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Wehrmacht (ouvir) (termo alemão que significa "Força de Defesa", e que pode ser entendido como meios/poder de resistência) foi o nome do conjunto das forças armadas da Alemanha durante o Terceiro Reich entre 1935 e 1945 e englobava o Exército (Heer), Marinha de Guerra (Kriegsmarine), Força Aérea (Luftwaffe) e tropas das Waffen-SS (que apesar de não serem da Wehrmacht, eram frequentemente dispostas junto às suas tropas). Substituiu a anterior Reichswehr, criada em 1921 após a derrota alemã na I Guerra Mundial. Em 1955, as novas forças armadas alemãs foram reorganizadas sob o nome de Bundeswehr.

Durante os dez anos de sua existência, aproximadamente 18 milhões de combatentes serviram na Wehrmacht. Cerca de 3,5 milhões morreram em combate durante a II Guerra Mundial, sendo 88% apenas na frente russa. O número de soldados e oficiais desaparecidos ou mortos nos campos de concentração, principalmente soviéticos, nos anos posteriores ao fim da guerra, é desconhecido.





Bismarck deixando Hamburgo, 15 de setembro de 1940.

O Bismarck foi o primeiro couraçado da classe Bismarck construído pela Kriegsmarine. Batizado em homenagem ao Chanceler Otto von Bismarck, um dos grandes responsáveis pela unificação da Alemanha em 1871, a construção do navio teve início nos estaleiros da Blohm + Voss em 1º de julho de 1936, sendo lançado dois anos e meio depois em 14 de fevereiro de 1939. Sua construção foi finalizada em 24 de agosto de 1940, quando foi comissionado para a frota alemã. O Bismarck e seu irmão Tirpitz foram os maiores navios de guerra construídos pela Alemanha, e dois dos maiores navios construídos por uma potência europeia.

Durante sua carreira de oito meses sob o comando de seu único capitão, Ernst Lindemann, o Bismarck participou de apenas uma operação ofensiva, a Operação Rheinübung em maio de 1941. O navio, junto com o cruzador pesado Prinz Eugen, deveria seguir para o Atlântico Norte e atacar navios mercantes aliados que se dirigiam para a Grã-Bretanha. As duas embarcações foram detectadas várias vezes perto da Escandinávia, e unidades navais britânicas foram enviadas para bloqueá-las. Na Batalha do Estreito da Dinamarca, em 24 de maio de 1941, o Bismarck enfrentou e destruiu o HMS Hood, o grande orgulho da Marinha Real Britânica, e forçou a retirada do HMS Prince of Wales. Entretanto, o Bismarck foi atingido três vezes e sofreu uma avaria na proa, perfurando um dos tanques de combustível.




A Schutzstaffel (em português "Tropa de Proteção"), abreviada como SS, ϟ ϟ ou Runic "SS" (em Alfabeto rúnico) foi uma organização paramilitar ligada ao partido nazista e a Adolf Hitler. Seu lema era "Meine Ehre heißt Treue" ("Minha honra chama-se lealdade"). Inicialmente era uma pequena unidade paramilitar, posteriormente agregou quase um milhão de homens e conseguiu exercer grande influência política no Terceiro Reich. Construída sobre a Ideologia nazista, a SS sob o comando de Heinrich Himmler foi responsável por muitos dos crimes contra a humanidade perpetrados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

Inicialmente a força paramilitar nazista era a SA ("Sturmabteilung"), ou "Divisões de Assalto", que utilizava o terror junto aos inimigos dos nazistas, e era vista como semi-independente. O grupo se tornou uma ameaça ao poder de Hitler e aos poucos foi substituído pela SS, um grupo de elite que contava com homens racialmente selecionados e disciplinados.

A partir de 1939, sob o comando de Heinrich Himmler, a SS cresceu e chegou a contar com um exército próprio, a Waffen SS ("SS Armada"), independente das forças armadas, a Wehrmacht. Além disso a SS também absorveu a Gestapo, a polícia secreta nazista, a Reichssicherheitshauptamt, o órgão que controlava as polícias, o Sicherheitsdienst (SD), o serviço de inteligência e o Einsatzgruppen, grupos criados com a única intenção de exterminar grupos étnicos minoritários. Em 1939, a SS comandaria os campos de concentração nos países ocupados.




Hitler desfilando com a nova SA, agora liderada por Victor Lutze
Hitler desfilando com a nova SA, agora liderada por Victor Lutze

A Noite das Facas Longas foi um expurgo que aconteceu na Alemanha Nazista na noite do dia 30 de junho para 1 de julho de 1934, quando a direção do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP; o Partido Nazista) decidiu executar dezenas de seus membros políticos, sendo a maioria da Sturmabteilung (SA), uma organização paramilitar do partido.

Adolf Hitler revoltou-se contra o líder das SA, Ernst Röhm, pois este ansiava em transformar seus liderados (que já contavam com três milhões de integrantes, chamados de camisas pardas) no embrião do futuro exército da Alemanha Nazista e via o uso da violência nas ruas como melhor modo de disciplina, algo totalmente contra o regime que Hitler queria impor na sociedade alemã. Além disso, os interesses de Röhm iam de encontro aos da Reichswehr, o exército alemão do período entre-guerras, cujos oficiais — em especial o marechal Paul von Hindenburg, presidente da nação na época — não toleravam a figura de Röhm, em razão de sua homossexualidade, fraqueza a vícios e o medo de que Röhm viesse a tentar derrubar o regime nazista, podendo assim criar uma revolta no povo alemão e conseqüentemente a queda de Hitler.

Com isso, Hitler, chanceler da Alemanha nomeado por Hindenburg, decidiu não entrar em choque com o poder político dos militares e, ao invés disso, fazer um expurgo contra as autoridades máximas da SA e seus inimigos políticos. Antes do seu acontecimento, o evento foi classificado com o codinome "Colibri" (em alemão: Kolibri), que se tornou palavra-chave para iniciar a operação. A frase "Noite das Facas Longas" origina-se de um verso de uma canção das SA, e significa massacre.




Dois soldados alemães fumando.
Dois soldados alemães fumando.

O movimento antitabagista na Alemanha nazista teve início no Terceiro Reich depois de os médicos alemães descobrirem a relação entre o cancro do pulmão e o tabaco, liderando a primeira campanha pública antitabagista da história contemporânea. Os movimentos cresceram em vários países a partir do início do século XX, mas estes tiveram pouco sucesso, a não ser na Alemanha, onde a campanha foi apoiada pelo governo, depois de o Partido Nazista haver tomado o poder. Foi a campanha antitabagista mais poderosa do mundo na década de 1930 e início da década de 1940.

A liderança nacional-socialista condenava o consumo do tabaco, e vários de seus líderes criticavam abertamente seu consumo. A pesquisa sobre o fumo e seus efeitos na saúde também prosperou durante o governo nazista, sendo a mais importante de seu tempo neste assunto. Além disso, o desgosto pessoal de Adolf Hitler face ao tabaco e as políticas nazistas para o aumento da população eram alguns dos fatores motivantes das campanhas contra o tabaco, que também estava associada ao antissemitismo e racismo.

A campanha antitabagista nazista consistia na proibição de fumar em bondes, ônibus e trens urbanos; promover a educação sanitária; limitar a ração de cigarros dada aos soldados da Wehrmacht; organizar palestras médicas para os soldados e aumentar o imposto dos produtos de tabaco. Os nazistas também impuseram restrições à publicidade de cigarros e fumo em lugares públicos, estabelecendo normas para restaurantes e cafés. O movimento antitabagista não surtiu muito efeito nos primeiros anos do Regime Nazista, havendo o consumo de tabaco aumentado na população em geral entre 1933 e 1939, mas entre os militares diminuiu entre 1939 e 1945. Atualmente as campanhas antitabagistas na Alemanha ainda não atingiram o impacto e alcance da campanha nazista.




A Luftwaffe foi a força aérea da Alemanha Nazi
A Luftwaffe foi a força aérea da Alemanha Nazi

Entre 1933 e 1945, a organização da Luftwaffe sofreu diversas alterações. Originalmente, o Oberkommando der Wehrmacht alemão havia decidido que a organização da força aérea seria baseada na organização dos outros dois ramos independentes: o exército (Heer) e a marinha (Kriegsmarine). Contudo, entre o período de rearmamento alemão e o início da guerra, a Luftwaffe foi sendo organizada de uma maneira geográfica.

Sob os termos do Tratado de Versalhes de 1919, a Alemanha ficou proibida de possuir uma força aérea, depois de a Luftstreitkräfte ter sido dissolvida em 1920. Assim, os pilotos alemães que continuariam a receber treino e formação teriam que o fazer de maneira secreta, primeiro na União Soviética durante os anos 20, e depois na própria Alemanha durante os anos 30; aqui, o treino era realizado por parte da Deutscher Luftsportverband (DLV).

A formação do ramo aéreo alemão foi anunciado publicamente em Fevereiro de 1935, com o Reichsmarschall Hermann Göring a assumir o cargo de Comandante-em-chefe, um acto de desafio para com o Tratado de Versalhes. Os planos iniciais consistiam em criar uma força em crescimento a longo prazo, durante um período de 5 anos, com a intenção de mais tarde vir a usar a Luftwaffe como uma força estratégica. Estes planos foram alterados várias vezes durante os primeiros anos, especialmente após o falecimento do general Walter Wever em Junho de 1936, tendo-lhe sucedido Ernst Udet. Assim, a Luftwaffe começou a orientar o seu esforço para desempenhar um papel de suporte às forças terrestres, o que veio a acontecer com sucesso durante a Blitzkrieg. Göring, devido à proximidade que tinha com Hitler e o poder adquirido ao longo dos anos na máquina governamental, foi capaz de dar à Luftwaffe mais recursos do que aqueles que foram recebidos pelo exército ou pela marinha. Isto fez da Luftwaffe a força aérea mais poderosa do continente europeu durante os seus anos iniciais. Em parte devido ao facto de ser uma força de suporte terrestre, a Luftwaffe foi sendo organizada como as unidades do exército, com cada unidade a controlar uma área especifica. Cada uma destas unidades tinha total controlo sobre todos os aspectos inerentes à Luftwaffe naquela área.