Paulo Galo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Paulo Galo
Paulo Galo
Paulo Lima Galo em 2021
Nome completo Paulo Roberto da Silva Lima
Conhecido(a) por Breque dos Apps, crítica à uberização
Nascimento 21 de março de 1989 (35 anos)
São Paulo, SP
Residência São Paulo, SP
Nacionalidade brasileiro
Ocupação motofretista, ativista e artista de rap
Religião Islamismo[1]

Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como Paulo Lima Galo, Paulo Galo ou Galo de Luta (São Paulo, 21 de março de 1989), é um motofretista, ativista e artista de rap brasileiro que tem se destacado no Brasil[2] e no exterior[3] como militante do movimento social de trabalhadores em aplicativos durante o início da pandemia de Covid-19 no Brasil em 2020.[4]

Paulo Galo é uma das principais lideranças do precariado brasileiro, sendo líder do movimento social de trabalhadores de aplicativos Entregadores Antifascistas, grupo responsável por articular o Breque dos Apps em julho de 2020 e também é um dos integrantes do coletivo Revolução Periférica, responsável pelo controverso episódio do incêndio da Estátua de Borba Gato em julho de 2021.[4][5]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Paulo Roberto da Silva Lima nasceu em São Paulo, em 1989, filho de um casal de floristas nordestinos oriundos da Bahia que migraram para São Paulo e que se estabeleceram na periferia da capital paulista. Durante a sua infância, Paulo Lima auxiliava seus pais na procura de flores em uma serra situada nas proximidades de Santos.[6][7]

Desde a infância, Paulo Lima tem vivido em diversos bairros periféricos de São Paulo, situados na Zona Sul, como é o caso da favela do Sapé, do Campo Limpo, e do Parque Laguna, e os situados na Zona Oeste, como o Jardim Guarau, vivência que ajudou na formação de sua personalidade e na sua conscientização acerca dos problemas sociais que atingem a população negra e pobre da periferia paulistana.[6]

Após presenciar um episódio de aporofobia, racismo, xenofobia e violência policial envolvendo o seu pai, ainda durante a sua infância, Paulo Galo se revoltou com a agressão injustificada praticada por policiais militares contra seu genitor e, então, decidiu canalizar sua revolta para a arte, vindo a se tornar artista de rap (rapper).[8]

Durante a adolescência, Paulo Lima avançou no seu projeto de ser artista de Rap, o que contribuiu para a sua politização, ao ler diversas obras para buscar inspiração em suas composições, tais como livros que narravam a luta do ativista estadunidense Malcolm X, o livro As Veias Abertas da América Latina, do escritor uruguaio Eduardo Galeano, uma biografia do revolucionário argentino Che Guevara. Além dessas leituras, ele também teve contato com obras musicais, como o álbum A Peste Negra do Nordeste, do grupo de rap maranhense Clã Nordestino. Todas estas obras literárias e musicais forneceram para ele conceitos que até então lhe eram estranhos, como o de comunismo, luta de classes, anti-imperialismo e soberania nacional.[7][8]

O apelido "Galo" foi dado pelo fato de ele ter pilotado, durante uma época, a moto esportiva CBX 750F para fazer entregas, modelo conhecido como "Sete Galo" no Brasil.[6]

De acordo com Galo, o movimento hip hop acabou sendo a principal fonte de formação intelectual, crítica social e conscientização política.[8] Nesta época, ele passou a compor e cantar músicas desse estilo musical. Sobre a influência desse movimento, afirma o citado motofretista que:

Compor pra mim sempre foi terapia, jogar as coisas num papel, escrever. Mas eu já aceitei que o hip-hop não entrou na minha vida pra eu ser um rapper, pra eu ser o Mano Brown. O hip-hop entrou na minha vida pra me formar. Sou muito grato a isso, sou uma das crianças do hip-hop e tem várias crianças do hip-hop por aí. Eu tô tentando achar elas, morou? Pra gente juntar força.
— Paulo Galo[9]

Ativismo político[editar | editar código-fonte]

De acordo com o sociólogo brasileiro Tiaraju Pablo D'Andrea, professor na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), o pensamento e práxis de Paulo Galo o coloca na condição de um intelectual orgânico da classe trabalhadora e periférica, cuja formação extra-universitária foi forjada pela experiência da vida cotidiana e da cultura da periferia paulistana, com destaque para o movimento hip hop.[10]


Paulo Galo é um dos críticos do processo de uberização que atingem os trabalhadores de aplicativos. De acordo com esse ativista, esse processo impõe uma lógica de trabalho por aplicativos digitais que resulta numa espécie de escravidão contemporânea que é reflexo da crise do trabalho marcada pelo crescente desemprego que leva as pessoas a recorrerem formas precarizadas de prestação de serviços. Enquanto isso, as plataformas digitais se aproveitariam do fato de apenas efetuarem a conexão entre as empresas que fornecem bens e os consumidores, sendo os trabalhadores cadastrados definidos como "parceiros”, uma falsa igualdade que faz com que essas plataformas se eximam de qualquer responsabilidade, sendo os gastos derivados do exercício das atividades arcados pelos próprios motofretistas.[4][11]

Entregadores Antifascistas[editar | editar código-fonte]

Na condição de motociclista entregador (motofretista ou motoboy) por meio de plataformas de aplicativos, Paulo Lima "Galo" começou a desenvolver o seu ativismo político e sindical ainda no ano de 2020, quando essa classe de trabalhadores passou a ter uma elevação de sua carga de trabalho por causa das medidas de isolamento social adotadas durante a pandemia de Covid-19 no Brasil, sem que esse aumento de trabalho resultasse em quaisquer melhorias nas condições trabalhistas destes entregadores de aplicativos. Esta desigualdade nas relações de trabalho entre os motociclistas e as plataformas de aplicativos contribuiu para o surgimento do movimento social de trabalhadores, em que Paulo Galo se destacou como uma de suas principais lideranças.[4][5][7][8]

Este movimento social de trabalhadores recebeu o nome de Entregadores Antifascistas, visto que ele surgiu no contexto dos protestos e manifestações que foram realizados ao longo de 2020 pedindo a saída do presidente Jair Bolsonaro, que por inúmeras vezes negou a gravidade da pandemia causada pelo Coronavírus e, de acordo com parte da opinião pública, não realizou esforços suficientes para garantir condições econômica mínimas para a população durante a pandemia. A mais conhecida destas mobilizações foi o famoso Breque dos Apps de 10 de junho de 2021, em que foram reunidos diversos motofretistas que paralisaram suas atividades para reivindicar melhores condições de trabalho.[4][5][7]

Descrevendo o movimento "Entregadores Antifascistas" como uma organização política não formal, que inclusive se inspiraria no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST),[8] Galo reivindica que a política é uma realidade do cotidiano, afirmando que:

Tudo é político, eu não faço essa divisão. Essa coisa que se criou no Brasil de que política é um cara que vai lá e se candidata a um cargo é o que está acabando com a gente. A dona Maria, o seu João, o borracheiro e o mecânico são todos políticos. Se não, temos que acreditar que os caras que ganham eleição vão fazer política por nós. Eles são só uma parte da organização política. O pessoal não enxerga a política do povo. Uma mãe na favela com sete filhos para criar. Um deles pega escabiose e passa para os outros. Imagine que a favela inteira se junta para ajudar aquela família. Essa não é a melhor política? Somos vistos como movimento político porque nos colocamos assim. Os Entregadores Antifascistas queremos que os outros entregadores entendam isso. Somos seres políticos e vamos transformar. Só precisamos entender que peças somos, em que tabuleiro estamos e que estratégia vamos aplicar para ganhar o jogo.
— Paulo Galo[7]

Revolução Periférica[editar | editar código-fonte]

Em 28 julho de 2021, juntamente com Danilo Oliveira "Biu", Paulo Lima Galo se apresentou espontaneamente à 11º Delegacia de Polícia, situada em Santo Amaro[12] para assumir a autoria do incêndio da estátua de Borba Gato ocorrido em 24 de julho de 2021 com o propósito de realizar um ato simbólico de natureza política para debater o papel dos bandeirantes no genocídio de populações indígenas e negras. Danilo acabaria sendo liberado, enquanto Galo acabou sendo preso.[13][14]

À imprensa na época, Paulo "Galo" declarou que tinha o objetivo de "abrir um debate", sem pretensões de machucar qualquer pessoa ou causar pânico, pois o que se pretendia era provocar nas pessoas uma reflexão para que elas decidissem "se querem ter uma estátua de 13 metros de altura que homenageia um genocida e um abusador de mulheres".[15]

Galo ficou preso durante 14 dias, tendo sido posto em liberdade em 11 de agosto de 2021,[16] após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que havia concedido uma liminar em um habeas corpus ajuizado pela defesa de Paulo Galo em 5 de agosto de 2021.[17]

Atuação como cantor e compositor de rap[editar | editar código-fonte]

Desde a adolescência, Paulo Galo buscou se desenvolver como artista de rap, tendo participado de vários movimentos de hip hop que aconteciam na periferia de São Paulo. Entre os eventos que ele participava estava a Cooperifa, um sarau de poesias que acontecia nestes espaços alternativos, no qual Galo foi levado pelo Du Guetto, pelo Gato Preto e por outros artistas e envolvidos com a cena rapper.[8]

Ataques sofridos[editar | editar código-fonte]

Uma reportagem da Agência Pública datada de março de 2022 informou que, após analisar uma série de documentos, fotos e relatos, teria descoberto que a plataforma digital iFood tinha desenvolvido uma "máquina oculta de propaganda" com o objetivo de desacreditar lideranças motoboys e sabotar a organização dos entregadores por melhores condições de trabalho. Este mecanismo envolvia a contratação de agências de publicidade que utilizavam táticas que levam a uma desinformação do público em geral, por meio da criação de memes, páginas e perfis falsos (trolls) nas redes sociais, além de infiltrar agentes em manifestações para espionar ou sabotar as atividades. De acordo com o designer Gus Kondo, que analisou esses episódios à luz do design, as táticas adotadas pela citada corporação reproduziam os métodos adotados pelo FBI para desarticular movimentos sociais que estavam ativos nos Estados Unidos dos anos 1956 a 1971, com destaque para o Partido dos Panteras Negras e para o Movimento dos Direitos Civis.[18]

Em 15 de fevereiro de 2023, durante o período de seis da manhã ao meio-dia, Paulo Galo foi vítima de violência policial ao ser parado enquanto pilotava sua moto sem capacete. Durante esta abordagem, os agentes de segurança pública vinculados ao Estado de São Paulo teriam excedido no uso da força, não somente empregando-a de forma desproporcional diante da situação, como ainda teriam executado supostos atos de tortura, que teriam resultado em lesões no braço do ativista.[19][20][21]

Controvérsias[editar | editar código-fonte]

Incêndio da estátua de Borba Gato e prisão[editar | editar código-fonte]

Em 24 de julho de 2021, o movimento Revolução Periférica por meio de seus membros Paulo Galo, líder dos Entregadores Antifascistas de São Paulo) e Danilo Oliveira "Biu" realizou um ato simbólico de natureza política ao incendiar a Estátua de Borba Gato com o propósito de promover um debate sobre o papel dos bandeirantes no genocídio indígena e negro no estado de São Paulo. Mesmo tendo se apresentado voluntariamente à polícia, Galo acabou sendo preso, enquanto Biu foi liberado.[13][14][22][23]

No curso dos acontecimentos, a mulher de Paulo Galo, Géssica Barbosa, que não havia participado do ato e é mãe de uma criança, também filha do Galo, acabou sendo presa a pedido da Polícia Civil de São Paulo, somente sendo liberada após passar dois dias na prisão.[24][25]

O ato foi registrado por alguns jornalistas que fizeram algumas imagens e onde Paulo Galo deu a seguinte declaração:

"Não podemos permitir que esse símbolo do Genocídio se perpetue. Borba Gato fez parte do passado, mas não precisa fazer parte do nosso presente. Homenageá-lo é perpetuar o culto ao assassino que ele foi. É uma afronta a todos os espíritos dos homens e mulheres que ele matou. Manter Borba Gato em seu pedestal significa uma autorização para que, amanhã, sejam construídos monumentos para homenagear o genocida Jair Bolsonaro ou os milicianos que atuam nas favelas de todo o País, semeando a morte".
— Paulo Galo[26]

Discordando dessa ação, o escritor Eduardo Bueno afirma que quem participou da destruição das missões jesuíticas e do aprisionamento em larga escala dos Guaranis - povo mais afeito ao trabalho agrícola - foi o sogro de Borba Gato, Fernão Dias. "Os índios da região de Minas Gerais, onde Borba Gato circulava, eram os chamados 'índios de língua travada', os índios não Tupis, que você não conseguia reduzir à escravidão com lucro efetivo. Ele [Borba Gato] já tinha desistido de escravizá-los, mas não por uma questão de bondade ou não porque os bandeirantes não escravizavam, mas porque ele não via utilidade em escravizá-los. [...] Circunstancialmente, ele não precisou escravizar índios. Ele estava lá por uma busca mineral".[27] Eduardo Bueno também chamou o ato de vandalismo: "além de queimar estátua ser uma coisa estúpida por si, ainda por cima queimaram a estátua errada (...) O Borba Gato não foi um caçador de índio (...) Sou totalmente contrário ao vandalismo e ao ataque aos monumentos".[28]

Sobre o fato de ter repercutido que um empresário irá pagar a reforma da estátua, a historiadora Deborah Neves, doutora em História pela Unicamp, disse que "esse apego à memória dos bandeirantes também tem a ver com um componente xenófobo, de construção de uma identidade de que São Paulo é maior que o resto, do que o próprio país". Ainda segundo a historiadora, "vamos continuar permitindo essa interrupção do debate enquanto a gente trata isso como um dano ao patrimônio e não como em um momento de se pensar a quem a nossa sociedade continua prestando homenagens".[29]

Furto de entregas do iFood[editar | editar código-fonte]

Em 30 de dezembro de 2023, Paulo Galo confessou em uma postagem na redes sociais que furtava as refeições que ultrapassavam o valor de 500 reais enquanto trabalhava como entregador para a plataforma iFood.[30] Segundo o militante, essa prática de furto era justificada pelo fato de considerar um “desaforo” entregar refeições com valores superiores ao orçamento mensal que sua família dispunha para compras no supermercado.[31]

"Quanto o valor ultrapassava 500 reais eu nao entregava eu levava pra casa, eu achava um desaforo ter que entregar um refeicao no valor da compra do mes da minha familia! Dito isso zero problema de fulano X ou Y gastar o que quiser no app que quiser cada um lida da sua forma!"
— Paulo Galo[32]

Referências

  1. https://gamarevista.uol.com.br/semana/onde-voce-trabalha/paulo-galo-uberizacao-do-trabalho-luta-entregadores-de-aplicativo/
  2. Neis, Amanda Cristaldo; Natalino, Plínio (2020). «A ilusão do microempreendedorismo no Brasil». Vitória. Revista do PET Economia Ufes. 1 (2): 39-43. Consultado em 10 de março de 2023 
  3. Sarah Cozzolino (1 de julho de 2020). «'Galo', líder de los 'repartidores antifascistas' de Brasil» (em espanhol). Radio France International. Consultado em 10 de março de 2023 
  4. a b c d e Danilo Thomaz (29 de julho de 2021). «Uberização: quem são Paulo Galo e o Movimento Entregadores Antifascistas». Guia do Estudante. Consultado em 10 de março de 2023 
  5. a b c Sena, Ercio; Serelle, Marcio (2022). «A emergência de Galo, entregador antifascista: análise de uma entrevista midiática». São Paulo. Rumores. 16 (31): 42-59. ISSN 1982-677X. Consultado em 10 de março de 2023 .Trecho do artigo: Nesse contexto, Galo tornou-se figura proeminente que, ao demandar das empresas de aplicativo condições mínimas para a sobrevivência dos entregadores, politizou o movimento e se esforçou para construir uma categoria profissional. No ano seguinte, Galo, também membro do coletivo Revolução Periférica, foi preso e um dos responsabilizados pela queima da estátua de Borba Gato, em São Paulo, em 24 de julho de 2021.
  6. a b c «Líder dos Entregadores Antifascistas fala sobre o 'futuro sem chefe'». UOL. 5 de setembro de 2020. Consultado em 10 de março de 2023 
  7. a b c d e Leonardo Neiva (27 de junho de 2021). «"O pedido vem e a gente nem sabe o que é. Aceita porque está desesperado para sobreviver"». Revista Gama. Consultado em 10 de março de 2023 
  8. a b c d e f Pandolfi, Dulce; Fontes, Paulo (5 de agosto de 2021). «Relatos de combate: Movimentos sociais na pandemia» (PDF). Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro. Consultado em 10 de março de 2023 
  9. Safadi, Guilherme Muniz (2022). Cinema & hip hop nos anos 1990: o invasor nas disputas de representação entre centro, periferia, crime e violência (PDF) (Tese de Doutorado em História). Niterói: Universidade Federal Fluminense. Consultado em 10 de março de 2023 
  10. D'Andrea, Tiaraju Pablo (2022). «A formação das sujeitas e dos sujeitos periféricos: cultura e política na periferia de São Paulo» (PDF). São Paulo: Editora Dandara. Consultado em 10 de março de 2023 
  11. Gonçalves, Renata; Souza, Edvânia Ângela de (2022). «Somos todes youtubers? Indústria 4.0 e precarização do trabalho docente em tempos de pandemia». São Paulo. Serviço Social & Sociedade (144): 33-51. ISSN 2317-6318. Consultado em 10 de março de 2023 .Trecho do artigo: Paulo Galo (2021, n. p.), trabalhador dos serviços de entrega por meio de aplicativo (app), em entrevista concedida ao jornal Outras Palavras, afirmou que estamos em uma “lógica de exploração muito sofisticada”. O cadastro em um aplicativo é fonte para conhecer o grau de subsunção ao capital e para definir o momento exato da substituição da força de trabalho ou, ainda, saber “até quantas horas diárias de trabalho é possível aguentar”. Na prática, o que ocorre é um controle do capital sobre os/as trabalhadores/as, mas dando a ilusão de que eles/as gerenciam sua jornada de trabalho, apesar das perdas da proteção social e do trabalho. Esse processo denominado uberização impõe uma lógica de trabalho por app que resulta numa forma de escravidão contemporânea: “Eu fui atrás de emprego de motoboy, não tinha emprego de motoboy; eu tive que me cadastrar em um emprego de aplicativo” (Galo, 2021, n, p.). Para as empresas contratantes, os serviços que ofertam são apenas a realização da conexão entre elas e os/as usuários/as. Os/as trabalhadores/as cadastrados/as caracterizam-se apenas como “parceiros/as”, eximindo-as de qualquer responsabilidade. Os gastos advindos do exercício da função são arcados pelos/as trabalhadores/as (Manzano; Krein, 2020).
  12. Nivea Souto Maior (2022). «NOVOS TEMPOS E VELHAS ESTRATÉGIAS DE ATENTADOS À LIBERDADE SINDICAL NO BRASIL: A HISTÓRIA SE REPETE DE MARGARIDA ALVES À PAULO GALO» (html). VII Congresso Internacional de Direitos Humanos de Coimbra. Consultado em 10 de março de 2023 
  13. a b Justiça determina prisão de suspeito de incendiar estátua do Borba Gato; 'objetivo foi abrir debate sobre o genocida e abusador de mulheres', diz preso
  14. a b «Estátua de bandeirante Borba Gato é incendiada em São Paulo». O Globo. 24 de julho de 2021. Consultado em 10 de março de 2023 
  15. «Estátua de Borba Gato é incendiada em São Paulo». G1. 24 de julho de 2021. Consultado em 10 de março de 2023 
  16. «Paulo Galo, acusado de incendiar a estátua do Borba Gato, é solto após 14 dias na prisão.». TV Cultura. 5 de agosto de 2021. Consultado em 10 de março de 2023 
  17. «STJ manda soltar Paulo Galo, preso por fogo em estátua de Borba Gato.». Poder360. 5 de agosto de 2021. Consultado em 10 de março de 2023 
  18. Gus Kondo (17 de agosto de 2022). «De Fred Hampton a Paulo Galo: o design a serviço da desmobilização de movimentos sociais». Revista Recorte. Consultado em 10 de março de 2023 
  19. «Justiça e proteção para Paulo Galo». Outras Palavras. 6 de março de 2023. Consultado em 10 de março de 2023 
  20. «Motoboy Paulo Galo, conhecido por atear fogo na estátua de Borba Gato, denuncia tortura em delegacia de São Paulo». Rádio Itatiaia. 4 de março de 2023. Consultado em 10 de março de 2023 
  21. Beatriz Drague Ramos (5 de março de 2023). «Paulo Galo, liderança dos entregadores, denuncia violência policial: 'fui torturado das seis da manhã até o meio-dia'». ponte.org. Consultado em 10 de março de 2023 
  22. Albuquerque, Flávia (24 de julho de 2021). «Polícia investiga incêndio em estátua de Borba Gato na capital de SP». Agência Brasil. Consultado em 10 de março de 2023 
  23. Souza, Ludmilla (25 de julho de 2021). «Polícia prende suspeito de vandalismo na estátua do Borba Gato em SP». Agência Brasil. Consultado em 10 de março de 2023 
  24. ‘Campanha pela liberdade é importante para que Justiça veja que não estamos sozinhos’, diz Géssica após ser solta. Por Beatriz Drague Ramos. Ponte Jornalismo, 1º de agosto de 2021
  25. Géssica Barbosa tem prisão revogada após ser presa por fogo no Borba Gato; Galo pode ter prisão prorrogada. Por Beatriz Drague Ramos. Ponte Jornalismo, 30 de julho de 2021
  26. «#ForaBorbaGato: ou a Revolução será periférica ou não será!». Jornalistas Livres. 25 de julho de 2021. Consultado em 10 de março de 2023 
  27. Borba Gato não foi caçador de índios: queimaram a estátua errada, diz Eduardo Bueno. Jornal de Brasília, 30 de julho de 2021.
  28. «Borba Gato não foi caçador de índios, queimaram a estátua errada, diz Eduardo Bueno». Jornal de Brasília. Consultado em 10 de março de 2023 
  29. Rute Pina (29 de julho de 2021). «"Apego aos bandeirantes tem fator xenófobo", diz historiadora sobre estátua de Borba Gato». Agência Pública. Consultado em 10 de março de 2023 
  30. «Paulo Galo, dos Entregadores Antifascistas, diz que furtava entregas acima de R$ 500». Folha de S. Paulo. 31 de dezembro de 2023. Consultado em 1 de abril de 2024 
  31. «Militante de extrema esquerda admite furto de refeições acima de R$ 500 no iFood». Conexão Política. 31 de dezembro de 2023. Consultado em 1 de abril de 2024 
  32. «Paulo Galo, dos Entregadores Antifascistas, diz que furtava entregas acima de R$ 500». Folha de S. Paulo. 31 de dezembro de 2023. Consultado em 1 de abril de 2024 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]