Marco (Ceará)
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Município do Brasil | |||
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Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | marquense | ||
Localização | |||
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Localização de Marco no Brasil | |||
Mapa de Marco | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Ceará | ||
Municípios limítrofes | Morrinhos, Acaraú, Senador Sá, Bela Cruz e Granja | ||
Distância até a capital | 220 km | ||
História | |||
Fundação | 1951 | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | José Grijalma Rocha Silva (PP) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 574,148 km² | ||
População total (IBGE/2010[2]) | 24 703 hab. | ||
Densidade | 43 hab./km² | ||
Clima | tropical | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000 [3]) | 0,616 — médio | ||
PIB (IBGE/2008[4]) | R$ 96 187,547 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[4]) | R$ 3 966,50 | ||
Sítio | http://www.marco.ce.gov.br/index.php (Prefeitura) |
Marco é um município brasileiro do Estado do Ceará, situado na Região Nordeste do Brasil. Sua população, de acordo com o Censo Demográfico 2010, do IBGE, era de 24.703 habitantes.
História
Suas origens remontam ao século XVIII, tendo como referência um marco divisório entre a Ribeira do Acaraú e Santana do Acaraú, situando-se meia légua distante do local onde se edificaria a povoação. As terras nas quais se localiza o Município eram, primitivamente, habitadas por índios Tremembés, Aperiús e Acriús, tribos que por desavença familiar se separaram, indo algumas delas residir na Ibiapaba.
Cessadas as desavenças tribais, surgiram os colonizadores brancos, dentre outros, Manuel de Góes Monteiro, pioneiro na ocupação de terras na Ribeira do Acaraú. Surgiram nessa fase as primeiras edificações, em processo lento e persistente, formando ao longo dos anos o conjunto gregário em modestas condições.
O distrito, com jurisdição centralizada em Santana do Acaraú, data de 21 de outubro de 1872, confirmado posteriormente segundo Lei Municipal de 15 de abril de 1893. Sua elevação à categoria de Vila provém do Dec-lei nº 448, de 20 de dezembro de 1938. A elevação à categoria de Município com a denominação atual, provém da Lei nº 1.153, de 22 de novembro de 1951, tendo sido instalado a 25 de março de 1955.
Seu primeiro colégio foi construído na localidade de Gado Bravo,quando Marco ainda era Distrito de Licânia, atual Santana do Acaraú, nas Terras de Inácio Jesuíno Soeiro, um dos primeiros habitantes da Ribeira do Acaraú e também um dos primeiros a libertar seus escravos, muito antes da Lei Áurea. Embora patriarca de uma importante e tradicional família, não teve nenhum de seus descendentes como prefeito de Marco. Marco conta hoje com um dos maiores Polos Moveleiros do Nordeste, que geram emprego e renda, amenizando assim o problema das secas que assolam o semiárido. É sede do Projeto de Irrigação do Baixo Acaraú, inaugurado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso em 2000, outra obra de infraestrutura que alavanca a economia de Marco, sendo o ex deputado Rogerio Aguiar o maior bem feitor da cidade gerando emprego e atraindo investimentos de pessoas e empresas até mesmo de outros países, pois Marco já desponta como um potencial exportador de frutas para a Europa, Estados Unidos e Japão, como também seus móveis são igualmente exportados para todos os estados brasileiros e alguns países do Mercosul e América Latina.
Distritos
Distrito | Data de Criação | Instrumento Legal |
Panacuí | 20/05/1931 | Decreto estadual nº 193 |
Marco | 22/11/1951 | Lei estadual nº 1153 |
Mocambo | 19/11/1994 | Lei municipal nº 53 |
Aspectos Políticos
Elevado à categoria de cidade em 1951, Marco teve seu primeiro governante somente em 1955, tendo à frente o Prefeito Manuel Jaime Neves Osterno, que governou de 1955 a 1959.
Prefeitos de Marco
Seq. | Prefeito | Conhecido como | Vice-prefeito | Mandato |
01 | Manuel Jaime Neves Osterno | Jaime Osterno | Não existia o cargo de Vice-prefeito | 25/03/1955 - 25/03/1959 |
02 | Dr. José Gerardo Osterno Rios | Dr. José Gerardo | José Gifoni Rios | 25/03/1959 - 24/03/1963 |
03 | Manuel Jaime Neves Osterno | Jaime Osterno | Raimundo Osvaldo Moreira | 24/03/1963 - 24/03/1967 |
04 | Geraldo Bastos Osterno | Geraldinho | José Glaydstone Macêdo Osterno | 24/03/1967 - 24/03/1971 |
05 | Geraldo Magela Neves Osterno | Lalau | Geraldo Magela Neves | 24/03/1971 - 31/01/1973 |
06 | Raimundo Neiva Neves | Raimundo Neves | Paulo Augusto Osterno | 31/01/1973 - 31/01/1977 |
07 | Guy Neves Osterno | Guido Osterno | José Edilardo Moreira | 31/01/1977 - 31/01/1983 |
08 | Geraldo Bastos Osterno | Geraldinho | Francisco Rogério Osterno Aguiar | 31/01/1983 - 31/12/1988 |
09 | Francisco Rogério Osterno Aguiar | Rogério Aguiar | Manuel Jaime Neves Osterno | 01/01/1989 - 31/12/1992 |
10 | Geraldo Bastos Osterno Júnior | Júnior Osterno | José Sávio Osterno Neves | 01/01/1993 - 31/12/1996 |
11 | José William Osterno Aguiar | William Aguiar | Fernando Luiz Macêdo Osterno | 01/01/1997 - 31/12/2000 |
12 | Jorge Stênio Macêdo Osterno | Jorge do Toba | Francisco Rogério Osterno Aguiar Filho | 01/01/2001 - 31/12/2004 |
13 | Jorge Stênio Macêdo Osterno | Jorge do Toba | Francisco Rogério Osterno Aguiar Filho | 01/01/2005 - 31/12/2008 |
14 | José Grijalma Rocha Silva | Paredão | Francisco Rocha Neto | 01/01/2009 - 31/12/2012 |
15 | José Grijalma Rocha Silva | Paredão | Francisco Rocha Neto | 01/01/2013 - 31/12/2016 |
Obs.:
1. José Otacílio Silveira assumiu o cargo de Prefeito no período de 14/07/1972 a 11/08/1972, durante o mandato do Prefeito Geraldo Magela Neves Osterno.
2. Todos os prefeitos de Marco, anteriores ao atual, José Grijalma Rocha Silva (Paredão), pertenciam a uma mesma família: Osterno. Todos descendiam de um dos irmãos, João Osterno da Silva (05/03/1886 – 25/11/1964) ou Antônio Osterno da Silva (10/06/1888 – 29/11/1984), filhos de Manoel Osterno da Silva (05/01/1862 – ?). De João Osterno: Jaime, Lalau e Guido Osterno (filhos); Dr. José Gerardo, Rogério Aguiar e William Aguiar; De Francisco Neves Osterno(Toba), Jorge do Toba. De Antônio Osterno: Geraldinho (filho), Raimundo Neves (genro) e Júnior Osterno (neto).
Presidentes da Câmara Municipal de Marco
Seq. | Presidente | Mandato |
01 | Ricardo Neves Filho | 25/03/1955 - 25/03/1959 |
02 | Geraldo Magela Neves Osterno | 25/03/1959 - 24/03/1963 |
03 | Dr. José Olavo Neves Osterno | 24/03/1963 - 24/03/1967 |
04 | Geraldo Magela Neves Osterno | 24/03/1967 - 01/09/1970 |
05 | Guy Neves Osterno | 02/09/1970 - 24/03/1971 |
06 | José Otacílio Silveira | 24/03/1971 - 14/07/1972 |
07 | Paulo Augusto Osterno | 14/07/1972 - 31/01/1973 |
08 | Francisco Radier de Vasconcelos | 31/01/1973 - 31/01/1975 |
09 | José Dete de Souza | 31/01/1975 - 31/01/1977 |
10 | Francisco das Chagas Neves | 31/01/1977 - 31/01/1979 |
11 | Galdêncio Leorne Silva | 31/01/1979 - 11/11/1979 |
12 | Manuel Emilson Teles | 31/01/1980 - 31/01/1981 |
13 | José Dete de Sousa | 31/01/1981 - 31/01/1983 |
14 | Dr. José Olavo Neves Osterno | 31/01/1983 - 31/01/1985 |
15 | Paulo Augusto Osterno | 31/01/1985 - 31/01/1987 |
16 | Dr. José Olavo Neves Osterno | 01/02/1987 - 31/12/1988 |
17 | Plauto Silva Neves | 01/01/1989 - 31/12/1990 |
18 | Rita Helena Sousa Aguiar | 01/01/1991 - 31/12/1992 |
19 | José Jocileu Soeiro Silva | 01/01/1993 - 31/12/1994 |
20 | Francisco Maciste Teixeira Osterno | 01/01/1995 - 31/12/1996 |
21 | Francisco Chagas Pontes | 01/01/1997 - 31/12/1998 |
22 | Jorge Stênio Macêdo Osterno | 01/01/1999 - 31/12/2000 |
23 | Paulo Augusto Osterno | 01/01/2001 - 31/12/2002 |
24 | José Sávio Osterno Neves | 01/01/2003 - 31/12/2004 |
25 | Rita Helena Sousa Aguiar | 01/01/2005 - 31/12/2006 |
26 | Paulo Augusto Osterno | 01/01/2007 - 31/12/2008 |
27 | Antônia Glaucy Osterno Rios | 01/01/2009 - 31/12/2010 |
28 | Antônia Glaucy Osterno Rios | 01/01/2011 - 31/12/2012 |
29 | Antônia Glaucy Osterno Rios | 01/01/2013 - 31/12/2014 |
30 | Francisco José Cordeiro | 01/01/2015 - 31/12/2016 |
Religiosidade
As primeiras manifestações de apoio eclesial provêm da edificação da capela em honra de São Manuel, construída em 1870. Essa capela, depois de reformada e ampliada, transformou-se em Igreja-Matriz, conforme portaria de autoria do Bispo de Sobral, D. José Tupinambá da Frota, datada de 31 de dezembro de 1941. Ainda por ato de D. José e na mesma data, criou-se a Freguesia, sendo seu primeiro vigário o padre Francisco Ferreira Apoliano, empossado a 6 de janeiro de 1942, data em que também foi instituída a paróquia. Padre Apoliano muito fez pelo progresso de Marco, pois ainda sendo Distrito de Licânia (Santana do Acaraú) sofria com o abandono por parte dos seus governantes e pela distância da sede para o distrito. São obras de padre Apoliano a primeira barragem sobre o rio Acaraú, na travessia do Lado Direito, que assim permitiu que carros e caminhões chegassem a cidade vindos principalmente de Sobral e Fortaleza; a implantação da Cáritas, que muito ajudou as pessoas mais necessitadas e capacitação para parteiras, pois na época não havia hospital e nem como se locomover por falta de estradas e pontes. Depois de um incidente envolvendo o padre Apoliano, que foi afastado, vieram a seguir os padres Tupinambá, depois o padre Egberto, estes sem muita expressão histórica, até a chegada do Monsenhor Waldir Lopes de Castro, o maior Benfeitor da História de Marco,como missionário, pacificador, educador, evangelizador, empreendedor e acima de tudo, humildade. Instituiu o sistema de Dirigentes Leigos nas comunidades, sendo o primeiro deles o senhor Manuel Amadeus Soeiro, em Gado Bravo e senhor Francisco Linhares em Santa Rosa, como testes. Deu tão certo que hoje todas as comunidades tem seu dirigente com sua respectiva capela. São obras de Monsenhor Waldir uma barragem sobre o rio Acaraú, o Santuário do Sagrado Coração de Jesus, localizado no bairro de mesmo nome, a reforma da Igreja Matriz de São Manuel, reforma do Patronato Mater Dei, implantação do Ginásio CNEC, um dos pioneiros da Zona Norte do Estado, do qual foi diretor e professor, mas sua maior obra foi a conquista do povo, que é o maior patrimônio, com cerca de 95% de católicos praticantes e dizimistas. Hoje, o pároco de Marco é o Mons. Manuel Rômulo Rocha, filho da terra.
O Catolicismo continua sendo a religião dominante do município, com 23.335 fiéis, de acordo com o Censo Demográfico 2010, o equivalente a 94,5% da população. No entanto, no Censo Demográfico de 2000, os católicos de Marco eram 19.808, o que representava 97% da população, que era de 20.427. Neste Censo (2010) também se registrou o que vem ocorrendo em todo o território nacional: a diminuição do número de católicos e o crescimento do rebanho evangélico (ou protestante). Os evangélicos de Marco passaram de 382 fiéis em 2000 (1,9% da população) para 1.167 em 2010 (4,7%), com destaque para a Igreja Assembleia de Deus, com 952 membros em 2010 (3,9% da população e 81,6% de todos os evangélicos do município). Portanto, em 2010, os evangélicos chegaram a 5% da população do Município de Marco, o equivalente a 1.167 crentes, sendo 952 assembleianos, com um índice de crescimento de 20,6% a.a.; permanecendo este índice, os evangélicos chegarão a 12% da população em 2020, cerca de 3.565 crentes. Em 2000, representavam 2%, cerca de 382 crentes. A Igreja Evangélica Assembleia de Deus foi implantada em Marco, em 1972, pelo Pr. José Chagas, já sendo Campo de Marco desde o início. O templo-sede, situado à Rua Gov. Raul Barbosa, foi construído na gestão do segundo pastor, Pr. José Almeida. Atualmente, a igreja está sob a responsabilidade do Pr. Sebastião Pedro da Silva, que tomou posse em 06/05/2012.t
Eventos
Chitão Maravilha de Marco - O Chitão Maravilha de Marco, é uma das maiores festas tradicionais do Ceará, que teve seu início em 1963 através do seu criador Francisco Aguiar (em memória), pai do Ex-Deputado Rogério Aguiar, que por sua vez vem mantendo esta tradição até os dias de hoje. Ao longo dos anos ela vem tomando uma conotação política, social e econômica muito importante para região norte do Ceará. Em 2009, com a criação da Lei Nº 035[5], de 11 de setembro, pelo Prefeito Municipal José Grijalma Rocha Silva, ficou oficializada a Festa do Chitão Maravilha de Marco, que será organizada pela Secretaria de Cultura do Município com a participação da Comunidade Marquense, integrando-se ao Calendário de eventos oficiais do Município. Todos os anos centenas de pessoas de outros estados vêm prestigiar este evento, assim como milhares de pessoas também das cidades circunvizinhas, tais como: Itapipoca, Amontada, Itarema, Acaraú, Cruz, Bela Cruz, Jijoca de Jericoacoara, Morrinhos, Santana do Acaraú, Massapê, Sobral e outras mais.
Referências
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010
- ↑ «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010
- ↑ http://www.cmm.ce.gov.br/leis/804c83d.pdf