Isaac Silva: diferenças entre revisões
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Isa Isaac é a primeira de duas filhas de Máximo Silva, um [[caixeiro-viajante]], e Leila Silva, uma [[dona de casa]]. Em Barreiras teve o primeiro |
Isa Isaac é a primeira de duas filhas de Máximo Silva, um [[caixeiro-viajante]], e Leila Silva, uma [[dona de casa]]. Em Barreiras teve o primeiro contacto com a [[moda]] através de Lorena, uma vizinha costureira do bairro. Seu pai morreu quando tinha 12 anos e, dois anos depois, a família muda-se para [[Salvador]]. Então, ingressou no curso de ''Design'' e Gestão na [[Universidade Salvador]] (UNIFACS) e aprofundou seu conhecimento de [[religiões de matriz africana]], que influenciam a sua obra.<ref name=":0">{{Citar web|url=https://revistamarieclaire.globo.com/Moda/noticia/2022/09/isaac-silva-tive-que-negar-minha-mulheridade-para-sobreviver.html|titulo=Isaac Silva: 'Tive que negar minha mulheridade para sobreviver'|data=2022-10-30|acessodata=2023-09-13|website=Revista Marie Claire|lingua=pt-br}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.uol.com.br/ecoa/reportagens-especiais/isaac-silva/|titulo=Moda que transforma: "Roupa é para vestir os corpos. Independente do gênero": para estilista Isaac Silva, moda é política|acessodata=2023-09-13|website=www.uol.com.br|lingua=pt-br}}</ref><ref name=":1">{{Citar periódico |url=https://dobras.emnuvens.com.br/dobras/article/view/1244 |título=A afromoda e o estilista Isaac Silva |data=2020-12-01 |acessodata=2023-09-13 |periódico=dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda |número=30 |ultimo=Cristina Silva Aragão Caetano |primeiro=Sheila |paginas=243–256 |doi=10.26563/dobras.i30.1244 |issn=2358-0003}}</ref> |
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Em 2008, mudou-se para [[São Paulo]], onde completou o curso de Tecnologia de Produção do Vestuário no [[Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial]] (SENAI). Inicialmente trabalhou na [[indústria têxtil|indústria de produção de vestuário]], colaborando com marcas da região do [[Brás (bairro de São Paulo)|Brás]] e [[Bom Retiro (bairro de São Paulo)|Bom Retiro]] e com estilistas como [[Gustavo Silvestre]] e [[Geraldo Couto]]. Em 2015 criou a sua marca homônima e, em 2016, passou a apresentar as suas coleções na [[Casa de Criadores]], iniciando com a coleção ''Dandaras do Brasil''.<ref name=":1" /> Em 2018, foi convidada a integrar a [[São Paulo Fashion Week]] por [[Paulo Borges (produtor de eventos)|Paulo Borges]], participação que se repetiu noutras edições.<ref name=":0" /><ref name=":1" /> |
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* N50 (novembro de 2020): ''Jacira, Flores para Iemanjá'', apresentação digital inspirada por uma história acerca de [[orixá]]s, que faz homenagem a uma tia de Isaac. |
* N50 (novembro de 2020): ''Jacira, Flores para Iemanjá'', apresentação digital inspirada por uma história acerca de [[orixá]]s, que faz homenagem a uma tia de Isaac. |
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* N51 (2021): ''Axé, boca da mata!'' Primeira colaboração com [[Havaianas]], juntamente com a |
* N51 (2021): ''Axé, boca da mata!'' Primeira colaboração com [[Havaianas]], juntamente com a activista [[Neon Cunha]].<ref>{{Citar web|url=https://revistamarieclaire.globo.com/Moda/noticia/2021/11/isaac-silva-chega-europa-com-collab-e-apresenta-cores-da-bahia-na-spfw.html|titulo=Isaac Silva chega a Europa com collab e apresenta as cores da Bahia na SPFW|data=2022-08-25|acessodata=2023-09-13|website=Revista Marie Claire|lingua=pt-br}}</ref> |
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* N52 (novembro de 2021): ''Cores da Bahia'', inspirada na cultura e natureza do estado nordestino, em parceria com Havaianas |
* N52 (novembro de 2021): ''Cores da Bahia'', inspirada na cultura e natureza do estado nordestino, em parceria com Havaianas |
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* N53 (junho de 2022): ''Panterona'', em homenagem a [[Márcia Pantera]] e [[Eartha Kitt]] com referência ao [[Partido dos Panteras Negras]], movimento político [[Antirracismo|antirracista]] dos anos 1960-1970 nos [[Estados Unidos]].<ref>{{Citar web|url=https://spfw.com.br/desfile/isaac-silva/|titulo=Isaac Silva - São Paulo Fashion Week Origens|acessodata=2023-09-13|website=spfw.com.br|lingua=pt-BR}}</ref> |
* N53 (junho de 2022): ''Panterona'', em homenagem a [[Márcia Pantera]] e [[Eartha Kitt]] com referência ao [[Partido dos Panteras Negras]], movimento político [[Antirracismo|antirracista]] dos anos 1960-1970 nos [[Estados Unidos]].<ref>{{Citar web|url=https://spfw.com.br/desfile/isaac-silva/|titulo=Isaac Silva - São Paulo Fashion Week Origens|acessodata=2023-09-13|website=spfw.com.br|lingua=pt-BR}}</ref> |
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Revisão das 02h19min de 7 de março de 2024
| Isaac Silva | |
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| Nascimento | 1989 Barreiras |
| Cidadania | Brasil |
| Ocupação | estilista |
Isa Isaac Silva (Barreiras, 1989) é uma designer de moda brasileira e fundadora da marca Isaac Silva. É também empresária, influenciadora de moda, consultora, e palestrante.
Biografia
Isa Isaac é a primeira de duas filhas de Máximo Silva, um caixeiro-viajante, e Leila Silva, uma dona de casa. Em Barreiras teve o primeiro contacto com a moda através de Lorena, uma vizinha costureira do bairro. Seu pai morreu quando tinha 12 anos e, dois anos depois, a família muda-se para Salvador. Então, ingressou no curso de Design e Gestão na Universidade Salvador (UNIFACS) e aprofundou seu conhecimento de religiões de matriz africana, que influenciam a sua obra.[1][2][3]
Em 2008, mudou-se para São Paulo, onde completou o curso de Tecnologia de Produção do Vestuário no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Inicialmente trabalhou na indústria de produção de vestuário, colaborando com marcas da região do Brás e Bom Retiro e com estilistas como Gustavo Silvestre e Geraldo Couto. Em 2015 criou a sua marca homônima e, em 2016, passou a apresentar as suas coleções na Casa de Criadores, iniciando com a coleção Dandaras do Brasil.[3] Em 2018, foi convidada a integrar a São Paulo Fashion Week por Paulo Borges, participação que se repetiu noutras edições.[1][3]
Em 2019 revelou-se publicamente como pessoa transgênero e queer.[4]
A obra artística de Isaac é permeada por referências à cultura afro-brasileira e indígena, que combina com uma abordagem inclusiva e despreconceituosa. Isaac cria maioritariamente roupa unissex e de tamanhos que vão do XP ao XXG. A sustentabilidade, moda eticamente produzida e o investimento em produtos nacionais são também temas que a designer procura integrar na sua obra.[3][5][6][7][8]
Obra
Coleções na Casa dos Criadores
- Edição 39 (2016): Dandaras do Brasil, inspirada por Dandara dos Palmares, símbolo de resistência, pertencente ao Quilombo dos Palmares.
- Edição 40 (2016): Geração Tombamento, inspirada por movimentos de empoderamento por via da moda e música que valoriza a identidade negra, estes relacionados com a música Tombei, da rapper Karol Conká.
- Edição 41 (2017): combinação entre o estilo pessoal e o afrofuturismo da influenciadora digital Magá Moura.
- Edição 42 (2017): Seja um raio de sol, coleção dedicada à moda e cultura afro-brasileiras, inspirado na filosofia do bantu.
- Edição 43 (2018): coleção em homenagem a Xica Manicongo.
- Edição 44 (2018): coleção em homenagem a orixás, inspirada por quatro divindades: Nanã, Oiá, Oxum e Iemanjá.
- Edição 45 (2019): coleção em referência ao Egito.
Coleções na São Paulo Fashion Week
- N48 (2019): Acredite no seu Axé, com um elenco de modelos fora do padrão de desfiles de moda, incluindo mulheres negras e mulheres gordas. O tema reflecte sobre a intolerância das religiões de matriz africana.[9][10]
- N49 (abril de 2020): edição cancelada devido à pandemia de COVID-19
- N50 (novembro de 2020): Jacira, Flores para Iemanjá, apresentação digital inspirada por uma história acerca de orixás, que faz homenagem a uma tia de Isaac.
- N51 (2021): Axé, boca da mata! Primeira colaboração com Havaianas, juntamente com a activista Neon Cunha.[11]
- N52 (novembro de 2021): Cores da Bahia, inspirada na cultura e natureza do estado nordestino, em parceria com Havaianas
- N53 (junho de 2022): Panterona, em homenagem a Márcia Pantera e Eartha Kitt com referência ao Partido dos Panteras Negras, movimento político antirracista dos anos 1960-1970 nos Estados Unidos.[12]
- N54 (novembro de 2022): As Griôs, em homenagem a Marisa Moura e Mama e baseada na tradição oral africana de partilha e preservação cultural com referências ao filme Pantera Negra: Wakanda Para Sempre.[13][14]
- N55 (maio de 2023): Banho de Axé, homenagem a Carmem Silva, líder do Movimento Sem-Teto do Centro (MSTC), com inspiração na música Banho de Folhas de Luedji Luna, e em colaboração com a artista Heloísa Ariadne, Neon Cunha e marisqueiras do quilombo de São Lourenço.[1][15][16]
Referências
- ↑ a b c «Isaac Silva: 'Tive que negar minha mulheridade para sobreviver'». Revista Marie Claire. 30 de outubro de 2022. Consultado em 13 de setembro de 2023
- ↑ «Moda que transforma: "Roupa é para vestir os corpos. Independente do gênero": para estilista Isaac Silva, moda é política». www.uol.com.br. Consultado em 13 de setembro de 2023
- ↑ a b c d Cristina Silva Aragão Caetano, Sheila (1 de dezembro de 2020). «A afromoda e o estilista Isaac Silva». dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda (30): 243–256. ISSN 2358-0003. doi:10.26563/dobras.i30.1244. Consultado em 13 de setembro de 2023
- ↑ «"Hoje falo no espelho: olha a pessoa maravilhosa que você se tornou", diz Isa Isaac Silva sobre a transição de gênero». Vogue. 8 de abril de 2023. Consultado em 13 de setembro de 2023
- ↑ Hungria, Carol (25 de maio de 2023). «Isaac Silva dá seu banho de axé». Harper's Bazaar » Moda, beleza e estilo de vida em um só site. Consultado em 13 de setembro de 2023
- ↑ «Isaac Silva encerra SPFW com festa LGBTQIA+ e show de drag queens lendárias». Folha de S.Paulo. 5 de junho de 2022. Consultado em 13 de setembro de 2023
- ↑ Braulino, Thayná (25 de maio de 2023). «Isaac Silva faz desfile emblemático no SPFW 2023». Noticia Preta - NP. Consultado em 13 de setembro de 2023
- ↑ «A moda ativista de Isaac Silva, estreante da SPFW». CLAUDIA. 17 de outubro de 2019. Consultado em 13 de setembro de 2023
- ↑ «SPFW: Isaac Silva leva a passarela branco de guerra, representatividade e axé». Revista Marie Claire. 25 de agosto de 2022. Consultado em 13 de setembro de 2023
- ↑ «Estilista negro que enfrentou indústria essencialmente branca é destaque na SPFW»
. Folha de S.Paulo. 18 de outubro de 2019. Consultado em 13 de setembro de 2023
- ↑ «Isaac Silva chega a Europa com collab e apresenta as cores da Bahia na SPFW». Revista Marie Claire. 25 de agosto de 2022. Consultado em 13 de setembro de 2023
- ↑ «Isaac Silva - São Paulo Fashion Week Origens». spfw.com.br. Consultado em 13 de setembro de 2023
- ↑ «Estilista negro que enfrentou indústria essencialmente branca é destaque na SPFW». Folha de S.Paulo. 18 de outubro de 2019. Consultado em 13 de setembro de 2023
- ↑ portalestiloempauta (22 de novembro de 2022). «Fashion: Isaac Silva homenageou Marisa Moura e Mama na SPFW N54». PORTAL ESTILO EM PAUTA. Consultado em 13 de setembro de 2023
- ↑ «Isaac Silva - São Paulo Fashion Week Origens». spfw.com.br. Consultado em 13 de setembro de 2023
- ↑ Visão, Em (25 de maio de 2023). «EM VISÃO NA 55ª SPFW: Isaac Silva – Banho de Axé - Em Visão». Em Visão - A revista digital mais influente da Amazônia. Consultado em 13 de setembro de 2023
