Estatísticas da temporada de furacões no Atlântico de 2005

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A temporada de furacões no Atlântico de 2005 quebrou numerosos recordes de formação ciclônica e de intensidade. A temporada teve um total de trinta e um ciclones tropicais e subtropicais, muito dos quais quebraram recordes como tempestade individual, bem como contribuidor de vários recordes da temporada. Este artigo é um aprofundamento das estatísticas da temporada de furacões no Atlântico de 2005.

Número de tempestades[editar | editar código-fonte]

A temperatura da superfície do mar em 15 de Dezembro de 2005

A temporada de furacões no Atlântico de 2005, com 28 tempestades nomeáveis (aquelas com a velocidade do vento superior a 63 km/h), é a temporada mais ativa da história, ultrapassando as 21 tempestades nomeáveis da temporada de 1933.[1][2] Com 15 furacões, a temporada de 2005 também teve o maior número de furacões numa temporada, ultrapassando os 12 furacões da temporada de 1969. Enquanto que a temporada de 1950 ainda mantém o recorde do maior número de furacões 'maiores' numa única temporada, com oito (2005 teve sete), a temporada de 2005 empatou com a temporada de 1999 no recorde de maior número de furacões de categoria 4 e 5 na escala de furacões de Saffir-Simpson numa única temporada, além de deter o maior número de furacões de categoria 5 formados numa única temporada, com quatro.

Previsão de tempestades
para temporada de 2005
em Agosto de 2005
Previsão de
Agosto
Números
finais
Média das
temporadas
Tempestades
tropicais
18-21 28 11
Furacões 9-11 15 6
Furacões
"maiores"
5-7 7 2

Com a formação da tempestade tropical Vince, da tempestade tropical Wilma e da tempestade tropical Alpha, 2005 tornou-se a primeira temporada a ter tempestades tropicais com o nome começado com as letras "V", "W" e com as letras gregas, respectivamente, desde que a atribuição de nomes às tempestades começou em 1950.[1] A temporada de 2005 teve a distinção de ser apenas a segunda temporada a usar nomes começados com as letras "R", "S" e "T". Apenas a temporada de 1995 tinha usado anteriormente nomes começados com estas letras.[3]

A temporada de 2005 detém o recorde de maior número de tempestades a se formar num mês de Julho. Cinco tempestades (Cindy, Dennis, Emily, Franklin e Gert) formaram-se durante o período. O recorde anterior de número de tempestades formados num mês de Julho era de quatro; este recorde pertencia à temporada de 1966 e de 1955.[2]

As temporadas de 2005 e de 1933 detêm também o recorde de maior número de tempestades (17) formadas antes do fim do mês de Setembro. A temporada de 2005 também detém o recorde de maior número de tempestades (24) formados antes do fim de Outubro e também o recorde de maior número de tempestades durante o mês de outubro (7); são eles: Stan, tempestade subtropical sem nome, Tammy, vince, Wilma, Alpha e Beta. O recorde anterior pertencia à temporada de 1950. A temporada de 2005 também quebrou o recorde de maior número de tempestades formados num mês de Novembro, com 3 sistemas; são eles: Gamma, Delta e Epsilon.

Atividade total[editar | editar código-fonte]

A atividade tropical durante a temporada de 2005 foi anormalmente contínua do começo ao fim, diferentemente da maioria das temporadas de furacões, que têm períodos significativamente quietos. Das 26 semanas da temporada de furacões, apenas duas não tiveram ciclones tropicais ativos em algum momento (as semanas de 19 de Julho e de 6 de Novembro). Num período de 126 dias (entre 28 de Junho e 31 de Outubro, somente 16 não tiveram uma tempestade ativa. Neste período, também não houve três dias consecutivos de ausência de atividade tropical.[2] Houve recordes ou quase-recordes de atividade durante cada mês da temporada, exceto o mês de Junho.[2]

A temporada de 2005 foi a primeira temporada de furacões desde que começaram as observações mensuráveis a superar em número de sistemas tropicais a bacia do Pacífico noroeste, que é tipicamente a mais ativa bacia oceânica do mundo.

Estatísticas[editar | editar código-fonte]

Esta tabela mostra o número de tempestades por mês de formação e pela categorização através da escala de furacões de Saffir-Simpson. Os significados das letras (ou números) podem ser obtidos pela passagem do cursor sobre as próprias letras.

As entradas em negrito são recordes ou empates obtidos pela temporada de 2005.

Mês Nº de tempestades de
categoria...
Nº de tempestades de
no mínimo de categoria...
D T 1 2 3 4 5 D S 1 2 3 4 5
Jan-Mai 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Junho 0 2 0 0 0 0 0 2 2 0 0 0 0 0
Julho 0 2 1 0 0 1 1 5 5 3 2 2 2 1
Agosto 1 3 0 1 0 0 1 6 5 2 2 1 1 1
Setembro 1 0 3 0 1 0 1 6 5 5 2 2 1 1
Outubro 1 3 2 0 1 0 1 8 7 4 2 2 1 1
Novembro 0 2 1 0 0 0 0 3 3 1 0 0 0 0
Dezembro 0 1 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0
Temporada 3 13 7 1 2 1 4 31 28 15 8 7 5 4

Tempestades mais fortes[editar | editar código-fonte]

Os mais intensos furacões no Atlântico
A intensidade é medida somente pela pressão central
Posição Furacão Temporada Pressão Mín.
1 Wilma 2005 882 mbar (hPa)
2 Gilbert 1988 888 mbar (hPa)
3 "Dia do Trabalho" 1935 892 mbar (hPa)
4 Rita 2005 895 mbar (hPa)
5 Allen 1980 899 mbar (hPa)
6 Katrina 2005 902 mbar (hPa)
7 Camille 1969 905 mbar (hPa)
Mitch 1998 905 mbar (hPa)
Dean 2007 905 mbar (hPa)
10 Ivan 2004 910 mbar (hPa)
Fonte: Departamento de comércio dos EUA

O furacão Katrina foi brevemente o quarto ciclone tropical atlântico mais intenso na história, com uma pressão central mínima de 902 mbar, em 28 de Agosto.[4] Katrina foi ultrapassado pelos furacões Rita[5] e Wilma[6] mais tarde naquela temporada.

O Rita tornou-se o terceiro ciclone tropical atlântico mais intenso e o mais intenso furacão na história no golfo do México após alcançar uma pressão mínima central de 895 mbar em 21 de Setembro.[5] O furacão Rita foi ultrapassado por Wilma mais tarde naquela temporada.[6]

O furacão Wilma tornou-se o mais intenso ciclone tropical atlântico na história registrada pouco antes das 5:00 am EDT de 18 de Outubro, quando a pressão central mínima foi mensurada em 884 mbar.[6] Três horas mais tarde, Wilma continuou a se intensificar, alcançando a pressão central mínima de 882 mbar.[6] Wilma detém também o recorde de ser o único ciclone tropical atlântico a ter a pressão central mínima abaixo de 900 hPa sem ser um furacão de categoria 5: em 20 de outubro, seus ventos máximos sustentados eram de 250 km/h e sua pressão central mínima era de 894 mbar.[6] Pela primeira vez na história, uma única temporada de furacões teve três furacões figurando entre os 10 ciclones tropicais atlânticos mais intensos. A temporada de 2005 foi também a única temporada de furacões a ter dois furacões com a pressão central mínima abaixo de 900 hPa (Rita, 895, e Wilma, 882).[7]

O furacão Wilma também sofreu a mais rápida intensificação dentro de um período de 24 horas já medido.[6] Na tarde de 19 de Outubro, Wilma tinha uma pressão central mínima de 980 mbar (hPa); na tarde do dia seguinte, a pressão central mínima era de 882 mbar (hPa), uma queda de 98 mbar,[6] quebrando o recorde mundial que pertencia ao super tufão Forrest, que esteve ativo no Pacífico noroeste em 1983.[8] Algumas fontes, no entanto, dizes que a pressão central mínima de Forrest foi menor do que originalmente medido (876 mbar no lugar de 883 mbar). Isto implicaria que Forrest ainda detém o recorde da mais rápida intensificação, uma queda de 100 mbar em 24 horas.

Além disso, os furacões Dennis e Emily, ambos formados em Julho, alcançaram as pressões centrais mínimas de 930 mbar[9] e 929 mbar,[10] respectivamente, se tornando os dois ciclones tropicais mais intensos num mês de Julho da história.[7] O furacão Katrina foi também o mais intenso ciclone tropical na história a fazer landfall, em termos de pressão, nos Estados Unidos, somente atrás o furacão do dia do trabalho de 1935 e do furacão Camille de temporada de furacões no Atlântico de 1969.[4][7]

Quando o furacão Emily alcançou a intensidade de um furacão de categoria 5 em 16 de Julho, tornou-se o furacão de categoria 5 que se formou de modo mais antecipado numa temporada de furacões, batendo o recorde anterior do furacão Allen na temporada de 1980.[7][10] Quando Katrina alcançou a intensidade de um furacão de categoria 5 em 28 de Agosto, a temporada de 2005 se tornou uma dentre apenas três temporadas que tiveram dois furacões de categoria 5 numa única temporada na história (e a primeira desde a temporada de 1961).[4][7] Quando o Rita alcançou a intensidade de um furacão de categoria 5 em 21 de Outubro, 25 dias após Katrina, a temporada de 2005 tornou-se a única temporada de furacões com três furacões de categoria 5.[5][7] Este número aumentou para quatro quando Wilma alcançou a intensidade de um furacão de categoria 5 em 19 de Outubro, dobrando o recorde anterior das temporadas de 1960 e de 1961, se tornando a única temporada a ter quatro furacões de categoria 5.[7][11]

Formação antecipada[editar | editar código-fonte]

Quase toda tempestade de 2005 estabeleceu um recorde de formação mais antecipada. A tabela mostra as datas nas quais cada tempestade se formou, e o velho recorde de formação mais antecipada, pela ordem cronológica.

Formação antecipada das tempestades em 2005
Dos dados de "melhor trajetória" do NHC.[12]
Nº da
tempestade
Dia de formação Nome Recorde anterior Diferença
1 9 de Junho Arlene 19 de Janeiro, 1978 +141 dias
2 28 de Junho Bret 17 de Maio de 1887 +42 dias
3 5 de Julho Cindy 11 de Junho de 1887 +24 dias
4 5 de Julho Dennis Cindy, em 7 de Julho de 1959 -2 dias
5 11 de Julho Emily Danny, 16 de Julho de 1997 -5 dias
6 21 de Julho Franklin 4 de Agosto de 1936 -14 dias
7 24 de Julho Gert 7 de Agosto de 1936 -14 dias
8 3 de Agosto Harvey 15 de Agosto de 1936 -12 dias
9 7 de Agosto Irene 20 de Agosto de 1936 -13 dias
10 22 de Agosto Jose Jerry em 23 de Agosto de 1995 -1 dia
11 24 de Agosto Katrina 28 de Agosto de 1933/1936/
Karen - 1995
-4 dias
12 31 de Agosto Lee Luis, em 29 de Agosto de 1995 +2 dias
13 2 de Setembro Maria 8 de Setembro de 1936 -6 dias
14 5 de Setembro Nate 10 de Setembro de 1936 -5 dias
15 7 de Setembro Ophelia 16 de Setembro de 1933 -9 dias
16 17 de Setembro Philippe 27 de Setembro de 1933 -10 dias
17 18 de Setembro Rita 28 de Setembro de 1933 -10 dias
18 2 de Outubro Stan 1 de Outubro de 1933 +1 dia
19 4 de Outubro Sem nome 25 de Outubro de 1933 -21 dias
20 5 de Outubro Tammy 26 de Outubro de 1933 -21 dias
21 8 de Outubro Vince 15 de Novembro de 1933 -38 dias
22 17 de Outubro Wilma Inaplicável N/A
23 22 de Outubro Alpha Inaplicável N/A
24 27 de Outubro Beta Inaplicável N/A
25 18 de Novembro Gamma Inaplicável N/A
26 23 de Novembro Delta Inaplicável N/A
27 29 de Novembro Epsilon Inaplicável N/A
28 29 de Dezembro Zeta Inaplicável N/A

Tempestades individuais[editar | editar código-fonte]

Escala de Furacões de Saffir-Simpson
DT TS TT 1 2 3 4 5


A tabela abaixo descreve as características de cada tempestade individualmente. Estão incluídos as informações gerais e os landfalls de cada tempestade. As cores estão associados com a escala de furacões de Saffir-Simpson e estão sumarizados na tabela a direita deste parágrafo. (Para obter uma breve descrição de como a intensidade é definida, passe seu cursor no elemento apropriado da tabela.)

Estatísticas da temporada de furacões no Atlântico de 2005
Nome da tempestade Período ativo Categoria da tempestade
no pico de intensidade
Vento
máximo
(km/h)
Pressão
central
mínima (hPa)
ECA Landfall(s) Danos
(milhões de dólares)
Fatalidades
Onde Quando Ventos (km/h)
Arlene 8 a 13 de Junho Tempestade
tropical
110 989 2,56 Cabo Corrientes, Cuba 10 de Junho 80 0 0
Pensacola, Flórida 11 de Junho 95 11,8 1
Bret 28 a 30 de Junho Tempestade
tropical
65 1.002 0,36 Tuxpan, México 29 de Junho 65 9 1
Cindy 3 a 7 de Julho Furacão de
categoria 1
120 991 1,52 Cozumel, México 4 de Julho 55 Desconhecido 0
Grand Isle, Luisiana, EUA 5 de Julho 120 60 1
Ansley, Mississippi, EUA 6 de Julho 80 260 2
Dennis 4 a 13 de Julho Furacão de
categoria 4
240 930 18,8 Cabo Cruz, Cuba 7 de Julho 225 ~3.000 74
Navarre Beach, Flórida 10 de Junho 195 2.230 15
Emily 10 a 21 de Julho Furacão de
categoria 5
260 929 32,9 Granada 14 de Julho 135 110 11
Tulum, México 18 de Julho 215 300 4
San Fernando, México 20 de Julho 200 140 0
Franklin 21 a 29 de Julho Tempestade
tropical
115 997 6,72 Nenhum 0 0
Gert 23 a 25 de Julho Tempestade
tropical
70 1.005 0,52 Cabo Rojo, México 24 de Julho 70 5 1
Harvey 2 a 8 de Agosto Tempestade
tropical
105 994 5,39 Nenhum 0 0
Irene 4 a 18 de Agosto Furacão de
categoria 2
170 970 13,1 Nenhum 0 0
Dez 13 a 14 de Agosto Depressão
tropical
55 1.005 0 Nenhum 0 0
Jose 22 a 23 de Agosto Tempestade
tropical
95 998 0,44 Veracruz, México 22 de Agosto 95 45 8
Katrina 23 a 30 de Agosto Furacão de
categoria 5
280 902 20 Aventura, Flórida 25 de Agosto 150 500 12
Buras-Triumph, Luisiana 29 de Agosto 200 45.000 ≥1.577
Pearlington, Mississippi 29 de Agosto 195 36.700 ≥247
Lee 28 a 1 de Setembro Tempestade
tropical
65 1.006 0,24 Nenhum 0 0
Maria 1 a 10 de Setembro Furacão de
categoria 3
185 962 14,3 Nenhum 0 0
Nate 6 a 17 de Setembro Furacão de
categoria 1
145 979 7,17 Nenhum 0 0
Ophelia 6 a 17 de Setembro Furacão de
categoria 1
135 976 15,7 Grand Bahama, Bahamas 6 de Setembro 55 0 0
Cabo Fear, Carolina do Norte (impacto direto, sem landfall) 14 de Setembro 110 70 3
Philippe 17 a 24 de Setembro Furacão de
categoria 1
130 985 5,95 Nenhum 0 0
Rita 18 a 26 de Setembro Furacão de
categoria 5
290 895 25,1 Passagem de Sabine, Texas 24 de Setembro 185 10.000 120
Dezenove 30 de Setembro a 2 de Outubro Depressão
tropical
55 1.009 0 Nenhum 0 0
Stan 1 a 5 de Outubro Furacão de
categoria 1
130 977 2,36 Tulum, México 2 de Outubro 65 1.500 ≥1,540
Veracruz, México 4 de Outubro 130 500 80
Sem nome 4 a 5 de Outubro Tempestade
subtropical
80 997 0 Nenhum 0 0
Tammy 5 a 6 de Outubro Tempestade
tropical
80 1.001 0,81 Mayport, Flórida 5 de Outubro 80 30 10
Vinte e Dois 8 a 10 de Outubro Depressão
subtropical
55 1.009 0 Nenhum 0 0
Vince 8 a 11 de Outubro Furacão de
categoria 1
120 988 1,66 Huelva, Espanha 11 de Outubro 55 0 0
Wilma 15 a 25 de Outubro Furacão de
categoria 5
300 882 (recorde) 38,9 Cozumel, México 21 de Outubro 240 400 17
Puerto Morelos, México 21 de Outubro 215 8.000 8
Cabo Romano, Flórida 24 de Outubro 195 20.700 37
Alpha 22 a 24 de Outubro Tempestade
tropical
80 998 0,65 Santa Cruz de Barahona, República Dominicana 23 de Outubro 80 5 43
Beta 26 a 31 de Outubro Furacão de
categoria 3
185 962 6,47 La Barra del Río Grande, Nicarágua 30 de Outubro 170 Desconhecidos 0
Gamma 13 a 21 de Novembro Tempestade
tropical
80 1.001 6,47 Departamento de Colón, Honduras
Impacto direto, sem landfall
13 de Novembro 80 18 41
Delta 23 a 28 de Novembro Tempestade
tropical
110 980 5,41 Ilhas Canárias
Impacto direto, sem landfall
27 de Novembro 110 364 7
Epsilon 29 de Novembro a 8 de Dezembro Furacão de
categoria 1
135 989 13,4 Nenhum 0 0
Zeta 29 de Dezembro a 6 de Janeiro de 2006 Tempestade
tropical
100 994 6,27 Nenhum 0 0

Energia ciclônica acumulada (ECA)[editar | editar código-fonte]

ECAs mais altos de temporadas
de furacões no Atlântico
(desde 1850[13])
Posição Temporada ECA
1 2005 248
2 1950 243
3 1893 231
4 1995 227
5 2004 224
6 1926 222
7 1933 213
8 1961 205
9 1955 199
10 1887 182
Artigo principal: Energia ciclônica acumulada
ECA (104 kt2) – Tempestade
1 38,9 Wilma 15 5,41 Delta
2 32,9 Emily 16 5,39 Harvey
3 25,1 Rita 17 2,56 Arlene
4 20,0 Katrina 18 2,36 Stan
5 18,8 Dennis 19 1,66 Vince
6 15,7 Ophelia 20 1,52 Cindy
7 14,3 Maria 21 1,33 Gamma
8 13,4 Epsilon 22 0,810 Tammy
9 13,1 Irene 23 0,650 Alpha
10   7,17 Nate 24 0,528 Gert
11   6,72 Franklin 25 0,448 Jose
12   6,47 Beta 26 0,368 Bret
13   6,27 Zeta 27 0,245 Lee
14   5,95 Philippe 28
Total=248,059

A tabela à direita mostra os ciclones tropicais da temporada de 2005 ordenados do maior para o menor valor de energia ciclônica acumulada (ECA), dado em algarismos significativos. O valor total da temporada foi de 248 x 104kt2, que é o mais alto valor sazonal do ECA já registrado. É pouco maior do que o valor de ECA da temporada de 1950 que teve um valor de ECA de 243 x 104kt2 (deve ser notado que o último ciclone tropical da temporada, Zeta, também esteve ativo em 2006. Nos cálculos do valor de ECA da temporada, todo o valor correspondente a Zeta, incluindo a sua contribuição para 2006, foi incluída no valor total do ECA da temporada de 2005). A energia ciclônica acumulada mede a combinação da força e da duração de um ciclone tropical. Com isso, ciclones tropicais de longa duração podem ter o valor de ECa mais alto do que ciclones tropicais mais fortes, mas com períodos de duração mais curtos. Esta discrepância é mais notada comparando os valores de ECA de Emily com os valores de ECA de Katrina e Rita: Emily não foi mais intenso do que qualquer um dos furacões anteriormente mencionados, mas se formou a uma distância maior da costa e, com isso, teve um período de duração maior antes de atingir a costa. Katrina e Rita, sendo que ambos se formaram sobre as Bahamas, logo atingiram a costa alguns dias após as suas formações, tendo um período de duração bem menor do que Emily. Além disso, os furacões Ophelia e Epsilon também têm valores de ECA altos devido aos seus longos períodos de duração, mesmo apesar de suas intensidades nunca passagem da categoria 1 na escala de furacões de Saffir-Simpson. A média do valor de ECA por tempestade em 2005 foi realmente perto da média sazonal. Em comparação com temporadas anteriores com altos valores de ECA, pode-se analisar a formação de furacões tipo Cabo Verde relativamente fortes, com valores de ECA mais altos, o que não ocorreu em 2005.

Outros recordes[editar | editar código-fonte]

O furacão Vince teve a sua formação mais a nordeste no Atlântico norte desde que os registros começaram a ser obtidos. Vince também foi o primeiro ciclone tropical a fazer landfall na Europa continental na história sem ter se tornado um ciclone extratropical antes.

Cinco nomes foram retirados - Dennis, Katrina, Rita, Stan e Wilma. Isto quebra o recorde de quatro, que pertencia anteriormente às temporadas de 1955, 1995 e 2004.

O nome Emily não foi retirada da lista de nomes de ciclones tropicais atlânticos no final da temporada, fazendo o furacão Emily um dentre apenas quatro furacões de categoria 5 que não teve seus nomes retirados. Os outros foram os furacões Edith, em 1971, Ethel, em 1960, e Cleo, em 1958 (embora o nome Cleo tenha sido retirado devido a outro furacão homônimo notável em 1964).

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b NOAA (13 de abril de 2006). «NOAA Reviews Record-Setting 2005 Atlantic Hurricane Season» (em inglês). National Oceanic and Atmospheric Administration. Consultado em 26 de abril de 2006 
  2. a b c d National Climatic Data Center (21 de agosto de 2006). «Climate of 2005 Atlantic Hurricane Season» (em inglês). NOAA. Consultado em 8 de agosto de 2008 
  3. National Hurricane Center (26 de dezembro de 1998). «The 1995 Atlantic Hurricane Season» (em inglês). NOAA. Consultado em 8 de agosto de 2008 
  4. a b c Richard D. Knabb; Jamie D. Rhome & Daniel P. Brown (20 de dezembro de 2005). «Tropical Cyclone Report: Hurricane Katrina» (PDF) (em inglês). NOAA. Consultado em 21 de maio de 2006 
  5. a b c Richard D. Knabb; Daniel P. Brown & Jamie R. Rhome (17 de março de 2006). «Tropical Cyclone Report: Hurricane Rita» (PDF) (em inglês). NOAA. Consultado em 21 de maio de 2006 
  6. a b c d e f g Richard J. Pasch; Eric S. Blake, Hugh D. Cobb III, & David P. Roberts (12 de janeiro de 2006). «Tropical Cyclone Report: Hurricane Wilma» (PDF) (em inglês). NOAA. Consultado em 21 de maio de 2006 
  7. a b c d e f g NHC Hurricane Research Division (1 de janeiro de 2008). «Atlantic hurricane best track ("HURDAT")» (em inglês). NOAA. Consultado em 12 de agosto de 2008 
  8. Joint Typhoon Warning Center. Super Typhoon Forrest. Acessado em 06/01/2007.
  9. National Hurricane Center (2005). «Tropical Cyclone Report: Hurricane Dennis» (PDF) (em inglês). NOAA. Consultado em 14 de fevereiro de 2006 
  10. a b National Hurricane Center (2006). «Tropical Cyclone Report: Hurricane Emily» (PDF) (em inglês). NOAA. Consultado em 13 de março de 2006 
  11. National Hurricane Center (2006). «Tropical Cyclone Report: Hurricane Wilma» (PDF) (em inglês). NOAA. Consultado em 14 de fevereiro de 2006 
  12. NHC/TPC Archive of Past Hurricane Seasons, Best Track data at bottom of page
  13. [1]