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Dias da semana: diferenças entre revisões

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Cmo explica Edson Sampel, no livro "Reflexões de um Católico", os dias da semana em português não têm nomes próprios. Dai que cada dia esteja sempre relacionado ao domingo, dia da ressurreição de Jesus. Se, por exemplo, hoje é terça (variação de terceira)-feira, isto quer dizer que estamos no terceiro dia após o evento mais importante da humanidade: a ressurreição de Jesus. Na idade média, o papa Silvestre II determinou que todas as potências passassem a usar a forma litúrgica. Infelizmente, só o catolicíssimo Portugal atendeu aos rogos do sucessor de são Pedro. Portanto, conosante explica Sampel, os falantes da língua portuguesa ganhamos esse presente magnífico. Não dizemos "dia da Lua", "dia de Júpiter". Sempre estamos sintonizados no acontecimento salvífico da ressurreição.


Os dias da semana, têm seus nomes na [[língua portuguesa]] devido à [[liturgia]] [[católica]] por iniciativa de [[Martinho de Dume]], que denominava os dias da semana da [[Páscoa]] com dias santos em que não se deveria trabalhar, originando os nomes litúrgicos:
Os dias da semana, têm seus nomes na [[língua portuguesa]] devido à [[liturgia]] [[católica]] por iniciativa de [[Martinho de Dume]], que denominava os dias da semana da [[Páscoa]] com dias santos em que não se deveria trabalhar, originando os nomes litúrgicos:



Revisão das 20h13min de 24 de abril de 2010

Cmo explica Edson Sampel, no livro "Reflexões de um Católico", os dias da semana em português não têm nomes próprios. Dai que cada dia esteja sempre relacionado ao domingo, dia da ressurreição de Jesus. Se, por exemplo, hoje é terça (variação de terceira)-feira, isto quer dizer que estamos no terceiro dia após o evento mais importante da humanidade: a ressurreição de Jesus. Na idade média, o papa Silvestre II determinou que todas as potências passassem a usar a forma litúrgica. Infelizmente, só o catolicíssimo Portugal atendeu aos rogos do sucessor de são Pedro. Portanto, conosante explica Sampel, os falantes da língua portuguesa ganhamos esse presente magnífico. Não dizemos "dia da Lua", "dia de Júpiter". Sempre estamos sintonizados no acontecimento salvífico da ressurreição.


Os dias da semana, têm seus nomes na língua portuguesa devido à liturgia católica por iniciativa de Martinho de Dume, que denominava os dias da semana da Páscoa com dias santos em que não se deveria trabalhar, originando os nomes litúrgicos:

Latim Pagão Latim Vulgar Significado Latim litúrgico I Latim litúrgico II Português
dies Solis Solis dies Dia do sol Prima Feria Dominica dies domingo
dies Lunae Lunae dies Dia da lua Secunda Feria Secunda Feria segunda-feira
dies Martis Martis dies Dia de Marte Tertia Feria Tertia Feria terça-feira
dies Mercurii Mercurii dies Dia de Mercúrio Quarta Feria Quarta Feria quarta-feira
dies Iovis Iovis dies Dia de Júpiter Quinta Feria Quinta Feria quinta-feira
dies Veneris Veneris dies Dia de Vênus Sexta Feria Sexta Feria sexta-feira
dies Saturni Saturni dies Dia de Saturno Sabbatum Sabbatum sábado

O Sabbatum era originado diretamente do hebreu Shabbat, de conotação religiosa, em uma época em que os judeus e cristãos formavam um só povo e uma só cultura.

O dia Shabbat, era o dia em que os judeus se uniam para fazer sua reunião de fé e de mercado e que hoje é o sábado, último dia de seu calendário semanal, sendo este o dia de descanso para os judeus.

Em 189 d.C., o Papa Vítor I muda o dia de descanso dos cristãos para o domingo, em homenagem à ressureição de Cristo.[1] Em 325 d.C., as orientações decididas no Primeiro Concílio de Nicéia, reconfirmaram a decisão de Vítor I, mudando o nome de Prima Feria, que significa Dia do Sol - forma como os pagãos se referiam ao domingo - para Dominica Dies, que evoluiu para Dominus Dei, que em português quer dizer "dia do senhor" que evoluiu para domingo.

O dia Prima Feria era o dia em que os novos cristãos passaram a se unir para fazer sua reunião de fé e de mercado, em dia seguinte ao dia que os judeus se uniam, e que hoje é o domingo, dia de descanso para os cristãos.

Nomes antigos

Na nomenclatura pagã, cada dia era dedicado a um astro ou a um deus que variava de acordo com a mitologia local de cada cultura e que foram conservados em outros idiomas.

Isto ocorreu durante a expansão do Império Romano. Nesta época, desde o início da era cristã até o período medieval, vigoravam no mundo ocidental as propostas do filósofo grego Aristóteles (384 – 322 a.C.) e do astrônomo egípcio Cláudio Ptolomeu (100 – 170 d.C.), mescladas com a interpretação dada pela Igreja Católica. Acreditava-se que Deus criara o Universo em movimento circular perfeito e eterno. No centro de tudo encontrava-se a Terra com seus quatro elementos: terra, ar, água e fogo. Haveria então oito esferas concêntricas, feitas de substância imutável, contendo o “éter” e sustentando os astros. Este conjunto, com centro na Terra, comporia o céu.

Uma dessas esferas conteria o Sol. Outra, a Lua. Cinco delas conteriam os planetas conhecidos na época: Marte, Mercúrio, Júpiter, Vênus e Saturno. A oitava esfera conteria as estrelas. A Terra era distinta dos demais astros. A sua matéria se decompõe e morre, enquanto a composição dos outros astros seria perfeita e imutável.

Portugal foi o único país do mundo que adotou os dias da semana derivados quase ipsis literis do Latim eclesiastico. Os nomes antigos dos dias da semana, dados por outros povos não foram seguidos na língua portuguesa, última das línguas romanas a se formar.

Em alguns idiomas, como o espanhol, a influência católica conseguiu ainda impor o sábado e o domingo e em muitos outros o domingo ficou como dia do Senhor.

Latim deus romano deus saxão ideograma chinês
Solis dies Sol Sol Sol
Lunae dies Lua Lua Lua
Martis dies Marte Tyr Fogo
Mercuri dies Mercúrio Odin Água
Jovis dies Júpiter Thor Árvore
Veneris dies Vênus Freya Metal
Saturni dies Saturno Saturno Terra

Ordem dos dias da semana

O primeiro dia da semana é determinado hoje como uma conseqüência da união de dois conceitos, o da principal reunião semanal em fé das diferentes crenças e religiões e o conceito de criação do mundo que está presente e é comum a quase todas elas.

Origem do primeiro dia da semana

No início da era cristã, novos cristãos primitivos e judeus compartilhavam o sábado para suas reuniões em fé e de mercado, porém a partir de 189 d.C., a Igreja Cristã estabeleceu uma forma diferente daquela praticada pelos judeus para suas comemoração da Páscoa e dos dias santos à ela associada e também do dia de reunião em fé e de mercado, confirmado posteriormente pelo Primeiro Concílio de Nicéia, em 325 d.C., que para os cristãos passou a ser no Domenica Dies, domingo.

A união destes conceitos resultou hoje na reserva de três diferentes dias, sexta-feira, sábado e domingo, para reuniões em fé e ao mesmo tempo de descanso, que são os últimos dias da semana e que fazem dos seus correspondentes dias seguintes, sábado, domingo e segunda-feira os primeiros dias da semana de acordo com cada cultura.

Apesar de ser bastante simples entender a união destes dois conceitos, o da criação e o da reunião em fé, religiosos radicais continuam a defender intransigentemente suas fundamentalistas posições gerando muita polêmica sobre este tema.

Representação científica dos dias da semana

A Organização Internacional para Padronização (ISO), estabeleceu pela norma ISO 8601 uma numeração para a representação dos dias da semana. Esta denominação numérica dos dias da semana tem a mesma sequência da representação feita em países da língua portuguesa e que, como era de se esperar, por serem correlatos em representação, atendeu à maioria dos países do mundo.

Padronização internacional de identificação dos dias da semana
Número do dia da semana 1 (um) 2 (dois) 3 (três) 4 (quatro) 5 (cinco) 6 (seis) 7 (sete)
Nome do dia da semana Domingo Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado

Outros idiomas

Ver listagem de Dias da semana em outros idiomas

Há três grupos principais de denominação dos dias da semana nas diversas línguas:

Referências

  1. Kung, Hans. The Catholic Church: A Short History. New York; The Modern Library, 2003, p.44.

Ligações externas