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Fernando Capez: diferenças entre revisões

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Em 2018, assumiu o posto de Diretor Executivo da [[Fundação Procon SP]], nomeado pelo governador [[João Doria]].<ref>{{citar web |url= https://noticias.r7.com/brasil/doria-escolhe-fernando-capez-para-comandar-o-procon-de-sp-04122018 |titulo= Doria escolhe Fernando Capez para comandar o Procon de SP|data= 4/12/2018 |acessodata= 24/3/2019 |publicado= Record | obra = R7 |ultimo= Junqueira}}</ref> Em abril de 2020, foi indicado por Doria para assumir a Secretaria Especial de Defesa do Consumidor, criada para atuar durante a [[pandemia de COVID-19 no Brasil|pandemia de COVID-19]].<ref>{{citar web |url= https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2020/04/08/doria-cria-secretaria-especial-de-defesa-do-consumidor-e-indica-fernando-capez-para-o-cargo.ghtml |titulo= Doria cria Secretaria Especial de Defesa do Consumidor e indica Fernando Capez para o cargo|data= 8 de abril de 2020|acessodata= 11 de abril de 2020|publicado= G1}}</ref><ref>Diário Oficial do Estado de São Paulo de 09 de abril de 2020, p. 1.</ref> No cargo, combateu o aumento abusivo do preço dos alimentos e do botijão de gás. [https://www.istoedinheiro.com.br/promotoria-investiga-aumento-abusivo-de-ate-70-no-preco-do-gas-em-sao-paulo/] Fiscalizou também os planos de saúde, combatendo reajustes abusivos e cobrando mais transparência do setor. [https://exame.com/invest/minhas-financas/planos-de-saude-devem-ser-mais-transparentes-em-reajuste-diz-procon-sp/]
Em 2018, assumiu o posto de Diretor Executivo da [[Fundação Procon SP]], nomeado pelo governador [[João Doria]].<ref>{{citar web |url= https://noticias.r7.com/brasil/doria-escolhe-fernando-capez-para-comandar-o-procon-de-sp-04122018 |titulo= Doria escolhe Fernando Capez para comandar o Procon de SP|data= 4/12/2018 |acessodata= 24/3/2019 |publicado= Record | obra = R7 |ultimo= Junqueira}}</ref> Em abril de 2020, foi indicado por Doria para assumir a Secretaria Especial de Defesa do Consumidor, criada para atuar durante a [[pandemia de COVID-19 no Brasil|pandemia de COVID-19]].<ref>{{citar web |url= https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2020/04/08/doria-cria-secretaria-especial-de-defesa-do-consumidor-e-indica-fernando-capez-para-o-cargo.ghtml |titulo= Doria cria Secretaria Especial de Defesa do Consumidor e indica Fernando Capez para o cargo|data= 8 de abril de 2020|acessodata= 11 de abril de 2020|publicado= G1}}</ref><ref>Diário Oficial do Estado de São Paulo de 09 de abril de 2020, p. 1.</ref> No cargo, combateu o aumento abusivo do preço dos alimentos e do botijão de gás. [https://www.istoedinheiro.com.br/promotoria-investiga-aumento-abusivo-de-ate-70-no-preco-do-gas-em-sao-paulo/] Fiscalizou também os planos de saúde, combatendo reajustes abusivos e cobrando mais transparência do setor. [https://exame.com/invest/minhas-financas/planos-de-saude-devem-ser-mais-transparentes-em-reajuste-diz-procon-sp/]



== Controvérsias ==
=== Processo contra Juca Kfouri ===
== Processo contra Juca Kfouri ==
Em 2007, Capez processou o [[jornalista esportivo]] [[Juca Kfouri]] requerendo a fixação de multa no valor de R$ 50 mil para cada ofensa que viesse a ser praticada contra ele. A ação foi motivada por crítica de Kfouri em seu blog, que criticava o desempenho dos alunos de Direito da [[Uniban]] no [[Exame da Ordem dos Advogados do Brasil]]. Capez se irritou com a afirmação de que seria o diretor do curso e de que ele fracassou como promotor público no combate à violência nos estádios de futebol.<ref name= "Juca Kfour">{{Citar web | url= http://portalimprensa.com.br/portal/ultimas_noticias/2007/11/07/imprensa15289.shtml|título=Juca Kfouri é processado por deputado Fernando Capez por críticas em blog|acessodata= 4/1/2014 |data= 7/11/2007 | obra = Portal Imprensa}}</ref> Entendia ser equivocada a atribuição, por já não estar no cargo. Os advogados de Capez afirmaram ainda que a abordagem do assunto num blog meramente esportivo teve por "finalidade exclusiva a crítica pessoal a Capez, demonstrando que o interesse de ofender é maior que o de informar".<ref name= "Deputado Ferni">{{Citar web | url= http://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=302463 |título=Deputado Fernando Capez move nova ação contra Juca Kfouri|acessodata= 4/01/2014 |data= 7/11/2007 | publicado= Assembleia Legislativa de São Paulo|páginas=}}</ref> A decisão liminar que obrigava Kfouri a pagar multa foi derrubada.<ref name="Consultor Jurídico">{{Citar web | url=http://www.conjur.com.br/2008-mar-07/multa_imposta_kfouri_ofensa_capez_derrubada| obra = Consultor Jurídico|acessodata= 4/1/2014 | prenome =Priscyla | sobrenome = Costa|data= 7/3/2008 | título = Multa imposta a Kfouri por ofensa a Capez é derrubada}}</ref> Até o ano de 2013, tramitavam diversas [[ação judicial |ações judiciais]] em que Capez tentava impedir que Kfouri citasse seu nome.<ref name= "Capezz">{{Citar web | url= http://blogdojuca.uol.com.br/2013/12/capez-nao-foi-capaz/ |título= Capez não foi capaz |acessodata= 4/1/2014 | prenome =Juca | sobrenome = Kfouri|data= 19/12/2013 |publicado= Folha da manhã | obra = Blog do Juca Kfouri}}</ref>
Em 2007, Capez processou o [[jornalista esportivo]] [[Juca Kfouri]] requerendo a fixação de multa no valor de R$ 50 mil para cada ofensa que viesse a ser praticada contra ele. A ação foi motivada por crítica de Kfouri em seu blog, que criticava o desempenho dos alunos de Direito da [[Uniban]] no [[Exame da Ordem dos Advogados do Brasil]]. Capez se irritou com a afirmação de que seria o diretor do curso e de que ele fracassou como promotor público no combate à violência nos estádios de futebol.<ref name= "Juca Kfour">{{Citar web | url= http://portalimprensa.com.br/portal/ultimas_noticias/2007/11/07/imprensa15289.shtml|título=Juca Kfouri é processado por deputado Fernando Capez por críticas em blog|acessodata= 4/1/2014 |data= 7/11/2007 | obra = Portal Imprensa}}</ref> Entendia ser equivocada a atribuição, por já não estar no cargo. Os advogados de Capez afirmaram ainda que a abordagem do assunto num blog meramente esportivo teve por "finalidade exclusiva a crítica pessoal a Capez, demonstrando que o interesse de ofender é maior que o de informar".<ref name= "Deputado Ferni">{{Citar web | url= http://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=302463 |título=Deputado Fernando Capez move nova ação contra Juca Kfouri|acessodata= 4/01/2014 |data= 7/11/2007 | publicado= Assembleia Legislativa de São Paulo|páginas=}}</ref> A decisão liminar que obrigava Kfouri a pagar multa foi derrubada.<ref name="Consultor Jurídico">{{Citar web | url=http://www.conjur.com.br/2008-mar-07/multa_imposta_kfouri_ofensa_capez_derrubada| obra = Consultor Jurídico|acessodata= 4/1/2014 | prenome =Priscyla | sobrenome = Costa|data= 7/3/2008 | título = Multa imposta a Kfouri por ofensa a Capez é derrubada}}</ref> Até o ano de 2013, tramitavam diversas [[ação judicial |ações judiciais]] em que Capez tentava impedir que Kfouri citasse seu nome.<ref name= "Capezz">{{Citar web | url= http://blogdojuca.uol.com.br/2013/12/capez-nao-foi-capaz/ |título= Capez não foi capaz |acessodata= 4/1/2014 | prenome =Juca | sobrenome = Kfouri|data= 19/12/2013 |publicado= Folha da manhã | obra = Blog do Juca Kfouri}}</ref>


=== Falsa acusação de nepotismo ===
== Denúncia de nepotismo cruzado ==
Em 2012 Capez foi investigado pelo [[Ministério Público de São Paulo]] por [[nepotismo]] cruzado juntamente com Eduardo Bittencourt Carvalho.
Em 2012 Capez foi investigado pelo [[Ministério Público de São Paulo]] por [[nepotismo]] cruzado juntamente com Eduardo Bittencourt Carvalho. Capez empregava em seu gabinete, na Assembleia Legislativa, Joel Soares Júnior, irmão de Jackeline Soares, companheira de Bittencourt. Já o advogado Rogério Auad Palermo, cunhado de Capez, é assessor técnico do procurador do TCE, formalmente lotado no gabinete que Bittencourt ocupou durante 20 anos na corte de contas. Antes do TCE, Auad foi chefe de gabinete de Capez.<ref name= "Ex-con">{{Citar web | url= http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,ex-conselheiro-e-capez-sao-acusados-de-nepotismo-cruzado-,876549,0.htm |título= Ex-conselheiro e Capez são acusados de nepotismo cruzado |acessodata= 4/1/2014 |data= 23 de maio de 2012| obra = Estadão |publicado= O Estado de São Paulo}}</ref> Dias depois, Rogério Auad Palermo, citado na investigação pediu demissão do cargo no TCE<ref name= "TCE-S">{{Citar web | url= http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,tce-sp-exonera-cunhado-do-deputado-capez-sob-suspeita-de-nepotismo,876989,0.htm |título=TCE-SP exonera cunhado do deputado Capez sob suspeita de nepotismo |acessodata= 4/1/2014 |data= 24 de maio de 2012 |publicado= O Estado de São Paulo | obra = Estadão}}</ref><ref>{{Citation | work = Conjur | date = 2019-3-4 | URL = https://www.conjur.com.br/2019-mar-04/crime-honra-nao-prescreve-anos-noticia-site | title = Crime contra a honra não prescreve}}.</ref>. A investigação foi concluída em 2013, quando a Procuradoria-Geral de Justiça determinou que a denúncia anônima era infundada. O chefe do Ministério Público paulista concluiu que todos os elementos desmentiam a imputação. Mais tarde, o Conselho Superior do Ministério Público homologou por unanimidade o arquivamento, confirmando o entendimento do procurador-geral.<ref>{{Citar web|url=http://www.conjur.com.br/2013-dez-17/conselho-arquiva-falsa-acusacao-de-nepotismo-contra-capez|titulo=Ministério Público arquiva falsa acusação de nepotismo contra Capez|acessodata=2022-04-08|website=Consultor Jurídico|lingua=pt-BR}}</ref>
Capez empregava em seu gabinete, na Assembleia Legislativa, Joel Soares Júnior, irmão de Jackeline Soares, companheira de Bittencourt. Já o advogado Rogério Auad Palermo, cunhado de Capez, é assessor técnico do procurador do TCE, formalmente lotado no gabinete que Bittencourt ocupou durante 20 anos na corte de contas. Antes do TCE, Auad foi chefe de gabinete de Capez.<ref name= "Ex-con">{{Citar web | url= http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,ex-conselheiro-e-capez-sao-acusados-de-nepotismo-cruzado-,876549,0.htm |título= Ex-conselheiro e Capez são acusados de nepotismo cruzado |acessodata= 4/1/2014 |data= 23 de maio de 2012| obra = Estadão |publicado= O Estado de São Paulo}}</ref>

Dias depois, Rogério Auad Palermo, citado na investigação pediu demissão do cargo no TCE<ref name= "TCE-S">{{Citar web | url= http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,tce-sp-exonera-cunhado-do-deputado-capez-sob-suspeita-de-nepotismo,876989,0.htm |título=TCE-SP exonera cunhado do deputado Capez sob suspeita de nepotismo |acessodata= 4/1/2014 |data= 24 de maio de 2012 |publicado= O Estado de São Paulo | obra = Estadão}}</ref><ref>{{Citation | work = Conjur | date = 2019-3-4 | URL = https://www.conjur.com.br/2019-mar-04/crime-honra-nao-prescreve-anos-noticia-site | title = Crime contra a honra não prescreve}}.</ref>.

A investigação foi concluída em 2013, quando a Procuradoria-Geral de Justiça determinou que a denúncia anônima era infundada. O chefe do Ministério Público paulista concluiu que todos os elementos desmentiam a imputação. Mais tarde, o Conselho Superior do Ministério Público homologou por unanimidade o arquivamento, confirmando o entendimento do procurador-geral.<ref>{{Citar web|url=http://www.conjur.com.br/2013-dez-17/conselho-arquiva-falsa-acusacao-de-nepotismo-contra-capez|titulo=Ministério Público arquiva falsa acusação de nepotismo contra Capez|acessodata=2022-04-08|website=Consultor Jurídico|lingua=pt-BR}}</ref>

== Fraude em compras de merenda escolar ==
{{main|Máfia da merenda}}
Em abril de 2016, Capez foi citado pelo lobista Marcel Júlio, que afirmou que dois ex-assessores solicitaram vantagens ilícitas de uma cooperativa que forneceu suco de laranja para merenda escolar.<ref>{{Citar web|titulo = MP apura se houve fraude em compra de mais produtos da merenda|url = http://g1.globo.com/sao-paulo/operacao-alba-branca/noticia/2016/02/mp-apura-se-houve-fraude-em-compra-de-mais-produtos-da-merenda.html|website = São Paulo|acessodata = 2016-02-05}}</ref><ref>{{Citar web|titulo = Ex-assessor de Capez recebeu de lobista, admite advogado - 04/02/2016 - Poder - Folha de S.Paulo|url = http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/02/1736783-ex-assessor-de-capez-recebeu-de-lobista-admite-advogado.shtml|website = www1.folha.uol.com.br|acessodata = 2016-02-05}}</ref>

Além de Capez, também foram citados os deputados federais [[Baleia Rossi]] (PMDB) e [[Nelson Marquezelli]] (PTB), além do deputado estadual [[Luiz Carlos Gondim]] (SD).<ref>{{Citar web|titulo = Ex-presidente da Assembleia de SP é preso em ação contra máfia da merenda - 29/03/2016 - Poder - Folha de S.Paulo|url = http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/03/1755124-ex-presidente-da-assembleia-de-sp-em-operacao-contra-mafia-da-merenda.shtml|website = www1.folha.uol.com.br|acessodata = 2016-03-28}}</ref> Em junho de 2018 o Supremo Tribunal Federal determinou o trancamento da ação penal, uma vez que o colaborador desmentiu a participação de Capez em qualquer irregularidade. Afirmou o ministro relator que "em petição nos autos, o delator negou envolvimento do deputado (Capez) e disse que ele jamais exigiu qualquer vantagem pessoalmente e jamais agiu com dolo ou má fé."[http://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=382482&ori=1] Anotou ainda "que a motivação principal para o trancamento da ação penal, não foi simplesmente falta de provas, mas a comprovação de que Capez não foi o autor das condutas delituosas imputadas a ele."[https://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=446903&ori=1]

Em janeiro de 2018, o Ministério Público denunciou Fernando Capez (PSDB) por [[corrupção passiva]] e [[lavagem de dinheiro]] na "[[Máfia da merenda]]", no entanto, o Supremo Tribunal Federal trancou a ação penal contra Capez.<ref>{{Citar web|url=https://www.brasildefato.com.br/2018/08/24/da-merenda-ao-metro-os-escandalos-de-alckmin-que-nunca-deram-em-nada|titulo=Da merenda ao metrô: os escândalos de Alckmin que nunca deram em nada|data=2018-08-24|acessodata=2022-09-28|website=Brasil de Fato}}</ref> A denúncia cita o desvio de R$ 1,1 milhão, o dinheiro teria sido usado na campanha de Capez.<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/tj-de-sao-paulo-aceita-denuncia-contra-capez-por-participacao-na-mafia-da-merenda.ghtml|titulo=TJ de São Paulo aceita denúncia e Capez vira réu por participação na 'máfia da merenda'|data=2018-05-09|acessodata=2022-09-28|website=G1}}</ref> A ação penal foi trancada e arquivada em junho de 2018, com votos a favor de Capez por parte dos ministros [[Gilmar Mendes]], [[Dias Toffoli]] e [[Ricardo Lewandowski]], na ocasião, eles entenderam que não havia provas contra Capez e que a denúncia havia se baseado exclusivamente no depoimento de um relator, o MP poderia recorrer caso surgissem novos indícios.<ref name="g1">{{Citar web|url=https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2020/06/16/justica-federal-bloqueia-r-24-milhoes-de-capez-em-investigacao-sobre-a-mafia-da-merenda-em-sp.ghtml|titulo=Justiça Federal determina bloqueio de R$ 24 milhões de Capez em investigação sobre a máfia da merenda em SP|data=2020-06-16|acessodata=2022-09-28|website=G1}}</ref>


Em 16 de junho de 2020, a Justiça Federal de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 24 milhões de Capez, o bloqueio decorre de investigações relacionadas à "Máfia da merenda" e o processo corre em segredo de Justiça, Capez afirma não ter R$ 24 milhões para serem bloqueados, que já foi inocentado por diversos órgãos e que as testemunhas do processo foram coagidas, o advogado de Capez, [[Alberto Zacharias Toron] diz que "Fernando Capez já foi inocentado pelo STF, Corregedoria do Ministério Público, CPI da Assembleia Legislativa de São Paulo e a ação ajuizada pelo MPF afronta particularmente a decisão do STF".<ref name="g1"/>
=== Falsa acusação de fraude na compra de suco de laranja, para merenda escolar de São Paulo ===
Em abril de 2016, Capez foi citado pelo lobista Marcel Júlio, que afirmou que dois ex-assessores solicitaram vantagens ilícitas de uma cooperativa que forneceu suco de laranja para merenda escolar.<ref>{{Citar web|titulo = MP apura se houve fraude em compra de mais produtos da merenda|url = http://g1.globo.com/sao-paulo/operacao-alba-branca/noticia/2016/02/mp-apura-se-houve-fraude-em-compra-de-mais-produtos-da-merenda.html|website = São Paulo|acessodata = 2016-02-05}}</ref><ref>{{Citar web|titulo = Ex-assessor de Capez recebeu de lobista, admite advogado - 04/02/2016 - Poder - Folha de S.Paulo|url = http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/02/1736783-ex-assessor-de-capez-recebeu-de-lobista-admite-advogado.shtml|website = www1.folha.uol.com.br|acessodata = 2016-02-05}}</ref> Além de Capez, também foram citados os deputados federais [[Baleia Rossi]] (PMDB) e [[Nelson Marquezelli]] (PTB), além do deputado estadual [[Luiz Carlos Gondim]] (SD).<ref>{{Citar web|titulo = Ex-presidente da Assembleia de SP é preso em ação contra máfia da merenda - 29/03/2016 - Poder - Folha de S.Paulo|url = http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/03/1755124-ex-presidente-da-assembleia-de-sp-em-operacao-contra-mafia-da-merenda.shtml|website = www1.folha.uol.com.br|acessodata = 2016-03-28}}</ref> Em junho de 2018 o STF (Supremo Tribunal Federal) determinou o trancamento da ação penal, uma vez que o colaborador desmentiu a participação de Capez em qualquer irregularidade. Afirmou o ministro relator que "em petição nos autos, o delator negou envolvimento do deputado (Capez) e disse que ele jamais exigiu qualquer vantagem pessoalmente e jamais agiu com dolo ou má fé."[http://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=382482&ori=1] Anotou ainda "que a motivação principal para o trancamento da ação penal, não foi simplesmente falta de provas, mas a comprovação de que Capez não foi o autor das condutas delituosas imputadas a ele."[https://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=446903&ori=1]


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Revisão das 22h33min de 28 de setembro de 2022

Fernando Capez
Fernando Capez 1.jpg
Secretário Especial de Defesa do Consumidor de São Paulo
Período 9 de abril de 2020
a 1 de abril de 2022
Governador João Doria
Deputado Estadual de São Paulo
Período 15 de março de 2007
a 15 de março de 2019
Presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo
Período 15 de março de 2015
a 15 de março de 2017
Antecessor(a) Samuel Moreira
Sucessor(a) Cauê Macris
Dados pessoais
Nascimento 22 de março de 1964 (60 anos)
São Paulo, SP, Brasil
Alma mater Universidade de São Paulo
Partido PSDB (2002-2022)
UNIÃO (2022-presente)
Profissão Promotor de Justiça

Fernando Capez (São Paulo, 22 de março de 1964) é um jurista, professor e político brasileiro, filiado ao União Brasil (UNIÃO).[1] Foi deputado estadual, tendo presidido a Assembleia Legislativa de São Paulo, além de secretário especial de Defesa do Consumidor e diretor executivo da Fundação Procon SP.

É procurador de Justiça do Ministério Público de São Paulo (licenciado) e publicou mais de 20 obras no campo do direito, principalmente do direito penal.

Biografia

Nascido em 1964, Fernando Capez formou-se em direito pela Universidade de São Paulo (USP) em 1986, tornando-se mestre em direito pela mesma instituição em 2001. Em 2008, obteve o título de doutor pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).[2]

Atuação como Promotor Público

Foi escrevente técnico judiciário do Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo de 1985 a 1987, e ingressou no Ministério Público de São Paulo como promotor de Justiça em 1988.[2] Nessa função, Fernando Capez combateu a a violência das torcidas organizadas e conseguiu, em 1995, a extinção das torcidas Independente, do São Paulo, e Mancha Verde, do Palmeiras, após um confronto que resultou na morte de um torcedor, no estádio do Pacaembu.[3] Foi responsável também pelo inquérito que investigou a chamada "máfia do lixo " e contratos sem licitação firmados pela prefeitura de São Paulo, em 2002.[4]

Carreira política

Enquanto deputado estadual de São Paulo pelo PSDB, foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça por dois mandatos[5] e eleito presidente da Assembleia Legislativa para o primeiro biênio da 18ª legislatura (2015-2017).[1] Um dos seus projetos de maior destaque é o que proíbe aos hospitais a exigência de cheque caução para internação de pacientes que não possuem plano de saúde.[6] Foi também presidente da CPI que investigou o mercado de reposição de autopeças.[7]

Atuação no Procon

Em 2018, assumiu o posto de Diretor Executivo da Fundação Procon SP, nomeado pelo governador João Doria.[8] Em abril de 2020, foi indicado por Doria para assumir a Secretaria Especial de Defesa do Consumidor, criada para atuar durante a pandemia de COVID-19.[9][10] No cargo, combateu o aumento abusivo do preço dos alimentos e do botijão de gás. [2] Fiscalizou também os planos de saúde, combatendo reajustes abusivos e cobrando mais transparência do setor. [3]


Processo contra Juca Kfouri

Em 2007, Capez processou o jornalista esportivo Juca Kfouri requerendo a fixação de multa no valor de R$ 50 mil para cada ofensa que viesse a ser praticada contra ele. A ação foi motivada por crítica de Kfouri em seu blog, que criticava o desempenho dos alunos de Direito da Uniban no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil. Capez se irritou com a afirmação de que seria o diretor do curso e de que ele fracassou como promotor público no combate à violência nos estádios de futebol.[11] Entendia ser equivocada a atribuição, por já não estar no cargo. Os advogados de Capez afirmaram ainda que a abordagem do assunto num blog meramente esportivo teve por "finalidade exclusiva a crítica pessoal a Capez, demonstrando que o interesse de ofender é maior que o de informar".[12] A decisão liminar que obrigava Kfouri a pagar multa foi derrubada.[13] Até o ano de 2013, tramitavam diversas ações judiciais em que Capez tentava impedir que Kfouri citasse seu nome.[14]

Denúncia de nepotismo cruzado

Em 2012 Capez foi investigado pelo Ministério Público de São Paulo por nepotismo cruzado juntamente com Eduardo Bittencourt Carvalho. Capez empregava em seu gabinete, na Assembleia Legislativa, Joel Soares Júnior, irmão de Jackeline Soares, companheira de Bittencourt. Já o advogado Rogério Auad Palermo, cunhado de Capez, é assessor técnico do procurador do TCE, formalmente lotado no gabinete que Bittencourt ocupou durante 20 anos na corte de contas. Antes do TCE, Auad foi chefe de gabinete de Capez.[15]

Dias depois, Rogério Auad Palermo, citado na investigação pediu demissão do cargo no TCE[16][17].

A investigação foi concluída em 2013, quando a Procuradoria-Geral de Justiça determinou que a denúncia anônima era infundada. O chefe do Ministério Público paulista concluiu que todos os elementos desmentiam a imputação. Mais tarde, o Conselho Superior do Ministério Público homologou por unanimidade o arquivamento, confirmando o entendimento do procurador-geral.[18]

Fraude em compras de merenda escolar

Ver artigo principal: Máfia da merenda

Em abril de 2016, Capez foi citado pelo lobista Marcel Júlio, que afirmou que dois ex-assessores solicitaram vantagens ilícitas de uma cooperativa que forneceu suco de laranja para merenda escolar.[19][20]

Além de Capez, também foram citados os deputados federais Baleia Rossi (PMDB) e Nelson Marquezelli (PTB), além do deputado estadual Luiz Carlos Gondim (SD).[21] Em junho de 2018 o Supremo Tribunal Federal determinou o trancamento da ação penal, uma vez que o colaborador desmentiu a participação de Capez em qualquer irregularidade. Afirmou o ministro relator que "em petição nos autos, o delator negou envolvimento do deputado (Capez) e disse que ele jamais exigiu qualquer vantagem pessoalmente e jamais agiu com dolo ou má fé."[4] Anotou ainda "que a motivação principal para o trancamento da ação penal, não foi simplesmente falta de provas, mas a comprovação de que Capez não foi o autor das condutas delituosas imputadas a ele."[5]

Em janeiro de 2018, o Ministério Público denunciou Fernando Capez (PSDB) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na "Máfia da merenda", no entanto, o Supremo Tribunal Federal trancou a ação penal contra Capez.[22] A denúncia cita o desvio de R$ 1,1 milhão, o dinheiro teria sido usado na campanha de Capez.[23] A ação penal foi trancada e arquivada em junho de 2018, com votos a favor de Capez por parte dos ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski, na ocasião, eles entenderam que não havia provas contra Capez e que a denúncia havia se baseado exclusivamente no depoimento de um relator, o MP poderia recorrer caso surgissem novos indícios.[24]

Em 16 de junho de 2020, a Justiça Federal de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 24 milhões de Capez, o bloqueio decorre de investigações relacionadas à "Máfia da merenda" e o processo corre em segredo de Justiça, Capez afirma não ter R$ 24 milhões para serem bloqueados, que já foi inocentado por diversos órgãos e que as testemunhas do processo foram coagidas, o advogado de Capez, [[Alberto Zacharias Toron] diz que "Fernando Capez já foi inocentado pelo STF, Corregedoria do Ministério Público, CPI da Assembleia Legislativa de São Paulo e a ação ajuizada pelo MPF afronta particularmente a decisão do STF".[24]

Referências

  1. «Capez entra no União Brasil e afirma que PSDB vive indefinição ideológica» 
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