Mariana Enríquez
Mariana Enríquez | |
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Mariana Enríquez em 2014 | |
Nascimento | 1973 (51 anos) Buenos Aires, Argentina |
Nacionalidade | argentina |
Alma mater | Universidade Nacional de La Plata |
Ocupação | Escritora e jornalista |
Prémios | Premio Ciutat de Barcelona (2017) |
Gênero literário | Romance, conto, sátira |
Magnum opus | As coisas que perdemos no fogo (2016) |
Mariana Enríquez (Buenos Aires, 8 de dezembro de 1973) é uma escritora, jornalista e docente argentina, parte do grupo de escritores conhecidos como «nova narrativa argentina».[1] Seus contos, que foram publicados em revistas internacionais como Granta, Electric Literature, Asymptote, McSweeney's, Virginia Quarterly Review e The New Yorker, se enquadram no gênero do terror.[2][3][4][5][6][7][8] Entre suas obras mais reconhecidas destacam-se o livro de contos As coisas que perdemos no fogo (2016), que a consolidou como a escritora argentina de terror mais relevante da atualidade, e a novela Nossa parte de noite (2019), pela que ganhou o Prêmio Herralde de Novela.[9][10][11]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Primeiros anos
[editar | editar código-fonte]Mariana Enríquez nasceu em 1973 na cidade de Buenos Aires, mas cresceu em Valentín Alsina, uma localidade pertencente ao partido de Lanús, na Zona Sul da Grande Buenos Aires.[12][13] Cresceu no meio das histórias e superstições de sua avó, oriunda da província de Correntes.[14] Anos depois mudou-se com sua família à cidade de La Plata, onde se aproximou da literatura e do movimento punk, pelo que decidiu estudar jornalismo e se especializar em música rock.[15] Graduou-se em Jornalismo e Comunicação Social na Universidade Nacional da Prata.[16][17]
Trajetória literária
[editar | editar código-fonte]Enríquez começou a escrever inspirada pela leitura de clássicos do terror estadunidense de autores como Stephen King e H.P. Lovecraft.[18] Aos 19 anos escreveu sua primeira novela, Baixar é o pior, que retrata vários temas que inquietavam a juventude de sua época: a ansiedade adolescente, o álcool, as drogas e o rock, entre outros. Graças à irmã de uma amiga, o manuscrito chegou às mãos de Juan Forn, então editor de Editorial Planeta, que decidiu publicar a novela.[19] Ainda que o livro não tenha recebido boas críticas, se converteu num sucesso de vendas e, com o tempo, tornou-se um livro de culto, situando Enríquez na cena literária argentina, apesar de sua pouca idade e curta carreira.[15] No ano 2002, estreou o filme homônimo baseada na novela, dirigido por Leyla Grünberg.[20]
Depois do sucesso de seu primeiro livro, Enríquez começou a trabalhar como jornalista, primeiramente como freelance e, depois, no diário argentino Página/12, onde eventualmente se converteu em subeditora do #suplemento cultural Radar.[15] Em 2004, publicou sua segunda novela, Como desaparecer completamente, a qual conta a história de um rapaz chamado Matías que vive num bairro de classe baixa de Buenos Aires e deve enfrentar as lembranças dos abusos sexuais que sofreu por parte de seu pai e a desagregação social produto da crise econômica argentina dos anos noventa.[21][22]
No ano 2005, Enríquez publicou na antologia A jovem guarda (2005) seu primeiro conto, intitulado «O aljibe», no qual uma menina visita, com sua família, a casa de uma curandeira, onde praticam um ritual.[15] Ao ano seguinte seu conto «Nem aniversário nem batismos» apareceu na antologia Um terraço próprio: Novas narradoras argentinas (2006).[23] Ambos textos foram incluídos, junto a vários outros relatos que exploram o gênero do terror, em Os perigos de fumar na cama, o primeiro livro de contos de Enríquez, publicado no ano 2009.[15] Ali podem-se encontrar textos como «O desenterro da anjinha» e «Garotos que voltam», relatos que estão marcados pela persistência da morte no mundo dos vivos ou por traumas não resolvidos.[24] Em 2016, publicou seu segundo livro de contos, As coisas que perdemos no fogo, que se converteu num sucesso de vendas e foi traduzido a mais de uma dezena de idiomas.[15] O livro ganhou, em 2018, o Prêmio Ciutat de Barcelona na categoria de língua castelhana.[25][26][27]
Em 2019, ganhou o Prêmio Herralde de Novela, oferecido pela Editorial Anagrama, por sua novela Nossa parte de noite, que publicado nesse mesmo ano.[11][28] O título da obra foi tomado de uns versos da poeta Emily Dickinson. Ambientada durante a última ditadura argentina, narra a história de um pai e um filho forçados a serem médiuns de uma sociedade secreta que procura a vida eterna.[18][29] Nessa novela, Enríquez pôs em jogo todas as inquietudes que foi traçando em sua obra: os santos pagãos, referências aos mundos de H.P. Lovecraft, Emily Brontë e Ernesto Sábato, o vampirismo, o sexo entre homens, a turva beleza baudelaireana, a beleza injuriada de Rimbaud, a literatura fantástica e de terror, os subterrâneos, os demônios-homens e demais tópicos de sua literatura.[18]
Neste mesmo ano de 2019, a autora veio ao Brasil para participar da 17ª Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), numa mesa de debates com o autor Bráulio Tavares.[30]
No ano 2020, durante o isolamento social preventivo e obrigatório provocado pela pandemia de Covid-19, Enríquez escreveu uma série de postagens em forma de «diário de quarentena» na página site oficial do Centro Cultural Kirchner.[31][32] Desde esse mesmo ano até agosto do ano 2022, foi a Diretora de Letras do Fundo Nacional das Artes.[33]
É autora da biografia da escritora argentina Silvina Ocampo. [34]
Apreciação crítica
[editar | editar código-fonte]Entre suas influências literárias a própria Enríquez reconheceu os escritores principalmente em prosa argentinos Roberto Arlt, Jorge Luis Borges, Silvina Ocampo e Manuel Puig - do qual realçou sua estética gay-; os estadounidenses Stephen King, William Faulkner e Toni Morrison; os britânicos T. S. Eliot, M. John Harrison, Bruce Chatwin, Alan Moore e Neil Gaiman - os últimos dois de ampla trajetória no gênero das histórias em quadrinhos; o uruguaio Juan Carlos Onetti; o irlandês James Joyce e o chileno Roberto Bolaño.[35] Pode ser considerada um dos principais nomes da literatura de horror da atualidade. Em seus textos, "contribuem para o horror uma escrita hipnótica, a minuciosa construção de personagens e um poderoso subtexto social, relacionando poder e ocultismo".[36]
Pode ser considerada um dos principais nomes da literatura de horror da atualidade. Em seus textos, "contribuem para o horror uma escrita hipnótica, a minuciosa construção de personagens e um poderoso subtexto social, relacionando poder e ocultismo".[37]
Obra
[editar | editar código-fonte]Romances
[editar | editar código-fonte]- 1995: Bajar es lo peor - Anagrama - 978-84-339-9942-9 [38]
- 2004: Cómo desaparecer completamente - Editorial Página 12 - 09789875037090 [39]
- 2017: Este es el mar - Random House - 9788439734413 [40]
- 2019: Nuestra parte de noche - Anagrama - 978-8433998859 [41]
Contos e novelas
[editar | editar código-fonte]- 2009: Los peligros de fumar en la cama - Anagrama - 978-8433998248 [42]
- 2010: Chicos que vuelven - Eduvim - 978-9871727216 [43]
- 2013: Cuando hablábamos con los muertos - Montacerdos - 9569398000 [44]
- 2016: Las cosas que perdimos en el fuego - Anagrama - 978-8433998064 [45]
- 2019: Ese verano a oscuras - Páginas de espuma (cuento individual) - 9788483932698 [39]
- 2024: Un lugar soleado para gente sombría - Anagrama - 978-84-339-2286-1 [46]
Outros
[editar | editar código-fonte]- 2003: Mitología celta - Gradifco [47]
- 2007: Mitología egipcia - Gradfico [48]
- 2013: Alguien camina sobre tu tumba. Mis viajes a cementerios
- 2014: La hermana menor. Un retrato de Silvina Ocampo
- 2020: El otro lado. Retratos, fetichismos, confesiones[49]
- 2021: El año de la rata (con ilustraciones de Dr. Alderete)[50]
- 2023: Porque demasiado no es suficiente. Mi historia de amor con Suede.
Prêmios
[editar | editar código-fonte]- 2017: Premio Ciutat de Barcelona na categoria «Literatura castellana» por Las cosas que perdimos en el fuego[51]
- 2019: Premio Herralde de Novela por Nuestra parte de la noche[52]
- 2019: Premio Kelvin 505 a la «Mejor novela original en castellano»[53]
- 2019: Premio Celsius à melhor novela de ficção científica , terror ou fantasia escrita em espanhol por Nuestra parte de noche[54]
- 2019: Premio de la Crítica en Narrativa por Nuestra parte de noche[55]
- 2022: Grand Prix de l'Imaginarie a «Mejor novela extranjera« por Nuestra parte de noche.[56]
Livros publicados no Brasil
[editar | editar código-fonte]- As coisas que perdemos no fogo (Las cosas que perdimos en el fuego). Rio de Janeiro: Intrínseca, 2017. ISBN 9788551001455
- Este é o mar (Este es el mar). Rio de Janeiro: Intrínseca, 2019. ISBN 9788551005019
- Nossa parte de noite (Nuestra parte de noche). Rio de Janeiro: Intrínseca, 2021. ISBN 978-6555601800
- A irmã menor: um retrato de Silvina Ocampo (La hermana menor). Belo Horizonte: Relicário, 2022.
- Os perigos de fumar na cama (Los peligros de fumar en la cama). Rio de Janeiro: Intrínseca, 2023. ISNB 9786555606669
Referências
- ↑ «Algunos nuevos escritores argentinos que usted no conoce (y debería conocer)». LA NACION (em espanhol). 25 de outubro de 2012. Consultado em 8 de agosto de 2022
- ↑ «Fragmento de "Los años intoxicados", de Mariana Enríquez». El Comercio. 27 de março de 2016. Consultado em 1 de novembro de 2019. Cópia arquivada em 1 de novembro de 2019
- ↑ «Mariana Enríquez». Granta Magazine (em inglês). Consultado em 10 de agosto de 2018
- ↑ «The Dark Themes of Mariana Enriquez – Electric Literature». Electric Literature. 21 de fevereiro de 2017. Consultado em 10 de agosto de 2018
- ↑ «Interviews with the Authors of McSweeney's 46: The Latin American Crime Issue: Mariana Enríquez». McSweeney's Internet Tendency. Consultado em 10 de agosto de 2018
- ↑ «Mariana Enríquez on the Fascination of Ghost Stories». The New Yorker (em inglês). Consultado em 10 de agosto de 2018
- ↑ «"Spiderweb"». The New Yorker (em inglês). Consultado em 10 de agosto de 2018
- ↑ «Mariana Enrïquez llegó también al New Yorker» (em espanhol). Consultado em 10 de agosto de 2018
- ↑ «Mariana Enríquez no disfruta su nominación al Premio Booker Internacional». El Universal (em espanhol). 21 de abril de 2021. Consultado em 21 de abril de 2021
- ↑ «Princesa del terror: Mariana Enríquez milita en un género para nada menor - LA NACION». web.archive.org. 2 de novembro de 2019. Consultado em 24 de janeiro de 2021. Cópia arquivada em 2 de novembro de 2019
- ↑ a b El País (4 de novembro de 2019). «Mariana Enríquez gana el Herralde con una novela "monstruo"». España. Consultado em 4 de novembro de 2019
- ↑ «Mariana Enríquez. Biografía». Instituto Cervantes (em espanhol). Consultado em 30 de abril de 2021
- ↑ «Mariana Enriquez, orgullo de Valentín Alsina, ganó el premio Herralde: el mundo privado de una enorme escritora». La Unión de Lanús (em espanhol). 5 de novembro de 2019. Consultado em 30 de abril de 2021
- ↑ «Mariana Enríquez visita Galicia: «La realidad se parece al terror»». La Voz de Galicia (em espanhol). 12 de julho de 2022. Consultado em 8 de agosto de 2022
- ↑ a b c d e f Guerreiro, Leila (3 de maio de 2016). «"No quiero que me saquen las pesadillas"». El País. Consultado em 1 de novembro de 2019. Cópia arquivada em 7 de outubro de 2017
- ↑ «Una charla con Mariana Enríquez - Columna de Andrea Lárraga». La Orquesta. 12 de junho de 2019. Consultado em 1 de novembro de 2019. Cópia arquivada em 1 de novembro de 2019
- ↑ «Enriquez, Mariana»
- ↑ a b c Scherer, Fabiana (19 de janeiro de 2020). «Mariana Enriquez, la reina del realismo gótico». La Nación. Consultado em 22 de abril de 2020
- ↑ «"Muchacha Punk, por Juan Forn»
- ↑ «Bajar es lo peor – cinenacional.com» (em espanhol). Consultado em 8 de agosto de 2022
- ↑ Friera, Silvina (2 de junho de 2018). «"En ese momento no tenía ganas de escribir nada delicado"». Página/12. Consultado em 4 de dezembro de 2020. Cópia arquivada em 30 de novembro de 2020
- ↑ «Emecé. Cómo desaparecer completamente». La Nación. 1 de março de 2005. Consultado em 30 de setembro de 2020
- ↑ Brescia, Pablo. «The Exorcisms of Mariana Enriquez». Latin American Literature Today (em inglês). Consultado em 5 de dezembro de 2020. Cópia arquivada em 30 de maio de 2020
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- ↑ «Mariana Enríquez gana el premio Ciutat de Barcelona con su último libro de cuentos». lanueva.com (em espanhol). Consultado em 10 de agosto de 2018
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- ↑ «Cambios en el Fondo Nacional de las Artes: Mariana Enriquez deja la dirección del área de Letras y la reemplaza Florencia Abbate». LA NACION (em espanhol). 7 de agosto de 2022. Consultado em 8 de agosto de 2022
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- ↑ Guerrero, Omar (25 de maio de 2024). «Excesos juveniles». La Bitácora de El Hablador. Consultado em 11 de agosto de 2024
- ↑ a b Climent, Dalva Desirée; Pimentel, Ary (3 de setembro de 2021). «O fantasma da ditadura militar argentina: análise de textos de Mariana Enriquez». Anais do X Congresso Internacional de Línguas e Literatura. Consultado em 11 de agosto de 2024
- ↑ Feuillet, Lucía (9 de maio de 2020). «"Éste es el mar", el siniestro canto de sirena y los modos de producción social». Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad Nacional de Tucumán. Confabulaciones: Revista de Literatura Argentina (3): 85-104. Consultado em 12 de agosto de 2024
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- ↑ «Mariana Enriquez gana el premio Ciutat de Barcelona en la categoría "Literatura castellana"»
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- ↑ «Mariana Enriquez ganó el Premio Celsius». Página/12. 11 de julho de 2020. Consultado em 25 de julho de 2020
- ↑ EFE (27 de setembro de 2020). «Mariana Enríquez y González Iglesias, Premios de la Crítica». La Opinión de Zamora (em espanhol). Consultado em 28 de setembro de 2020
- ↑ «"Nuestra parte de noche", de Mariana Enriquez, ganó otro premio: el Grand Prix de l'Imaginaire»