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Incêndio na boate Kiss: diferenças entre revisões

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Autoridades afirmaram que a maioria das vítimas não morreu em decorrência de [[queimadura]]s, mas sim de [[asfixia]] pelo [[monóxido de carbono]] presente na fumaça que tomou conta do ambiente interno; outras foram pisoteadas.<ref>{{citar web |url=http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2013/01/hospitais-do-estado-montam-retaguarda-para-atender-vitimas-de-incendio-4024442.html |título=Hospitais do Estado montam retaguarda para atender vítimas de incêndio|publicado=Zero Hora |data=27 de janeiro de 2013}}</ref><ref>{{citar web |url=http://origin.veja.abril.com.br/noticia/brasil/sobe-para-245-o-numero-de-mortos-em-incendio-de-boate|título=Confirmadas 245 mortes em incêndio de boate: a maioria morreu asfixiada pela fumaça.|publicado=Veja |data=27 de janeiro de 2013}}</ref><ref name="Metro1"/> A reconstituição do evento foi feita na tarde de 30 de janeiro. Sobreviventes relataram que o incêndio começou com o sinalizador, que atingiu o teto e causou uma fumaça negra que obscureceu o ambiente em poucos minutos, impedindo o público de enxergar a saída.
Autoridades afirmaram que a maioria das vítimas não morreu em decorrência de [[queimadura]]s, mas sim de [[asfixia]] pelo [[monóxido de carbono]] presente na fumaça que tomou conta do ambiente interno; outras foram pisoteadas.<ref>{{citar web |url=http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2013/01/hospitais-do-estado-montam-retaguarda-para-atender-vitimas-de-incendio-4024442.html |título=Hospitais do Estado montam retaguarda para atender vítimas de incêndio|publicado=Zero Hora |data=27 de janeiro de 2013}}</ref><ref>{{citar web |url=http://origin.veja.abril.com.br/noticia/brasil/sobe-para-245-o-numero-de-mortos-em-incendio-de-boate|título=Confirmadas 245 mortes em incêndio de boate: a maioria morreu asfixiada pela fumaça.|publicado=Veja |data=27 de janeiro de 2013}}</ref><ref name="Metro1"/> A reconstituição do evento foi feita na tarde de 30 de janeiro. Sobreviventes relataram que o incêndio começou com o sinalizador, que atingiu o teto e causou uma fumaça negra que obscureceu o ambiente em poucos minutos, impedindo o público de enxergar a saída.



Revisão das 22h10min de 1 de fevereiro de 2013


Incêndio na boate Kiss
Santa Clarita
Bombeiros tentam debelar o incêndio na boate Kiss.
Localização Boate Kiss, Rua dos Andradas 1925
Centro, Santa Maria, RS
 Brasil
Duração 2h30min às 5h00min de 27 de janeiro de 2013 UTC-2
Área queimada cerca de 638 [1]
Fonte de início Artefato pirotécnico
Terra consumida Área interna da boate
Fatalidades 236[2][3]
Feridos 124[4]

O incêndio na boate Kiss foi um incêndio não intencional que vitimou pelo menos 236 pessoas[2][3] e feriu pelo menos 124 outras[4] em uma casa noturna de Santa Maria, no estado brasileiro do Rio Grande do Sul. O incêndio ocorreu na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013 e foi causado por um integrante da banda que se apresentava na casa noturna. As más condições de segurança da casa contribuíram para que diversas pessoas não conseguissem escapar a tempo.

É considerada a segunda maior tragédia no Brasil em número de vítimas em um incêndio, sendo superada apenas pela tragédia do Gran Circus Norte-Americano, ocorrida em 1961, em Niterói, que vitimou 503 pessoas,[5][6] e teve características semelhantes ao incêndio ocorrido na Argentina, em 2004, na discoteca República Cromañón.[7] É também a quinta maior tragédia da história do Brasil,[8] a maior do Rio Grande do Sul,[9] a de maior número de mortos nos últimos 50 anos no Brasil[10] e o terceiro maior desastre em casas noturnas no mundo.[11]

O incêndio iniciou um debate no Brasil sobre a segurança e o uso de efeitos pirotécnicos em ambientes fechados com grande quantidade de pessoas. A responsabilidade da fiscalização dos locais também foi debatida na mídia. Houve manifestações em toda a imprensa nacional e mundial, que variaram de mensagens de solidariedade a duras críticas sobre as condições das boates no país e a omissão das autoridades.

O incêndio

Cartaz de divulgação da festa.

A festa denominada "Agromerados" iniciou-se às 23 horas UTC-2 de 26 de janeiro de 2013, sábado, na boate Kiss, localizada na rua dos Andradas, 1925, no Centro da cidade de Santa Maria. A festa foi organizada por estudantes de seis cursos universitários e técnicos da Universidade Federal de Santa Maria. Duas bandas estavam programadas para se apresentarem à noite.[12][13]

Segundo a Reuters, havia cerca de 500 pessoas na boate quando começou o fogo, embora relatos de um segurança que estava no local, ao jornal Estado de São Paulo, apontem para entre 1 000 e 2 000 pessoas dentro do local. A maioria era de estudantes, uma vez que ocorria uma festa da Universidade Federal de Santa Maria, dos cursos de Pedagogia, Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia.[14]

Por volta das 2h30min de 27 de janeiro, durante a apresentação da Banda Gurizada Fandangueira, a segunda banda a se apresentar na noite, um efeito pirotécnico com faíscas que saíam do chão iniciou o fogo. A espuma acústica no teto da casa foi atingida e propagou as chamas. A banda tentou apagá-las com água e os seguranças com extintores, mas não obtiveram sucesso. Em cerca de três minutos, o fogo se espalhou por toda a boate.[15]

Local da boate Kiss.

Pessoas que estavam dentro da boate relataram que, no início do incêndio, os seguranças bloquearam a única porta de saída do local, por acreditarem tratar-se de uma briga, no intuito de impedir que as pessoas saíssem sem pagar (a boate funcionava com comandas). Muitas vítimas forçaram a entrada pelas portas dos banheiros, confundindo-as com portas de emergência que dessem para a rua, que de fato não existiam na boate.[16] Em consequência disso, 90% dos corpos estariam nos banheiros.[17]

Às 3h20min, de dentro da boate, uma moça conseguiu enviar uma mensagem através da rede social Facebook, informando do incêndio e pedindo ajuda. Ainda sem saber das dimensões da situação, amigos pediram mais informações, mas não obtiveram resposta. Um deles comentou que viu o carro dos bombeiros se dirigindo para a boate. Horas depois, o nome da moça foi divulgado na primeira relação das vítimas fatais.[18][19]

Oito militares que trabalhavam no resgate das vítimas morreram dentro do prédio.[20] O fogo foi controlado somente por volta das 5h00 de 27 de janeiro, mas, por volta de 7h00, os bombeiros ainda permaneciam no local fazendo o trabalho de rescaldo. O prédio ficou destruído e corre risco de desabamento de acordo com os bombeiros.[21]

Bombeiros que estavam no local relataram que, ao retirarem os corpos, ouviram os celulares das vítimas tocarem "ininterruptamente", significando que os pais tentavam se comunicar com seus filhos, mas estes já estavam mortos.[22][23] Devido à grande quantidade de vítimas, os bombeiros tiveram que recorrer a caminhões frigoríficos para transportarem os corpos[24] até o Centro Desportivo Municipal Miguel Sevi Viero (CDM),[25] onde profissionais de diversas áreas reuniram-se como voluntários para prestar assistência às autoridades e aos parentes das vítimas. Humberto Trezzi, repórter da Agência RBS, relatou a situação do CDM:[26]

O CDM serviu, inicialmente, para as famílias realizarem o reconhecimento dos corpos, pois o IML da cidade só tinha capacidade para dez corpos.[27][28] O governo estadual divulgou uma lista com os nomes das vítimas; dentre elas, Danilo Jaques, sanfoneiro da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava quando ocorreu o incêndio, e dois integrantes da banda Pimenta e seus Comparsas, que também se apresentou, o baterista Marcos Rigoli e o baixista Robson Van Der Ham.[29][30][31][32]

Investigação

Ilustração mostrando o local onde iniciou o incêndio e as rotas de fuga disponíveis.

Autoridades afirmaram que a maioria das vítimas não morreu em decorrência de queimaduras, mas sim de asfixia pelo monóxido de carbono presente na fumaça que tomou conta do ambiente interno; outras foram pisoteadas.[33][34][17] A reconstituição do evento foi feita na tarde de 30 de janeiro. Sobreviventes relataram que o incêndio começou com o sinalizador, que atingiu o teto e causou uma fumaça negra que obscureceu o ambiente em poucos minutos, impedindo o público de enxergar a saída.

Muitos viram a luz verde do banheiro e pensaram que fosse a saída, por isso tantos morreram nesse local. Além disso, confirmou-se que o teto da boate foi rebaixado para instalar a espuma acústica, inflamável e vedada por lei municipal, depois de reclamações dos vizinhos contra o barulho da boate.[35][36]O alvará emitido pelo Corpo de Bombeiros para o funcionamento da casa estava vencido desde agosto de 2012.[37]

Apuração de responsabilidades e prisão dos acusados

Já na tarde de domingo, o Ministério Público do Rio Grande do Sul estava analisando a possibilidade de pedir prisão dos donos da boate e dos integrantes do conjunto musical Gurizada Fandangueira, dentre outras pessoas.[38] Na noite de domingo, o grupo de advogados associados Kümmel & Kümmel, representante da casa noturna, divulgou nota à imprensa rechaçando os boatos levantados através de redes sociais e declarando que a casa atendia às especificações legais, e que se colocava à disposição das autoridades para auxiliar no processo investigatório.[39][40][41] Antes, os responsáveis pela boate já haviam divulgado nota de pesar.[42]

Na manhã de segunda-feira, 28 de janeiro, um dos proprietários da boate Kiss e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira foram presos. O pedido de prisão temporária foi concedido pelo juiz ainda na madrugada. O segundo sócio da boate se entregou à polícia à tarde, quando houve também a decretação do bloqueio dos bens dos proprietários.[43]

A boate Kiss já havia sofrido uma ação judicial em 2012 por tentar impedir a saída de uma pessoa que ainda não havia pagado a conta. Na ocasião, um funcionário afirmou que a orientação da empresa era não liberar clientes antes de encontrarem a comanda. A Justiça considerou a prática como cárcere privado e condenou a boate a pagar dez mil reais de indenização à jovem que foi barrada na saída. Além disso, depois do incêndio, um segurança que trabalhou por mais de um ano na boate relatou que nunca recebeu treinamento contra incêndio e que não havia portas de saída de emergência.[44]

Em 29 de janeiro, o delegado apontou pelo menos quatro irregularidades na boate:

  1. saída única - uma só porta e pouco espaçosa;
  2. sinalizador em local fechado - causou faíscas que iniciaram o incêndio;
  3. excesso de pessoas - 1.300 para capacidade de 691;
  4. material de revestimento inadequado.

O computador com a gravação das câmeras de segurança da boate desapareceu do local, segundo o delegado responsável pelas investigações, fato que levou a polícia a mudar o tratamento do crime de homicídio culposo para homicídio com dolo eventual.[45][46] A boate não respeitava as normas estaduais no que se refere à exigência de duas portas, que é explícita nessa legislação. Enquanto isso, a Lei Municipal 3301/91, de 22 de janeiro de 1991, não diz expressamente se deve haver duas portas nas boates, mas usa a palavra porta no plural, deixando margem a interpretações; porém, o promotor aposentado João Marcos Adede y Castro deixou claro que as normas municipais não podem prevalecer sobre as federais e estaduais.

O tenente-coronel Nelson Matter, do Corpo de Bombeiros, disse que é comum os bombeiros e as prefeituras fazerem vistas grossas para a legislação estadual porque as leis municipais são mais simples. E o tenente-coronel Nelson Matter manifestou solidariedade com os bombeiros santamarienses tendo em vista a gama de pressões a que a corporação é submetida. "Os bombeiros têm de lidar com um emaranhado de leis e sofrem pressão de todos os lados para conceder os alvarás. São prefeituras, políticos, conselhos de engenharia e arquitetura e empresários", disse o oficial.

O prefeito Cezar Schirmer disse à imprensa que o alvará da boate estava em processo de renovação e transferiu para os bombeiros a tarefa de fiscalização e interdição das boates. Ao mesmo tempo, a Brigada Militar confirmou que o alvará estava em liberação e que acreditava existirem duas portas na boate devido às informações do responsável técnico e dos proprietários. A Brigada isentou os bombeiros da obrigação de interditar a boate e responsabilizou os proprietários pela falta de um plano de fuga.[47]

Fotos divulgadas em 31 de janeiro mostraram que a boate não tinha extintores de incêndio nas paredes e uma funcionária confirmou que os donos da empresa mandavam retirar os aparelhos por questão de estética. O comandante do corpo de bombeiros local disse que fez uma vistoria no estabelecimento depois do pedido de renovação do alvará de incêndio e que este estava em dia, enquanto o comandante estadual disse que o alvará não havia sido renovado porque estava na fila, mas uma portaria estadual determina que o prazo para renovação não seja superior a vinte dias. [48]

Um dos integrantes da banda que supostamente começou o incêndio duvidou da hipótese de que um sinalizador teria causado o evento. Segundo ele, um teste foi feito antes do show e as luzes só alcançaram dois metros de altura enquanto o teto da boate ficava a três metros. Disse também que o efeito pirotécnico já havia sido usado pela banda em boates e nunca houve problemas antes.[49]

O uso de pirotecnia na boate era muito comum conforme demonstram fotos e relatam frequentadores da casa noturna. Embora o comandante dos bombeiros tenha dito que negou autorização para o uso dos artefatos, um estudante universitário descreveu o uso do seguinte modo: "O artefato costumava ser preso em garrafas de bebidas alcoólicas. Era bem comum. O pessoal que colocava lista de aniversário, se chegasse a 20 convidados, ganhava uma garrafa de espumante, e o sinalizador ia dentro. Depois, o pessoal saía caminhando com aquilo". Segundo ele, o aniversariante podia circular livremente pelo local com o sinalizador aceso e cada pedido de espumante era atendido com duas garrafas com o artefato aceso. Disse também que a prática é comum nas demais boates da cidade.[50]

O delegado Marcelo Arigony confirmou em 31 de janeiro que a causa da morte foi o gás cianídrico liberado pela espuma em contato com o fogo. É o mesmo gás usado como arma química na Primeira Guerra Mundial e nos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial, nesse caso como meio de extermínio dos judeus. Dessa forma, os universitários que estavam na boate morreram em uma simulação de câmara de gás, não por causa do fogo em si. O DJ Lucas Peranzoni, que atuava na festa, disse que a fumaça negra levou apenas quinze segundos para ocupar todo o local. [51]

Repercussão e eventos posteriores

O caso ganhou repercussão mundial, veículos internacionais como CNN, BBC, RTP, Al Jazeera, Washington Post, The Guardian, Le Figaro, El País, Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Público, Le Monde, Corriere della Sera, The Independent, The New York Times, Clarín, dentre outros, destacaram notas sobre o caso em suas manchetes principais.[52][53][54][55][56][57][58] A rede de televisão CNN relatou o incidente tanto na televisão como na Internet[59] e afirmou que o mundo não aprendeu com os erros do passado.[60] O jornal argentino Clarín comparou o incidente à tragédia com características semelhantes ocorrida em Buenos Aires, no ano de 2004, quando uma discoteca pegou fogo, matando 194 pessoas e deixando centenas de feridos.[59] Já o espanhol El País identificou a tragédia como uma das piores do país.[57]

A cobertura da tragédia alterou a programação das principais emissoras do Brasil e aumentou a audiência das principais redes abertas em 15% na Grande São Paulo.[61] A Universidade Federal de Santa Maria, onde estudavam muitas das vítimas, suspendeu todas as suas atividades acadêmicas até o dia 1º de fevereiro.[62] Até 31 de janeiro, havia 143 pessoas internadas por pneumonite química em Santa Maria, das quais 75 estavam em estado crítico. A patologia é causada por inalação de vapores tóxicos e produz falta de ar, podendo levar à morte. O número de internados aumentou progressivamente porque os sintomas levam várias horas para se manifestarem. Outra consequência tardia do incêndio é o estresse pós-traumático dos sobreviventes.[63]

O empresário Elissandro Spohr, um dos sócios da boate, tentou cometer suicídio por enforcamento com uma mangueira em um hospital na cidade de Cruz Alta, onde está preso e vigiado por policiais. Ele procurou atendimento médico devido a sintomas de pneumonite e foi algemado à cama para evitar novas tentativas contra a própria vida. O médico que o atendeu, no entanto, negou essa versão apresentada pela polícia e disse que seu paciente teve apenas uma cise nervosa. Ainda segundo o médico, Spohr era mantido sob sedação permanente e oscilava entre crises de choro e depressão.[64][65] Em 31 de janeiro, a Justiça negou o pedido de relaxamento da prisão temporária de Spohr e de seu sócio, Mauro Hoffman, que terminaria em primeiro de fevereiro.[66]

Pronunciamentos de autoridades e celebridades

O evento gerou comoção não só no Rio Grande do Sul, mas também nos outros estados brasileiros. Diversos países, bem como celebridades e autoridades religiosas do Brasil e do mundo, enviaram mensagens de solidariedade. O prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer, decretou luto oficial por 30 dias.[67] Foi a primeira vez que luto tão extenso foi decretado na cidade.[68] Já o governador do estado do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, lamentou a tragédia e anunciou em sua conta no Twitter que viajaria a Santa Maria ainda pela manhã.[69] A presidente Dilma Rousseff, que se encontrava em Santiago, no Chile, para participar da cúpula dos países da América Latina com a União Europeia, cancelou sua agenda no evento para viajar a Santa Maria, a fim de acompanhar o resgate das vítimas do incêndio. Dilma proferiu um breve comunicado à imprensa e, emocionada, ofereceu ajuda federal à prefeitura e ao estado.[70][71] Após isso, a presidente decretou luto oficial de três dias no país.[72]

Referências

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Ver também

Ligações externas

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