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Norma-padrão: diferenças entre revisões

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'''Norma culta''' ou '''linguagem culta''' é uma expressão empregada pelos [[linguística|linguistas]] [[brasil]]eiros para designar o conjunto de variedades lingüísticas efetivamente faladas, na vida cotidiana, pelos falantes cultos, sendo assim classificados os [[cidadão]]s nascidos e criados em zona urbana e com grau de instrução superior completo.
'''Norma culta''' ou '''linguagem culta''' é uma expressão empregada pelos [[linguística|linguistas]] [[brasil]]eiros para designar o conjunto de variedades lingüísticas efetivamente faladas, na vida cotidiana, pelos falantes cultos, sendo assim classificados os [[cidadão]]s nascidos e criados em zona urbana e com grau de instrução superior completo.


O [[Instituto Camões]] entende que a ''''noção de correcção está [...] baseada no valor social atribuído às [...] formas [linguísticas]''. Ainda assim, informa que a '''norma-padrão''' do português europeu é ''o dialecto da região que abrange Lisboa e Coimbra''; refere também que se aceita no Brasil ''como '''norma-padrão''' a fala do Rio e de S. Paulo''.<ref>{{citar web|url=http://cvc.instituto-camoes.pt/cpp/acessibilidade/capitulo1_2.html|titulo=Variação e Norma em Português|autor=Instituto Camões|data=2006|publicado=|acessodata=10 de Fevereiro de 2010}}</ref>
O [[Instituto Camões]] entende que a ''''noção de correcção está [...] baseada no valor social atribuído às [...] formas [linguísticas]''. Ainda assim, informa que a '''norma-padrão''' do português europeu é ''o dialecto da região que abrange Lisboa e Coimbra''; refere também que se aceita no Brasil ''como '''norma-padrão''' a fala do intelectuais do Rio e de S. Paulo''.<ref>{{citar web|url=http://cvc.instituto-camoes.pt/cpp/acessibilidade/capitulo1_2.html|titulo=Variação e Norma em Português|autor=Instituto Camões|data=2006|publicado=|acessodata=10 de Fevereiro de 2010}}</ref>


== Aquisição da linguagem ==
== Aquisição da linguagem ==

Revisão das 21h59min de 27 de junho de 2010

Norma culta ou linguagem culta é uma expressão empregada pelos linguistas brasileiros para designar o conjunto de variedades lingüísticas efetivamente faladas, na vida cotidiana, pelos falantes cultos, sendo assim classificados os cidadãos nascidos e criados em zona urbana e com grau de instrução superior completo.

O Instituto Camões entende que a ''noção de correcção está [...] baseada no valor social atribuído às [...] formas [linguísticas]. Ainda assim, informa que a norma-padrão do português europeu é o dialecto da região que abrange Lisboa e Coimbra; refere também que se aceita no Brasil como norma-padrão a fala do intelectuais do Rio e de S. Paulo.[1]

Aquisição da linguagem

Iniciamos o aprendizado da língua em casa, no contato com a família, que é o primeiro círculo social para uma criança, imitando o que se ouve e aprendendo, aos poucos, o vocabulário e as leis combinatórias da língua. Um jovem falante também vai exercitando o aparelho fonador[2], ou seja, a língua, os lábios, os dentes, os maxilares, as cordas vocais para produzir sons que se transformam, mais tarde, em palavras, frases e textos.

Aparelho fonador.

Quando um falante entra em contato com outra pessoa, na rua, na escola ou em qualquer outro local, percebe que nem todos falam da mesma forma. Há pessoas que falam de forma diferente por pertencerem a outras cidades ou regiões do país, ou por terem idade diferente da nossa, ou por fazerem parte de outro grupo ou classe social. Essas diferenças no uso da língua constituem as variedades lingüísticas.[3]

Variedades linguísticas

Variedades linguísticas são as variações que uma língua apresenta, de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.[4]

Todas as variedades linguísticas são adequadas, desde que cumpram com eficiência o papel fundamental de uma língua – o de permitir a interação verbal entre as pessoas, isto é, a comunicação.

Apesar disso, uma dessas variedades, a norma culta ou norma padrão, tem maior prestígio social. É a variedade lingüística ensinada na escola, contida na maior parte dos livros e revistas e também em textos científicos e didáticos, em alguns programas de televisão, etc.[5] As demais variedades, como a regional, a gíria ou calão, o jargão de grupos ou profissões (a linguagem dos policiais, dos jogadores de futebol, dos metaleiros, dos surfistas), são chamadas genericamente de dialeto popular ou linguagem popular.[6]

Propósito da língua

A língua que utilizamos não transmite apenas nossas idéias, transmite também um conjunto de informações sobre nós mesmos. Certas palavras e construções que empregamos acabam denunciando quem somos socialmente, ou seja, em que região do país nascemos, qual nosso nível social e escolar, nossa formação e, às vezes, até nossos valores, círculo de amizades e hobbies, como skate, rock, surfe, etc.[7] O uso da língua também pode informar nossa timidez, sobre nossa capacidade de nos adaptarmos e situações novas, nossa insegurança, etc.

A língua é um poderoso instrumento de ação social. Ela pode tanto facilitar quanto dificultar o nosso relacionamento com as pessoas e com a sociedade em geral.

Língua culta na escola

O ensino da língua culta, na escola, não tem a finalidade de condenar ou eliminar a língua que falamos em nossa família ou em nossa comunidade. Ao contrário, o domínio da língua culta, somado ao domínio de outras variedades lingüísticas, torna-nos mais preparados para nos comunicarmos. Saber usar bem uma língua equivale a saber empregá-la de modo adequado às mais diferentes situações sociais de que participamos.[8]

Graus de formalismo

São muitos os tipos de registro quanto ao formalismo, tais como: o registro formal, que é uma linguagem mais cuidada; o coloquial, que não tem um planejamento prévio, caracterizando-se por construções gramaticais mais livres, repetições frequentes, frases curtas e conectores simples; o informal, que se caracteriza pelo uso de ortografia simplificada, construções simples e usado entre membros de uma mesma família ou entre amigos.[9]

As variações de registro ocorrem de acordo com o grau de formalismo existente na situação de comunicação; com o modo de expressão, isto é, se se trata de um registro formal ou escrito; com a sintonia entre interlocutores, que envolve aspectos como graus de cortesia, deferência, tecnicidade (domínio de um vocabulário específico de algum campo científico, por exemplo).

Referências

Ver também

Ligações externas