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Patrimônio cultural imaterial: diferenças entre revisões

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A [[Timbila]] dos [[chopes]] foi, em 2006, considerada património cultural universal.
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<ref>*[http://www.unesco.org/culture/ich/index.php?select_country02=MZ&select_country06=&select_country04=&select_country03=&select_country05= UNESCO - Património imaterial de Moçambique] {{es}}</ref>
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==Em Portugal==
==Em Portugal==

Revisão das 20h40min de 22 de maio de 2013

Patrimônio cultural imaterial (ou patrimônio cultural intangível) é uma concepção de patrimônio cultural que abrange as expressões culturais e as tradições que um grupo de indivíduos preserva em respeito da sua ancestralidade, para as gerações futuras. São exemplos de patrimônio imaterial: os saberes, os modos de fazer, as formas de expressão, celebrações, as festas e danças populares, lendas, músicas, costumes e outras tradições.

Roda de capoeira, resquício das danças de guerra segundo Rugendas, 1835

No Brasil

Em um exemplo de patrimônio cultural imaterial é o modo de tocar dos sinos, cuja "linguagem" é peculiar meio de comunicação e está sendo objeto de registro pelo IPHAN. Em Minas Gerais, por exemplo, o Modo artesanal de fazer queijo é importante registro de patrimônio intangível.

Em Pirenópolis, Goiás, outro exemplo de patrimônio imaterial é a Festa do Divino de Pirenópolis, criada em 1819 e festejada até hoje. É na Festa do Divino que são apresentadas as Cavalhadas, representação da luta entre mouros e cristãos na Idade Média.

Em São Paulo, foi aprovada a Lei 14.406 de 21/05/2007, de autoria do político Chico Macena, que cria o Programa Permanente de Proteção e Conservação do Patrimônio Imaterial do Município de São Paulo, e atualmente tenta-se instalar o Museu do Patrimônio Imaterial por meio do Projeto de Lei 486/2010 do mesmo autor.

Podem ser citadas ainda diversas tradições, saberes e técnicas que vem sendo submetidas às normas que estabelecem o "Inventário Nacional de Referências Culturais" (INRC) do IPHAN, na complexa tarefa de preservar o patrimônio material e imaterial, resguardando bens, documentos, acervos, artefatos, vestígios e sítios, assim como as atividades, técnicas, saberes, linguagens. Um dos critérios são a atenção às tradições que não encontram amparo na sociedade e no mercado, permitindo a todos o cultivo da memória comum, da história e dos testemunhos do passado [1]

Podem ser citadas, para que dimensione a natureza dessa atividade que é identificar e avaliar o patrimônio imaterial, frente as dificuldades e limitações de pesquisa documentação e acesso à fontes histórico - arqueológicas para atender os critérios do IPHAN, observe-se em relação ao patrimônio já estabelecido os seguintes "processos de registro em andamento" : a Festa do Divino Espírito Santo da Cidade de Paraty – RJ; Ofício de Raizeiras e Raizeiros no Cerrado; Uso da Ayahuasca em rituais religiosos (Ac, Am); Sítio de São Miguel Arcanjo – Tava Miri dos povos indígenas Mbyá-Guarani entre outros.[2][3]

Os bens já registrados como patrimônio imaterial no Brasil são:

Classificados por grandes regiões

Rei Cristão e cavaleiros na Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis.

Norte

Centro-Oeste

Nordeste

Apresentação dos caboclos de lança no Maracatu de Baque Solto.

Sudeste

Em Moçambique

A Timbila dos chopes foi, em 2006, considerada património cultural universal. [4] afafsas

Em Portugal

Em Portugal, a noção de patrimônio cultural imaterial, trazida para a ordem do dia com os esforços intelectuais e políticos visando a classificação do Fado como Património Mundial pela UNESCO, tem tido avanços teóricos significativos através dos estudos do escritor e etnólogo Alexandre Parafita, assentes na semiose dos textos e contextos que lhe conferem expressão e manifestação, incluindo aqueles que a modernidade vem alterando ou eliminando ao nível dos rituais (medicina popular, ritos de morte, religiosidade, labores agrários…).

Neste quadro conceitual, Parafita considera a necessidade de distinguir como patrimônio cultural imaterial três grupos de bens culturais:

  • 1 – Os gêneros de literatura oral tradicional que, uma vez produzidos, ganham uma razoável autonomia em relação ao seu processo de produção, enriquecendo-se no contexto de uso intergeracional: cancioneiros, romanceiros, contos populares, paremiologia, rezas, ensalmos…;
  • 2 – Expressões e manifestações intrinsecamente ligadas a suportes físicos (lugares de memória) ou a referenciais histórico-religiosos: rituais festivos, crenças do sobrenatural, lendas e mitos, histórias de vida…
  • 3 – Manifestações em permanente atualização pela mobilização de novos recursos, ambientes e funcionalidades num processo de ressignificação das tradições: trajes, danças, jogos tradicionais, romarias, gastronomia, artesanato….

Como exemplo do património imaterial português, temos as ruas enfeitadas em vários pontos do país. Campo Maior, Redondo, Tomar e Pereiro de Mação são locais onde as respectivas populações ornamentam as ruas das suas terras deixando-as autênticos jardins floridos. Estas iniciativas são muito do agrado do povo português, motivando a afluência de milhares e milhares de visitantes a essas localidades.[5][6].

Um girassol gigante feito de flores de plástico, em Pereiro de Mação...


Ver também

Referências

  1. Lei do PNC (12.343/10) Institui o Plano Nacional de Cultura PDF Jun. 2011
  2. MINISTÉRIO DA CULTURA, Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN Processos de Registro em Andamento Consulta, Junho de 2011
  3. BOMFIM, Juarez Duarte. Declarar Ayahuasca Patrimônio Imaterial da Cultura Brasileira Jornal Feira Hoje, 11/6/2011
  4. *UNESCO - Património imaterial de Moçambique (em castelhano)
  5. http://pt.wikipedia.org/wiki/Pereiro_(Ma%C3%A7%C3%A3o)
  6. PARAFITA, A. – Património Imaterial do Douro, Vols I e II, 2007 e 2010

Bibliografia

  • PARAFITA, Alexandre. A Mitologia dos Mouros. Porto, Gailivro, 2006
  • PARAFITA, Alexandre; et al. Os Provérbios e a Cultura Popular. Galivro, 2007
  • PARAFITA, Alexandre. Património Imaterial do Douro. Vols. I e II, Âncora Editora, 2007 e 2010

Ligações externas

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