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Gorila: diferenças entre revisões

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Os gorilas vivem em [[floresta]]s tropicais ou sub-tropicais. Apesar da sua área de distribuição abranger apenas uma pequena percentagem de África, os gorilas existem numa grande variedade de [[altitude]]s. Os gorilas-de-montanha (''[[Gorilla beringei beringei]]'') habitam as florestas montanhosas do Albertine Rift, existendo entre os 2.225 até aos 4.267 m. Os [[Gorilla gorilla|gorilas-do-ocidente]] moram em florestas densas e [[pântano]]s das terras baixas e [[marisma]] até ao [[nível do mar]].
Os gorilas vivem em [[floresta]]s tropicais ou sub-tropicais. Apesar da sua área de distribuição abranger apenas uma pequena percentagem de África, os gorilas existem numa grande variedade de [[altitude]]s. Os gorilas-de-montanha (''[[Gorilla beringei beringei]]'') habitam as florestas montanhosas do Albertine Rift, existendo entre os 2.225 até aos 4.267 m. Os [[Gorilla gorilla|gorilas-do-ocidente]] moram em florestas densas e [[pântano]]s das terras baixas e [[marisma]] até ao [[nível do mar]].

Revisão das 12h53min de 16 de janeiro de 2009

 Nota: Para outros significados, veja Gorila (desambiguação).

Os gorilas são mamíferos primatas pertencentes ao género SOUSA, endémicos das florestas tropicais do centro da África. O fato de compartilharem 98%-99% do DNA com os seres humanos faz dos gorilas o parente vivo mais próximo, logo depois dos chimpanzés[1]. O gorila é o maior primata atualmente.

Os gorilas vivem em florestas tropicais ou sub-tropicais. Apesar da sua área de distribuição abranger apenas uma pequena percentagem de África, os gorilas existem numa grande variedade de altitudes. Os gorilas-de-montanha (Gorilla beringei beringei) habitam as florestas montanhosas do Albertine Rift, existendo entre os 2.225 até aos 4.267 m. Os gorilas-do-ocidente moram em florestas densas e pântanos das terras baixas e marisma até ao nível do mar.

Etimologia

O médico e missionário estadunidense Thomas S. Savage descreveu o gorila-do-ocidente pela primeira vez (na altura como o nome Troglodytes gorilla) em 1847 a partir de espécimes obtidos em Libéria.

O nome deriva da palavra grega tranliterada Gorillai (uma "tribo de mulheres peludas") descrita por Hannon, o Navegador, um navegador cartaginês e possível visitante (cerca de 480 a.C.) à área da actual Serra Leoa[2]. Na sua viagem, Hannon encontra o que considera serem pessoas selvagens e peludas numa ilha da costa ocidental africana. Três fêmeas foram capturadas e as suas peles levadas para Cartagena.

Fisiologia

Esqueleto de um gorila.

Os machos medem entre 1,65 e 2 metros de altura, e pesam entre 170 e 250 kg e as fêmeas a metade do peso dos machos, sendo considerado o maior dos primatas da atualidade. É capaz de levantar até 2 toneladas com os dois membros anteriores.

Os gorilas, geralmente, se locomovem em quatro patas. As suas extremidades anteriores são mais longas que as posteriores e semelhantes a braços, ainda são utilizadas também como ponto de apoio ao caminhar.

A estrutura facial do gorila é denominada de "mandíbula protuberante", já que ela é muito maior que o maxilar.

A gestação dura oito meses e meio e normalmente a próxima gestação só ocorre três ou quatro anos depois o nascimento, tempo este que os filhotes convivem com a mãe. A maturidade sexual é atingida entre 10 e 12 anos pelas fêmeas e entre 11 e 13 anos pelos machos, podendo ser modificados estes anos com a vivência nos cativeiros. E a esperança de vida oscila entre os trinta e cinqüenta anos, o record nesta categoria está com um gorila dum zoológico da Filadélfia que morreu aos 54 anos.

Sua dieta alimentar é, em grande parte, herbívora, uma vez que alimentam-se de frutas, folhas, brotos, mas também os insectos compõem menos de 2% do seu cardápio.

Todos os gorilas compartilham o mesmo tipo sangüíneo, o tipo B, e assim como os humanos, cada um indivíduo possue uma impressão digital única.

Estado de conservação

Ambas espécies de gorila estão em perigo de extinção, e têm sido sujeitas a intensa caça furtiva. Ameaças à sobrevivência dos gorilas incluem destruição de habitat e ao mercado de carne de caça. Em 2004, uma população de algumas centenas de gorilas no Odzala National Park, na República do Congo foi essencialmente devastada pelo vírus ébola[3]. Um estudo de 2006 publicado na revista Science concluiu que mais de 5000 gorilas podem ter morrido devido a surtos recentes do Ébola na África central. Os investigadores indicaram que isto em conjunção com a caça comercial cria uma "receita para uma extinção ecológica rápida."[4]. Esforços de conservação incluem o Great Apes Survival Project, uma parceria entre a Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente e a UNESCO; e ainda um tratado internacional, chamado Gorilla agreement em inglês, concluído sob o auspício da Convenção sobre Espécies Migratórias O Gorila Agreement é o primeiro instrumento legal apontado exclusivamente à conservação do gorila e entrou em funcionamento em 1 de Junho de 2008.

Em Agosto de 2008, um estudo da Wildlife Conservation Society, anunciou a existência de uma população previamente desconhecida nas florestas do Congo, o que duplicou o número de gorilas conhecidos na natureza para cerca de 125.000[5].

Evolução e classificação

Gorila-do-ocidente.

Do mesmo modo que a ciência, os estudos taxonômicos acerca dos gorilas não estão estabelecidos definitivamente. Isso pode ser percebido com o fato de até recentemente ser considerada a existência de três espécies de gorila: o gorila-do-ocidente das terras baixas, o gorila-do-oriente das terras baixas e o gorila-das-montanhas. Actualmente há consenso que há duas espécies com duas subespécies cada. Entretanto, correntes mais recentes afirmam a existência de mais uma subespécie, a qual pertenceria a Gorilla beringei, localizada na população de gorilas das montanhas de Bwindi, que é, por vezes, chamado de gorila-de-indi.

Os taxonomistas e primatologistas, além doutros cientistas da área, continuam estudando as relações entre as espécies de gorilas[6], e de acordo com o concensso atual e sua publicação mais recente (Primate Taxonomy, Colin Groves 2001 ISBN 1-56098-872-X) lista duas espécies reconhecidas, cada qual com duas subespécies:

Os parentes mais próximos dos gorilas são chimpanzés e humanos, que se separaram dos gorilas à cerca de 7 milhões de anos[8]. Genes humanos diferem na sua sequência em apenas 1,6% em média dos genes de gorila correspondentes, mas há diferenças adicionais no número de cópias que cada gene tem[9].

Inteligência

Uma gorila fêmea mostrando o uso de ferramentas. Ela usa um tronco de uma árvore como suporte enquanto pesca.

Os gorilas são aparentados aos humanos e são considerados altamente inteligentes. Alguns indivíduos em cativeiro, tais como a Koko, aprenderam alguns sinais da linguagem gestual (veja linguagem animal para uma discussão).

Uso de ferramentas

As seguintes observações foram feitas por uma equipa liderada por Thomas Breuer da Wildlife Conservation Society em Setembro de 2005. Os gorilas são conhecidos por usarem ferramentas na natureza. Uma gorila fêmea do Nouabalé-Ndoki National Park na República do Congo foi gravada a usar um pau para determinar a profundidade da água enquanto atravessava um pântano. Uma segunda fêmea foi vista a usar um toco de árvore como uma ponte e também para a suportar enquanto pescava no pântano. Isto que dizer que todos os hominídeos são agora conhecidos por usar ferramentas[10].

Em Setembro de 2006, um gorila com dois anos e meio da República do Congo foi descoberto por usar pedras para abrir frutos de palmeira dentro de um santuário de caça[11]. Enquanto que esta foi a primeira observação do género para um gorila, há quarenta anos atrás os chimpanzés já tinham sido observados a usar ferramentas na natureza, a 'pescar' térmitas. Os hominídeos não-humanos são dotados de um "agarrar" semi-preciso, e são capazes certamente de usar quer ferramentas simples como até armas, improvisando um taco a partir de um ramo caído.

Distribuição geográfica

Distribuição das populações de gorilas

Os gorilas vivem na zona equatorial da África, e as duas espécies estão separadas por 750 km de distância.[12]

O gorila-ocidental vive numa área de cerca de 710.000 km² que compreende partes da Nigéria, Camarões, República Centro-Africana, Guiné Equatorial, Gabão, República do Congo, Angola e a extremidade ocidental da República Democrática do Congo. Enquanto que o gorila-oriental habita uma zona restrita com cerca de 112.000 km² que compreende a extremidade oriental da República Democrática do Congo, da Uganda e Ruanda.[12]

Referências culturais

Os gorilas são e foram bastante representados e lembrados em produções artísticas, entre elas as mais conhecidas são os filmes de King Kong, além de exemplos como Planeta dos macacos, Scorporilla(uma mistura de Escorpião e Gorila que aparece nos jogos Crash of the Titans e Crash Bandicoot: Mind Over Mutant) e Donkey Kong.

Curiosidades

Referências

  1. In a talk presented at the Annual Meeting of the American Anthropological Association on November 20, 1999, Jonathan Marks stated: "Humans, chimpanzees, and gorillas are within two percentage points of one another genetically." MARKS, Jonathan. «What It Really Means To Be 99% Chimpanzee» (em inglês). Consultado em 10 de outubro de 2006 
  2. Müller, C. (1855-61). Geographici Graeci Minores. [S.l.: s.n.] pp. 1.1–14: text and trans. Ed, J. Blomqvist (1979)  Verifique data em: |ano= (ajuda)
  3. «Gorillas infecting each other with Ebola». NewScientist.com. 2006-07-10. Consultado em 10 de julho de 2006 
  4. «Ebola 'kills over 5,000 gorillas'». News.bbc.co.uk. 8 de dezembro de 2006. Consultado em 9 de dezembro de 2006 
  5. Priya Shetty. «'Lost world' of gorillas discovered in the Congo». NewScientist.com (em inglês). Consultado em 16 de Agosto de 2008 
  6. Groves, Colin (2002). «A history of gorilla taxonomy» (PDF). Cambridge University Press. Gorilla Biology: A Multidisciplinary Perspective, Andrea B. Taylor & Michele L. Goldsmith (editors): pp. 15–34. doi:10.2277/0521792819 
  7. Groves, C.P. (2005). Wilson, D. E.; Reeder, D. M, eds. Mammal Species of the World 3.ª ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. pp. 181–182. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494 
  8. Glazko, GV (2003). «Estimation of divergence times for major lineages of primate species». Mol. Biol. Evol. 20 (3): 424–34. 12644563  Parâmetro desconhecido |co-autores= ignorado (ajuda)
  9. Goidts, V; Armengol L, Schempp W, et al (2006). «Identification of large-scale human-specific copy number differences by inter-species array comparative genomic hybridization». Hum. Genet. 119 (1-2): 185–98. doi:10.1007/s00439-005-0130-9. 16395594 
  10. Breuer, T; Ndoundou-Hockemba M, Fishlock V (2005). «First Observation of Tool Use in Wild Gorillas». PLoS Biol. 3 (11): e380. PMID doi:[http://dx.doi.org/10.1371%2Fjournal.pbio.0030380 10.1371/journal.pbio.0030380 16187795 [[Digital object identifier|doi]]:[http://dx.doi.org/10.1371%2Fjournal.pbio.0030380 '"`UNIQ--nowiki-00000028-QINU`"']] Verifique |pmid= (ajuda). doi:10.1371/journal.pbio.0030380 
  11. «A Tough Nut To Crack For Evolution». CBS News. 18 de outubro de 2005. Consultado em 18 de outubro de 2006 
  12. a b Groves, C.P. (2005). Wilson, D. E.; Reeder, D. M, eds. Mammal Species of the World 3.ª ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. 163 páginas. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494 

Ver também

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Ligações externas