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Massacre de Blumenau: diferenças entre revisões

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== Crime ==
== Crime ==
No início da manhã de 5 de abril, o assassino, que chegou ao local de motocicleta, pulou o muro da Creche Cantinho Bom Pastor e armado com uma [[machadinha]] atacou as crianças, principalmente mirando suas cabeças. Após a ação, ele se entregou no Batalhão da [[Polícia Militar de Santa Catarina|PM]].<ref name=":0" />
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O instituição era particular e atendia cerca de 50 crianças de 0 a 7 anos de idade.
O instituição era particular e atendia cerca de 50 crianças de 0 a 7 anos de idade.

Revisão das 14h27min de 6 de abril de 2023


Chacina em Blumenau
Local Creche Cantinho Bom Pastor, Velha, Blumenau, Santa Catarina, Brasil
Coordenadas 26° 55′ 34″ S, 52° 59′ 54″ O
Data 5 de abril de 2023 (1 ano)
Tipo de ataque Massacre escolar
Assassinato em massa
Infanticídio
Arma(s) Machadinha[1]
Mortes 4
Feridos 4
Motivo Desconhecido

A chacina em Blumenau foi um massacre escolar com infanticídio ocorrido em 5 de abril de 2023 na Creche Cantinho Bom Pastor, localizada no município brasileiro de Blumenau, em Santa Catarina. No ataque, quatro crianças foram mortas e cinco ficaram feridas, duas em estado grave. Um homem, de 25 anos, se entregou após cometer o crime.[2][3][4][5]

Crime

No início da manhã de 5 de abril, Luiz Henrique de Lima, que chegou ao local de motocicleta, pulou o muro da Creche Cantinho Bom Pastor e armado com uma machadinha atacou as crianças, principalmente mirando suas cabeças. Após a ação, ele se entregou no Batalhão da PM.[2]

O instituição era particular e atendia cerca de 50 crianças de 0 a 7 anos de idade.

O criminoso

Nascido no Paraná, o assassino era motoboy em Blumenau, onde residia há vários anos. Após as primeiras investigações policiais, descobriu-se que ele tinha passagens por porte de drogas, lesão e dano, incluindo esfaquear o padrasto e um cachorro. [2] [6]

O assassino teria tido um surto psicótico, revelaram as autoridades. [7]

Vítimas

As vítimas fatais são:[8]

  • Bernardo Cunha Machado - 5 anos
  • Bernardo Pabest da Cunha - 4 anos
  • Larissa Maia Toldo - 7 anos
  • Enzo Marchesin Barbosa - 4 anos

As vítimas fatais foram veladas e enterradas no dia seguinte em Blumenau. [9]

Reações

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva repudiou o que chamou de "um ato de violência contra crianças inocentes e indefesas" e expressou seus "sentimentos e preces para as famílias das vítimas e comunidade de Blumenau".[3]

Possível "janela de efeito contágio"

Segundo Michele Prado, pesquisadora do Monitor do Debate Político no Meio Digital da USP (Universidade de São Paulo), a publicação da imagem ou da ação do agressor na imprensa pode incentivar uma "janela de efeito contágio" a novos ataques. Segundo Prado, a literatura indica que essa "janela" dura cerca de 13 ou 14 dias após a repercussão de um ataque acontecer, o que explicaria o espaço de tempo curto de outro ataque que ocorreu na semana anterior em São Paulo, em 27 de março, na Escola Estadual Thomazia Montoro.[10]

Consequências

Cobertura jornalística

Em função da "janela de efeito contágio" e de estudos indicarem que muitos dos criminosos procuram a fama ao perpetrar os ataques, no mesmo dia o Grupo Globo anunciou uma mudança na política de cobertura de massacres, anunciando que nomes e imagens dos criminosos, bem como imagens das ações, nunca mais seriam divulgadas. Antes, segundo explicado por jornalistas como William Bonner, que deu a informação no Jornal Nacional, a política era de divulgar estes dados apenas uma única vez. "Essa política muda nesta quarta-feira (5) e será ainda mais restritiva: o nome e a imagem de autores de ataques jamais serão publicados, assim como vídeos das ações. A decisão segue as recomendações mais recentes de prestigiados especialistas no tema, para quem dar visibilidade a agressores pode servir como um estímulo a novos ataques", explicou ele. [11]

O Estado de S. Paulo não divulgou fotos ou vídeos do atentado. No portal, pouco após o crime, junto à notícia divulgada, havia a seguinte nota:

Políticas públicas

O Governo Federal, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou imediatamente a criação de um Grupo de Trabalho interministerial, que receberia 150 milhões em recursos, a serem destinados aos estados e municípios, por meio do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), para implementação de ações imediatas na tentativa de controlar este tipo de ataque. Entre as ações previstas estavam o fortalecimento da ronda escolar e monitoramento virtual de ameaças feitas em redes sociais. [13]

Ver também

Referências

  1. Mariana Albuquerque (5 de abril de 2023). «Ataque em creche em Blumenau foi feito com uma machadinha». Correio Braziliense. Consultado em 5 de abril de 2023. Cópia arquivada em 5 de abril de 2023 
  2. a b c «Quatro crianças são mortas em ataque a creche em Blumenau; homem foi preso». G1. 5 de abril de 2023. Consultado em 5 de abril de 2023. Cópia arquivada em 5 de abril de 2023 
  3. a b Mariana Costa (5 de abril de 2023). «Massacre em creche de Blumenau é "tragédia inaceitável", diz Lula». Metrópolis. Consultado em 5 de abril de 2023. Cópia arquivada em 5 de abril de 2023 
  4. «Ataque desta quarta imita o massacre de Saudades (SC) em 2021, diz pesquisadora». O Globo. 5 de abril de 2023. Consultado em 5 de abril de 2023. Cópia arquivada em 5 de abril de 2023 
  5. Vanessa Buschschlüter (5 de abril de 2023). «Brazil kindergarten attack: Man kills four children in Blumenau» (em inglês). BBC News. Consultado em 5 de abril de 2023. Cópia arquivada em 5 de abril de 2023 
  6. «Autor de ataque a creche de Blumenau já esfaqueou padrasto e cachorro, diz polícia | ND Mais». ndmais.com.br. 5 de abril de 2023. Consultado em 6 de abril de 2023 
  7. Tempo, O. (5 de abril de 2023). «Autor de ataque em creche de Blumenau sofreu surto psicótico, diz polícia | O TEMPO». www.otempo.com.br. Consultado em 6 de abril de 2023 
  8. «Ataque a creche em Blumenau: veja quem são as vítimas». G1. Consultado em 5 de abril de 2023 
  9. «Crianças que morreram após ataque a creche são veladas em Blumenau». G1. Consultado em 6 de abril de 2023 
  10. «Creche em Blumenau: publicar imagem de agressor potencializa 'efeito contágio' para novos ataques, alerta especialista». BBC. Consultado em 5 de abril de 2023 
  11. «Grupo Globo muda política sobre cobertura de massacres». G1. Consultado em 6 de abril de 2023 
  12. «Ataque a creche em Blumenau: 'Só sobrou a mochila do meu filho', diz pai de vítima». Estadão. Consultado em 5 de abril de 2023. NOTA DA REDAÇÃO: O Estadão decidiu não publicar foto, vídeo, nome ou outras informações sobre o autor do ataque, embora ele seja maior de idade. Essa decisão segue recomendações de estudiosos em comunicação e violência. Pesquisas mostram que essa exposição pode levar a um efeito de contágio, de valorização e de estímulo do ato de violência em indivíduos e comunidades de ódio, o que resulta em novos casos. A visibilidade dos agressores é considerada como um “troféu” dentro dessas redes. Pelo mesmo motivo, também não foram divulgados vídeos do ataque em uma escola estadual na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, no último dia 27 de março. 
  13. «Governo anuncia R$ 150 milhões para combate à violência nas escolas». Planalto. Consultado em 6 de abril de 2023