bem na França, sendo emprestado no ano seguinte ao América do México e ao San Lorenzo. Em ambos, caiu outra vez nas quartas-de-final da Libertadores: no América, na edição de 2007, quando o time esteve perto de ir mais longe; após 0 x 0 na Cidade do México contra o Santos, os norte-americanos abriram 1 x 0 na Vila Belmiro com um gol dele, mas o adversário virou a partida nos últimos 25 minutos.[carece de fontes?] No San Lorenzo, ele havia sido, ao lado de Andrés D'Alessandro, Diego Placente e Gonzalo Bergessio,[5] uma das contratações para a temporada de centenário do Ciclón, que almejava justamente o inédito título da Libertadores para a edição de 2008 para coroar o ano festivo.[6]

A equipe de Boedo chegou a eliminar o River Plate nas oitavas-de-final, mas caiu na fase seguinte, contra a futura campeã LDU Quito.[carece de fontes?] Não se saiu muito melhor no México e no regresso à Argentina, e viu as coisas piorarem em seguida: teve uma grave lesão no joelho esquerdo que praticamente o impediu de jogar.[3] O Saint-Étienne o revendeu em 2009 para o mesmo Banfield onde Bilos despontara. A equipe conquistou o primeiro título de sua história naquele ano, ganhando o Apertura. Ironicamente, sem contribuição em campo de um de seus maiores ídolos, que não pôde jogar um minuto sequer.[7]

Por conta da lesão, chegou a anunciar pouco após o título que iria se aposentar.[7] Porém, resolveu procurar um médido especializado para recuperar-se, e, apesar de ter fraturado a rótula no período, terminou o tratamento depois de um ano.[3] Acertou em 2011 com outro time de sua Pergamino natal, o Douglas Haig, clube do equivalente à terceira divisão do futebol argentino.[3]

Seleção[editar | editar código-fonte]

O grande desempenho de Bilos no Boca Juniors na temporada 2005/06 chamou a atenção da Croácia, terra de seus pais [3] - seu sobrenome é originalmente grafado como Biloš. A Seleção Croata, famosa por recrutar descendentes de croatas no exterior - desde os que nasceram em outros países da antiga Iugoslávia até alemães e, mais polemicamente, australianos (devido a acusações de intenso aliciamento sobre os descendentes de croatas na Austrália [8]) - e que na época, inclusive, naturalizara um brasileiro sem origens croatas (Eduardo da Silva),[9] o procurou para disputar a Copa do Mundo de 2006.[3] Ironicamente, uma de suas primeiras partidas pela Croácia poderia ter sido justamente contra a Argentina - as duas seleções enfrentaram-se em 2006 em um amistoso preparatório de ambas para o mundial (vencido de virada pelos europeus no final da partida).[10]

Bilos optou por recusar a oferta croata, preferindo jogar pela Seleção Argentina mesmo ciente de que tinha poucas chances de ir com os conterrâneos para aquela Copa: "Quando o (José) Pekerman me convocou, foi sincero e disse que havia muitos jogadores para a minha função. A decisão de jogar pela Argentina foi minha. Talvez outro jogador teria aceitado, mas continuo achando que foi a melhor decisão que tomei", declarou.[3] Debutou pelo país natal ainda em 2005, em amistoso contra o Qatar, entrando como titular. Não ficou até o final: com o jogo ainda em 0 x 0 (terminaria com vitória sul-americana por 3 x 0), foi substituído por Lucho González.[1]

Sua improvável convocação, de fato, não veio, e ele só voltaria a jogar pela seleção já após a Copa, quando a Argentina já era treinada por seu ex-técnico no Boca, Alfio Basile.[3] Novamente como titular, Bilos reestreou em uma derrota de 0 x 3 para o Brasil.[2] No mesmo ano, fez contra a Espanha a sua terceira partida, entrando no lugar de Maxi Rodríguez [2] e marcando o que seria o seu único gol pela Albiceleste [3] em nova derrota (1 x 2).[2] A má fase que lhe sucedeu na carreira e a alta concorrência acabaram por tirar seu espaço. Tal situação teria motivado Darío Cvitanich, outro argentino de origens croatas - e, curiosamente, seu ex-colega no Banfield, onde esteve de 2003 a 2008 - a aceitar a oferta da Croácia.[11]

Jogos[editar | editar código-fonte]

A tabela abaixo resume as aparições de Daniel Bilos pela Seleção Argentina.[1][2]

# Data Competição Local Adversário Placar Gols(s)
1 16 de novembro de 2005 Amistoso Jassim bin Hamad (Doha) Qatar 3-0 0
2 3 de setembro de 2006 Amistoso Emirates (Londres) Brasil 0-3 0
3 11 de outubro de 2006 Amistoso Nueva Condomia (Múrcia) Espanha 1-2 1
Total 1

Títulos[editar | editar código-fonte]

Boca Juniors
Banfield

Referências

  1. a b c GASPARINI, Guillermo. «Amistosos de Argentina y participación en torneos oficiales en la segunda etapa de Marcelo Bielsa (desde noviembre de 2002 hasta septiembre de 2004) y la primera etapa de José Pekerman» (em espanhol). Goles Argentinos. Consultado em 1 de abril de 2011. Arquivado do original em 2 de agosto de 2008 
  2. a b c d e GASPARINI, Guillermo. «Amistosos y partidos oficiales (exceptuando Eliminatorias) del segundo ciclo de Alfio Basile como entrenador de la Selección argentina desde septiembre de 2006» (em espanhol). Goles Argentinos. Consultado em 1 de abril de 2011. Arquivado do original em 2 de julho de 2015 
  3. a b c d e f g h i j k l m n o ANÍBAL, Alexandre (21 de janeiro de 2011). «Um novo começo para Daniel Bilos». Futebol Portenho. Consultado em 3 de fevereiro de 2011 
  4. AVELLANEDA, Daniel (23 de dezembro de 2005). «¿Quién jugará por Palermo?». Clarín. Consultado em 3 de fevereiro de 2011 
  5. LEAL, Ubiratan (abril de 2008). Cemitério de elefantes. Trivela n. 26. Trivela Comunicações, pp. 42-43
  6. Duas vagas para dois gigantes (fevereiro de 2008). Placar n. 1315-B. Editora Abril, p. 10
  7. a b MORAIS, Thiago Henrique de (16 de dezembro de 2009). «Daniel Bilos anuncia aposentadoria aos 29 anos». Futebol Portenho. Consultado em 3 de fevereiro de 2011 
  8. ESPINA, Ricardo (agosto de 2008). Assédio croata. Trivela n. 30. Trivela Comunicações, p. 8
  9. MARANHÃO, Rafael (março de 2006). Croatas & companhia. Placar n. 1292. Editora Abril, pp. 38-39
  10. FREITAS, Carlos Eduardo (abril de 2006). Qualquer time, menos o Brasil. Copa'06 n. 3. Pool Editora, pp. 10-15
  11. HOFMAN, Gustavo (16 de julho de 2008). «Reforço estrangeiro para a Croácia». Trivela. Consultado em 4 de fevereiro de 2011 [ligação inativa]
  12. BORDIN, Wagner (14 de dezembro de 2009). «A campanha do campeão». Futebol Portenho. Consultado em 3 de fevereiro de 2011