Jaques Morelenbaum

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Jaques Morelenbaum
Jaques Morelenbaum
Informação geral
Nome completo Jaques Morelenbaum
Nascimento 18 de maio de 1954 (69 anos)
Local de nascimento Rio de Janeiro (RJ)
Brasil
Gênero(s) MPB
Ocupação(ões) violoncelista, arranjador, maestro, produtor musical e compositor
Instrumento(s) Violoncelo
Afiliação(ões) Henrique Morelenbaum, A Barca do Sol, Quarteto Jobim Morelenbaum, Paula Morelenbaum

Jaques Morelenbaum (Rio de Janeiro, 18 de maio de 1954) é um violoncelista, arranjador, maestro, produtor musical e compositor brasileiro.

Filho do maestro Henrique Morelenbaum e da professora de piano Sarah Morelenbaum, é irmão de Lucia Morelenbaum, clarinetista da Orquestra Sinfônica Brasileira, e de Eduardo Morelenbaum, maestro, arranjador e instrumentista. É casado com a cantora Paula Morelenbaum.[1]

Iniciou a carreira musical como integrante do grupo A Barca do Sol, participou também da Nova Banda em dez anos de parceria com Antônio Carlos Jobim, atuando em espetáculos e gravações que os levaram a vencedores do Grammy com o CD Antônio Brasileiro. Destacado como violoncelista, estudou música no Brasil e mais tarde ingressou no New England Conservatory, onde frequentou as classes de Madeline Foley, que, por sua vez, foi discípula de Pablo Casals.

Em 1995 integrou o Quarteto Jobim Morelenbaum (juntamente com Paula Morelenbaum, Paulo Jobim e Daniel Jobim) com o qual excursionou várias vezes à Europa, incluindo apresentação na Expo'98, em Lisboa, além de constantes apresentações nos Estados Unidos e no Brasil e uma gravação do CD Quarteto Jobim Morelenbaum. Formou juntamente com Paula Morelenbaum e o renomado pianista e compositor japonês Ryuichi Sakamoto o grupo M2S, com o qual gravou vários projetos, incluindo os memoráveis Casa e A day in New York. Participou como convidado especial do álbum Suite Três Rios do pianista e compositor de jazz europeu Dan Costa. O quarteto esteve na programação de inauguração do Teatro Alfa[2].

Orquestrações[editar | editar código-fonte]

Como arranjador, atuou ao lado de Tom Jobim (Passarim, O tempo e o vento, Tom Jobim: inédito, Tom canta Vinícius e Antônio Brasileiro'), Caetano Veloso (Circuladô, Circuladô vivo, Fina estampa, Fina estampa, ao vivo, O quatrilho, Tieta do agreste, Orfeu do Carnaval, Livro, Prenda minha, A Foreign Sound e Omaggio a Federico e Giulietta), Gal Costa (Mina d'água do meu canto), Paula Morelenbaum, Ivan Lins, Barão Vermelho e Skank, além do álbum Piazzollando (homenageando a obra de Astor Piazzolla), no qual atuou também como instrumentista, regente e produtor musical. O disco foi considerado pela crítica argentina como um dos 10 melhores de 1992.

Trabalhou com arranjos para o Acustivo Mtv da banda Engenheiros do Hawaii.

Morelenbaum escreveu, ainda, arranjos para discos de Marisa Monte, Beto Guedes, Carlinhos Brown e para o disco acústico dos Titãs, que atingiu um total de um milhão e meio de cópias vendidas.

Atuou também como arranjador, em trabalhos de artistas internacionais, como o grupo Madredeus, a cantora portuguesa Dulce Pontes, o grupo japonês Gontiti o compositor angolano Paulo Flores, o compositor norte-americano David Byrne e a cabo-verdiana Cesária Évora.

Entre os seus trabalhos mais conhecidos está Transparente, em parceria com Mariza. Acaba de participar do novo álbum do renomado cantor e produtor italiano Adriano Celentano.

Em 2001 participou, como violoncelista, da gravação do DVD All this time, de Sting.

Em 2008 produziu e arranjou o Unplugged MTV da cantora mexicana Julieta Venegas, que recebeu 4 nominações ao Grammy Latino de 2008, notadamente na categoria "Disco do ano".

Em 2013 participou dos arranjos da música Morada, composição de Sandy Leah, Tati Bernardi e Lucas Lima, parte do CD SIM, segundo da carreira solo de Sandy Leah.

Cinema[editar | editar código-fonte]

No cinema aparece numa participação ao lado de Caetano Veloso em Hable con ella, de Pedro Almodóvar. Compôs, em parceria com Antonio Pinto, a trilha sonora de Central do Brasil (filme que recebeu o Prêmio Sharp, na categoria Melhor Trilha Sonora para o cinema), Orfeu do Carnaval, Tieta do Agreste, O Quatrilho, dentre outros.

Além desses trabalhos, atuou como maestro convidado de orquestras sinfônicas da Bahia (OSBA), do Rio de Janeiro (OPPM), de São Paulo (Orquestra Sinfonia Cultura) e Brasília (Orquestra Sinfônica de Brasília).

Em 2002, lançou, com Paula Morelenbaum e Ryuichi Sakamoto, o CD Casa - gravado na casa de Tom Jobim, autor de todas as músicas contidas no disco.

Em 2003 participou de festivais de jazz em Montreux, Viena, no Coliseu de Lisboa e do Coliseu do Porto, Roma e Milão, entre outros. Nos Estados Unidos, lançou o CD A day in New York.

Referências

  1. Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. "Jaques Morelenbaum".
  2. Ana Francisca Ponzio (18 de março de 1998). «Novo espaço traz programação variada e nomes consagrados». Folha de S.Paulo. Consultado em 1 de novembro de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]