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Albert Bierstadt
Albert Bierstadt

Albert Bierstadt (Solingen, 7 de janeiro de 1830 - Nova Iorque, 18 de fevereiro de 1902) foi um pintor prusso radicado nos Estados Unidos. Sua família imigrou para este país quando ele era muito pequeno, e seus primeiros anos são obscuros. Ainda moço voltou à Europa para buscar aperfeiçoamento acadêmico e ao retornar para a América iniciou uma brilhante carreira no mundo da arte. Em seu apogeu, na década de 1860, acumulou fortuna e foi celebrado dos dois lados do Atlântico.

Nos Estados Unidos foi visto como um dos que melhor materializaram visualmente a crença no Destino Manifesto, contribuindo para a conquista da fronteira oeste e fazendo muitos imitadores. Sua fama derivou principalmente de suas paisagens monumentais sobre o oeste selvagem, onde exibe uma fusão de tendências realistas, expressas na descrição minuciosa de detalhes, com uma concepção romântica de paisagismo, tingida pela estética do sublime e buscando resultados arrebatadores, dramáticos, visionários, que enalteciam a natureza e a revestiam de significados morais e espirituais antes do que a descreviam com uma fidelidade fotográfica. Fez parte da Escola do Rio Hudson, um grupo de pintores de tendências similares, e da qual foi um dos mais notáveis representantes. (leia mais...)




Amadeo de Souza-Cardoso (1887–1918); Biblioteca de Arte, Fundação Calouste Gulbenkian.
Amadeo de Souza-Cardoso (1887–1918); Biblioteca de Arte, Fundação Calouste Gulbenkian.

Amadeo de Souza-Cardoso (Manhufe, freguesia de Mancelos, Amarante, 14 de novembro de 1887Espinho, 25 de outubro de 1918) foi um pintor português. Pertencente à primeira geração de pintores modernistas portugueses, Amadeo de Souza-Cardoso destaca-se entre todos eles pela qualidade excecional da sua obra e pelo diálogo que estabeleceu com as vanguardas históricas do início do século XX. "O artista desenvolveu, entre Paris e Manhufe, a mais séria possibilidade de arte moderna em Portugal num diálogo internacional, intenso mas pouco conhecido, com os artistas do seu tempo" . A sua pintura articula-se de modo aberto com movimentos como o cubismo o futurismo ou o expressionismo, atingindo em muitos momentos – e de modo sustentado na produção dos últimos anos –, um nível em tudo equiparável à produção de topo da arte internacional sua contemporânea. (ler mais)




João Fahrion (Porto Alegre, 4 de outubro de 1898 — Porto Alegre, 11 de agosto de 1970) foi um pintor, ilustrador, desenhista, gravador e professor brasileiro. Levou uma vida discreta, inteiramente dedicada à sua carreira, mas em certos períodos apreciou a boemia. Passou muitos anos atribulado por crises periódicas de depressão, que em seus anos finais o deixou incapacitado. Recebeu uma sólida formação acadêmica, estudando em Amsterdam, Berlim e Munique, com bolsa concedida pelo governo do Rio Grande do Sul, mas entrou em contato com as vanguardas modernistas e delas recebeu influência. Nos anos 1930-1940 foi prolífico capista e ilustrador da Revista do Globo e de livros infantis publicados pela Editora Globo, criando imagens alinhadas à estética modernista que circularam por todo o Brasil e que o creditaram como um dos grandes ilustradores de sua geração. Deu aulas no Instituto de Belas Artes de Porto Alegre de 1937 a 1966, sendo considerado um excelente professor e formando gerações de alunos. Na pintura deixou obra extensa, centrada nos retratos, nos auto-retratos e nas cenas de bastidores do teatro e do circo. Os retratos, embora de grande qualidade, são tipicamente conservadores, produzidos para a elite gaúcha, e lhe trouxeram uma apreciável fama dentro deste círculo. (leia mais...)




William-Adolphe Bouguereau (La Rochelle, 30 de novembro de 1825 — La Rochelle, 19 de agosto de 1905) foi um professor e pintor acadêmico francês. Com um talento manifesto desde a infância, recebeu treinamento artístico em uma das mais prestigiadas escolas de arte de seu tempo, a Escola de Belas Artes de Paris, onde veio a ser mais tarde professor muito requisitado, ensinando também na Academia Julian, outra instituição famosa. Sua carreira floresceu no período áureo do academismo, sistema de ensino do qual foi um ardente defensor e do qual foi um dos mais típicos representantes. Sua pintura se caracteriza pelo perfeito domínio da forma e da técnica, com um acabamento de alta qualidade, obtendo efeitos de grande realismo. Em termos de estilo, fez parte da corrente eclética que dominou a segunda metade do século XIX, mesclando elementos do neoclassicismo e do romantismo em uma abordagem naturalista com boa dose de idealismo. Deixou obra vasta, centrada nos temas mitológicos, alegóricos, históricos e religiosos, nos retratos, nos nus e nas imagens de jovens camponesas. Acumulou fortuna e granjeou fama internacional em vida, recebendo inúmeros prêmios e condecorações, como Prêmio de Roma e a Legião de Honra, mas no final de sua carreira começou a ser desacreditado pelos pré-modernistas. (leia mais...)




Almada Negreiros, Teatro da República, Lisboa, 1917
Almada Negreiros, Teatro da República, Lisboa, 1917

Almada Negreiros GOSE foi um artista multidisciplinar português que se dedicou fundamentalmente às artes plásticas (desenho, pintura, etc.) e à escrita (romance, poesia, ensaio, dramaturgia), ocupando uma posição central na primeira geração de modernistas portugueses.

Almada Negreiros é uma figura ímpar no panorama artístico português do século XX. Essencialmente autodidata (não frequentou qualquer escola de ensino artístico), a sua precocidade levou-o a dedicar-se desde muito jovem ao desenho de humor. Mas a notoriedade que adquiriu no início de carreira prende-se acima de tudo com a escrita, interventiva ou literária. Almada teve um papel particularmente ativo na primeira vanguarda modernista, com importante contribuição para a dinâmica do grupo ligado à Revista Orpheu, sendo a sua ação determinante para que essa publicação não se restringisse à área das letras. Aguerrido, polémico, assumiu um papel central na dinâmica do futurismo em Portugal: "Se à introversão de Fernando Pessoa se deve o heroísmo da realização solitária da grande obra que hoje se reconhece, ao ativismo de Almada deve-se a vibração espetacular do «futurismo» português e doutras oportunas intervenções públicas, em que era preciso dar a cara". (leia mais...)




Autorretrato de Andrea Pozzo
Autorretrato de Andrea Pozzo

Andrea Pozzo (Trento, 30 de novembro de 1642Viena, 31 de agosto de 1709) foi um irmão leigo jesuíta e prolífico artista italiano, atuando como decorador, arquiteto, cenógrafo, pintor, professor e teórico, e sendo uma das figuras principais da arte barroca católica. Também conhecido como Andreas Puteus, em sua versão latina, ou Padre Pozzo, embora jamais tivesse sido efetivamente ordenado.

Desde jovem foi inclinado à vida religiosa, ingressando como irmão na Companhia de Jesus em 1665, mas não chegou a fazer os votos maiores e dedicou-se completamente à arte. Neste campo, também cedo iniciou seu aprendizado, mas seus primeiros anos são escassamente documentados. Depois de ganhar alguma fama no norte da Itália, seu nome se consagrou em Roma, onde realizou obras que serviram de modelo para gerações. Mais tarde se transferiu para a Áustria, onde também deixou uma contribuição importante. É particularmente lembrado pelas suas grandes composições de perspectiva ilusionística que pintou em tetos de igrejas e palácios, destacando-se a Glorificação de Santo Inácio na Igreja de Santo Inácio de Loyola em Roma e a Apoteose de Hércules no Palácio Liechtenstein, em Viena. No campo da teoria, sistematizou suas técnicas em seu tratado Perspectiva Pictorum et Architectorum (em dois volumes, 1693-1700). (leia mais...)