Doação de órgãos e tecidos: diferenças entre revisões
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==Transplante de órgãos== |
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Revisão das 11h46min de 21 de maio de 2009
- Veja o artigo transplante de órgãos para maiores informações gerais sobre a cirurgia de transplante dos órgãos doados.
Doação de órgãos e tecidos é a remoção de órgãos e tecidos do corpo de uma pessoa que recentemente morreu (doador cadáver) ou de um doador voluntário (doador vivo), com o propósito de transplantá-lo ou fazer um enxerto em outras pessoas vivas. Os órgãos e tecidos são removidos com procedimentos similares a uma cirurgia, e todas as incisões (cortes) são fechadas após a conclusão da cirurgia. Estes procedimentos são realizados para que a pessoa em seu funeral não seja reconhecida como uma doadora por apresentar deformações e cortes visíveis. Pessoas de todas as idades podem ser doadores de órgãos e tecidos.
A idade do doador é menos importante do que o estado do órgão a ser doado; no entanto é raro ser usados órgãos de pessoas com mais de 70 anos de idade.
No mundo inteiro há uma grande falta de doadores e isso faz com que surja grandes listas de espera. Muitos pacientes que esperam um coração, um fígado ou um pulmão morrem, pois não há nenhum órgão à disposição.
Órgãos e tecidos doáveis
Atualmente os seguinte órgãos e tecidos poder ser transplantados: pulmão, pâncreas, vasos sangüíneos, intestino, ossículos do ouvido, pele, coração, válvulas cardíacas, córneas, medula óssea, fígado, rins, tendões e meninge.
Doação em vida
No caso do rim, medula óssea, pâncreas, fígado e pulmão, existe a possibilidade de que se realize o transplante com doador vivo. A legislação brasileira permite a doação de órgãos entre parentes até quarto grau. Além desse grau de parentesco é necessário uma autorização judicial.
Doação pós-morte
Identificação de um potencial doador
Um potencial doador pós-morte é o paciente que se encontra internado num hospital, sob cuidados intensivos, por injúria cerebral severa causada por acidente com traumatismo craniano, derrame cerebral, tumor e outros, com subseqüente lesão irreversível do encéfalo. Tipicamente são pessoas que sofreram um acidente que provocou um dano na cabeça (acidente com carro, moto, quedas, etc). Para serem doadores pós-morte, os pacientes devem ter sofrido uma morte encefálica (morte do cérebro e tronco cerebral).
Confirmação da família
A família é quem decide se os órgãos devem ser doados ou não, independentemente da decisão do possível doador em vida. Está tramitando no Senado Federal um projeto de lei criando um registro de doador.
Doação e liberação do corpo
Após confirmado a doação, as equipes fazem a extração no hospital (OPO) onde se encontra o doador, em centro cirúrgico, respeitando todas as técnicas de assepsia e preservação dos órgãos. Terminado o procedimento, elas se dirigem aos hospitais para procederem à transplantação.
Todas as incisões (cortes) são fechadas após a conclusão da cirurgia, preservando a aparência física normal da pessoa ao morrer. Estes procedimentos são realizados de modo que não apareça no corpo deformações e cortes visíveis, prejudicando sua aparência no funeral.
Testes de compatibilidade
Diversos testes são feitos para confirmar a compatibilidade do órgão do doador e dos receptores.
Contra-indicações
São contra-indicações absolutas para a doação os pacientes que possuírem:
- Infecção não controlada,
- HIV
- HTLV 1/2
- Neoplasia maligna, exceto: tumor primitivo do SNC, carcinoma basocelular, carcinoma “in situ” do útero.
O dano estrutural irreversível de algum órgão não contra-indica a doação dos demais órgãos.
que levam a riscos.
Transplante de órgãos
Os órgãos doados são transplantados para pacientes através de cirurgias.
Estatísticas
Brasil
Em 2007, a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) divulgou números que mostraram que o número de doações caiu em todo o Brasil. O índice nacional de doação de órgãos e tecidos foi de 5,4 doadores pmp (por milhão de população) em 2007, índice nacional inferior aos dos anos de 2006 (5,8), 2005 (6,4) e 2004 (7,6).
Santa Catarina é o único Estado do Brasil em que o número de doadores de órgãos no primeiro semestre de 2007 aumentou em relação ao mesmo período de 2006. Foi atingida a marca de 14,7 doadores de órgãos e tecidos por milhão de população (pmp). Segundo o secretário de Saúde de Santa Catarina, Dado Cherem, no Estado esse número subiu de 12,8 pmp no primeiro semestre de 2006, para 14,7 no mesmo período de 2007.
Perfil dos Doadores
São poucos os critérios que definem se alguém pode ou não pode ser doador. A Idade, a causa da morte clínica e o tipo sangüíneo são os mais importante dele para saber se o órgão é compatível com o receptor.
Problemas
Diversos motivos causam os baixos níveis de doação de órgãos. Entre eles estão a recusa familiar e a não notificação de potenciais doadores por parte dos hospitais.
Aspectos legais
Estados Unidos
Sob a lei de Estados Unidos, o regulamento de doações de órgãos é diferente nos cinqüenta estados dos Estados Unidos. Uma lei atual procura padronizar acelerar o processo e padronizar as leis entre os vários estados, mas requer ainda que o doador faça um indicação afirmativa durante a sua vida
Europa
Na Europa existem vários tipos de leis dependendo do país. Na Albânia, Croácia e Ucrânia não há lei sobre o assunto.
Na Irlanda, na Lituânia e em Malta não há lei específica, mas normalmente o defunto tem que concordar com a doação de seus órgãos ainda em vida.
Já na Dinamarca, Alemanha, Grécia, Grã-Bretanha, Iugoslávia, Países Baixos, Romênia, Turquia e Bielorússia os parentes devem concordar com o assunto para que haja doação.
Em Luxemburgo, Áustria, Polônia, em Portugal, Eslováquia, Espanha, República Checa e Hungria o morto deve discordar da doação ainda em vida.
Na Bélgica, Finlândia, Itália, Rússia, França, Letônia, Liechtenstein, Noruega, Suécia e no Chipre os parentes devem discordar do assunto.
Na Bulgária é permitida a Doação de Órgãos apenas quando há necessidade. Na Estônia uma comissão toma uma decisão sobre o assunto e na Suíça a lei difere em cada um dos seus cantões.
As leis na Europa diferem tanto em vista da necessidade de cada país. Em países como a Espanha (27 órgãos por um milhão de habitantes por ano) e na Áustria (24 órgãos) são necessários mais órgãos que nos Países Baixos (16 órgãos) e que na Alemanha (13 órgãos). O país no qual há menor demanda de órgãos é a Grécia (6 órgãos).