Ninguém Segura Essas Mulheres

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Ninguém Segura Essas Mulheres
 Brasil
1976 •  cor •  105 min 
Género pornochanchada
Direção Anselmo Duarte
José Miziara
Jece Valadão
Harry Zalkowistch
Roteiro (os diretores)
Elenco Jorge Dória
Vera Gimenez
Dennis Carvalho
Milton Moraes
Isabela Garcia
Companhia(s) produtora(s) Estúdios Silvio Santos
Distribuição Cinedistri - Produtora e Distribuidora de Filmes do Brasil
Idioma português

Ninguém Segura Essas Mulheres é um filme brasileiro de 1976 escrito e dirigido por Anselmo Duarte, José Miziara, Jece Valadão e Harry Zalkowistch. Foi a primeira incursão do empresário Silvio Santos no mercado de cinema, através da empresa Estúdios Silvio Santos.[1]

O filme é dividido em quatro episódios: "Marido que Volta Deve Avisar", "Desencontro", "Pasteis para uma Mulata" e "O Furo".

O Departamento de Censura Federal, em vigor durante a ditadura militar no Brasil, cortou várias cenas.[2]

Elenco[editar | editar código-fonte]

"Marido Que Volta Deve Avisar"
"Desencontro"
"Pastéis para uma Mulata"
"O Furo"

Produção[editar | editar código-fonte]

Inicialmente, o filme se chamaria Os Trambiques, mas Silvio rejeitou o título ao alegar que fariam piada com o Baú da Felicidade, seu principal produto.[3] O título foi uma escolha do próprio apresentador, fazendo uma brincadeira com o lema "Ninguém segura este país", bastante usado pelo governo vigente.[3]

Responsável pelo roteiro, José Miziara leu a história inteira para Silvio e Luciano Callegari, superintendente dos Estúdios Silvio Santos. A intenção de Miziara era dirigir o filme, mas Silvio lhe perguntou se tinha alguma experiência com cinema. Como a resposta foi "nenhuma", foi sugerido que ele dirigisse apenas um dos episódios.[3] Assim, foram contratados Anselmo Duarte, Jece Valadão e Harry Zalkowistch para dirigirem os outros segmentos.[3]

Embora só tivesse insinuações picantes, o filme foi qualificado como uma pornochanchada e recebeu da Censura Federal a classificação para maiores de 18 anos.[3]

Recepção[editar | editar código-fonte]

O colunista Fernando Spencer, do Diário de Pernambuco, citou o filme ao dizer que "a fita diverte".[4] O jornal O Pioneiro, de Caxias do Sul, destacou que o filme tem "muita gente para um resultado apenas regular, que não foge a linha dos demais do gênero".[5]

Para o Jornal de Caxias, também de Caxias do Sul, o filme "não passa de um subproduto cinematográfico realizado exclusivamente para dar um bom lucro de bilheteria".[6] O Diário do Paraná afirmou que o longa "possui toda a malícia do humor e ambientação carioca".[7]

Em 2005, ao fazer uma crítica sobre o filme Coisa de Mulher (que também teve a assinatura do Grupo Silvio Santos, mas com o selo SBT Filmes), Rubens Ewald Filho lembrou de Ninguém Segura Essas Mulheres. Para o crítico, considerando a época e as diferenças técnicas, o filme de 1976 consegue ser melhor.[8]

Segundo dados oficiais da Ancine, Ninguém Segura Essas Mulheres teve 1.318.476 espectadores.[9][3] Apesar do sucesso, os Estúdios Silvio Santos não prosseguiram com a aventura cinematográfica. De acordo com Miziara, a criação da TVS Rio de Janeiro fez Silvio priorizar a televisão.[3]

Resgate posterior[editar | editar código-fonte]

Capítulo desconhecido da história empresarial de Silvio Santos, o filme Ninguém Segura Essas Mulheres foi lembrado pela exposição Silvio Santos Vem Aí, do Museu da Imagem e do Som, em 2016.[3][10] Curadora da exposição, Gabrielle Araujo pediu à Cinemateca Brasileira uma cópia do filme.[3] Entre outros documentos, a entidade pediu uma carta da empresa que produziu o longa. Entretanto, a empresa já não existe mais. Ao final, a Cinemateca cedeu uma cópia.[3]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «"Ninguém Segura Essas Mulheres": o primeiro filme de Silvio Santos». Diário de Pernambuco. 25 de agosto de 1976 
  2. Certificados de corte faixa etária da Censura Federal Memória Cine BR
  3. a b c d e f g h i j «Mauricio Stycer - Pornochanchada com Tony Ramos é uma das raridades da exposição de Silvio». mauriciostycer.blogosfera.uol.com.br. Consultado em 23 de fevereiro de 2024 
  4. «O que há para ver hoje». Diário de Pernambuco. 28 de agosto de 1976 
  5. «Guarani hoje e amanhã». O Pioneiro. 6 de novembro de 1976 
  6. «Os filmes da semana». Jornal de Caxias. 6 de novembro de 1976 
  7. «De Serviço». Diário do Paraná. 31 de julho de 1976 
  8. «Coisa de Mulher - DVDs - UOL Cinema». cinema.uol.com.br. Consultado em 22 de fevereiro de 2024 
  9. «Listagem de filmes brasileiros com mais de 500.000 espectadores» (PDF) 
  10. Sousa, Sheyla (13 de dezembro de 2016). «Museu abre mostra em homenagem a Sílvio Santos». OHoje.com. Consultado em 23 de fevereiro de 2024 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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