Elisabete Oliveira

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Elisabete Oliveira
Elisabete Oliveira
Elisabete Oliveira em 2012.
Nome completo Elisabete Regina Baptista de Oliveira
Nascimento 27 de novembro de 1962
São Paulo, São Paulo
Morte 5 de janeiro de 2019 (56 anos)
Nacionalidade Brasil Brasileira
Ocupação Pedagoga, socióloga educacional, pesquisadora.

Elisabete Regina Baptista de Oliveira (São Paulo, 27 de novembro de 1962 – São Paulo, 5 de janeiro de 2019) foi uma pedagoga, doutora em sociologia da educação e a principal pesquisadora sobre a assexualidade no Brasil.[1][2][3]

Formação acadêmica[editar | editar código-fonte]

Graduou-se em Letras pela Universidade Sant'Anna em 1985 e, posteriormente, em Pedagogia pela Universidade de São Paulo em 2010.[4][5] Mestre em Educação pela Faculdade de Educação da USP (defesa em 2007); doutora em educação pela mesma universidade (defesa em 2014).[6][7]

Experiência profissional[editar | editar código-fonte]

Durante alguns anos, morando no Japão, atuou como professora, tradutora e intérprete de língua inglesa e portuguesa. Desde 2002, desenvolveu trabalho de pesquisa educacional e formação de professores nos campos de juventude, sexualidade, relações de gênero, diversidade sexual e direitos humanos, atuando junto a organizações não governamentais, institutos de pesquisa e órgãos do governo. A pesquisa de mestrado, defendida em 2007, trata das trajetórias afetivas, sexuais e reprodutivas de mulheres jovens de estratos populares da cidade de São Paulo.[8][9] Em 2010, iniciou pesquisa de doutorado sobre a assexualidade — sexualidade de pessoas que não têm interesse na atividade sexual, na qual estuda as trajetórias de indivíduos autoidentificados como assexuais rumo a esta autoidentificação.[10][11][12]

Elisabete Oliveira também foi coautora do livro "Minorias Sexuais: Direitos e Preconceitos" — coordenado por Tereza Rodrigues Vieira —, no qual redigiu um capítulo sobre pessoas assexuais denominado "Assexualidade e medicalízação na mídia televisiva norte-americana", lançado em 5 de junho de 2012, na Livraria Cultura.[13]

Repercussão e mídia[editar | editar código-fonte]

Devido à crescente visibilidade que a assexualidade vem ganhando ultimamente, Elisabete Oliveira, como uma das pesquisadoras pioneiras sobre o tema no Brasil, já foi convidada para discutir sobre a assexualidade em programas de TV e da internet. Uma de suas aparições na televisão foi na RedeTV!, sendo entrevistada por Amaury Júnior em seu programa, exibido em 14 de junho de 2012.

Foi convidada para abordar o assunto no programa Gabi Quase Proibida, apresentado por Marília Gabriela, indo ao ar no dia 17 de julho de 2013.[14]

Concedeu uma entrevista no programa Prazer em Conhecer com a psicóloga e sexóloga Rose Villela, sendo exibido em 5 de novembro de 2013.

Foi entrevistada pela sexóloga Lelah Monteiro na Just TV, cuja entrevista foi exibida em 3 de fevereiro de 2014, ao vivo pela internet.[15]

Em 2015, Elisabete foi entrevistada pela revista Época[16] e pela UNIVESP da TV Cultura, falando sobre sua tese de doutorado “Minha vida de ameba”.[17][18]

Referências

  1. Baptista de Oliveira, Elisabete Regina (6 de março de 2015). «Minha vida de ameba: os scripts sexo-normativos e a construção social das assexualidades na internet e na escola». Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP. doi:10.11606/T.48.2015.tde-11052015-102351. Consultado em 9 de setembro de 2022 
  2. Kowalski, Rodolfo Luis (28 de março de 2017). «Assexuais começam a "sair do armário". Eles são 1% da população». Bem Paraná. Consultado em 9 de setembro de 2022 
  3. «A Pesquisa de Elisabete Oliveira». Comunidade Assexual. 27 de outubro de 2016. Consultado em 9 de setembro de 2022 
  4. Bresser, Deborah (28 de outubro de 2015). «Assexuais: eles não fazem sexo. E não sentem a menor falta». R7. Consultado em 9 de setembro de 2022 
  5. Souto, Luiza (23 de outubro de 2015). «São Paulo recebe primeira Parada Assexual do Brasil». O Globo. Consultado em 9 de setembro de 2022 
  6. Sodré, Raquel (2 de novembro de 2014). «'A assexualidade sempre existiu, mas eles se escondiam' | O TEMPO». www.otempo.com.br. Consultado em 9 de setembro de 2022 
  7. Matsumoto, Victoria (22 de junho de 2015). «Deixando sexo de lado: assexuais falam sobre preconceito». Terra. Consultado em 9 de setembro de 2022 
  8. Vieira, João (25 de outubro de 2018). «Por que os assexuais querem ser reconhecidos como membros da comunidade LGBTQ+». Hypeness (em inglês). Consultado em 9 de setembro de 2022 
  9. Verrumo, Marcel (18 de março de 2016). «O que é assexualidade?». Super. Consultado em 9 de setembro de 2022 
  10. Giachini, Adriana (14 de novembro de 2012). «Vida sem sexo». Revista Metrópole 
  11. «É possível viver bem sem sexo, dizem especialistas». Folha de S.Paulo. 20 de junho de 2011. Consultado em 9 de setembro de 2022 
  12. Relacionamento e sexo são temas do Sem Censura, TV Brasil, 8 de junho de 2015, consultado em 9 de setembro de 2022 
  13. César, Alexandre (11 de junho de 2012). «Assexualidade é um dos capítulos do livro Minorias Sexuais». Professor News. Arquivado do original em 5 de março de 2014 
  14. «"Gabi Quase Proibida" desta quarta recebe Elisabete Oliveira, que fala sobre os assexuais». SBT. 16 de julho de 2013. Arquivado do original em 7 de março de 2014 
  15. Monteiro, Lelah (3 de fevereiro de 2014). Programa Lelah Monteiro apresenta o tema Assexualidade - JustTV. Programa Lelah Monteiro. Consultado em 8 de setembro de 2022 
  16. Vieira, João Luiz (15 de maio de 2015). «Elisabete Oliveira: "O amor sem sexo é possível"». Época. Consultado em 9 de setembro de 2022 
  17. «Fala, Doutor: Elisabete de Oliveira». TV Cultura. 1 de junho de 2015. Consultado em 8 de setembro de 2022 
  18. «A construção social das assexualidades». univesp.br. 8 de julho de 2015. Consultado em 9 de setembro de 2022