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Jornadas de Junho: diferenças entre revisões

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• Sistemas de transporte público de boa qualidade e que atendam toda a população;<br>
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• Melhor gestão dos gastos governamentais e serviços públicos eficientes;<br>
• Melhor gestão dos gastos governamentais e serviços públicos eficientes;<br>
• Impedir a aprovação de projetos como a "[[Marco Feliciano#Atuação|cura gay]]"<ref>{{citar web |url=http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/06/22/com-pauta-unica-ao-menos-4000-protestam-contra-cura-gay-e-fecham-av-paulista.htm |título=Com pauta única, ao menos 4.000 protestam contra 'cura gay' e fecham av. Paulista |autor=Guilherme Balza |editor=[[Uol]] |data=22 de junho de 2013 |acessodata=22 de junho de 2013}}</ref><ref>{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/manifestantes-promovem-ato-contra-projeto-da-cura-gay-em-sp,1f4d85d95b76f310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html |título=Manifestantes promovem ato contra projeto da 'cura gay' em SP |acessodata=21 de junho de 2013 |data=21 de junho de 2013 |publicado=[[Portal Terra]]}}</ref><ref>{{citar web |url=http://noticias.r7.com/brasil/novos-protestos-miram-cura-gay-e-pec-37nbsp-21062013 |título=Novos protestos miram "cura gay" e PEC 37 |acessodata=21 de junho de 2013 |data=21 de junho de 2013 |publicado=[[R7]]}}</ref> e as [[PEC]]s [[PEC 37|37]] e [[PEC 33|33]] no [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]].<ref>{{citar web |url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/06/protestos-influenciaram-adiamento-da-votacao-da-pec-37-diz-gurgel.html |título=Protestos influenciaram adiamento da votação da PEC 37, diz Gurgel |editor=[[G1]] |acessodata=21 de junho de 2013}}</ref><ref>{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/protesto-em-brasilia-sera-contra-a-copa-pec-37-e-servicos-publicos,7e2b0e154df5f310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html |título=Protesto em Brasília será contra a Copa, PEC 37 e serviços públicos |editor=[[Portal Terra]] |data=20 de junho de 2013 |acessodata=21 de junho de 2013}}</ref><ref>{{citar web |url=http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/ativistas-protestam-contra-pec-37-cura-gay-e-copa |título=Ativistas protestam contra PEC 37, "cura gay" e Copa no Rio |acessodata=21 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[Exame]]}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.estadao.com.br/noticias/geral,ativistas-protestam-contra-pec-37-cura-gay-e-copa,1044872,0.htm |título=Ativistas protestam contra PEC 37, 'cura gay' e Copa |acessodata=21 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[Estadão]]}}</ref>
• Impedir a aprovação de projetos como a " |data=22 de junho de 2013 |acessodata=22 de junho de 2013}}</ref><ref>{{citar web |título=Novos protestos miram na PEC 37 |acessodata=21 de junho de 2013 |data=21 de junho de 2013 |publicado=[[R7]]}}</ref> e as [[PEC]]s [[PEC 37|37]] e [[PEC 33|33]] no [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]].<ref>{{citar web |url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/06/protestos-influenciaram-adiamento-da-votacao-da-pec-37-diz-gurgel.html |título=Protestos influenciaram adiamento da votação da PEC 37, diz Gurgel |editor=[[G1]] |acessodata=21 de junho de 2013}}</ref><ref>{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/protesto-em-brasilia-sera-contra-a-copa-pec-37-e-servicos-publicos,7e2b0e154df5f310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html |título=Protesto em Brasília será contra a Copa, PEC 37 e serviços públicos |editor=[[Portal Terra]] |data=20 de junho de 2013 |acessodata=21 de junho de 2013}}</ref><ref>{{citar web |url=http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/ativistas-protestam-contra-pec-37-|título=Ativistas protestam contra PEC 37 e Copa no Rio |acessodata=21 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[Exame]]}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.estadao.com.br/noticias/geral,ativistas-protestam-contra-pec-37-e-copa,1044872,0.htm |título=Ativistas protestam contra PEC 37 e Copa |acessodata=21 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[Estadão]]}}</ref>
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| métodos = [[Manifestação|Manifestações]]<br>[[Ciberativismo]]<br>Marchas em protesto
| métodos = [[Manifestação|Manifestações]]<br>[[Ciberativismo]]<br>Marchas em protesto
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A segunda fase dos protestos é marcada por manifestações majoritariamente pacíficas, com grande cobertura midiática e massiva participação popular, muito diferente da fase anterior. E há também novas exigências sendo colocadas em pauta e o atendimento de vários governantes quanto a redução dos valores das tarifas para utilização do transporte público. Marcado para o dia 17 de junho, uma segunda-feira, cerca de 300 mil brasileiros saíram as ruas para protestar em 12 cidades espalhadas pelo Brasil. Diferente da primeira fase, as manifestações foram no geral pacificas, com pequenos focos de vandalismo e represálias. Houve manifestações diariamente em várias cidades do Brasil entre os dias 17 ao 21. Entretanto, a questão do transporte começa a sair de pauta, por ser atendida em várias cidades. E se começa uma nova etapa. Várias cidades conseguiram a reversão do aumento nos valores do transporte público. Em São Paulo e no Rio de Janeiro o anúncio foi feito no dia 19 de junho, mas com tom ameaçador, onde os governantes dizem que isto afetará outras áreas, como saúde e educação.<ref>{{citar web|url=http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,haddad-e-alckmin-anunciam-reducao-de-tarifas-do-transporte-publico-em-sp,1044416,0.htm|título=Haddad e Alckmin anunciam redução de tarifas do transporte público em SP}}</ref> <ref>{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/06/19/rio-e-sao-paulo-anunciam-a-reducao-da-tarifa-apos-pressao-popular.htm|título=Em decisão conjunta, Rio e SP anunciam redução da tarifa do transporte}}</ref>
A segunda fase dos protestos é marcada por manifestações majoritariamente pacíficas, com grande cobertura midiática e massiva participação popular, muito diferente da fase anterior. E há também novas exigências sendo colocadas em pauta e o atendimento de vários governantes quanto a redução dos valores das tarifas para utilização do transporte público. Marcado para o dia 17 de junho, uma segunda-feira, cerca de 300 mil brasileiros saíram as ruas para protestar em 12 cidades espalhadas pelo Brasil. Diferente da primeira fase, as manifestações foram no geral pacificas, com pequenos focos de vandalismo e represálias. Houve manifestações diariamente em várias cidades do Brasil entre os dias 17 ao 21. Entretanto, a questão do transporte começa a sair de pauta, por ser atendida em várias cidades. E se começa uma nova etapa. Várias cidades conseguiram a reversão do aumento nos valores do transporte público. Em São Paulo e no Rio de Janeiro o anúncio foi feito no dia 19 de junho, mas com tom ameaçador, onde os governantes dizem que isto afetará outras áreas, como saúde e educação.<ref>{{citar web|url=http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,haddad-e-alckmin-anunciam-reducao-de-tarifas-do-transporte-publico-em-sp,1044416,0.htm|título=Haddad e Alckmin anunciam redução de tarifas do transporte público em SP}}</ref> <ref>{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/06/19/rio-e-sao-paulo-anunciam-a-reducao-da-tarifa-apos-pressao-popular.htm|título=Em decisão conjunta, Rio e SP anunciam redução da tarifa do transporte}}</ref>


Por volta do dia 20 de junho, as manifestações tomam outro caráter, e começam a ter temas menos focados na questão do transporte e surgem pautas como as [[PEC]]s [[PEC 37|37]] e [[PEC 33|33]], [[Marco Feliciano#Atuação|"cura" gay]], [[ato médico]], gastos com a [[Copa das Confederações FIFA de 2013]] e com a [[Copa do Mundo FIFA de 2014]], [[Reforma Política (Brasil)|Reforma Política]]. Aqui perde-se a liderança do Movimento Passe Livre, já que este tem como luta o transporte, que não é mais a pauta principal, embora haja ainda alguns lutando pela melhoria na qualidade do transporte público no país. A falta de liderança, faz com que a maioria dos blocos fiquem desarticulados, e que ocorram manifestações com vários motes diferentes em uma mesma manifestação e outras manifestações com tópico único, mas com menor volume, em comparação a segundo fase das manifestações de outono. No dia 20 de junho, houve um pico de mais de 1,4 milhão de pessoas nas ruas com mais de 120 cidades pelo Brasil, mesmo depois das reduções dos valores das passagens anunciadas em várias cidades.<ref name="epoca787">[[Época (revista)|Revista Época]] núm.787 de 24 de junho de 2013, páginas 36 e 27. Para acesso público ver tabela de [[Lista_de_cidades_participantes_dos_protestos_no_Brasil_em_2013#Segunda_fase|sumário das participações]].</ref>
Por volta do dia 20 de junho, as manifestações tomam outro caráter, e começam a ter temas menos focados na questão do transporte e surgem pautas como as [[PEC]]s [[PEC 37|37]] e [[PEC 33|33]], [[ato médico]], gastos com a [[Copa das Confederações FIFA de 2013]] e com a [[Copa do Mundo FIFA de 2014]], [[Reforma Política (Brasil)|Reforma Política]]. Aqui perde-se a liderança do Movimento Passe Livre, já que este tem como luta o transporte, que não é mais a pauta principal, embora haja ainda alguns lutando pela melhoria na qualidade do transporte público no país. A falta de liderança, faz com que a maioria dos blocos fiquem desarticulados, e que ocorram manifestações com vários motes diferentes em uma mesma manifestação e outras manifestações com tópico único, mas com menor volume, em comparação a segundo fase das manifestações de outono. No dia 20 de junho, houve um pico de mais de 1,4 milhão de pessoas nas ruas com mais de 120 cidades pelo Brasil, mesmo depois das reduções dos valores das passagens anunciadas em várias cidades.<ref name="epoca787">[[Época (revista)|Revista Época]] núm.787 de 24 de junho de 2013, páginas 36 e 27. Para acesso público ver tabela de [[Lista_de_cidades_participantes_dos_protestos_no_Brasil_em_2013#Segunda_fase|sumário das participações]].</ref>


== Manifestações ==
== Manifestações ==
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Em [[Brasília]], ativistas ocuparam a [[Esplanada dos Ministérios]] e centenas deles subiram a rampa e no teto do [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]].<ref name=terra-1706-1 /><ref name=ebc-bsb-1706>{{citar web|url=http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2013/06/manifestantes-comecam-a-deixar-protesto-no-congresso-nacional|título=Manifestantes começam a deixar protesto no Congresso Nacional|último=CHAGAS|primeiro=Marcos|publicado=EBC|data=17 de junho de 2013|acessodata=17 de junho de 2013}}</ref>
Em [[Brasília]], ativistas ocuparam a [[Esplanada dos Ministérios]] e centenas deles subiram a rampa e no teto do [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]].<ref name=terra-1706-1 /><ref name=ebc-bsb-1706>{{citar web|url=http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2013/06/manifestantes-comecam-a-deixar-protesto-no-congresso-nacional|título=Manifestantes começam a deixar protesto no Congresso Nacional|último=CHAGAS|primeiro=Marcos|publicado=EBC|data=17 de junho de 2013|acessodata=17 de junho de 2013}}</ref>


Em [[F
Em [[Fortaleza]] 5 mil pessoas percorreram três quilômetros de ruas, desde a Praça da Gentilândia ao Hotel Marina Park, passando pelos bairros Centro, Benfica e Moura Brasil, onde a [[seleção brasileira de futebol]] estava hospedada. Os manifestantes paravam eventualmente para sentar no meio da rua. Houve pichações durante o trajeto. Houve reunião para decidir sobre protestos que estavam para acontecer no dia 19, data do jogo entre Brasil e México no [[estádio Castelão]], pela Copa das Confederações.<ref name=g1-for-1706>{{citar web|url=http://g1.globo.com/ceara/noticia/2013/06/manifestantes-percorrem-tres-km-ate-hotel-onde-esta-selecao-em-fortaleza.html|título=Manifestantes percorrem três km até hotel onde está seleção em Fortaleza|publicado=G1|data=17 de junho de junho de 2013|acessodata=17 de junho de 2013}}</ref>

No centro de [[Porto Alegre]], manifestantes destruíram um ônibus, puseram fogo em lixo e foram reprimidos pela polícia com gás lacrimogêneo.<ref name=terra-1706-1 />

Nas cidades de [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]] e [[Vila Velha]], no [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]] o movimento, que reuniu 20 mil pessoas, começou na [[Universidade Federal do Espírito Santo]] (Ufes) e percorreu onze quilômetros, passando pela avenida Fernando Ferrari, Ponte da Passagem, Reta da Penha e Terceira Ponte, até chegar às proximidades da residência oficial do governador, Renato Casagrande, na Praia da Costa, já no município de Vila Velha. Ainda na Ufes, imagens foram projetadas na frente do Teatro Universitário. Alguns manifestantes tinham flores brancas e cobriam o rosto, convocando outras transeuntes para o protesto. O hino nacional foi cantado pelos manifestantes, apoiados por comerciantes e moradores, que aplaudiam, puseram panos brancos em janelas e piscavam luzes de prédios. O ato seguia pacífico até um manifestante atirar um objeto em policiais do Batalhão de Missões Especiais, que revidou com gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral e balas de borracha a posteriores ataques com pedras. Os ativistas correram para o Centro de Vila Velha, e jornalistas, resgatistas dos Bombeiros, médicos do Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo e moradores de Vila Velha foram encurralados pela polícia. Portões foram arrancados, lixo foi espalhado e carros foram destruídos pelos mais radicais. Um policial foi ferido, uma repórter foi roubada e um homem com antecedentes criminais foi preso ao depredar a portaria de um edifício.<ref name=fv-1706-1>{{citar web|url=http://www.folhavitoria.com.br/geral/noticia/2013/06/protesto-em-vitoria-termina-em-quebra-quebra-na-porta-do-governador.html|título=Protesto em Vitória termina em quebra-quebra na porta do governador|publicado=Folha Vitória|data=17 de junho de junho de 2013|acessodata=18 de junho de 2013}}</ref><ref name=fv-1706-2>{{citar web|url=http://www.folhavitoria.com.br/geral/noticia/2013/06/secretario-diz-que-bme-agiu-corretamente-durante-protesto-em-vitoria.html|título=Secretário diz que BME agiu corretamente durante protesto em Vila Velha|publicado=Folha Vitória|data=17 de junho de junho de 2013|acessodata=18 de junho de 2013}}</ref><ref name=gol-1706>{{citar web|url=http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2013/06/noticias/cidades/1449933-videos-mostram-como-em-poucos-segundos-da-paz-fez-se-a-guerra.html|título=Vídeos mostram como, em poucos segundos, da paz fez-se a guerra|último=SOARES|primeiro=Leonardo|publicado=Gazeta Online|data=18 de junho de junho de 2013|acessodata=18 de junho de 2013}}</ref><ref name=terra-es-1706>{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/es-manifestacao-termina-em-confusao-provocada-por-policiais,2c5f483ea755f310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html|título=ES: manifestação termina em confusão provocada por policiais|último=RODRIGUES|primeiro=Acácio|publicado=Terra|data=18 de junho de junho de 2013|acessodata=18 de junho de 2013}}</ref>

No [[Paraná]] as manifestações de 17 de junho foram registradas em várias cidades como [[Curitiba]],<ref name=>{{citar web|url=http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2013/06/milhares-de-pessoas-saem-em-protesto-pelo-centro-de-curitiba.html|título=Milhares de pessoas saem em protesto pelo Centro de Curitiba|último=|primeiro=|publicado=[[G1]]|data=17 de junho de 2013|acessodata=}}</ref> [[Londrina]], [[Maringá]], [[Ponta Grossa]]<ref name=>{{citar web|url=http://jmnews.com.br/noticias/ponta%20grossa/1,34838,18,06,manifestantes-saem-as-ruas-contra-transporte-publico-no-parana.shtml|título=Manifestantes saem às ruas contra transporte público no Paraná|último=|primeiro=|publicado=Jornal da Manhã|data=18 de junho de 2013|acessodata=}}</ref>, [[Foz do Iguaçu]], [[Francisco Beltrão]] e [[Pato Branco]].

[[Ficheiro:Protesto17junSP.JPG|thumb|centro|800px|<center>Protesto do dia 17 de junho na [[Avenida Brigadeiro Faria Lima]], em São Paulo.</center>]]

=== Protestos de 20 de junho ===

[[Ficheiro:Protesto 20 de junho de 2013 em Natal.jpg|thumb|Manifestação do dia 20 de junho, que reuniu cerca de 15 mil pessoas em [[Natal (Rio Grande do Norte)|Natal]].<ref>[http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/fotos/2013/06/fotos-revoltadobusao-realiza-protesto-em-natal-nesta-quinta-feira-20.html G1 - FOTOS: #RevoltadoBusão realiza protesto em Natal nesta quinta-feira, 20]</ref>]]

Em [[Brasília]], cerca de 35 mil pessoas ocuparam a [[Esplanada dos Ministérios]]<ref>http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2013/06/manifestacao-em-brasilia-tem-3-presos-e-mais-de-120-feridos.html</ref>. Após o lançamento de rojões, sinalizadores e pedaços de madeira pelos manifestantes, os policiais responderam com spray de pimenta e bombas de gás lacrimogênio. Em fuga, os manifestantes se concentraram em frente ao [[Palácio Itamaraty]]. Algumas pessoas ocuparam o espelho d'água do palácio e subiram na escultura Meteoro, de [[Bruno Giorgi]]. Diversos vidros do palácio foram apedrejados, holofotes foram destruídos, paredes foram pichadas e um manifestante chegou a atirar uma bomba incendiária que queimou parte da fachada do prédio projetado por [[Oscar Niemeyer]]. A polícia militar conseguiu conter os manifestantes mais exaltados, mas em seguida tendas foram queimadas, e a [[Catedral de Brasília]], apedrejada<ref>http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2013/06/manifestacao-em-brasilia-tem-3-presos-e-mais-de-120-feridos.html</ref>.

Os protestos deste dia resultaram nas primeiras mortes. Em [[Ribeirão Preto]], interior do estado de São Paulo, o empresário Alexsandro Ishisato de Azevedo, 37, ficou preso em meio a multidão dentro de seu automóvel. O mesmo acelerou contra o público, atropelando treze manifestantes e matou o estudante Marcos Delefrate, 18<ref>[http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ribeiraopreto/2013/06/1298410-manifestantes-sao-atropelados-e-um-morre-em-protesto-em-ribeirao-preto.shtml Folha de S. Paulo - Manifestantes são atropelados e um morre em protesto em Ribeirão Preto]</ref><ref>[http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2013/06/corpo-de-jovem-atropelado-em-protesto-e-velado-em-ribeirao-preto.html G1 - Corpo de jovem atropelado em protesto é velado em Ribeirão Preto]</ref> deixando os demais feridos.

No mesmo dia, durante confronto entre manifestantes e policiais em [[Belém]], a gari Cleonice Vieira de Moraes acabou falecendo vítima de parada cardíaca<ref>[http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/06/1298942-morre-em-belem-pa-gari-que-inalou-gas-lacrimogeneo-em-protesto.shtml Folha de S. Paulo - Morre em Belém (PA) gari que inalou gás lacrimogêneo em protesto]</ref><ref>[http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2013/06/gari-morre-apos-manifestacao-em-belem.html G1 - Gari morre após manifestação em Belém]</ref>.

=== Protestos de 22 de junho ===

[[Ficheiro:Manifestação em Belo Horizonte.jpg|thumb|esquerda|Manifestantes em [[Belo Horizonte]] em 22 de junho.]]

No dia 22 de junho foi feito o primeiro protesto contra a [[PEC 37]]. Em [[São Paulo (cidade)|São Paulo]] teve inicio no vão livre do [[MASP]] e após percorrer vários pontos de São Paulo foi finalizada na [[Praça da Sé (São Paulo)|Praça da Sé]].<ref>[http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/story-protestos-pelo-brasil.aspx?cp-documentid=258629840 MSN - Protestos têm confusão em BH, Rio e Salvador; em SP, 35 mil vão às ruas]</ref>

Em [[Belo Horizonte]], também houve protestos, aproximadamente 125 mil pessoas foram às ruas.<ref>{{citar web|URL=http://noticias.band.uol.com.br/jornaldaband/conteudo.asp?ID=100000608407|título=Protesto reúne 125 mil pessoas em BH|autor=Jornal da Band|data=|publicado=[[22 de junho]] de [[2013]]|acessodata=}}</ref>
A manifestação teve um início pacífico na [[Praça Sete de Setembro|Praça Sete]] e caminhada pela [[Avenida Antônio Carlos]], o destino dos manifestantes era o [[Estádio Governador Magalhães Pinto|Mineirão]], onde ocorria um jogo da [[Copa das Confederações de 2013|Copa das Confederações]].

A confusão teve início quando os manifestantes chegaram na [[Avenida Antônio Abrahão Caram]], próximo ao [[Estádio Governador Magalhães Pinto|Mineirão]], onde foi realizado jogo entre [[Seleção Japonesa de Futebol|Japão]] e [[Seleção Mexicana de Futebol|México]]. Durante o tumulto, os manifestantes que queriam ultrapassar o perímetro de segurança do [[Estádio Governador Magalhães Pinto|Mineirão]], fizeram barreiras em vias, nas quais atearam fogo e destruíram e saquearam ao menos uma concessionária que fica no local, na região da [[Pampulha]]. Integrantes da cavalaria, tropa de choque e de outras unidades da [[Polícia Militar de Minas Gerais|Polícia Militar]], além de homens da [[Força Nacional de Segurança Pública]], usaram [[Arma de efeito moral|bombas de efeito moral]], [[gás lacrimogêneo]] e disparos de [[Bala de borracha|balas de borracha]] para dispersar os manifestantes, enquanto atacavam a polícia com [[Rojão|rojões]], [[Calçada portuguesa|pedras]], [[Artefato explosivo improvisado|bombas caseiras]] e [[Coquetel molotov|coquetéis molotov]].<ref>{{citar web|URL=http://www.estadao.com.br/noticias/esportes,protesto-com-100-mil-em-bh-acaba-em-conflito-com-pm,1045759,0.htm|título=Protesto com 100 mil em BH acaba em conflito com PM|autor=Estadão|data=|publicado=[[22 de junho]] de [[2013]]|acessodata=}}</ref>
{{limpar}}

=== Manifestações em 29 de Junho ===

Na câmara municipal de Belo Horizonte foi votada a PL 317 que reduziria a passagem em 10 centavos e isentaria a BHTRANS de 2% do ISSQN que geraria 8 milhões a mais para a BHTRANS que fatura 1,2 bilhão de reais ao ano. Uma proposta pedia a redução em 20 centavos e a outraque abriria as contas de faturamento da BHTRANS. Ambas foram vetadas e os manifestantes não foram autorizados a entrar, e então começou começou a ocupação da câmara até o dia seguinte.<ref>{{citar web|URL=http://www.pcb.org.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=6211%3Aocupacao-da-camara-municipal-de-belo-horizonte&catid=27%3Aujc&Itemid=89|título=OCUPAÇÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE|autor=[[Partido Comunista Brasileiro|PCB]]|data=1 de JULHO de 2013|publicado=[[1 de Julho]] de [[2013]]|acessodata=3 de julho de 2013}}</ref>

=== Casos de vandalismo ===

[[Ficheiro:Protesto em ônibus de São Paulo 2013.jpg|thumb|Manifestante com lata de tinta spray próximo a um ônibus em São Paulo, em 7 de junho; atos de vandalismo foram alvo de críticas.]]

O prefeito de São Paulo [[Fernando Haddad]], o governador do Estado [[Geraldo Alckmin]] e o [[Vice-Presidente do Brasil]] [[Michel Temer]] criticaram os manifestantes envolvidos em confrontos com a polícia e atos de vandalismo. Alckmin qualificou-os como "baderneiros", enquanto Haddad se referiu aos envolvidos como "pessoas inconformadas com o Estado democrático de Direito".<ref name="pariss">{{Citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/06/1293748-em-paris-alckmin-haddad-e-temer-criticam-destruicao-durante-protesto.shtml|titulo=Em Paris, Alckmin, Haddad e Temer criticam destruição durante protesto|autor=Graciliano Rocha|publicado=Folha de S. Paulo|data=12 de junho de 2013|acessodata=15 de junho de 2013}}</ref> O [[Ministério da Justiça (Brasil)|Ministro da Justiça]] [[José Eduardo Cardozo]] condenou os atos de vandalismo e afirmou que o governo federal estaria a disposição do Estado de São Paulo para um eventual auxílio no enfrentamento dos protestos.<ref name="just">{{Citar web|url=http://terratv.terra.com.br/videos/Noticias/Brasil/Cidades/4828-474204/Ministro-da-Justica-critica-acao-de-vandalismo-em-protesto.htm|titulo=Ministro da Justiça critica ação de vandalismo em protesto|publicado=Terra|data=14/06/2013|acessodata=14/06/2013}}</ref>

No dia 12 de junho, quase a totalidade dos 55 [[vereador]]es eleitos da [[Câmara Municipal de São Paulo]] repudiaram os protestos em discurso, denominando os participantes de "criminosos", "marginais" e "delinquentes". O líder de governo na Câmara, Arselino Tatto, afirmou que dentre os manifestantes, haveria "infiltrados" na passeata com a intenção de desestabilizar o governo municipal. Durante a sessão, o único legislador a se pronunciar a favor dos protestos foi o vereador Toninho Vespoli, que foi também objeto de críticas dos seus colegas pela participação nas manifestações.<ref name="camara">{{Citar web|url=http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,vereadores-chamam-manifestantes-de-criminosos-e-transformam-sessao-em-ato-de-repudio,1041679,0.htm|titulo=Vereadores chamam manifestantes de 'criminosos' e transformam sessão em ato de repúdio|autor=Diego Zanchetta|publicado=O Estado de S. Paulo|data=12 de junho de 2013|acessodata=15 de junho de 2013}}</ref>

O blogueiro [[Reinaldo Azevedo]] criticou duramente os manifestantes em seu blog, chamando-os de "terroristas", "baderneiros" e ligando os protestos ao [[Partido dos Trabalhadores]].<ref>{{Citar web|url=http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/2013/06/12/|titulo=Posts de junho no blog do Reinaldo Azevedo|publicado=[[Veja]]|data=junho de 2013|acessodata=14 de junho de 2013}}</ref>

O senador [[Aloysio Nunes]] também se referiu aos manifestantes como "baderneiros" e defendeu a ação enérgica da polícia, além de ter criticado o prefeito Fernando Haddad por reconhecer abusos por parte da polícia antes de qualquer investigação sobre o caso.<ref>{{Citar web|url=http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,no-senado-tucano-defende-acao-da-pm-em-sp-e-critica-haddad,1042455,0.htm|titulo=No Senado, tucano defende ação da PM em SP e critica Haddad|publicado=O Estado de S.Paulo|data=14 de junho de 2013|acessodata=14 de junho de 2013}}</ref>

=== Apartidarismo e antipartidarismo ===
[[File:Manifestante no Dia do Basta 2013 em Juiz de Fora afirmando que os governantes agora somos nós.JPg|thumb|Manifestante em Juiz de Fora no Dia do Basta, 22 de junho, afirmando através do cartaz que "Os governantes agora somos nós!".]]

A partir do dia 17 de junho, passaram a ocorrer manifestações de repúdio à presença de bandeiras de [[partido político|partidos políticos]] nas manifestações.{{carece de fontes|data=junho de 2013}} Os que portavam bandeiras, por outro lado, qualificaram a intolerância às bandeiras partidárias como [[facismo]].<ref name="UOL">{{Citar web|url=http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/06/20/militantes-da-cut-sao-agredidos-e-expulsos-de-protesto-no-rio-de-janeiro.htm/|titulo=Militantes da CUT são agredidos e expulsos de protesto no Rio de Janeiro|acessodata=22 de junho de 2013}}</ref>

Para o cientista político [[Fábio Wanderley Reis]], existe neste movimentos uma propensão "anti-institucional" e "antipolítica".<ref>{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/constituinte-sobre-reforma-politica-poderia-trazer-mais-instabilidade,a4efb4d07187f310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html |título=Constituinte sobre reforma política poderia trazer mais instabilidade |acessodata=26 de junho de 2013 |data=25 de junho de 2013 |obra=BBC Brasil |publicado=Terra}}</ref>

Muitos defendem a presença de partidos em manifestações e criticam o teor anti-partidário existente.{{carece de fontes|data=junho de 2013}} No entanto, ainda não está claro se o movimento seria majoritariamente [[apartidarismo|apartidário]] ou [[antipartidarismo|anti-partidário]].{{carece de fontes|data=junho de 2013}} Também há analistas a alertar que essa mobilização social pode ser tomada por grupos anti-democráticos e [[fascismo|fascistas]].<ref name="istoe">{{Citar web|url=http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs/coluna/309062_ENTRE+DEMOCRACIA+E+FASCISMO?pathImagens&path&actualArea=internalPage|titulo=Entre democracia e fascismo|acessodata=22 de junho de 2013}}</ref> Por outro lado, há também analistas que explicam que apartidarismo não seria um posicionamento próximo do fascismo.{{carece de fontes|data=junho de 2013}} Apesar da presença de grupos fascistas nas manifestações, a grande maioria das pessoas não possuía um posicionamento político claro.{{carece de fontes|data=junho de 2013}}

Nas palavras de um comentarista, “[[feminismo|feministas]], negros, [[LGBT|gays]], lésbicas, sem-teto sempre denunciaram a violação de seus direitos pelos mesmos fascistas que, agora, tentam puxar a multidão para o seu lado”.<ref name="blogdosakamoto">{{Citar web|url=http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2013/06/21/e-em-sao-paulo-o-facebook-e-o-twitter-foram-as-ruas-literalmente|titulo=E, em São Paulo, o Facebook e o Twitter foram às ruas. Literalmente|acessodata=22 de junho de 2013}}</ref> No entanto, a disputa para a absorção dessa massa insatisfeita já começou e não se sabe se essa massa será facilmente manobrável em direção a determinada ideologia ou se a mesma reivindicará por mudanças fora do espectro partidário. <ref name="revistaforum">{{Citar web|url=http://revistaforum.com.br/blogdorovai/2013/06/18/e-de-repente-tanta-gente-que-se-diz-esquerda-esta-com-medo-das-ruas/|titulo=E de repente tanta gente que se diz esquerda está com medo das ruas|acessodata=22 de junho de 2013}}</ref> Mas está claro que há um déficit de democracia participativa que vai ter que ser resolvido. <ref name="blogdosakamoto">{{Citar web|url=http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2013/06/21/e-em-sao-paulo-o-facebook-e-o-twitter-foram-as-ruas-literalmente|titulo=E, em São Paulo, o Facebook e o Twitter foram às ruas. Literalmente|acessodata=22 de junho de 2013}}</ref>

Apesar de ser uma massa despolitizada, há receios de que ela seja manobrada por grupos específicos. <ref name="revistavaidape">{{Citar web|url=http://revistavaidape.com.br/2013/06/17/o-que-queremos/|titulo=O que queremos|acessodata=22 de junho de 2013}}</ref> O organizador da “greve geral”, marcada para o dia 1 de julho de 2013 é suspeito de ser membro do Partido da Segurança Pública. <ref name="r7">{{Citar web|url=http://noticias.r7.com/brasil/partido-da-seguranca-publica-nega-vinculo-com-convocacao-de-greve-geral-na-internet-22062013|titulo=Partido da Segurança Pública nega vínculo com convocação de greve geral na internet|acessodata=22 de junho de 2013}}</ref>

Parte da mídia internacional faz uma cobertura mais conjuntural das passeatas.{{carece de fontes|data=junho de 2013}} Revoltas tem ocorrido em países de bom crescimento econômico em anos recentes, como é o caso da Turquia, dos países árabes e do Brasil, apesar de não ter ocorrido desaceleração econômica neste último.{{carece de fontes|data=junho de 2013}} O que aproxima a revolta dessa juventude é a grande acessibilidade à informação e às mídias sociais.<ref name="bbc news">{{Citar web|url=http://www.bbc.co.uk/news/world-europe-22976409|titulo=Shared symbolism of global youth unrest|acessodata=22 de junho de 2013}}</ref>

Segundo o jornal Brasil247, a rejeição à presença de bandeiras partidárias pode ser analisada como crítica aos tradicionais instrumentos de organização coletiva ou despolitização.{{carece de fontes|data=junho de 2013}} “Mas também caberia ser compreendida, ao lado de outros ingredientes, como simbolismo de quem, avesso às correntes conservadoras ou ao aparelhismo de pequenos grupos, não se sente cativado ou vocalizado no projeto liderado pelo PT.”
<ref name="brasil247">{{Citar web|url=http://www.brasil247.com/pt/247/poder/105752/As-ruas-fazem-soar-alarme-para-o-PT-e-o-governo.htm|As ruas fazem soar o alarme para o PT e o governo|acessodata=22 de junho de 2013}}</ref>

== Outras causas ==
=== Repressão policial ===

[[Ficheiro:Tropa de choque em São Paulo 1.jpg|thumb|esquerda|Soldados da polícia militar atiram em direção de manifestantes na [[Avenida Paulista]], em São Paulo, em 13 de junho.]]
[[Ficheiro:Protesto SP (3).jpg|thumb|esquerda|Fotógrafo foge de bombas de [[gás lacrimogênio]] lançadas pela [[Polícia Militar de São Paulo]] durante os protestos em São Paulo, em 7 de junho.]]

A ação policial a fim de conter os manifestantes recebeu duras críticas, especialmente após os protestos do dia 13 de junho. A [[organização não governamental]] (ONG) [[Anistia Internacional]] publicou uma nota onde critica a violenta resposta policial às manifestações populares,<ref name="EBC"/><ref name="nota anistia">{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/em-nota-anistia-internacional-condena-repressao-em-sp-e-rio,eddb1f061cf3f310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html |título=Em nota, Anistia Internacional condena 'repressão' em SP e Rio |editor=[[Portal Terra]] |data=13 de junho de 2013 |acessodata=14 de junho de 2013}}</ref> dizendo que "vê com preocupação o aumento da violência na repressão aos protestos contra o aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro e em São Paulo" e que "também é preocupante o discurso das autoridades sinalizando uma radicalização da repressão e a prisão de jornalistas e manifestantes". A ONG ainda afirma que "o transporte público acessível é de fundamental importância para que a população possa exercer seu direito de ir e vir, tão importante quanto os demais direitos como educação, saúde, moradia, de expressão, entre outros" e que "é fundamental que o direito à manifestação e a realização de protestos pacíficos seja assegurado."<ref name="EBC"/><ref name="nota anistia"/>

Outra ONG, a [[Repórteres Sem Fronteiras]] (RSF), divulgou uma nota condenando a repressão aos protestos e a prisão de jornalistas e manifestantes.<ref name="EBC"/> Benoît Hervieu, representante regional da RSF, afirmou que "a Constituição brasileira está sendo desrespeitada" e que "além da brutalidade dos policiais, as acusações contra os jornalistas não têm fundamento."<ref name="RSF">{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/reporteres-sem-fronteiras-critica-repressao-brutal-da-pm-em-sao-paulo,06a9e81e2424f310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html|titulo=Repórteres Sem Fronteiras critica 'repressão brutal' da PM em São Paulo|publicado=Terra|data=14 de junho de 2013|acessodata=14 de junho de 2013}}</ref> Ex-comandantes da Polícia Militar consultados pelo jornal [[O Estado de S. Paulo]] também apontaram falhas na coordenação, planejamento e execução da operação.<ref name="fail">{{Citar web|url=http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,ex-comandantes-apontam-falhas-na-acao-da-policia-,1042178,0.htm|titulo=Ex-comandantes apontam falhas na ação da polícia|publicado=O Estado de S. Paulo|data=14 de junho de 2013|acessodata=14 de junho de 2013|autor=Marcelo Godoy}}</ref>

De acordo com o Movimento Passe Livre (MPL), houve cerca de cem feridos no centro da cidade, dentre quais sete jornalistas do jornal ''Folha de S. Paulo''; dois deles atingidos por tiros de [[bala de borracha]] na cabeça.<ref>[http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/06/1294893-protesto-deixa-cerca-de-cem-feridos-no-centro-de-sp-diz-movimento.shtml UOL: Protesto deixa cerca de cem feridos no centro de SP, diz movimento]</ref><ref name="FSP">{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/06/1296077-jamais-achei-que-ele-fosse-atirar-diz-reporter-da-folha-atingida-durante-protesto.shtml|titulo='Jamais achei que ele fosse atirar', diz repórter da Folha atingida durante protesto|data=16 de junho de 2013|obra=Folha de S. Paulo|lingua=português|acessodata=17/06/2013}}</ref> Um fotógrafo d<nowiki>'</nowiki>''O Estado de S.Paulo'' acusou um policial de atropelá-lo de propósito com sua viatura no momento em que registrava o momento em que um outro carro da polícia passava por cima de uma barricada em chamas montada pelos manifestantes.<ref>{{citar web|url=http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,fotografo-do-estado-foi-atropelado-pela-policia,1042526,0.htm|titulo=Fotógrafo do 'Estado' foi atropelado pela polícia|publicado=O Estado de S.Paulo|data=14 de junho de 2013|acessodata=14 de junho de 2013}}</ref> Um fotógrafo da Futura Press foi atingido no rosto por uma bala de borracha e corre o risco de perder a visão no olho ferido.<ref>{{Citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/06/1295302-fotografo-ferido-no-olho-passa-por-cirurgia.shtml|titulo=Fotógrafo ferido no olho passa por cirurgia|publicado=Folha de S.Paulo|data=14 de junho de 2013|acessodata=14 de junho de 2013}}</ref> No meio do trajeto do quarto protesto, os manifestantes, que agiam de forma pacífica, foram recebidos com truculência pela tropa de choque da [[PMESP]], que iniciou o confronto em diversos pontos com o objetivo de dispersar o movimento.<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/pais/a-pm-comecou-batalha-na-maria-antonia-8684284|título=A PM começou a batalha na Maria Antônia|acessodata = 13/06/2013|publicado=O Globo|autor= [[Elio Gaspari]]}}</ref> O grupo, em nota, afirmou que entraria com uma representação na Justiça contra a Polícia Militar após a ação do dia 13.{{carece de fontes}} O prefeito da cidade, Fernando Haddad, reconheceu que o protesto do dia 13 de junho foi marcado pela violência policial<ref>[http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/06/1294872-haddad-diz-que-protesto-em-sp-foi-marcado-por-violencia-policial.shtml Folha: Haddad diz que protesto em SP foi marcado por 'violência policial']</ref> e o secretário de Segurança Pública de São Paulo pede investigação sobre possíveis abusos da polícia militar.<ref>[http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/06/1294853-secretario-determina-investigacao-imediata-da-acao-da-pm-em-protestos-em-sp.shtml Folha: Secretário quer investigação de possíveis casos de abusos da PM]</ref>

Segundo relatos da imprensa, os confrontos com a polícia naquele dia teriam sido iniciados pela própria corporação.<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/pais/a-pm-comecou-batalha-na-maria-antonia-8684284|título=A PM começou a batalha na Maria Antônia|acessodata = 13/06/2013|publicado=O Globo|autor= [[Elio Gaspari]]}}</ref> Um vídeo divulgado naquela mesma noite mostra um policial danificando uma viatura da própria polícia.<ref>{{citar web|url=http://mais.uol.com.br/view/c2660va0emks/policial-quebra-vidro-da-propria-viatura-em-sao-paulo-04024C99356CC4A94326?types=A&|título=Vídeo de policial quebrando o vidro da própria viatura|acessodata = 14/06/2013|publicado=Uol}}</ref><ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/06/pm-apura-video-que-mostra-policial-quebrando-vidro-de-viatura.html|título=PM apura vídeo que mostra policial danificando vidro de viatura|acessodata = 14/06/2013|publicado=G1}}</ref> O colunista da Folha de S. Paulo [[Elio Gaspari]] disse que "seguramente a PM queria impedir que a passeata chegasse à avenida Paulista" e que os confrontos entre os manifestantes e os policiais "foi um cena típica de um conflito de canibais com os antropófagos".<ref>{{citar web |url=http://oglobo.globo.com/pais/a-pm-comecou-batalha-na-maria-antonia-8684284 |título=A PM começou a batalha na Maria Antônia |editor=[[Folha de S. Paulo]] |autor=[[Elio Gaspari]] |acessodata=15 de junho de 2013}}</ref>

Constatou-se também que a polícia usou bombas de gás lacrimogêneo com a data de validade vencida, embora, em nota, ela tenha afirmado que isto não ofereceria risco à saúde das pessoas.<ref>{{citar web|last=Rosetto|first=Ricardo|url=http://www.cartacapital.com.br/sociedade/pm-usou-bombas-vencidas-para-conter-manifestantes-em-sao-paulo-4988.html|titulo=PM usou bombas vencidas para conter manifestantes em SP|publicado=Carta Capital|data=14 de junho de 2013|acessodata=14 de junho de 2013}}</ref>

No Rio de Janeiro, houveram críticas a atuação policial nos protestos do dia 17 de junho, quando um grupo de manifestantes depredou o prédio da [[Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro]] (ALERJ). Os policiais que faziam a proteção do prédio tiveram que se refugiar dentro do local, e só puderam sair três horas depois, com a chegada do Batalhão de Choque.<ref>{{citar web || url = http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2013-06-19/rio-tera-blindados-nas-ruas-e-auxilio-da-forca-nacional.html || titulo = O Dia - Rio terá blindados e auxílio da Força Nacional || data = 18 de junho de 2013 || acessodata = 19 de junho de 2013}}</ref> Para dois coronéis da PM, ouvidos pelo jornal [[Estadão]], sob condição de anonimato, a demora na atuação foi devido à critérios políticos.<ref>{{citar web || url = http://www.estadao.com.br/noticias/geral,pm-decisao-de-retardar-choque-no-rio-foi-tecnica,1044009,0.htm || titulo = Estadão - PM: decisão de retardar Choque no Rio foi 'técnica' || autor = Marcelo Gomes || data = 18 de junho de 2013 || acessodata = 19 de junho de 2013}}</ref> O porta-voz da Polícia Militar do Rio negou a acusação, afirmando que a decisão foi técnica, alegando que a ordem era de enfrentar os protestos sem violência, e que a suposta demora se deu porque a organização não esperava tamanho número de manifestantes.<ref>{{citar web || url = http://noticias.terra.com.br/brasil/policia/choque-nao-demorou-para-intervir-na-alerj-diz-pm-do-rio,f19be68c6d85f310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html || titulo = Terra -Choque não demorou para intervir na Alerj, diz PM do Rio || data = 18 de junho de 2013 || acessodata = 18 de junho de 2013}}</ref> Ao dispersar a aglomeração na região, alguns policiais foram flagrados atirando para o alto com fuzis e pistolas. Segundo o porta-voz da Polícia, "a corporação vai fazer um 'estudo de caso' " para apurar o ocorrido.<ref>{{citar web || url = http://www.estadao.com.br/noticias/geral,pm-vai-avaliar-uso-de-fuzil-em-manifestacao-na-alerj,1044016,0.htm || titulo = Estadão - PM vai avaliar uso de fuzil em manifestação na Alerj || autor = Marcelo Gomes || data = 18 de junho de 2013 || acessodata = 18 de junho de 2013}}</ref>

O vereador Ricardo Young, que acompanhou o indiciamento de alguns manifestantes detidos, informou no Facebook{{quando}} que policiais{{onde}} estavam fazendo revistas em bolsas e mochilas longe de testemunhas, e plantando provas nelas.<ref name="Oi virada dia 14"/> Assessores do vereador também denunciaram{{quando}} isto.<ref name="Oi virada dia 14"/>

Em [[Porto Alegre]] a [[Câmara Municipal de Porto Alegre| Câmara de Vereadores]], através da Comissão de Direitos Humanos, convocou reunião para ouvir os relatos de abuso policial, especialmente referentes ao dia 17 de junho. Jovens e adolescentes depuseram sobre detenções arbitrárias, incluindo uso de [[arma de eletrochoque| armas de eletrochoque]], tortura física e psicológica. Alguns manifestantes foram encaminhados ao [[Presídio Central de Porto Alegre]]<ref>{{citar web || url = http://www2.camarapoa.rs.gov.br/default.php?reg=19733&p_secao=56&di=2013-07-03 || titulo = Manifestantes relatam agressões de policiais durante protestos || data = 3 de julho de 2013 || acessodata = 4 de julho de 2013}}</ref>.

====Detenções por porte de vinagre====
[[Ficheiro:V de Vinagre.jpg|thumb|direita|upright|Um cartaz de apoio aos manifestantes intitulado ''V de Vinagre'', em referência ao filme ''[[V for Vendetta (filme)|V de Vingança]]''.]]
No dia 13 de junho de 2013, agentes da [[Polícia Militar do Estado de São Paulo]], atuando contra manifestações populares do [[Movimento Passe Livre]], prenderam mais de 60 manifestantes por estarem portando [[vinagre]],<ref name=g1>{{citar web|url=http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/06/presos-em-protestos-em-sp-relatam-detencoes-por-spray-e-vinagre.html|título=Presos em protestos em SP relatam detenções por porte de spray e vinagre|autor=[[Rodrigo Mora]]|publicado= G1|data= 13 de junho de 2013}}</ref><ref name=cartacapital>{{citar web|url=http://www.cartacapital.com.br/politica/em-sao-paulo-vinagre-da-cadeia-4469.html|título=Em São Paulo, vinagre dá cadeia|data=13 de junho de 2013|autor=Piero Locatelli}}</ref><ref name="Vinagre"/><ref>[http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/06/13/jornalista-e-preso-durante-protesto-contra-aumento-da-tarifa-em-sp.htm Jornalista detido por portar vinagre em ato contra aumento da tarifa é liberado]</ref>. O vinagre seria utilizado como meio de proteção ao [[gás lacrimogêneo]] e [[spray de pimenta]]<ref name=cartacapital/> nas movimentações que ocorreriam mais tarde naquele dia, que partiu do [[Teatro Municipal de São Paulo|Theatro Municipal]] com destino à [[Avenida Paulista]]. O jornalista Piero Locatelli da revista [[Carta Capital]] chegou a ser detido e levado para a Polícia Civil por carregar uma garrafa de [[vinagre]].<ref name=cartacapital/><ref name="Vinagre">{{citar web|url=http://colunas.revistagalileu.globo.com/buzz/2013/06/14/como-o-vinagre-virou-simbolo-da-revolta-da-salada/ |título=Como o vinagre virou símbolo da “Revolta da Salada” |editor=[[Revista Galileu]] |data=14 de junho de 2013 |acessodata=14 de junho de 2013}}</ref>

A ação dos policiais foi posteriormente motivo de sátira nas redes sociais.<ref name="satira">{{Citar web|url=http://www.bluebus.com.br/web-tira-sarro-de-cacada-ao-vinagre-feita-por-pm-nos-protestos-de-ontem-sp13j/|titulo=Web tira sarro da caçada ao vinagre feita por PMs nos protestos de ontem|publicado=BlueBus|acessodata=15 de junho de 2013}}</ref> O tom irônico também vem sendo empregado para nomear o quinto ato, apelidado de "Marcha pela Legalização do Vinagre".<ref name="youpix1">{{Citar web|url=http://youpix.com.br/viral-2/a-marcha-do-vinagre-ja-e-o-mais-novo-movimento-revolucionario-da-internet/|titulo=A Marcha do Vinagre já é o mais novo movimento revolucionário da internet|publicado=YouPIX|data=14 de junho de 2013|autor=Bia Bonduki|acessodata=15 de junho de 2013}}</ref>. No dia 16 de junho, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, declarou após os incidentes que "ninguém vai ser detido por estar levando vinagre".<ref name=r7-1606>{{citar web|url=http://noticias.r7.com/sao-paulo/ninguem-sera-detido-por-levar-vinagre-garante-secretario-de-seguranca-de-sao-paulo-16062013|título="Ninguém será detido por levar vinagre", garante secretário de segurança de São Paulo|último=BARROS|primeiro=Ana Cláudia|publicado=R7|data=16 de junho de 2013|acessodata=17 de junho de 2013}}</ref>

=== Eventos esportivos internacionais ===
Os gastos públicos com a [[Copa das Confederações]] e a [[Copa do Mundo FIFA de 2014]]são alvos<ref name="Jornal de Negócios"/> de boa parte dos protestos<ref name="R7 Mobilidade"/>, com ativistas, além de reclamarem dos gastos, pedindo a criação de CPIs para verificar as despesas com os eventos e possíveis superfaturamentos.<ref name="Veja"/> Para abrir a Copa das Confederações no dia 15 de junho, Josef Blatter, presidente da Fifa, e Dilma Rousseff fizeram um discurso, mas foram vaiados quando tiveram seus nomes mencionados.<ref>{{citar web |url=http://copadomundo.ig.com.br/copa-das-confederacoes/2013-06-15/vaias-para-joseph-blatter-e-dilma-marcam-inicio-da-copa-das-confederacoes.html |título=Vaias para Joseph Blatter e Dilma marcam início da Copa das Confederações |acessodata=21 de junho de 2013 |data=21 de junho de 2013 |publicado=[[iG]]}}</ref> Sobre as vaias, o ministro da educação [[Aloizio Mercadante]] disse no dia 17, citando [[Nelson Rodrigues]], que "futebol e política não se misturam, e que o Maracanã em dia de jogo vaia até minuto de silêncio".<ref>{{citar web |url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/06/futebol-e-politica-nao-se-misturam-diz-mercadante-sobre-vaias-dilma.html |título='Futebol e política não se misturam', diz Mercadante sobre vaias a Dilma |acessodata=22 de junho de 2013 |data=22 de junho de 2013 |publicado=[[G1]]}}</ref> Por causa das vaias, a Presidente decidiu não comparecer à final da Copa, no dia 30, para entregar a taça, fazendo a FIFA considerar o ato desrespeitoso.<ref>{{citar web |url=http://www.publico.pt/mundo/noticia/a-taca-das-confederacoes-esta-no-fim-e-quem-perdeu-foi-dilma-rousseff-1598822 |título=A Taça das Confederações está no fim e quem perdeu foi Dilma Rousseff |acessodata=30 de junho de 2013 |data=30 de junho de 2013 |publicado=Público.pt}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.otempo.com.br/superfc/fifa-v%C3%AA-gesto-desrespeitoso-de-dilma-rousseff-por-n%C3%A3o-comparecer-na-final-1.673221 |título=Fifa vê gesto desrespeitoso de Dilma Rousseff por não comparecer na final |acessodata=30 de junho de 2013 |data=30 de junho de 2013 |publicado=O Tempo}}</ref> A informação era oficial na noite do dia 28, apesar de que inicialmente a presidente tinha pretendido comparecer.<ref>{{citar web |url=http://www.estadao.com.br/noticias/esportes,dilma-rousseff-decide-que-nao-vera-final-no-maracana-no-domingo,1048171,0.htm |título=Dilma Rousseff decide que não verá final no Maracanã no domingo |acessodata=30 de junho de 2013 |data=30 de junho de 2013 |publicado=Estadão}}</ref> A queda de popularidade e os protestos na rua a fizeram mudar de ideia.<ref>{{citar web |url=http://www.estadao.com.br/noticias/esportes,fifa-ve-gesto-desrespeitoso-de-dilma-rousseff-por-nao-ir-a-final,1048469,0.htm |título=Fifa vê gesto desrespeitoso de Dilma Rousseff por não ir à final |acessodata=30 de junho de 2013 |data=30 de junho de 2013 |publicado=Estadão}}</ref>

Em São Paulo, manifestantes têm circulado com cartazes como "FIFA, paga minha tarifa" e entoado bordões como "Ei, Brasil vamos acordar: um professor vale mais do que o Neymar".<ref name="R7 Mobilidade"/> Outros cartazes incluem "Queremos hospitais padrões FIFA" e "Da Copa eu abro mão, quero é investimento em saúde e educação".<ref name="Terra imagine"/> Em [[Salvador]], no dia [[20 de junho]], dois ônibus da FIFA foram apedrejados,<ref name="0h deixe-o"/> além de pelo menos outros dois comuns.<ref name="Terra imagine"/> Além disso, o hotel que servia de base para a FIFA foi vandalizado e um grupo tentou entrar no estabelecimento, sendo confrontado pela polícia.<ref name="0h deixe-o">{{citar web |url=http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/esportes/copa-2014/noticia/2013/06/protestos-em-meio-a-copa-das-confederacoes-podem-levar-uma-selecao-a-deixar-o-brasil-4176785.html |título=Protestos em meio à Copa das Confederações podem levar uma seleção a deixar o Brasil |acessodata=21 de junho de 2013 |data=21 de junho de 2013 |publicado=[[Zero Hora]]}}</ref>

No dia 21 de junho, ao ser perguntado sobre o que achava dos protestos, [[Peeka Odriozola]], porta-voz da Fifa, reconheceu que "Nem a Fifa, nem o comitê organizador local, nem a mídia, ninguém estava esperando".<ref name="Terra imagine">{{citar web |url=http://esportes.terra.com.br/futebol/imaginava-se-tudo-na-copa-menos-os-protestos,2d740e154df5f310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html |título=Imaginava-se tudo na Copa, menos os protestos |acessodata=21 de junho de 2013 |data=21 de junho de 2013 |publicado=[[Terra]]}}</ref>

====Declarações de futebolistas====
No dia 19 de junho, [[Pelé]] declarou, em vídeo gravado para a Globo<ref name="Peixe Público"/> ([[TV Tribuna]], afiliada<ref>{{citar web |url=http://esportes.terra.com.br/brasil/pele-cobra-apoio-a-selecao-vamos-esquecer-essa-confusao,9e2280e7f1e5f310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html |título=Pelé cobra apoio à Seleção: "vamos esquecer essa confusão" |acessodata=22 de junho de 2013 |data=19 de junho de 2013 |publicado=[[Terra]]}}</ref>) e divulgado na internet, onde afirmou que os brasileiros deveriam deixar de lado as manifestações e apoiar a seleção.<ref>{{citar web |url=http://www.jb.com.br/pais/noticias/2013/06/21/estatua-de-pele-e-amordacada-na-cidade-natal-do-jogador/ |título=Estátua de Pelé é "amordaçada" na cidade natal do jogador |acessodata=22 de junho de 2013 |data=21 de junho de 2013 |publicado=[[Jornal do Brasil]]}}</ref> Ao invés de acalmar, gerou mais indignação, como por exemplo, a de [[Romário]], que mandou o Pelé calar a boca.<ref name="Peixe Público">{{citar web |url=http://www.publico.pt/desporto/noticia/romario-manda-calar-pele-1597899 |título=Romário manda calar Pelé |acessodata=22 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[Público.pt]]}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=660880&tm=7&layout=121&visual=49 |título=Romário manda calar Pelé sobre as manifestações no Brasil |acessodata=22 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[RTP]]}}</ref> No dia 20, manifestantes da cidade-natal de [[Pelé]], [[Três Corações]], "amordaçaram" a estátua do ex-jogador, amarrando um cartaz na boca dela com os dizeres "Sou Tricordiano, mas Pelé não me representa".<ref>{{citar web |url=http://esportes.terra.com.br/futebol/manifestantes-amordacam-estatua-de-pele-em-tres-coracoes-mg,eed60e154df5f310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html |título=Manifestantes “amordaçam” estátua de Pelé em Três Corações-MG |acessodata=22 de junho de 2013 |data=21 de junho de 2013 |publicado=[[Terra]]}}</ref>

Pelo Facebook, no dia seguinte,<ref>{{citar web |url=http://www.jb.com.br/pais/noticias/2013/06/20/ta-nas-redes-pele-volta-atras-e-diz-que-e-100-a-favor-dos-protestos/ |título=Tá nas redes: Pelé volta atrás e diz que é '100% a favor dos protestos' |acessodata=22 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[Jornal do Brasil]]}}</ref> Pelé disse, em inglês e português, ter sido mal-interpretado: disse ser 100% a favor da manifestação e que solicitou apenas que não se descontasse na seleção o descontentamento, vaiando a eles.<ref>{{citar web |url=http://esportes.terra.com.br/brasil/pele-se-explica-sobre-declaracao-e-diz-sou-100-a-favor-do-movimento,8724e2c61126f310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html |título=Pelé se explica sobre declaração e diz: "sou 100% a favor do movimento" |acessodata=22 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[Terra]]}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.opovo.com.br/app/maisnoticias/mundo/2013/06/21/noticiasmundo,3078221/pele-diz-que-foi-mal-interpretado-e-defende-protestos-no-brasil.shtml |título=Pelé diz que foi 'mal interpretado' e defende protestos no Brasil |acessodata=22 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=21 de junho de 2013}}</ref>

Ronaldo foi outro alvo de críticas pelos manifestantes<ref>{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/pele-e-ronaldo-sao-alvo-de-manifestantes-em-protesto-no-rio,0a49fe39e336f310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html |título=Pelé e Ronaldo são alvo de manifestantes em protesto no Rio |acessodata=22 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[Terra]]}}</ref> após uma declaração sua de 2011 ser relembrada na internet, aonde ele dizia que "com hospitais não se faz Copa do Mundo".<ref name="Terra Travesti"/> Manifestantes levaram cartazes com dizeres, entre outros "Ronaldo, sem hospitais como os travestis vão operar?", em alusão à confusão de alguns anos atrás entre travestis e o ex-jogador.<ref name="Terra Travesti">{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/bh-protesto-ataca-pele-e-indaga-ronaldo-como-travesti-opera-sem-hospital,aa103172b146f310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html |título=BH: protesto ataca Pelé e indaga Ronaldo: "como travesti opera sem hospital?" |acessodata=22 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[Terra]]}}</ref> Em Fortaleza, o ex-jogador foi chamado de babaca pelos manifestantes.<ref>{{citar web |url=http://esportes.terra.com.br/brasil/ex-atacante-ronaldo-e-chamado-de-babaca-em-protesto-no-ce,44923d49d455f310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html |título=Ex-atacante Ronaldo é chamado de "babaca" em protesto no CE |acessodata=22 de junho de 2013 |data=19 de junho de 2013 |publicado=[[Terra]]}}</ref> No dia 20, [[Romário]] postou um vídeo resposta em seu Facebook gravado por o pai de uma filha deficiente física supostamente por causa de falhas no sistema de saúde.<ref name="Baixinho não segura"/><ref name="Yahoo Ester"/> Disse, entre outras coisas, que um bom atendimento ao turista inclui também ter hospital, e que por isso também pode ser considerado parte da Copa do Mundo.<ref name="Baixinho não segura">{{citar web |url=http://esportes.terra.com.br/futebol/copa-2014/romario-critica-ronaldo-por-video-polemico-essa-nao-da-para-segurar,e0cc36482836f310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html |título=Romário critica Ronaldo por vídeo polêmico: "essa não dá para segurar" |acessodata=22 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[Terra]]}}</ref><ref name="Yahoo Ester">{{citar web |url=http://br.esporteinterativo.yahoo.com/noticias/rom%C3%A1rio-publica-v%C3%ADdeo-em-que-pai-de-menina-deficiente-critica-ronaldo-fen%C3%B4meno-por-coment%C3%A1rio-sobre-hospitais-165008439.html |título=Romário publica vídeo em que pai de deficiente critica Ronaldo por comentário sobre hospitais |acessodata=22 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[Yahoo]]}}</ref>

Ronaldo se defendeu das críticas dizendo que o vídeo está fora de contexto, e que a edição é tendenciosa ao removê-lo e fazer o vídeo parecer daquela semana.<ref name="Massacre ao fenômeno"/><ref name="Ronaldo Terra tendência"/> Disse também que, como o país não sedia Copa do Mundo desde 1950 e que nem por isto atingiu-se excelência em nenhuma causa social prioritária, como educação, saúde, transportes, etc, ao passo que a Copa é chance de atrair investimento.<ref name="Massacre ao fenômeno"/><ref name="Ronaldo Terra tendência"/> Afirmou sentir orgulho de ver os protestos e que espera que se espalhem, cobrando todos os anos uma gestão melhor do dinheiro público.<ref name="Massacre ao fenômeno">{{citar web |url=http://esportes.r7.com/futebol/copa-das-confederacoes-2013/ronaldo-se-defende-apos-ser-massacrado-na-internet-por-video-de-2011-19062013 |título=Ronaldo se defende após ser massacrado na Internet por vídeo de 2011 |acessodata=22 de junho de 2013 |data=19 de junho de 2013 |publicado=[[R7]]}}</ref><ref name="Ronaldo Terra tendência">{{citar web |url=http://esportes.terra.com.br/futebol/copa-das-confederacoes/ronaldo-se-defende-de-video-na-internet-edicao-bastante-tendenciosa,938f7697f9c5f310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html |título=Ronaldo se defende de vídeo na internet: "edição bastante tendenciosa" |acessodata=22 de junho de 2013 |data=19 de junho de 2013 |publicado=[[Terra]]}}</ref>

=== Cobertura da mídia nacional ===
Parte da imprensa também foi criticada pela falta de cobertura ao vivo dos protestos. Os canais a cabo [[Globo News]], [[Band News]] e [[Record News]] foram acusados pela revista [[Carta Capital]] de ignorar as manifestações em São Paulo, enquanto exibiam matérias sobre os [[protestos na Turquia em 2013]].<ref name="cabo">{{Citar web|url=http://www.cartacapital.com.br/blogs/blog-do-lino/protestos-em-sp-sao-ignorados-por-canais-de-noticia-a-cabo-7034.html|titulo=Protestos em SP são ignorados por canais de notícia a cabo|publicado=Carta Capital|data=12 de junho de 2013|acessodata=14 de junho de 2013|autor=Lino Bocchini}}</ref> O ''[[Observatório da Imprensa]]'' notou que só após as agressões direcionadas à imprensa que certos grupos midiáticos começaram a "enxergar os excessos da polícia" e divulgar que há vândalos e violência em ambos os lados do conflito.<ref name="obs">{{Citar web|url=http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/uma_virada_na_cobertura|titulo=Uma virada na cobertura|autor=Luciano Martins Costa|data=14 de junho de 2013|acessodata=15 de junho de 2013|publicado=Observatório da Imprensa}}</ref><ref name="Oi virada dia 14"/> O repórter da Globo, [[Caco Barcellos]], da equipe do programa [[Profissão Repórter]], foi expulso com as pessoas gritando "a Globo é mentirosa" por um grupo de manifestantes que se concentravam no largo da Batata, zona oeste de São Paulo no dia 17 de junho. Depois do ocorrido, outros jornalistas da emissora não usaram o logotipo nos microfones (a [[canopla]]).<ref>{{citar web|url=http://noticias.r7.com/sao-paulo/jornalistas-da-globo-sao-intimidados-e-usam-microfone-sem-o-logo-da-emissora-durante-manifestacao-em-sp-17062013|titulo=Jornalistas da Globo são intimidados e usam microfone sem o logo da emissora durante manifestação em SP|obra=noticias.r7.com|acessodata=18/06/2013}}</ref> A revista [[Veja]] também foi alvo dos manifestantes durante os protestos.<ref>{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/globo-e-veja-viram-alvo-de-manifestantes-em-novo-ato-em-sp,2ec2fe174395f310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html|titulo=Globo e Veja viram alvo de manifestantes em novo ato em SP|obra=noticias.terra.com.br|acessodata=19/06/2013}}</ref>

Alguns meios de comunicação internacionais criticaram a cobertura dos grandes grupos de comunicação no Brasil, tida como parcial em favor da "versão oficial". Segundo o portal francês ''Rue89'', a mídia brasileira não hesitou ao "caracterizar os manifestantes como vândalos" logo no início.<ref name="dw">{{Citar web|url=http://www.dw.de/imprensa-estrangeira-destaca-truculência-da-polícia-brasileira-em-protestos/a-16883228|titulo=Imprensa estrangeira destaca truculência da polícia brasileira em protestos|publicado=Deutsche Welle|autor=Marcio Damasceno|data=14 de junho de 2013|acessodata=15 de junho de 2013}}</ref><ref name="rue89">{{Citar web|url=http://www.rue89.com/2013/06/14/face-a-corruption-mauvaise-gestion-les-rues-sao-paulo-senflamment-243313|titulo=Corruption, mauvaise gestion : São Paulo s’enflamme|publicado=Rue89|autor=Philippe Vion-Dury|data=14 de junho de 2013|acessodata=15 de junho de 2013|lingua=francês}}</ref>

Como as convocações são feitas pela internet e os manifestantes são essencialmente jovens da "era da internet", muitas vezes há mais confiança destes nestes meios do quê em televisão ou jornais.<ref name="Mídia alvo AFP"/> Incomodam aos participantes, segundo entrevista com alguns deles, a manipulação que a Globo sempre faz onde foca-se mais na violência e vandalismo, bem como a redução do número de manifestantes anunciados por ela.<ref name="Mídia alvo AFP"/> Participantes vêem os meios tradicionais, [[mainstream]], como obsoletos, face ao surgimento de meios que não podem os calar mais.<ref name="Mídia alvo AFP">{{citar web |url=http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jOsmu6Y312nsGNGK5IH3GyBvFKyQ?docId=CNG.c65bb48cf24d170482efbd63a1d70b95.2e1 |título=A imprensa, outro alvo dos manifestantes no Brasil |acessodata=21 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |obra=[[AFP]] |publicado=Google Notícias}}</ref> Funcionários da Globo são os mais hostilizados.<ref>{{citar web |url=http://blogs.odiario.com/cafecomjornalista/2013/06/20/manifestantes-hostilizam-jornalistas-especialmente-da-globo/ |título=Manifestantes hostilizam jornalistas, especialmente da Globo |acessodata=21 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013|publicado=[[O Diário]]}}</ref>

==== Histórico de atritos ====
No dia 13 de junho, em São Paulo, a repórter [[Daiana Garbin]], da [[Globo News]], foi agredida verbalmente por manifestantes, que também lhe atiraram sacos de lixo.<ref name="Garbin 13jun"/> O cinegrafista apanhou e a repórter levou um grito a 1cm da orelha.<ref name="Garbin 13jun"/> Como resposta, a repórter disse no Twitter que "O que eu vi e vivi hoje no protesto na Paulista é guerra. Não é um protesto para reduzir o preço da passagem".<ref name="Garbin 13jun">{{citar web |url=http://portalimprensa.uol.com.br/noticias/brasil/59379/reporter+da+globo+news+e+agredida+durante+protesto+em+sp |título=Repórter da Globo News é agredida durante protesto em SP |acessodata=21 de junho de 2013 |data=14 de junho de 2013 |publicado=[[Portal Imprensa]]}}</ref> Já por parte da polícia militar, neste dia e nesta cidade, o repórter Piero Locatelli, da [[Carta Capital]], foi detido por portar vinagre.<ref name="Portal Imprensa 13jun feridos"/> Fernando Borges, fotógrafo do [[Portal Terra]], também foi detido.<ref name="Portal Imprensa 13jun feridos"/> Uma repórter da [[Rede Brasil]] foi agredida enquanto escrevia sentada no bloco de notas.<ref name="Portal Imprensa 13jun feridos"/> Giuliana Vallone e Fábio Braga, da [[TV Folha]], levaram tiros de bala de borracha no rosto da Tropa de Choque.<ref name="Portal Imprensa 13jun feridos">{{citar web |url=http://portalimprensa.uol.com.br/noticias/brasil/59366/manifestacao+em+sao+paulo+deixa+saldo+de+jornalistas+feridos+presos+e+agredidos |título=Manifestação em São Paulo deixa saldo de jornalistas feridos, presos e agredidos |acessodata=21 de junho de 2013 |data=13 de junho de 2013 |publicado=[[Portal Imprensa]]}}</ref> No Rio de Janeiro, o repórter [[Vandrey Pereira]], da Globo, teve de ser escoltado por seguranças da emissora após quase ser atingido por pedras e sacos de lixo.<ref>{{citar web |url=http://odia.ig.com.br/noticia/brasil/2013-06-18/caco-barcellos-e-hostilizado-por-manifestantes-em-sao-paulo.html |título=Jornalistas da Globo são hostilizados durante manifestações pelo Brasil |acessodata=21 de junho de 2013 |data=18 de junho de 2013 |publicado=[[O Dia]]}}</ref>

Desde o início dos protestos a [[Rede Globo]] tem sido alvo de críticas pesadas{{quando}} por horas nos sites de redes sociais, a a tag #AbaixoRedeGloboPovoNãoéBobo chegou aos [[trending topics]] do Twitter, e as manifestações nas ruas se encaminharam para as portas da emissora,<ref>{{citar web |url=http://www.boainformacao.com.br/2013/06/rede-globo-quase-e-invadida-e-vive-momentos-de-tensao-no-rj-e-em-sp/ |título=Rede Globo quase é invadida e vive momentos de tensão no RJ e em SP |acessodata=21 de junho de 2013 |data=18 de junho de 2013 |publicado=[[Boa Informação]]}}</ref>, aonde os manifestantes gritaram "Ei, Globo, vai tomar no cu!".<ref name="f5 cu">{{citar web |url=http://f5.folha.uol.com.br/colunistas/vivianmasutti/2013/06/1298139-globo-sofre-com-hostilidade-durante-protestos-em-sp.shtml |título=Globo sofre com hostilidade durante protestos em SP |acessodata=21 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[F5 Folha]]}}</ref>

No dia 17 de junho, também em São Paulo, [[Caco Barcellos]] e sua equipe da Globo foram expulsos do protesto por cerca de 100<ref name="Mídia alvo AFP"/> manifestantes que gritavam "Fora Globo”, “Central Globo de Mentiras" e "manipulador"<ref name="Mídia alvo AFP"/>.<ref name="Caco Terra 17jun"/><ref name="Terra - Globo e Veja alvos">{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/globo-e-veja-viram-alvo-de-manifestantes-em-novo-ato-em-sp,2ec2fe174395f310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html |título=Globo e Veja viram alvo de manifestantes em novo ato em SP |acessodata=19 de junho de 2013 |data=18 de junho de 2013 |publicado=[[Terra]]}}</ref> O jornalista disse ter levado empurrões e pontapés.<ref name="Caco Terra 17jun"/> Tentou continuar acompanhando o protesto, mas os manifestantes gritavam contra a Rede Globo toda vez que a câmera era ligada.<ref name="Caco Terra 17jun">{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/sp-manifestantes-expulsam-equipe-da-globo-e-hostilizam-partidos,7264e7c0ac35f310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html |título=SP: manifestantes expulsam equipe da Globo e hostilizam partidos |acessodata=21 de junho de 2013 |data=17 de junho de 2013 |publicado=[[Terra]]}}</ref> Barcellos disse que "A única vez que me impediram de trabalhar foi durante a ditadura e sob tortura".<ref name="Mídia alvo AFP"/>

No dia 18 de junho, em São Paulo, um carro gerador da [[Rede Record]] que fazia transmissão ao vivo foi incendiado pelos manifestantes logo após a equipe ser apedrejada.<ref name="Incêndio Record SP 18jun"/> Os manifestantes chegaram com os rostos cobertos, disseram que a equipe não era bem-vinda ali e que teriam de ir embora, mas, segundo a repórter [[Fabiana Panachão]], não deu tempo.<ref name="Incêndio Record SP 18jun"/> Quando os funcionários correram das pedradas, os manifestantes atearam fogo no veículo.<ref name="Incêndio Record SP 18jun"/> Nenhum funcionário ficou ferido e a emissora emitiu comunicado informando crer que os responsáveis eram parte de uma minoria de vândalos.<ref name="Mídia alvo AFP"/><ref name="Incêndio Record SP 18jun">{{citar web |url=http://portalimprensa.uol.com.br/noticias/ultimas_noticias/59465/carro+de+transmissao+da+tv+record+e+incendiado+em+protesto+em+sao+paulo+sp |título=Carro de transmissão da TV Record é incendiado em protesto em São Paulo (SP) |acessodata=20 de junho de 2013 |data=18 de junho de 2013 |publicado=[[Portal Imprensa]]}}</ref>

No dia 20, no Rio de Janeiro, foi a vez de um carro do [[SBT]] ser incendiado pelos manifestantes.<ref name="Folha - Jornal Nacional alterado"/> Em Palmas (Tocantins), manifestantes cercaram e gritaram contra uma equipe da [[TV Anhanguera]], afiliada da Globo.<ref>{{citar web |url=http://surgiu.com.br/noticia/93802/manifestantes-cercam-e-hostilizam-equipe-da-globo-em-palmas.html |título=Manifestantes cercam e hostilizam equipe da Globo em Palmas |acessodata=21 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[Surgiru]]}}</ref> O repórter da [[Globo News]], Pedro Vedova, foi atingido na testa por uma bala de borracha no Rio de Janeiro.<ref>{{citar web |url=http://www.otempo.com.br/capa/brasil/44-pessoas-se-ferem-em-confrontos-no-rio-1.667770 |título=44 pessoas se ferem em confrontos no Rio |acessodata=21 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[O Tempo]]}}</ref>

==== Decorrências====

[[Ficheiro:2º Junta Brasil em Juiz de Fora - cartaz contra a Globo e a favor da educação.JPG|thumb|esquerda|Manifestação em [[Juiz de Fora]] no dia 20 de junho: em destaque, manifestante com cartaz acusando a [[Rede Globo]] de "vandalismo mental" e convocando as pessoas à rua.]]

Em 20 de junho, Celso Schröder, presidente da [[Federação Nacional dos Jornalistas]] disse à [[Agence France-Presse|AFP]]<ref name="AFP">{{citar web |url=http://www.afp.com/pt/noticia/topstories/imprensa-outro-alvo-dos-manifestantes-no-brasil |título=A imprensa, outro alvo dos manifestantes no Brasil" |acessodata=22 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[Portal Imprensa]]}}</ref> que "O que aconteceu com os manifestantes que queimaram a caminhonete nos parece uma postura autoritária que repete os mesmos padrões da polícia".<ref name="Mídia alvo AFP"/> Disse também que não se pode misturar os jornalistas com as empresas em quê trabalham, pois realmente existe um papel político das empresas de mídia convencional, devido à alta concentração dos meios no país, mas que isto não justifica que se ponha em risco a vida dos jornalistas.<ref name="Mídia alvo AFP"/>

No dia 19 de junho, a Globo, um dos alvos das manifestações e que tem orientado alguns de seus profissionais a defenderem a isenção da emissora nas coberturas dos protestos,<ref name="Terra - Galvão 19jun"/> transmitiu um editorial no Jornal Nacional lido por Patrícia Poeta.<ref name="Galvão não calado - UOL"/> Durante o jogo da Copa das Confederações daquele dia, Galvão Bueno, o narrador, citou os protestos desde as primeiras horas em que eles ocorreram, e ressaltou, quando imagens de cartazes eram exibidas na tela, que eram imagens de câmeras exclusivas do canal, já que as imagens da Fifa não admitem este tipo de manifestação dentro dos estádios.<ref name="Galvão não calado - UOL"/><ref name="Terra - Galvão 19jun"/> No intervalo, o narrador apareceu sozinho e, em algo similar a um editorial, defendeu a emissora: "A Rede Globo está sempre pronta para mostrar qualquer protesto sem esconder nada".<ref name="Galvão não calado - UOL">{{citar web |url=http://portalimprensa.uol.com.br/noticias/brasil/59505/a+globo+esta+sempre+pronta+para+mostrar+qualquer+protesto++disse+galvao+bueno |título="A Globo está sempre pronta para mostrar qualquer protesto ", disse Galvão Bueno |acessodata=21 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[Portal Imprensa]]}}</ref><ref name="Terra - Galvão 19jun">{{citar web |url=http://esportes.terra.com.br/mexico/em-jogo-do-brasil-galvao-defende-isencao-da-globo-em-protestos,8b6806e982e5f310VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html |título=Em jogo do Brasil, Galvão defende isenção da Globo em protestos |acessodata=21 de junho de 2013 |data=19 de junho de 2013 |publicado=[[Terra Esportes]]}}</ref> Durante o jogo, apesar da proibição da Fifa, torcedores entraram com faixas.<ref name="Terra - hino 19jun"/> De acordo com um torcedor, ele foi barrado ao tentar entrar com uma faixa em português, mas conseguiu com uma em inglês, apesar da vigilância mais forte.<ref name="Terra - hino 19jun"/> O sistema de som parou de funcionar durante a execução do hino e os torcedores começaram a cantar, não houveram vaias durante o jogo e mesmo "Hulk", jogador "perseguido", saiu de campo aplaudidíssimo.<ref name="Terra - hino 19jun">{{citar web |url=http://esportes.terra.com.br/brasil/torcida-burla-fifa-para-protestar-e-emociona-com-apoio-e-hino-a-capela,433509f292e5f310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html |título=Torcida burla Fifa para protestar e emociona com apoio e hino à capela |acessodata=21 de junho de 2013 |data=19 de junho de 2013 |publicado=[[Terra Esportes]]}}</ref>

No dia 20 de junho, a Globo exibiu ''flashes'' do protesto desde as 15h45, com a transmissão dos protestos tomando a maioria do tempo de tela após o fim de Malhação.<ref name="Globo-bobo sem novelas - Terra"/> Um jogo da [[Copa das Confederações]] deixou de ser transmitido pois a Fifa não permite que flashes de manifestações daquele tipo sejam intercalados com seus jogos.<ref>{{citar web |url=http://www.boainformacao.com.br/2013/06/globo-desistiu-de-transmitir-jogo-da-espanha-por-causa-da-fifa-entenda/ |título=Globo desistiu de transmitir jogo da Espanha por causa da Fifa; entenda |acessodata=21 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[Boa Informação]]}}</ref> Surpreendendo a muitas pessoas, a Globo decidiu priorizar a transmissão dos protestos e pelo menos duas novelas não foram transmitidas: [[Flor do Caribe]] e [[Sangue Bom]].<ref name="Globo-bobo sem novelas - Terra">{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/globo-deixa-de-exibir-novelas-para-cobertura-de-protestos,ffc24201aea5f310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html |título=Globo deixa de exibir novelas para mostrar protestos pelo País |acessodata=20 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[Terra]]}}</ref> Âncoras e repórteres tentaram defender os protestos nas primeiras horas, fazendo narração diferente da Globo News e da Record, onde passava o [[Cidade Alerta]]<ref name="Folha - Jornal Nacional alterado"/> (que obteve vice-liderança no Ibope<ref name="f5 cu"/>). A Globo News chegou a colocar três protestos em simultâneo na tela.<ref name="Folha - Jornal Nacional alterado"/> A Globo mudava a transmissão de cidade para cidade em busca daquelas onde a manifestação estivesse mais pacífica.<ref name="Folha - Jornal Nacional alterado"/> Às 19h30, William Bonner substituiu Patrícia Poeta na narração, e anunciou o início do Jornal Nacional uma hora mais tarde (no horário de costume) sem escalada de manchetes.<ref name="Folha - Jornal Nacional alterado"/> À altura da ocasião em que um carro do SBT era queimado no Rio de Janeiro, Bonner improvisou dizendo que "O trabalho da imprensa é para dar voz aos manifestantes, mas uma minoria tenta intimidar", e a partir daí críticas cresceram aos que foram denominados como "vândalos infiltrados".<ref name="Folha - Jornal Nacional alterado"/> Depois disto, houve intervalo comercial, notícias sobre futebol e por fim a programação voltou ao normal com a novela das nove.<ref name="Folha - Jornal Nacional alterado">{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/06/1298617-globo-suspende-transmissao-de-jogo-e-novelas-para-cobrir-protestos.shtml |título=Globo desiste da grade e passa a cobrir "diante de seus olhos" |acessodata=20 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[Folha ilustrada]]}}</ref>

Sobre esta opção da Globo, [[Paulo Henrique Amorim]] acusou a emissora, em 20 de junho<ref>{{citar web |url=http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2013/06/20/globo-derruba-a-grade-e-o-golpe |título=GLOBO DERRUBA A GRADE. É O GOLPE ! |acessodata=22 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[Conversa Afiada]]}}</ref>, de tentativa de golpe, dizendo que não existe passeata apartidária de 50 mil pessoas, e que esta resultaria em nada ou em derrubada do governo.<ref>{{citar web |url=http://www.tribunahoje.com/noticia/67455/politica/2013/06/21/paulo-henrique-amorim-ve-tentativa-de-golpe-pela-globo.html |título=Paulo Henrique Amorim vê tentativa de golpe pela Globo |acessodata=21 de junho de 2013 |data=21 de junho de 2013 |publicado=[[Tribuna Hoje]]}}</ref>

Como havia hostilidade às emissoras de TV, como mostram, entre outros acontecimentos, a queima do carro do SBT no Rio de Janeiro<ref name="Folha - Jornal Nacional alterado"/> e da Record em São Paulo<ref name="Incêndio Record SP 18jun"/>, Globo e Record criaram normas para evitar agressões a seus repórteres: na Globo, os mais conhecidos ficam fora das multidões, e os menos conhecidos vão para as ruas com equipamento disfarçado e sem a canopla do microfone que exibe o logotipo do canal, sendo essa limitação do microfone estendida também para a Globo News<ref>{{citar web |url=http://portalimprensa.uol.com.br/noticias/brasil/59436/manifestantes+protestam+na+sede+da+globo+em+sp+emissora+afirma+que+cobertura+e+imparcial |título=Por temor, Globo faz cobertura de protestos sem identificação; TV afirma ser imparcial |acessodata=20 de junho de 2013 |data=18 de junho de 2013 |publicado=[[Portal Imprensa]]}}</ref>; para a Record, é determinado que o máximo número de câmeras em helicópteros seja utilizado, evitando colocar seus profissionais nas ruas.<ref name="Pig normas 20jun"/> Para irem a um ponto qualquer do conflito, os jornalistas da Record precisam emitir um pedido formal e muito bem justificado, para que possam ter autorização.<ref name="Pig normas 20jun"/> Isto foi decidido após um carro da emissora ser queimado em São Paulo no dia 18.<ref name="Pig normas 20jun">{{citar web |url=http://colunistas.ig.com.br/natv/2013/06/20/por-causa-de-protesto-globo-e-record-baixam-norma-que-evita-jornalistas-de-irem-as-ruas/ |título=Por causa de protestos, Globo e Record baixam norma que evita agressões a jornalistas nas ruas |acessodata=20 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[iG]]}}</ref>

===PEC 37===
{{Artigo principal|PEC 37}}
[[File:Manifestante no Dia do Basta 2013 em Juiz de Fora pedindo veto ao PEC 37, ato médico e cura gay.JPG|thumb|Manifestante no [[Dia do Basta]] em Juiz de Fora, 22 de junho, pedindo o veto ao PEC 37 e mais duas medidas.]]

Os protestos pelo país tiveram críticas à [[PEC 37]] como uma de suas bandeiras,<ref name="Globurgel adiada"/> e manifestantes defendem a derrubada do projeto.<ref>{{citar web |url=http://londrina.odiario.com/londrina/noticia/753548 |título=Londrina se mobiliza contra a PEC 37 neste sábado |acessodata=22 de junho de 2013 |data=22 de junho de 2013 |publicado=[[O Diário]]}}</ref><ref>{{citar web |url=http://diariogaucho.clicrbs.com.br/rs/dia-a-dia/noticia/2013/06/camara-dos-deputados-adia-a-votacao-da-pec-37-4175827.html |título=Câmara dos Deputados adia a votação da PEC 37 |acessodata=22 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[Diário Gaucho]]}}</ref>
<ref>{{citar web |url=http://revistaepoca.globo.com/Brasil/noticia/2013/06/camara-adia-votacao-da-pec-37.html |título=Câmara adia a votação da PEC 37 |acessodata=22 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[Época]]}}</ref> No dia 20 de junho, [[Roberto Gurgel]], governador-geral da República, disse que os protestos influenciaram o adiamento da votação na Câmara dos Deputados, que estava marcada para o dia 26, e que as manifestações "incluíram a PEC 37 como uma das principais pautas na luta contra corrupção".<ref name="Globurgel adiada"/> Disse também que o Ministério Público continua mobilizado, que ele acredita que a PEC deveria ser simplesmente excluída da pauta do Congresso ao invés de adiada e que é fundamental o apoio contra ela.<ref name="Globurgel adiada">{{citar web |url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/06/protestos-influenciaram-adiamento-da-votacao-da-pec-37-diz-gurgel.html |título=Protestos influenciaram adiamento da votação da PEC 37, diz Gurgel |editor=[[G1]] |acessodata=21 de junho de 2013}}</ref> Henrique Alves, presidente da Câmara, disse {{quando}} que a votação deveria ocorrer na primeira semana de julho, após o adiamento.<ref name="G1 vai adiar"/> Disse também que seria preciso buscar consenso entre o Ministério Público e polícias, que ficaram divididas pela PEC, para que a decisão não corra o risco de ser feita judicialmente.<ref name="G1 vai adiar">{{citar web |url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/06/henrique-alves-vai-adiar-votacao-da-pec-37-na-camara-diz-assessoria.html |título=Henrique Alves diz que vai adiar votação da PEC 37 na Câmara |acessodata=22 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[G1]]}}</ref>

Diante dos protestos criticando também a PEC, o senador [[Walter Pinheiro]] (PT da Bahia) solicitou{{quando}} que Renan Calheiros, presidente do Senado, faça um entendimento com o presidente da Câmara dos Deputados, [[Henrique Alves]].<ref name="EM Walter"/> Walter defende que o caminho para a melhor definição das atribuições de cada instituição é uma solução criada em conjunto por elas.<ref name="EM Walter">{{citar web |url=http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2013/06/21/interna_politica,410259/senador-petista-faz-apelo-a-renan-para-suspender-tramitacao-da-pec-37.shtml |título=Senador petista faz apelo a Renan para suspender tramitação da PEC 37 |acessodata=22 de junho de 2013 |data=21 de junho de 2013 |publicado=[[Estado de Minas]]}}</ref>

==="Cura gay"===
{{AP|Terapia de reorientação sexual}}
[[Imagem:2º Junta Brasil em Juiz de Fora - bandeiras arco-íris e cartaz contra a cura gay.JPG|thumb|2ª manifestação em Juiz de Fora em 20 de junho: à direita, homem segura cartaz com os dizeres "Psicólogo não cura gay... Psicólogo cura homofóbicos!!!", em resposta à aprovação, pela [[Comissão de Direitos Humanos e Minorias]], do projeto de "cura gay" do pastor [[Marco Feliciano]] no dia 18<ref>{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/com-poucos-manifestantes-cdh-aprova-projeto-da-cura-gay,4fd6908dc885f310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html |título=Com poucos manifestantes, CDH aprova projeto da 'cura gay' |acessodata=21 de junho de 2013 |data=18 de junho de 2013 |publicado=[[Terra]]}}</ref>.]]
O Projeto de Decreto Legislativo 234/11,<ref>http://noticias.gospelprime.com.br/silas-malafaia-imprensa-pdc-234-cura-gay/</ref><ref>http://blogs.odiario.com/inforgospel/2013/06/25/pastor-marco-feliciano-e-desonestidade-intelectual-da-midia-divulgar-o-pdc-23411-como-cura-gay/</ref> conhecido como "cura gay"<ref name="Terra caia Felice">{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/rs-dezenas-protestam-contra-cura-gay-e-pedem-queda-de-feliciano,8ba45a47c318f310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html |título=RS: dezenas protestam contra 'cura gay' e pedem queda de Feliciano |acessodata=27 26 de junho de 2013 |data= de junho de 2013 |publicado=Terra}}</ref> e apresentado pelo deputado e pastor evangélico [[João Campos]] (PSDB de Goiás)<ref>{{citar web |url=http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2013/06/27/interna_politica,413450/psdb-afirma-que-cura-gay-e-retrocesso.shtml |título=PSDB afirma que '"cura gay" é retrocesso |acessodata=27 de junho de 2013 |data=27 de junho de 2013 |publicado=Estado de Minas}}</ref>, aprovado no dia 18 pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, presidida pelo pastor Marcos Feliciano, criticado por declarações homofóbicas,<ref name="Terra caia Felice"/> altera uma resolução do [[Conselho Federal de Psicologia]], suspendendo partes desse documento que proíbem psicólogos de considerarem a homossexualidade uma doença e de tentarem mudar a orientação sexual de seus pacientes.<ref>{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/manifestantes-promovem-ato-contra-projeto-da-cura-gay-em-sp,1f4d85d95b76f310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html |título=Manifestantes promovem ato contra projeto da 'cura gay' em SP |acessodata=26 de junho de 2013 |data=21 de junho de 2013 |publicado=[[Terra]]}}</ref><ref name="G1 PE gay"/> Tornou-se alvo das manifestações.<ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/06/1302032-apos-protestos-contra-cura-gay-psdb-divulga-nota-para-se-descolar-do-projeto.shtml |título=Após protestos contra 'cura gay', PSDB divulga nota para se descolar do projeto |acessodata=27 de junho de 2013 |data=26 de junho de 2013 |publicado=Folha}}</ref>

Antes de se tornar lei, o projeto ainda teria de ser analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família e de Constituição e Justiça, antes de chegar ao plenário da Câmara.<ref name="G1 PE gay">{{citar web |url=http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2013/06/manifestantes-contrarios-ao-projeto-da-cura-gay-estao-em-protesto-em-pe.html |título=Manifestantes contrários ao projeto da cura gay estão em protesto em PE |acessodata=26 de junho de 2013 |data=21 de junho de 2013 |publicado=[[G1]]}}</ref> Entretanto, líderes da Câmara tentam levar o projeto diretamente para votação em plenário, onde a pressão popular contra o projeto e contra o deputado Marcos Feliciano deve fazer com que seja rejeitado.<ref name="0h Porto Alegre sem cura"/><ref>{{citar web |url=http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/politica/2013/06/27/interna_politica,447447/projeto-cura-gay-pode-ser-arquivado-na-semana-que-vem.shtml |título=Projeto "cura gay" pode ser arquivado na semana que vem |acessodata=27 de junho de 2013 |data=27 de junho de 2013 |obra=Estado de Minas |publicado=Diário de Pernambuco}}</ref>

Feliciano alega que não existe cura gay mesmo, já que homossexualidade não é doença, mas que não se poderia impedir os psicólogos de estudar o assunto, por não haver consenso, por não concordarem todos os psicólogos do mundo sobre a questão, e por ele conhecer uma pessoa hetero que depois se tornou gay; Feliciano acusa estar sendo usado como bode expiatório.<ref name="0h Porto Alegre sem cura">{{citar web |url=http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2013/06/grupos-marcam-protesto-em-porto-alegre-contra-o-projeto-da-cura-gay-4181695.html |título=Grupos marcam protesto em Porto Alegre contra o projeto da "cura gay" |acessodata=27 de junho de 2013 |data= de junho de 2013 |publicado=Zero Hora}}</ref> Diz também que é vítima de preconceito por causa de sua religião, critica a imprensa por ocultar um evento organizado por Silas Malafaia no dia 5 aonde 70 mil pessoas se manifestaram a favor do projeto, diz que as manifestações de políticos contra os projetos é uma forma de humilhar a [[bancada evangélica]], que o governo esqueceu deles e que o PSTU e o movimento GLBTT inventaram o nome "cura gay" para perseguirem ele outra vez.<ref>{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/feliciano-diz-que-cura-gay-nao-vai-passar-e-ve-deboche-contra-evangelicos,be88640dbb38f310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html |título=Feliciano crê que "cura gay" não passa e vê deboche contra evangélicos |acessodata=27 de junho de 2013 |data=27 de junho de 2013 |publicado=Terra}}</ref>

== Repercussão ==
=== Nacional ===
Os protestos ganharam cobertura midiática imediata no Brasil. Ao se referenciar aos protestos do dia 11 de junho, no dia posterior ao das manifestações (12 de junho), o jornal ''[[Folha de S.Paulo]]'' criticou as manifestações, acusando os manifestantes de vandalizarem vias da cidade<ref>[http://acervo.folha.com.br/fsp/2013/06/12/2/ Capa da edição 30751 da Folha de S.Paulo]</ref> - no dia seguinte, 13 de junho, defendeu em seu editorial que os manifestantes "são jovens predispostos à violência por uma ideologia pseudorrevolucionária, que buscam tirar proveito da compreensível irritação geral com o preço pago para viajar em ônibus e trens superlotados" e que "lançam mão de expediente consagrado pelo oportunismo corporativista: marcar protestos em horário de pico de trânsito na avenida Paulista, artéria vital da cidade. Sua estratégia para atrair a atenção pública é prejudicar o número máximo de pessoas"<ref name=editorialfsp>{{cite web|last=Arias|first=Juan|title=Editorial: Retomar a Paulista|url=http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2013/06/1294185-editorial-retomar-a-paulista.shtml|publisher=Folha de S.Paulo|accessdate=14 de junho de 2013|date=13 de junho de 2013}}</ref> O jornal também defendeu as intervenções da polícia.<ref name=editorialfsp/> No dia 14, porém, reconheceu a truculência da polícia, após ter sete de seus repórteres feridos pelas ações da corporação<ref name="muda">{{Citar web|url=http://portal.comunique-se.com.br/index.php/acontece/72063-apos-ter-reporteres-agredidos-folha-muda-discurso-e-diz-que-policia-reagiu-com-violencia|titulo=Após ter repórteres agredidos, Folha muda discurso e diz que polícia reagiu com violência|publicado=Comunique-se|data=14 de junho de 2013|acessodata=15 de junho de 2013}}</ref><ref>{{cite web|title=Novo protesto tem reação violenta da PM|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/113957-novo-protesto-tem-reacao-violenta-da-pm.shtml|publisher=Folha de S.Paulo|accessdate=14 de junho de 2013|date=13 de junho de 2013}}</ref> - uma delas levou um tiro de borracha no rosto, levando o jornal a repudiar "toda forma de violência" e "a falta de discernimento da Polícia Militar no episódio".<ref>{{cite web|last=first=|title=Em protesto, sete repórteres da Folha são atingidos; 2 levam tiro no rosto|url=http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/06/1294799-em-protesto-seis-reporteres-da-folha-sao-atingidos-2-levam-tiro-no-rosto.shtml|publisher=Folha de S.Paulo|accessdate=14 de junho de 2013|date=13 de junho de 2013}}</ref> No dia seguinte, publicou editorial no qual afirma que a polícia "protagonizou [...] um espetáculo de despreparo, truculência e falta de controle ainda mais grave que o vandalismo e a violência dos manifestantes, que tinha por missão coibir".<ref>{{cite web|title=Agentes do caos|url=http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2013/06/1295534-editorial-agentes-do-caos.shtml|publisher=Folha de S.Paulo|accessdate=16 de junho de 2013|date=15 de junho de 2013}}</ref>

Em entrevista ao ''Estado de S. Paulo'', no dia 11 de junho, o governador de São Paulo, [[Geraldo Alckmin]] (PSDB), afirma que a interrupção do trânsito durante um protesto é um ato de [[vandalismo]] e, dessa maneira, deve ser tratada como um "caso de polícia".<ref>[http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,interromper-transito-e-caso-de-policia-diz-alckmin-sobre-protestos,1041233,0.htm Estadão: Interromper trânsito é 'caso de polícia', diz Alckmin sobre protestos]</ref>

O jornal ''[[O Estado de S.Paulo]]'' tomou um posicionamento similar ao da ''Folha de S. Paulo'' em 12 de junho: acusou os manifestantes de destruir agências bancárias e lojas, pichar prédios e incendiar ônibus<ref name="Folha f">[http://www.senado.gov.br/atividade/plenario/sessao/disc/getTexto.asp?s=094.3.54.O&disc=63/3/S Senado Federal - Secretaria-Geral da Mesa - Secretaria de Taquigrafia]</ref>, para no dia seguinte (13 de junho), em editorial, chamar os organizadores dos protestos de "baderneiros", acusar os manifestantes de "aterrorizar a população" e dizer que o vandalismo "tem sido a marca do protesto", além de considerar "moderada" a reação da PM e cobrar ainda mais rigor das polícias nos próximos protestos.<ref name="estadão f">{{Citar web|url=http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,chegou-a-hora-do-basta-,1041814,0.htm|titulo=Chegou a hora do basta |publicado=O Estado de S.Paulo|data=13 de junho de 2013|acessodata=14 de junho de 2013}}</ref>

Em comentário feito no dia 12 de junho, o jornalista [[Arnaldo Jabor]], no [[Jornal da Globo]], afirmou que a grande maioria dos manifestantes seria composta por jovens de [[classe média]] e que a manifestação seria decorrente de ignorância política e do estímulo dos [[Protestos na Turquia em 2013|protestos na Turquia]]. Em tom provocador, Jabor questionou por que não lutam contra a [[PEC 37]] que, em sua opinião, seria um motivo mais legítimo. Por fim, finaliza dizendo que os manifestantes talvez nem sequer saibam o que é a PEC 37 e que não valham sequer os R$0,20 do aumento das passagens.<ref name="jabor">{{Citar web|url=http://g1.globo.com/jornal-da-globo/videos/t/edicoes/v/arnaldo-jabor-fala-sobre-onda-de-protestos-contra-aumento-nas-tarifas-de-onibus/2631566/|titulo=Arnaldo Jabor fala sobre onda de protestos contra aumento nas tarifas de ônibus|publicado=Jornal da Globo|data=12 de junho de 2013|acessodata=15 de junho de 2013}}</ref> No dia 17, em sua seção na Rádio CBN, se desculpou por suas declarações, afirmando que temia que a energia fosse gasta com uma reivindicação boba, mas que viu que o problema era muito maior.<ref>{{citar web |url=http://portalimprensa.uol.com.br/noticias/ultimas_noticias/59425/arnaldo+jabor+pede+desculpas+e+faz+autocritica+por+declaracoes+sobre+protestos |título=Arnaldo Jabor pede desculpas e faz autocrítica por declarações sobre protestos |acessodata=21 de junho de 2013 |data=17 de junho de 2013 |publicado=[[Portal Imprensa]]}}</ref> <ref>{{Citar web|último=Jabor|primeiro=Arnaldo|url=http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/arnaldo-jabor/2013/06/17/AMIGOS-EU-ERREI-E-MUITO-MAIS-DO-QUE-20-CENTAVOS.htm|titulo=Amigos, eu errei. É muito mais do que 20 centavos|publicado=[[Central Brasileira de Notícias|CBN]]|data=17 de junho de 2013|acessodata=17 de junho de 2013}}</ref>

O jornal O Globo, no dia 12 de junho, falava dos protestos no Rio como "a marcha da insensatez", e no dia 13, que havia "apoio de partidos" ao Movimento Passe Livre, como se isso fosse algo absurdo.<ref name="OI além dos 20"/> Também, na edição do dia 13, dizia que os organizadores eram responsáveis pelos atos de vandalismo, ainda que estes dissessem não ter controle da situação.<ref name="OI além dos 20"/> No mesmo parágrafo, acusava as causas de serem artificiais, alegando que os mais afetados pelos problemas não são os manifestantes, como se apenas fossem válidos protestos para coisas que afetem diretamente os protestantes.<ref name="OI além dos 20"/>

No dia 13 de junho, a Folha de S.Paulo tinha um editorial que pedia à polícia para "retomar a Paulista", e o Estadão dizia que "chegou a hora do basta", pedindo à polícia "mais rigor" na repressão aos protestos.<ref name="OI além dos 20"/> De acordo com o [[Observatório da Imprensa]], ao fim do dia obtiveram o que foi solicitado, e que talvez tenha sido o motivo principal para a virada da cobertura: funcionários da imprensa também foram atingidos.<ref name="OI além dos 20">{{citar web |url=http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/muito_alem_dos_20_centavos |título=Muito além dos 20 centavos |acessodata=26 de junho de 2013 |data=15 de junho de 2013 |publicado=[[Observatório da Imprensa]]}}</ref><ref name="Oi virada dia 14"/>

De acordo com o Observatório da Imprensa, pontos importantes da virada da cobertura foram: uma descrição feita por [[Elio Gaspari]], da Folha e do Globo, sobre a forma em que uma equipe da tropa de choque deliberadamente provocou tumulto; um vídeo de um PM quebrando a própria viatura; e a legenda na Globo News colocada, durante a noite, sob imagens dos conflitos: "Polícia fecha a Avenida Paulista para evitar que manifestantes fechem a Avenida Paulista", o que, segundo o autor do texto no Observatório, dava margem para se imaginar também a manchete “Polícia usa violência para evitar violência de manifestantes”.<ref name="Oi virada dia 14">{{citar web |url=http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/uma_virada_na_cobertura |título=Uma virada na cobertura |acessodata=26 de junho de 2013 |data=14 de junho de 2013 |publicado=[[Observatório da Imprensa]]}}</ref>

A revista semanal ''[[Veja São Paulo]]'' acusou, em 14 de junho, o MPL de provocar "doses de barulho e de confusão inversamente proporcionais ao seu tamanho".<ref name=VEJA1>{{Citar web|primeiro=Batista Jr.|ultimo=João|coautores=Juliana Deodoro|url=http://vejasp.abril.com.br/materia/protestos-aumento-passagem-sp|titulo=Um protesto por dia, quem aguenta?|publicado=Veja São Paulo|data=14 de junho de 2013|acessodata=16 de junho de 2013}}</ref> Também afirmou, na mesma edição, que os manifestantes protestam "sempre nas artérias principais da cidade, para chamar atenção, causando a maior balbúrdia possível e prejudicando um incalculável número de cidadãos que não consome drogas, trabalha oito horas por dia, não desfruta de imunidade sindical, sofre com o trânsito e quer viver em paz, com segurança, tendo assegurado seu sagrado direito de ir e vir".<ref name=VEJA1/> Porém a [[Veja São Paulo]] reconheceu que a polícia está despreparada para lidar com situações semelhantes e que ela "perde a razão quando exagera na força".<ref>{{Citar web|primeiro=Batista Jr.|ultimo=João|coautores=Juliana Deodoro|url=http://vejasp.abril.com.br/materia/tiros-bombas-e-truculencia|titulo=Tiros, bombas e truculência|publicado=Veja São Paulo|data=14 de junho de 2013|acessodata=16 de junho de 2013}}</ref>

Atores como [[Carmo Dalla Vecchia]], [[Fernanda Rodrigues]], [[Mayana Neiva]], [[Miguel Rômulo]] e [[Paulo Vilhena]] postaram, no dia 16 de junho, fotos em redes sociais nas quais aparecem de olho roxo, em referência ao ataque a jornalistas com balas de borracha no protesto do dia 13 de junho em São Paulo. Os atores também publicaram textos em solidariedade aos manifestantes e criticaram a ação da [[Polícia Militar do Estado de São Paulo|PMESP]]. As imagens fazem parte do protesto fotográfico "Dói em Todos Nós", do fotógrafo [[Yuri Sardenberg]],<ref>{{citar web|título=Famosos se reúnem em movimento que pede mudanças no Brasil|url=http://ego.globo.com/famosos/noticia/2013/06/famosos-se-reunem-em-movimento-que-pede-mudancas-no-brasil.html|obra=EGO|acessodata=17/06/2013|data=16/06/2013}}</ref> que pretende mobilizar uma campanha para que todos tenham uma foto, nas redes sociais, com o olho roxo.<ref>{{citar web|título=Mais famosos aparecem com olho roxo para o protesto 'Dói em Todos Nós'|url=http://caras.uol.com.br/especial/tv/post/mais-famosos-aparecem-com-olho-roxo-para-o-protesto-doi-em-todos-nos|obra=EGO|acessodata=22/06/2013|data=20/06/2013}}</ref>

=== Internacional ===
[[Ficheiro:Protestos Lisboa Praça Luís Camões.JPG|thumb|Manifestação em [[Lisboa]], em 18 de junho, em solidariedade aos protestos realizados no Brasil.]]

Em 18 de junho, houve manifestações de apoio em Lisboa, Coimbra e Porto.<ref>{{citar web |url=http://expresso.sapo.pt/200-mil-brasileiros-saem-as-ruas-em-protesto=f814592 |título=200 mil brasileiros saem às ruas em protesto |acessodata=21 de junho de 2013 |data=18 de junho de 2013 |publicado=[[Sapo Expresso]]}}</ref>

A manifestação de 15 mil pessoas em Fortaleza no dia 19 de junho, próximas ao [[Arena Castelão|Castelão]], ganhou mais destaque fora do país do que a vitória brasileira no jogo da [[Copa das Confederações]].<ref name="Terra Castelão int"/> Por exemplo, a CNN escreveu 7 parágrafos sobre o jogo e 12 sobre as manifestações do país.<ref name="Terra Castelão int">{{citar web |url=http://esportes.terra.com.br/brasil/protesto-sufoca-vitoria-do-brasil-no-mundo-social-mais-forte-que-futebol,8ff61751b616f310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html |título=Protesto sufoca vitória do Brasil no mundo: "social mais forte que futebol" |acessodata=20 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[Terra]]}}</ref>

O jornal El País disse{{quando}} que os manifestantes são os filhos rebeldes de Lula e Dilma, que dominam melhor a [[Tecnologia da Informação]] e não só questionam como discordam das coisas que recebem.<ref name="BBC Pais&Filhos del país"/> Como exemplo, mencionou um caso em que Lula uma vez{{quando}} disse, e depois se arrependeu, que o sistema de saúde no país tinha chegado quase à perfeição e que algumas pessoas até queriam ficar doentes só para usarem os serviços, mas que foi constatado pelos usuários que o melhor era ficar saudável mesmo.<ref name="BBC Pais&Filhos del país"/> Disse também que, apesar de "os pais" provavelmente decidirem ouvir os "filhos", existe o risco de que estes não queiram mais escutar os pais e prefiram falar por conta própria.<ref name="BBC Pais&Filhos del país"/> Acrescentou que os aspectos positivos dos protestos poderiam servir de exemplo aos países vizinhos.<ref name="BBC Pais&Filhos del país">{{citar web |url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/06/130619_imprensa_elpais_fl.shtml |título=Manifestantes são 'filhos rebeldes' de Lula e Dilma, diz 'El País' |acessodata=21 de junho de 2013 |data=19 de junho de 2013 |publicado=[[BBC]]}}</ref>

[[Ficheiro:Manifasalamanca.jpg|thumb|esquerda|Protesto de estudantes brasileiros em [[Salamanca]], [[Espanha]], em 20 de junho.]]

Após os acontecimentos do dia 13 de junho, protestos em solidariedade aos participantes das manifestações de São Paulo foram marcados em [[Portugal]]{{quando}}, [[França]]{{quando}}, [[Alemanha]]{{quando}}, [[Irlanda]]{{quando}}, [[Canadá]]{{quando}}, dentre outros países, perfazendo um total de 27 cidades fora do Brasil.<ref name="expats">{{Citar web|url=http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/29445/franca+alemanha+portugal+e+canada+terao+protestos+em+solidariedade+aos+manifestantes+de+sp.shtml|titulo=França, Alemanha, Portugal e Canadá terão protestos em solidariedade aos manifestantes de SP|publicado=Opera Mundi|data=14 de junho de 2013|acessodata=15 de junho de 2013}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,atos-sao-marcados-em-27-cidades-no-exterior-em-apoio-a-protestos-no-brasil,1042556,0.htm|titulo=Atos são marcados em 27 cidades no exterior em apoio a protestos no Brasil|publicado=Estadão|data=14 de junho de 2013|acessodata=15 de junho de 2013}}</ref> Manifestantes da [[Turquia]] também expressaram{{quando}} em mensagens apoio aos protestos no Brasil.<ref name="turk">{{Citar web|url=http://blogs.estadao.com.br/rodrigo-martins/2013/06/15/manifestantes-da-turquia-enviam-mensagens-de-apoio-a-protestos-no-brasil/|titulo=Manifestantes da Turquia enviam mensagens de apoio a protestos no Brasil|autor=Rodrigo Martins|publicado=O Estado de S. Paulo|data=15 de junho de 2013|acessodata=15 de junho de 2013}}</ref>

Os protestos receberam destaque nas principais agências de comunicação internacionais{{quando}}, que ressaltaram{{quando}} a "truculência" da polícia brasileira e o "clima de insegurança" presente na véspera de grandes eventos esportivos a serem sediados no país.<ref name="dw"/><ref name="om1">{{Citar web|url=http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/29440/imprensa+internacional+destaca+agressao+da+policia+a+manifestantes+em+sp.shtml|titulo=Imprensa internacional destaca agressão da polícia a manifestantes em SP|publicado=Opera Mundi|data=14 de junho de 2013|acessodata=15 de junho de 2013}}</ref> Dentre os grupos midiáticos que cobriram os protestos incluem-se o jornal espanhol ''[[El País]]'',<ref name=ELPAIS>{{cite web|last=Arias|first=Juan|title=Brasil se levanta en protesta contra el aumento de los precios del transporte|url=http://internacional.elpais.com/internacional/2013/06/12/actualidad/1371000636_370579.html|publisher=[[El País]]|accessdate=13 de junho de 2013|language=Espanhol|date=12 de junho de 2013}}</ref><ref>{{cite web|last=Arias|first=Juan|title=São Paulo vive una nueva noche de protestas con escenas de guerra|url=http://internacional.elpais.com/internacional/2013/06/14/actualidad/1371171229_461963.html|publisher=[[El País]]|accessdate=14 de junho de 2013|language=Espanhol|date=14 de junho de 2013}}</ref> o francês ''[[Le Monde]]''<ref>{{cite web|last=Arias|first=Juan|title=Brésil : manifestations contre la hausse du prix des transports|url=http://www.lemonde.fr/ameriques/article/2013/06/14/bresil-manifestations-contre-la-hausse-du-prix-des-transports_3430069_3222.html|publisher=[[Le Monde]]|accessdate=14 de junho de 2013|language=Francês|date=14 de junho de 2013}}</ref> e a rede de notícias norte-americana CNN.<ref>[http://noticias.r7.com/sao-paulo/protesto-contra-aumento-de-passagem-em-sp-ganha-repercussao-internacional-12062013 Notícias R7: Protesto contra aumento de passagem em SP ganha repercussão internacional]</ref><ref name=CNN>{{cite web|last=Brocchetto|first=Marilia|title=Protesters, police clash in Sao Paulo streets over fare increases|url=http://edition.cnn.com/2013/06/12/world/americas/brazil-protests/index.html|publisher=[[CNN]]|accessdate=13 de junho de 2013|language=Inglês|date=12 de junho de 2013}}</ref> Para a rede britânica [[BBC]], as manifestações trariam complicações para a realização da [[Copa das Confederações]], especialmente no caso de protestos{{qual}} análogos que ocorreram na cidade do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]].{{quando}}<ref>[http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1381390&tit=Atos-contra-alta-da-tarifa-tem-repercussao-internacional Gazeta do Povo: Atos contra alta da tarifa têm repercussão internacional]</ref><ref name=BBC>{{cite web|last=|first=|title=Twenty arrested in Sao Paulo bus price hike protest|url=http://www.bbc.co.uk/news/world-latin-america-22868524|publisher=[[CNN]]|accessdate=13 de junho de 2013|language=Inglês|date=12 de junho de 2013}}</ref> O jornal americano ''[[The New York Times]]'' concordou{{quando}} e destacou{{quando}} os confrontos entre os manifestantes e a polícia. O periódico também comparou o movimento com a [[Revolta do Vintém (Rio de Janeiro)|Revolta do Vintém]] de 1879 no Rio de Janeiro, uma série de protestos populares contra o aumento das passagens dos bondes.<ref name="NYT">{{Citar web|autor=Simon Romeiro|titulo=Bus-Fare Protests Hit Brazil’s Two Biggest Cities|url=http://www.nytimes.com/2013/06/14/world/americas/bus-fare-protests-hit-brazils-two-biggest-cities.html|publicado=The New York Times|acessodata=14 de junho de 2013|lingua=inglês|data=13 de junho de 2013}}</ref> A revista alemã ''[[Der Spiegel]]'' anunciou{{quando}} que houve "batalhas de rua por causa de sete centavos" (R$0,20 convertidos em Euro).<ref>{{citar web|título=Krawalle in Brasilien: Straßenschlachten wegen sieben Cent|url=http://www.spiegel.de/politik/ausland/rio-und-sao-paulo-strassenschlachten-in-brasilien-a-905693.html|publicado=[[Der Spiegel]]|acessodata=15 de junho de 2013|língua2=de|data=14 de junho de 2013}}</ref>

O primeiro-ministro da [[Turquia]], [[Recep Tayyip Erdogan]], disse em um comício que os [[Protestos na Turquia em 2013|recentes protestos em seu país]] eram parte de uma conspiração por parte de forças estrangeiras desconhecidas, banqueiros e meios de comunicação locais e internacionais, e que "o mesmo jogo está sendo jogado sobre o Brasil. Os símbolos são os mesmos, os cartazes são os mesmos, Twitter, Facebook, são os mesmos, a mídia internacional é a mesma." Edurgan afirmou ainda que "eles estão fazendo o máximo possível para conseguir no Brasil o que não conseguiram aqui. É o mesmo jogo, a mesma armadilha, o mesmo objetivo."<ref>{{citar web |url=http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/29582/erdogan+brasil+e+turquia+sao+alvo+de+conspiracao+internacional+.shtml |título=Erdogan: Brasil e Turquia são alvo de conspiração internacional |editor=Opera Mundi |data=22 de junho de 2013 |acessodata=23 de junho de 2013}}</ref>

== Resposta governamental ==
No dia 17 de junho, segundo a ministra da Secretaria de Comunicação Social da Presidência [[Helena Chagas]], [[Dilma Rousseff]] considerou as manifestações "legítimas e próprias da democracia".<ref name=>{{Citar web|url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/06/dilma-considera-manifestacoes-legitimas-afirma-ministra.html|titulo=Dilma considera manifestações 'legítimas', diz ministra|autor=|publicado=[[G1]]|data=17 de junho de 2013|acessodata=19 de junho de 2013}}</ref>

O ministro do esporte, [[Aldo Rebelo]], afirmou no dia 17 de junho que o governo não irá tolerar as manifestações no país que atrapalhem ou tentem impedir os jogos da [[Copa das Confederações]].<ref name=>{{Citar web|url=http://oglobo.globo.com/copa-das-confederacoes/governo-nao-vai-tolerar-protestos-que-tentem-impedir-jogos-da-copa-das-confederacoes-diz-ministro-8714512#ixzz2WUujNnWc|titulo=Governo não vai tolerar protestos que tentem impedir jogos da Copa das Confederações, diz ministro|autor=|publicado=[[O Globo]]|data=17 de junho de 2013|acessodata=19 de junho de 2013}}</ref>

[[Ficheiro:ABr190613 ABR0115.jpg|thumb|direita|O prefeito do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[Eduardo Paes]], anuncia {{quando}} a suspensão do aumento das tarifas de transporte público no município.]]

Na manhã do dia 18, o governador de Minas Gerais, [[Antônio Anastasia]], encontrou-se com a presidente [[Dilma Rousseff]] e solicitou apoio da tropa nacional, recebendo 150 pessoas para auxiliar a Polícia Militar durante os atos.<ref name="0h_Anastasia_apoio_18jun">{{citar web |url=http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/noticia/2013/06/governador-de-minas-gerais-pede-apoio-da-forca-nacional-de-seguranca-4174424.html |título=Governador de Minas Gerais pede apoio da Força Nacional de Segurança |acessodata=19 de junho de 2013 |data=18 de junho de 2013 |obra=[[Estadão]] |publicado=[[Zero Hora]]}}</ref> Os militares da Força Nacional são destinados a atuar somente nas áreas dos estádios, não podendo ser transferidos para outros lugares das cidades.<ref name="DCI força 19jun"/> Os totais de militares enviados para os estados são mantidos em sigilo,<ref name="DCI força 19jun">{{citar web |url=http://www.dci.com.br/cidades/homens-da-forca-nacional-atuam-apenas-nas-areas-dos-estadios,-diz-ministerio-da-justica-id351765.html |título=Homens da Força Nacional atuam apenas nas áreas dos estádios, diz Ministério da Justiça |acessodata=19 de junho de 2013 |data=19 de junho de 2013 |obra=[[Agência Brasil]] |publicado=[[DCI]]}}</ref> e os tempos de permanência são decididos pelos governos estaduais.<ref>{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/governo-envia-forca-nacional-para-5-cidades-sede-da-copa-das-confederacoes,6ccf30b5c455f310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html |título=Governo envia Força Nacional para 5 cidades-sede da Copa das Confederações |acessodata=19 de junho de 2013 |data=19 de junho de 2013 |obra=[[EFE]] |publicado=[[Terra]]}}</ref>

À tarde, falando pela primeira vez sobre os protestos,<ref>{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/essas-vozes-precisam-ser-ouvidas-afirma-dilma-sobre-protestos,743e95b6cd75f310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html |título='Essas vozes precisam ser ouvidas', afirma Dilma sobre protestos |acessodata=20 de junho de 2013 |data=18 de junho de 2013 |publicado=[[Terra]]}}</ref> Dilma Rousseff disse na [[NBR]] que seu governo "está ouvindo essas vozes pela mudança", "está empenhado e comprometido com a transformação social" e "compreende que as exigências da população mudam quando nós mudamos também o Brasil".<ref>{{citar web |url=http://terratv.terra.com.br/videos/Noticias/Brasil/4194-474692/Dilma-elogia-manifestantes-e-diz-que-Governo-tambem-quer-mais.htm |título=Dilma elogia manifestantes e diz que Governo também quer mais |acessodata=19 de junho de 2013 |data=18 de junho de 2013 |obra=[[NBR]] |publicado=[[Terra]]}}</ref> Lula elogiou este discurso no dia seguinte.<ref name="Estadão Lula e Dilma 19 jun"/> À noite, a ministra chefe da casa civil, [[Gleisi Hoffmann]], anunciou as medidas de desoneração adotadas pelo governo federal para propiciar a redução das tarifas de transporte coletivo. De acordo com ela "a desoneração para o município de São Paulo de tributos federais é da ordem de R$ 0,23 por passagem, mas a Prefeitura de São Paulo já fez esse reajuste após essa desoneração".<ref name=>{{Citar web|url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/06/desoneracao-federal-permite-reducao-media-de-r-020-na-tarifa-diz-gleisi.html|titulo=Desoneração federal permite redução média de R$ 0,20 na tarifa, diz Gleisi|autor=|publicado=[[G1]]|data=18 de junho de 2013|acessodata=19 de junho de 2013}}</ref> {{esclarecer|razão="Fez esse reajuste após a desoneração"... Que reajuste, o que acrescentou 20 centavos na tarifa?|data=junho de 2013}}

O prefeito de São Paulo, [[Fernando Haddad]], caracterizou no dia 18 de junho os atos de vandalismo que ocorreram durante as manifestações uma atrocidade.<ref name=>{{Citar web|url=http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/06/haddad-diz-que-atos-de-vandalismo-desta-terca-foram-uma-atrocidade.html|titulo=Haddad diz que atos de vandalismo desta terça foram uma 'atrocidade'|autor=|publicado=[[G1]]|data=19 de junho de 2013|acessodata=19 de junho de 2013}}</ref> No dia 19, considerou pela primeira vez a possibilidade de rever o preço da passagem, dizendo que vai se subordinar às pessoas pois seu trabalho como prefeito é fazer o que a cidade quer que ele faça, após reunião com Lula e Dilma.<ref name="BBC 19jun SP"/> Entretanto, na manifestação daquele dia, a polícia outra vez usou balas de borracha e gás lacrimogêneo, mesmo tendo o tal prefeito prometido anteriormente que esse tipo de munição não seria mais utilizado contra os protestos.<ref name="BBC 19jun SP">{{citar web |url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/06/130619_sp_protest_dt_lk.shtml |título=Saques e chamas em novo protesto acirram tensão em São Paulo |acessodata=20 de junho de 2013 |data=19 de junho de 2013}}</ref>

Estadão caracterizou a reunião como "operação de salvamento" ao prefeito, e que ocorreu logo após o prefeito encontrar-se com representantes do Movimento Passe Livre.<ref name="Estadão Lula e Dilma 19 jun"/> Lula disse depois, em outra reunião, que o PT errou ao se distanciar da juventude, e que agora pagava este preço.<ref name="Estadão Lula e Dilma 19 jun"/> O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, [[Gilberto Carvalho]], deveria assumir o papel de interlocutor com os jovens, e o partido estudava novos programas para beneficiar esta parte da população.<ref name="Estadão Lula e Dilma 19 jun"/> Setores do partido entendem que os discursos precisam ter direcionamento diferente da redução da miséria pois o tema já não é o bastante para responder aos anseios dos manifestantes.<ref name="Estadão Lula e Dilma 19 jun">{{citar web |url=http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,dilma-e-lula-tentam-salvar-haddad,1044076,0.htm |título=Dilma e Lula tentam ‘salvar’ Haddad |acessodata=21 de junho de 2013 |data=19 de junho de 2013 |publicado=[[Estadão]]}}</ref>

Em 20 de junho, foi noticiado que o governo estava preparando uma operação na qual membros da [[Agência Brasileira de Inteligência]] (ABIN) monitorariam os protestos no país naquele dia, acompanhando a movimentação dos manifestantes no Facebook, Twitter, Instagram e WhatsApp.<ref name="Big Brother is watching you"/> De acordo com o jornal ''[[Estado de S. Paulo]]'', o que levou à decisão foi o fato do [[Gabinete de Segurança Institucional]] não ter avisado ao governo sobre a ocorrência das manifestações.<ref name="Big Brother is watching you"/> A revista Época Negócios disse que o sistema [[Mosaico (desambiguação)|Mosaico]] passaria a medir e analisar as manifestações, que já acompanha 700 temas definidos pelo ministro-chefe do GSI, general [[José Elito]].<ref name="Big Brother is watching you">{{citar web |url=http://tecnologia.terra.com.br/internet/governo-monta-operacao-para-monitorar-a-internet-durante-protestos,c99d02e3ee16f310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html |título=Governo monta operação para monitorar a internet durante protestos |acessodata=20 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[Terra]]}}</ref>

Neste dia, a [[TV Senado]] preparou uma estrutura para transmitir ao vivo as manifestações em Brasília, mas foi proibida pelo senador [[Renan Calheiros]] de última hora e tiveram de se limitar à reprodução de boletins na Internet.<ref name="Terra censura renan"/> Alguns membros da redação ficaram revoltados com a censura.<ref name="Terra censura renan">{{citar web |url=http://televisao.uol.com.br/colunas/flavio-ricco/2013/06/22/tv-senado-sofreu-censura-nas-manifestacoes.htm |título=TV Senado sofreu censura nas manifestações |acessodata=22 de junho de 2013 |data=22 de junho de 2013 |publicado=[[Terra]]}}</ref>

===Pronunciamento presidencial===

No dia 21, a presidente cancelou uma viagem que faria ao Japão a partir de domingo e convocou uma reunião de emergência com o Ministro da Justiça, [[José Eduardo Cardozo]], e outros ministros, para avaliar a proporção e alcance dos protestos.<ref name="DN"/> [[Michel Temer]], vice-presidente, e [[Henrique Eduardo Alves|Henrique Alves]], presidente da câmara dos deputados, encurtaram suas estadias na Rússia para chegarem à noite em Brasília.<ref name="DN">{{citar web |url=http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=3282811&seccao=EUA%20e%20Am%E9ricas&page=1 |título=Dilma convoca reunião de emergência para avaliar protestos |acessodata=21 de junho de 2013 |data=21 de junho de 2013 |publicado=[[DN Globo]]}}</ref> O jornal [[Folha de São Paulo]] disse que na reunião seria discutida a posição do governo em relação aos protestos, as medidas possíveis de serem adotadas pelo Ministério da Justiça a respeito de incidentes ocorridos e possivelmente até um pronunciamento da presidente em rede nacional.<ref>{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/dilma-avalia-protestos-em-reuniao-com-ministro-da-justica,938fe49fccf5f310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html |título=Dilma avalia protestos em reunião com ministro da Justiça |acessodata=21 de junho de 2013 |data=20 de junho de 2013 |publicado=[[Terra]]}}</ref> A reunião, que começou às 9h30<ref>{{citar web |url=http://www.jb.com.br/pais/noticias/2013/06/21/termina-reuniao-entre-dilma-e-cardozo-para-analisar-onda-de-protestos/ |título=Termina reunião entre Dilma e Cardozo para analisar onda de protestos |acessodata=21 de junho de 2013 |data=21 de junho de 2013 |publicado=[[Jornal do Brasil]]}}</ref>, durou três horas, e após ela Dilma continuou em outra reunião em seu gabinete sobre o mesmo tema.<ref name="Terra Dilma reunião feita"/> Determinou que nenhum ministro deveria sair de Brasília.<ref name="Terra Dilma reunião feita">{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/dilma-faz-reuniao-emergencial-para-discutir-onda-de-protestos,91bc6714fe66f310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html |título=Cardozo deixa reunião; Dilma continua no Planalto discutindo protestos |acessodata=21 de junho de 2013 |data=21 de junho de 2013 |publicado=[[Terra]]}}</ref> Nenhum comunicado foi emitido à imprensa imediatamente após o fim do encontro.<ref name="Correio do Estado Dilma reunião"/> O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, [[Gilberto Carvalho]], disse em outro evento daquela manhã que o governo teria de correr atrás para satisfazer ao novo padrão de exigência e que a presidenta deveria se pronunciar em breve.<ref name="Correio do Estado Dilma reunião">{{citar web |url=http://www.correiodoestado.com.br/noticias/dilma-encerra-reuniao-com-cardozo-e-nao-fala-com-a-imprensa_185803/ |título=Dilma encerra reunião com Cardozo e não fala com a imprensa |acessodata=21 de junho de 2013 |data=21 de junho de 2013 |obra=[[Agência Brasil]] |publicado=[[Correio do Estado]] }}</ref>

[[Ficheiro:Pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff.ogv|thumb|direita|Pronunciamento de [[Dilma Rousseff]] à nação em 21 de junho de 2013.]]

No fim da tarde um pronunciamento da presidente foi gravado durante uma hora, onde ela procura tranquilizar os manifestantes.<ref>{{citar web |url=http://www.topnews.com.br/noticias_ver.php?id=21820 |título=Dilma grava pronunciamento e falará ao País hoje à noite sobre protestos |acessodata=21 de junho de 2013 |data=21 de junho de 2013 |publicado=[[Top News]]}}</ref> A transmissão em rádio e TV foi marcada para as 21h daquela noite, com duração de 10 minutos, onde se falaria das manifestações e da Copa das Confederações.<ref>{{citar web |url=http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/diante-de-protestos-dilma-fara-pronunciamento-a-nacao |título=Diante de protestos, Dilma fará pronunciamento à nação |acessodata=21 de junho de 2013 |data=21 de junho de 2013 |publicado=[[Exame]]}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2013/06/ao-vivo-assista-pronunciamento-de-dilma-sobre-protestos-no-brasil |título=Dilma fará pronunciamento sobre protestos às 21 horas; acompanhe |acessodata=21 de junho de 2013 |data=21 de junho de 2013 |publicado=[[NBR]]}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.acritica.net/index.php?conteudo=Noticias&id=90666 |título=Presidente Dilma faz pronunciamento à nação sobre onda de protestos no Brasil |acessodata=21 de junho de 2013 |data=21 de junho de 2013 |publicado=[[A Crítica]]}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.tribunahoje.com/noticia/67480/politica/2013/06/21/presidenta-dilma-vai-falar-a-naco-por-10-minutos-a-partir-das-21h.html |título=Presidenta Dilma vai falar à Nação por 10 minutos a partir das 21h |acessodata=21 de junho de 2013 |data=21 de junho de 2013 |publicado=[[Tribuna Hoje]]}}</ref>

No pronunciamento, Dilma prometeu conversar com prefeitos e governadores para realizar um pacto de melhoria dos serviços públicos
<ref>{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/dilma-diz-que-reunira-prefeitos-e-governadores-para-melhorar-servicos-publicos,ff860e154df5f310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html |título=Dilma diz que reunirá prefeitos e governadores para melhorar serviços públicos |acessodata=21 de junho de 2013 |data=21 de junho de 2013 |obra=Reuters |publicado=Terra}}</ref> e a criação de um Plano Nacional de Mobilidade Urbana.<ref name="R7 Mobilidade"/> Prometeu destinar 100% do dinheiro dos royalties do petróleo à educação, a trazes médicos estrangeiros para ampliar o atendimento do [[SUS]] e a se encontrar com os líderes das manifestações pacíficas.<ref name="R7 Mobilidade"/> Disse ser favorável às reivindicações democráticas, reconheceu a necessidade de "oxigenar" o sistema político e prometeu uma ampla reforma que amplie o poder popular.<ref name="R7 Mobilidade">{{citar web |url=http://noticias.r7.com/brasil/apos-protestos-dilma-anuncia-plano-nacional-de-mobilidade-urbana-21062013 |título=Após protestos, Dilma anuncia Plano Nacional de Mobilidade Urbana |acessodata=21 de junho de 2013 |data=21 de junho de 2013 |publicado=R7}}</ref> Esclareceu que o dinheiro para a Copa não proveio de orçamento público federal mas sim de financiamentos de empresas e governos que exploram os estádios, de forma que não prejudicam setores prioritários como saúde e educação.<ref name="Terra Esportes pronunciar"/> Criticou os vandalismos e pediu respeitos aos espectadores dos jogos.<ref name="Terra Esportes pronunciar">{{citar web |url=http://esportes.terra.com.br/futebol/copa-do-mundo/,0f378f0c6396f310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html |título=Dilma diz que gastos com Copa não saíram dos cofres públicos |acessodata=21 de junho de 2013 |data=21 de junho de 2013 |publicado=Terra}}</ref>

===Os cinco pactos e o plebiscito===
No dia 24 de junho, após encontro com membros do Movimento Passe Livre, Dilma reuniu-se com 26<ref name="Pacto Governamental Nº1"/> prefeitos e 27<ref name="Pacto Governamental Nº1"/> governadores para apresentar cinco pactos nacionais, dos seguinte temas<ref name="JB PACto 24jun"/>, entre os três níveis do governo<ref name="Pacto Governamental Nº1"/>:
*transporte público<ref name="Terra 5 pactos - 24jun"/>: investimentos em corredores de ônibus, [[VLT]]s e metrôs, e a criação de um [[Conselho Nacional de Transporte Público]] onde usuários e sociedade civil participassem.<ref name="JB PACto 24jun"/> Foi considerada a desoneração de PIS e COFINS para o diesel de ônibus<ref name="JB PACto 24jun"/> e para a energia elétrica de trens e metrôs.<ref name="Pacto Governamental Nº1"/><ref name="Terra 5 pactos - 24jun"/> Considerou que tanto a desoneração quanto o Conselho poderiam ocorrer a níveis estadual e municipal ou metropolitano além do federal.<ref name="Pacto Governamental Nº1"/> Defendeu que a matriz de transportes passe a ser sobre trilhos, e criticou governos anteriores que não tomaram essa medida;<ref name="Terra 5 pactos - 24jun"/>
*reforma política<ref name="Terra 5 pactos - 24jun"/> e combate à corrupção<ref name="Pacto Governamental Nº1"/>: foi proposta a criação de um plebiscito para que uma assembleia constituinte exclusiva para isto seja criada.<ref name="JB PACto 24jun"/><ref name="Pacto Governamental Nº1"/> Também, pediu que os governos façam o mais rapidamente possível a implementação da [[Lei de Acesso à Informação]]<ref name="Terra 5 pactos - 24jun"/>, e disse que transformar corrupção dolosa<ref name="Terra 5 pactos - 24jun"/> em crime hediondo seria uma iniciativa fundamental;<ref name="Pacto Governamental Nº1"/>
*saúde<ref name="Terra 5 pactos - 24jun"/>: aceleração dos investimentos já contratados para construção de [[UPA]]s, [[UBS]] e hospitais<ref name="JB PACto 24jun"/> e ampliação do sistema que troca dívidas de hospitais filantrópicos por mais atendimentos<ref name="Terra 5 pactos - 24jun">{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/,c3576d53bbb6f310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html |título=Dilma anuncia 5 pactos e propõe plebiscito da reforma política |acessodata=24 de junho de 2013 |data=24 de junho de 2013 |publicado=[[Terra]]}}</ref> Dilma defendeu que os médicos recebam incentivos para irem trabalhar nas regiões mais pobres e remotas, e que caso isso não resolvesse, que médicos estrangeiros fossem levados para esses lugares,<ref name="JB PACto 24jun"/> exclusivamente para o SUS.<ref name="Terra 5 pactos - 24jun"/> Falou que este aspecto enfrentaria oposição dos médicos, mas disse querer deixar claro que não é algo hostil e desrespeitoso à classe médica, mas uma ação limitada e emergencial, que o Brasil é um dos países que menos emprega médicos estrangeiros e que de qualquer forma a saúde dos brasileiros deve prevalecer sobre quaisquer interesses.<ref name="Terra 5 pactos - 24jun"/> Disse que iria ainda tomar uma série de outras medidas para melhorar as condições de trabalho nos hospitais públicos;<ref name="JB PACto 24jun"/>
*educação<ref name="Terra 5 pactos - 24jun"/>: 100% dos royalties do petróleo para educação, e 50% do pré-sal;<ref name="JB PACto 24jun"/>
*responsabilidade fiscal<ref name="Terra 5 pactos - 24jun"/>: manter as medidas de estabilidade econômica e controle da inflação para que o Brasil continue protegido da crise mundial.<ref name="JB PACto 24jun">{{citar web |url=http://www.jb.com.br/pais/noticias/2013/06/24/dilma-propoe-constituinte-para-reforma-politica-e-mais-quatro-pactos-nacionais/ |título=Dilma propõe Constituinte para reforma política e mais quatro pactos nacionais |acessodata=24 de junho de 2013 |data=24 de junho de 2013 |publicado=[[Jornal do Brasil]]}}</ref><ref name="Pacto Governamental Nº1">{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/dilma-propoe-5-pactos-a-prefeitos-e-governadores,49f79ec05cb6f310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html |título=Dilma propõe 5 pactos a prefeitos e governadores |acessodata=24 de junho de 2013 |data=24 de junho de 2013 |obra=Reuters |publicado=[[Terra]]}}</ref>

No dia seguinte, porém, a proposta de convocar uma Constituinte foi descartada pelo governo, após ser rejeitada pelo vice-presidente, pela OAB e pela oposição.<ref>{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/apos-idas-e-vindas-governo-descarta-constituinte-para-reforma-politica,9e60b4d07187f310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html |título=Após idas e vindas, governo descarta constituinte para reforma política |acessodata=26 de junho de 2013 |data=25 de junho de 2013 |obra=Reuters |publicado=[[Terra]]}}</ref><ref name="Correio do Estado 26 jun cancelar"/> O plebiscito foi escolhido como a forma de convergência par a reforma.<ref name="Correio do Estado 26 jun cancelar">{{citar web |url=http://www.correiodoestado.com.br/noticias/dilma-descarta-constituinte-exclusiva_186219/ |título=Dilma descarta Constituinte exclusiva |acessodata=26 de junho de 2013 |data=26 de junho de 2013 |obra=Agência Brasil |publicado=[[Correio do Estado]]}}</ref> Também nesse dia, um pacote de 17 medidas prioritárias foi definido pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, que ameaçou suspender o recesso legislativo do meio de julho se elas não forem apreciadas.<ref name="Estado hediondo"/>

No dia seguinte, 26, foi aprovado no Senado o projeto de lei que torna corrupção em crime hediondo, seja passiva ou ativa, e inclusive a exigência de benefício para si mesmo ou para outra pessoa em função do cargo exercido, seja cobrando por um serviço para o qual o estado não exige pagamento ou seja pela apropriação mais geral de valores ou bens.<ref name="Estado hediondo">{{citar web |url=http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,senado-aprova-projeto-que-define-corrupcao-como-crime-hediondo-,1047311,0.htm |título=Senado aprova projeto que define corrupção como crime hediondo |acessodata=26 de junho de 2013 |data=26 de junho de 2013 |publicado=Estadão}}</ref> Dilma reuniu-se com dirigentes de cinco centrais sindicais, para, entre outras coisas, pedir apoio dos sindicalistas para a realização do plebiscito e convencer a suspensão da greve geral marcada para 11 de julho, mas não teve sucesso: a primeira questão deixou os convidados divididos, e a segunda foi recusada.<ref name="Estadão 0800"/> Para a presidente, a questão da reforma política é primordial, precisando ser discutida logo para que entre em vigor para as eleições de 2014.<ref name="Estadão 0800"/> A presidente e a cúpula do PT defendem o financiamento público de campanha eleitoral para impedir abuso de poder econômico, mas os demais políticos não entram em consenso.<ref name="Estadão 0800">{{citar web |url=http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-nao-existe-tarifa-zero,1047368,0.htm |título=Dilma: 'não existe tarifa zero' |acessodata=26 de junho de 2013 |data=26 de junho de 2013 |publicado=Estadão}}</ref> Os sindicalistas saíram irritados da reunião por considerar que foram chamados para ouvir planos mirabolantes do governo para tirar a atenção de si próprio, ao invés de ouvir o que disseram e realizar o que foi solicitado.<ref name="Estadão 0800"/> Os pontos que estes levaram foram: fim do fator previdenciário, 10% do PIB para a saúde e outros 10% para a Educação, jornada de trabalho de 40h, reforma agrária, transporte público de qualidade, valorização das aposentadorias, mudanças nos leilões de petróleo e veto ao PL 4330, sobre terceirização, entre outros.<ref name="Vermelho"/> Na reunião dos sindicalistas que decidiu os pontos a serem apresentados, o vice-presidente da UNE contou que a organização, em reunião no dia 24, decidiu que suas pautas para a mobilização do dia 27 seriam: 10% do PIB para a educação e 100% dos royalties do petróleo; contra o Estatuto do Nascituro e contra a cura gay; pela democratização das mídias; pela reforma política e pelo passe livre estudantil.<ref name="Vermelho">{{citar web |url=http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=8&id_noticia=217073 |título=Movimentos e partidos aprovam Dia Nacional de Paralisação |acessodata=27 de junho de 2013 |data=26 de junho de 2013 |publicado=[[Vermelho.org]]}}</ref>

No dia 2 de julho, foram apresentadas ao Congresso as sugestões de temas da presidente para a elaboração do [[plebiscito]].<ref name="EBC E2 pro C"/> Os partidos de oposição, entretanto, sugeriam [[referendo]].<ref name="EBC E2 pro C">{{citar web |url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-07-02/congresso-recebe-do-executivo-sugestoes-de-temas-para-plebiscito-da-reforma-politica |título=Congresso recebe do Executivo sugestões de temas para plebiscito da reforma política |acessodata=2 de julho de 2013 |data=2 de julho de 2013 |publicado=EBC}}</ref>
*financiamento de campanhas;<ref name="EBC E2 pro C"/> De acordo com [[José Eduardo Cardozo]], ministro da Justiça, a consulta deveria definir se será público, privado ou misto;<ref name="Terra 2 de Julius Plebulus"/>
*sistema eleitoral.<ref name="EBC E2 pro C"/> De acordo com [[José Eduardo Cardozo]], ministro da Justiça, a consulta deveria definir se será mantido o voto proporcional ou alterado para voto distrital, distrital misto, distritão ou em dois turnos como a OAB e outros propunham.<ref name="Terra 2 de Julius Plebulus"/>
*manutenção das coligações partidárias;<ref name="EBC E2 pro C"/>
*fim do voto secreto no Congresso.<ref name="EBC E2 pro C"/> De acordo com [[Renan Calheiros]], presidente do Senado, é assunto praticamente resolvido;<ref name="JB 2do7 PLEBE"/><ref name="Terra 2 de Julius Plebulus"/>
*fim da suplência de senador.<ref name="EBC E2 pro C"/> De acordo com [[Renan Calheiros]], presidente do Senado, é assunto praticamente resolvido;<ref name="JB 2do7 PLEBE"/><ref name="Terra 2 de Julius Plebulus"/>

De acordo com [[Henrique Eduardo Alves]], presidente da Câmara, uma proposta paralela de reforma política será desenvolvida em 90 dias pelos parlamentares, por precaução, para o caso de ocorrer algum imprevisto com o plebiscito.<ref name="JB 2do7 PLEBE">{{citar web |url=http://www.jb.com.br/pais/noticias/2013/07/02/proposta-de-plebiscito-entregue-ao-congresso-preve-5-temas/ |título=Proposta de plebiscito entregue ao Congresso prevê 5 temas |acessodata=2 de julho de 2013 |data=2 de julho de 2013 |obra=Terra |publicado=Jornal do Brasil}}</ref> [[Michel Temer]], vice-presidente da República, disse que deverá haver um mês ou um mês e meio de propaganda eleitoral para informar a população sobre cada um dos pontos.<ref name="Terra 2 de Julius Plebulus">{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/dilma-sugere-que-plebiscito-questione-qual-sistema-eleitoral-deve-ser-usado,db9ebeee69b9f310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html |título=Dilma sugere que plebiscito questione qual sistema eleitoral deve ser usado |acessodata=2 de julho de 2013 |data=2 de julho de 2013 |obra=Reuters |publicado=Terra }}</ref>

==Ver também==
*[[Movimento Passe Livre]]
*[[Passe livre e meio-passe]]
*[[Revolta da Catraca]] - mobilização em Florianópolis nos anos de 2004 e 2005
*[[Diretas Já]]
*[[Caras-pintadas]]
*[[Pressão social sobre o Regime Militar de 1964]]
*[[Passeata dos Cem Mil]]
*[[Marcha da Família com Deus pela Liberdade]]
*[[Impeachment de Fernando Collor]]
*[[Revolta da Vacina]]
*"[[Vem Pra Rua]]"
{{notas}}

{{Referências|col=3}}

== Ligações externas ==
{{Correlatos
|commonscat = Protestos contra o aumento das tarifas de transporte público no Brasil em 2013
|wikinoticiascat = Protestos contra o aumento das tarifas de transporte público e a Copa do Mundo no Brasil em 2013
}}
* [http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,a-revolta-do-gas-lacrimogeneo-%28em-sete-capitulos%29,1045716,0.htm A revolta do gás lacrimogêneo (em sete capítulos)] - ''O Estado de S. Paulo''
* {{cite web|url=http://www2.planalto.gov.br/imprensa/discursos/pronunciamento-da-presidenta-da-republica-dilma-rousseff-em-cadeia-nacional-de-radio-e-tv|title=Transcrição do pronunciamento da Presidenta da República no sítio oficial do Planalto |publisher=planalto.gov.br |date= |accessdate=24-06-2013}}

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Revisão das 20h56min de 5 de julho de 2013

Protestos no Brasil em 2013

Manifestantes no teto do Congresso Nacional, protestando contra gastos na Copa, corrupção e por melhorias no transporte, na saúde e educação, em 18 de junho.
Período Março de 2013 – atualidade[1]
Local  Brasil — pelo menos 438 cidades[2] (ver)

• Internacional — pelo menos 27 cidades[3]

Causas • Aumentos nas tarifas de transporte público;[4][5]

• Transporte público insuficiente e de má qualidade;[4][5]
• Repressão policial violenta aos protestos;[4][5]
• Serviços públicos (em geral) de má qualidade;[5]
• Gastos públicos exorbitantes em grandes eventos esportivos internacionais;[4][5]
• Taxas elevadas de corrupção política[4] e impunidade.[5]

Objetivos • Diminuir o valor ou eliminar a cobrança das tarifas de transporte público;

• Sistemas de transporte público de boa qualidade e que atendam toda a população;
• Melhor gestão dos gastos governamentais e serviços públicos eficientes;
• Impedir a aprovação de projetos como a "

Participantes do conflito
Quase dois milhões de manifestantes[2] Governo do Brasil
Polícias Militares
Governos Estaduais
Governos Municipais

</ref>[6] e as PECs 37 e 33 no Congresso Nacional.[7][8][9][10]

| resultado = | métodos = Manifestações
Ciberativismo
Marchas em protesto }} Os protestos no Brasil em 2013 são várias manifestações populares por todo o país que inicialmente surgiram para contestar os aumentos nas tarifas de transporte público,[1] principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, mas que ganharam forte apoio popular depois da repressão violenta e desproporcional que foi promovida pelas policiais militares estaduais contra as passeatas.[11][12]

Os confrontos com a polícia levaram grande parte da população a apoiar as mobilizações[13][14] e atos semelhantes rapidamente começaram a se proliferar em diversas cidades do Brasil e do exterior[15] em apoio aos protestos, passando a abranger uma grande variedade de temas, como os gastos públicos em grandes eventos esportivos internacionais, a má qualidade dos serviços públicos e a indignação com a corrupção política em geral.[16] Os protestos geraram grande repercussão nacional e internacional.[17][18]

Em resposta às maiores manifestações populares realizadas no Brasil desde as mobilizações pelo impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello em 1992,[19][20][21] o governo brasileiro anunciou várias medidas para tentar atender às reivindicações dos manifestantes[22][23] e o Congresso Nacional votou uma série de concessões, como ter tornado a corrupção como um crime hediondo, arquivado a chamada PEC 37 e proibido o voto secreto em votações para cassar o mandato de legisladores acusados de irregularidades.[24] Houve também a revogação das tarifas nos transportes em várias cidades do país.[25][26][27][28][29]

Histórico de atritos

Antecedentes

Protesto contra o aumento das tarifas de ônibus em Porto Alegre em 18 de fevereiro.

As primeiras manifestações sobre o tema dos transportes em verdade ocorreram em 2012. Dia 27 de agosto de 2012 a prefeitura de Natal, capital do Rio Grande do Norte anunciou um súbito aumento de vinte centavos na passagem de ônibus.[30] [31] As primeiras manifestações ocorreram dois dias depois, em 29 de agosto, e reuniu cerca de 2 mil pessoas. Esse primeiro protesto foi duramente reprimido pela polícia. No dia seguinte, 30 de agosto, o protesto voltou com mais força e dessa vez sem confrontos com a polícia.[32] Com a pressão popular, no dia 6 de setembro os vereadores revogaram o aumento da tarifa de ônibus.[33] Em 13 de maio de 2013, a prefeitura de Natal voltou a aumentar o preço da passagem fazendo com que as manifestações voltassem às ruas, com confrontos com a polícia e detenções de estudantes.[34][35]

A insatisfação social ocasionou a diversificação das causas dos manifestantes para além das tarifas de ônibus. Na foto, protesto ocorrido em 28 de abril na capital pernambucana, Recife.

Em 2013, as manifestações tiveram início em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul e começaram antes mesmo do aumento da tarifa de ônibus, de R$ 2,85 para R$3,05, e das "lotações", de R$ 4,25 para 4,50, no dia 25 de março. Os protestos ganharam força após o reajuste, quando manifestantes conseguiram protocolar ação cautelar que foi aceita pelo juiz Hilbert Maximiliano Obara, da 5ª Vara da Fazenda Pública.[36] Em 5 de março o juiz afirmou que havia sérios indicativos de aumento abusivo no valor e determinou que a prefeitura reduzisse o preço das passagens.[37]

Em Goiânia, as manifestações iniciaram-se no dia 16 de maio, antes do anúncio oficial de aumento da tarifa, que ocorreu dia 22. As tarifas chegaram a subir de R$ 2,70 para R$ 3,00. Os protestos tiveram seu pico no dia 28 do mesmo mês, na Praça da Bíblia, no Setor Leste Universitário. Quatro ônibus foram destruídos, dois incendiados e dois depredados, e 13 veículos sofreram algum tipo de dano. Na ocasião, 24 estudantes acabaram detidos por vandalismo e desobediência. A última manifestação ocorreu no dia 6 de junho, quando estudantes interditaram ruas do Centro da capital, queimaram pneus, lançaram bombas caseiras e quebraram os vidros de um carro da polícia. No dia 13 de junho, as tarifas voltaram a custar R$ 2,70, após liminar expedida pelo juiz Fernando de Mello Xavier, da 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual. Na decisão, o juiz argumentou que desde o último dia 1º de junho as empresas de transporte coletivo deixaram de pagar os impostos PIS e Cofins, porém essa isenção não foi repassada ao usuário goianiense.[38]

Manifestações nacionais

As manifestações de junho tiveram duas fases demarcadas por características distintas, mas ambas organizadas online, através da rede social Facebook, principalmente pelo Movimento Passe Livre (MPL);[39] e focadas em solucionar o aumento dos preços das taxas de transportes anunciadas.

Na primeira fase vemos um não apoio da mídia, pouca participação da população e muitos conflitos violentos entre os manifestantes e a polícia, e um foco quase exclusivo na questão do valor do transporte. No segundo momento, há uma grande cobertura da mídia, volumosa participação popular, além de aceitação de uma parcela maior da população, menos repressões policiais e atendimento de exigências quanto ao transporte.

Primeira fase

Na cidade de São Paulo, a onda de manifestações populares teve início quando a prefeitura e o governo do estado reajustaram os preços das passagens dos ônibus municipais, do metrô e dos trens urbanos de R$ 3,00 para R$ 3,20.[40] Desde janeiro de 2011, o preço das tarifas dos ônibus municipais de São Paulo era de R$ 3,00.[41][nota 1] Já o valor das tarifas dos trens urbanos e do metrô (de propriedade do governo do estado de São Paulo) havia sido reajustado pela última vez em fevereiro de 2012 para esse mesmo valor.[43] No início de 2013, logo após começar seu mandato, o novo prefeito Fernando Haddad anunciou que a tarifa sofreria um aumento ainda no primeiro semestre daquele ano.[44] Em maio, o governo federal anunciou a publicação de uma medida provisória que desonerava o transporte público da cobrança de dois importantes impostos (PIS e COFINS), para evitar que os reajustes nas tarifas pudessem pressionar a inflação.[45] Ainda assim, as tarifas de ônibus, trens urbanos e metrô foram reajustadas para R$ 3,20 a partir de 2 de junho, desencadeando os protestos.[46][nota 2].

Houve três manifestações que foram tomando corpo no mês de junho, dias 6, 7 e 11, houve violência policial nestes dias, levando ao ferimento de alguns manifestantes e policias [48]. Graças a esta postura, a mídia resolveu noticiar sobre, o que eles classificaram como vandalismo[49][50]. Como resposta e insatisfação, na quinta-feira da mesma semana, dia 13 de junho os protestos espalharam-se para mais cidades chegando a Natal, Porto Alegre, Santarém, Maceió, Rio de Janeiro, Sorocaba. Em S.Paulo, a houve uma represália policial excessiva, que causou muitos feridos, incluindo vários jornalistas, que gradualmente mudaram o discurso, e começaram a atacar a postura policial. Neste protesto, houve mais de 300 pessoas detidas, mais de 100 delas "detidas para averiguação", prática comum em ditaduras, já que não há flagrante, e muitas delas foram detidas por portarem vinagre, substância legalmente permita no Brasil.[51] Devido a violência, comportamento da mídia, e outros fatores, depois desse dia houve um crescimento exponencial do número de participantes nas manifestações.

Segunda fase

Manifestação em São Paulo no dia 20 de junho, na Avenida Paulista.

A segunda fase dos protestos é marcada por manifestações majoritariamente pacíficas, com grande cobertura midiática e massiva participação popular, muito diferente da fase anterior. E há também novas exigências sendo colocadas em pauta e o atendimento de vários governantes quanto a redução dos valores das tarifas para utilização do transporte público. Marcado para o dia 17 de junho, uma segunda-feira, cerca de 300 mil brasileiros saíram as ruas para protestar em 12 cidades espalhadas pelo Brasil. Diferente da primeira fase, as manifestações foram no geral pacificas, com pequenos focos de vandalismo e represálias. Houve manifestações diariamente em várias cidades do Brasil entre os dias 17 ao 21. Entretanto, a questão do transporte começa a sair de pauta, por ser atendida em várias cidades. E se começa uma nova etapa. Várias cidades conseguiram a reversão do aumento nos valores do transporte público. Em São Paulo e no Rio de Janeiro o anúncio foi feito no dia 19 de junho, mas com tom ameaçador, onde os governantes dizem que isto afetará outras áreas, como saúde e educação.[52] [53]

Por volta do dia 20 de junho, as manifestações tomam outro caráter, e começam a ter temas menos focados na questão do transporte e surgem pautas como as PECs 37 e 33, ato médico, gastos com a Copa das Confederações FIFA de 2013 e com a Copa do Mundo FIFA de 2014, Reforma Política. Aqui perde-se a liderança do Movimento Passe Livre, já que este tem como luta o transporte, que não é mais a pauta principal, embora haja ainda alguns lutando pela melhoria na qualidade do transporte público no país. A falta de liderança, faz com que a maioria dos blocos fiquem desarticulados, e que ocorram manifestações com vários motes diferentes em uma mesma manifestação e outras manifestações com tópico único, mas com menor volume, em comparação a segundo fase das manifestações de outono. No dia 20 de junho, houve um pico de mais de 1,4 milhão de pessoas nas ruas com mais de 120 cidades pelo Brasil, mesmo depois das reduções dos valores das passagens anunciadas em várias cidades.[54]

Manifestações

Protesto contra o aumento das passagens de ônibus no centro do Rio de Janeiro, em 14 de junho.

Desde o começo do mês de junho ocorrem protestos periódicos na cidade de São Paulo. Durante os protestos, foram registrados episódios de vandalismo,[55] agressões a policiais militares[56], além de jornalistas e civis terem sido agredidos por policiais militares.[57][58][59]

Na manhã de 7 de junho, um protesto foi realizado na Estrada do M'Boi Mirim, na Zona Sul de São Paulo, bloqueando uma das faixas no sentido Centro, que seguiu para a avenida Guarapiranga. Na ocasião, a polícia tentou conter o ato.[60][61] Ainda nos primeiros dias do mês, protestos também foram realizados pelo Movimento Passe Livre em Pirituba, na Zona Norte, e no Parque Dom Pedro II, no Centro.[62] Em 13 de junho, mais de cinco mil pessoas[63] se reuniram em pontos, como a Avenida Paulista, para se manifestar contra o aumento das passagens do transporte público municipal. Nesse dia, mais de duzentas pessoas foram presas.[64]

Manifestantes de outras seis capitais brasileiras, como Rio de Janeiro, Maceió, Porto Alegre e Goiânia, também começaram a realizar atos públicos pelos mesmos motivos dos realizados em São Paulo, tomando o aumento da passagem do transporte público como estopim para protestar contra o governo e outros problemas sociais.[65]

No Rio de Janeiro, mais de duas mil pessoas se concentraram no centro da cidade;[66][67] em Goiânia, aos protestos foram motivados por uma ação judicial do Procon local para que o valor da passagem de ônibus, de R$ 3, retornasse ao valor antigo, de R$ 2,70; em Porto Alegre, as manifestações conseguiram fazer com que o poder público recuasse no aumento das tarifas, com uma liminar do Ministério Público mantendo a passagem a R$2,85, sem aumento de R$0,20; além de outras cidades, como Niterói, onde mais de duas mil pessoas protestaram pela diminuição do preço da passagem de ônibus durante o dia[65][68] e entraram em confronto com a polícia à noite.[69]

Manifestação do Movimento Passe Livre (MPL) em São Paulo, em 7 de junho.

Em Brasília, cerca de 500 pessoas se reuniram na entrada do estádio Mané Garrincha contra a verba pública utilizada na Copa do Mundo de 2014. O estádio foi inicialmente orçado em R$ 696 milhões quando o projeto foi aprovado, mas custou aos cofres públicos a quantia de pelo menos R$ 1,778 bilhão, quase duas vezes e meia o preço original[70]. Devido a proximidade com o estádio, a polícia isolou o protesto e o Bope fez um cordão de isolamento separando os manifestantes dos torcedores. Houve confronto, e o Batalhão de Choque usou bombas de gás lacrimogêneo e tiros de borracha. Segundo a Polícia Militar, oito policiais foram feridos por pedradas, e oito manifestantes foram detidos e encaminhados a um distrito policial próximo do estádio. Dois manifestantes foram atingidas por tiros de bala de borracha, e um chegou a ser levado do local em uma ambulância.[71][72][73]

Em Minas Gerais, o Tribunal de Justiça proibiu manifestações de qualquer tipo que interditassem as vias urbanas em todos os municípios do estado durante a Copa das Confederações. A princípio, a decisão era uma resposta aos de professores e policiais civis, que pretendiam fechar vias de acesso ao estádio Mineirão em diversos dias, três dois quais (17, 22 e 26 de junho) coincidem com a data de jogos da copa no estádio.[74] O tribunal de justiça fixou uma multa de R$ 500 mil para os sindicatos, caso esses descumprissem a decisão,[75] o que não impediu que 12 mil pessoas se reunissem na tarde do dia 17 de junho na Praça Sete, no centro de Belo Horizonte, e fechassem duas avenidas da cidade.[76]

Protestos de 17 de junho

Mais de 100 mil manifestantes se reuniram no centro do Rio de Janeiro, da Avenida Rio Branco até a região da Cinelândia.
Cerca de 70 mil manifestantes saíram às ruas em São Paulo em pontos como o Largo da Batata e Marginal Pinheiros.

No dia 17 de junho, as manifestações se intensificaram em grandes cidades do Brasil. No Rio de Janeiro mais de 100 mil pessoas ocuparam importantes vias da capital fluminense, como a avenida Rio Branco, onde houve chuva de papel picado. Em frente à Biblioteca Nacional, foram distribuídas flores aos policiais. Porém, houve confronto em frente à Assembleia Legislativa, onde 80 policiais se refugiaram, estando cinco deles feridos. Manifestantes tentaram invadir a Assembleia lançando mão de pedras, coquetéis Molotov e rojões contra as forças policiais, que revidaram com gás lacrimogêneo, balas de borracha e spray de pimenta. Pelo menos um carro foi queimado, vidraças de lojas e bancos foram quebrada e pilastras do Palácio Tiradentes foram pichadas. Também houve enfrentamento no Largo do Paço Imperial. Houve vaias para quem levantava bandeiras de partidos políticos.[77][78] Em Campos dos Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro, centenas de manifestantes caminharam pelas principais ruas da cidade, desde a praça do Santíssimo Salvador, passando pela Câmara Municipal até chegar à prefeitura. Lá, o grupo cantou o hino nacional e fixaram cartazes nas grades da prefeitura. Não houve registro de violência ou vandalismo.[79]

Em São Paulo, manifestantes se concentraram no Largo da Batata, ocuparam a Marginal Pinheiros, a ponte Octavio Frias de Oliveira e as avenidas Paulista, Faria Lima e Luís Carlos Berrini, e foram para o Palácio dos Bandeirantes, onde algumas pessoas tentaram invadir o edifício. Muitos cantavam o hino nacional combinado com o hino "O povo acordou!"[80] e alguns deles carregavam flores brancas. Houve interrupção no trânsito nas avenidas Paulista, Rebouças e Doutor Arnaldo.[77][81][82] Em Bauru, o interior de São Paulo, 1200 pessoas impediram que os vereadores saíssem da Câmara Municipal até que fosse estabelecido um canal de diálogo com o presidente da casa. Os manifestantes seguiram até o local partindo da praça Rui Barbosa, ocupando oito quadras da avenida Rodrigues Alves. Pessoas também entraram em ônibus para comunicar as reivindicações aos passageiros. Também houve protestos no cruzamento das avenidas Nações Unidas com a Duque de Caxias. A Polícia Militar, que contou com trinta homens, não registrou casos de vandalismo e nem feridos.[83]

Em Belo Horizonte, pelo menos 30 mil pessoas ocuparam as ruas, com início de protesto pacífico na praça Sete e caminhada pela avenida Afonso Pena, ocupando a pista no sentido Pampulha. Houve confronto, segundo um dos ativistas, iniciado quando tentaram furar o cerco policial que impedia a multidão de se aproximar, pela avenida Antônio Carlos, do estádio Mineirão, onde as seleções de futebol de Nigéria e Taiti jogavam pela Copa das Confederações. Também houve conflito entre manifestantes e polícia perto do campus da Universidade Federal de Minas Gerais e ônibus foram pichados. Por outro lado, flores brancas foram distribuídas. Dez manifestantes se feriram levemente com estilhaços, balas de borracha e gás lacrimogêneo, munição essa que, segundo o comando da PM, não deveria ser usada na ocasião e cujo uso será investigado. Um homem e uma mulher caíram de um viaduto e se feriram. A comandante da Polícia Militar chegou a ser protegida dos confrontos por manifestantes. Rotas de ônibus tiveram que ser alteradas.[84][77][85] Em Juiz de Fora, Minas Gerais, a manifestação, sob o nome "Junta Brasil", atraiu entre 3 mil (estimativa da PM) e 5 mil (estimativa dos manifestantes) pessoas, partindo da Praça Jarbas de Lery Santos no bairro São Mateus.[86] Houve grande aprovação popular e não houve confronto com a polícia.[86] Uma questão local que entrou no protesto foi uma mudança recente na Lei de Uso e Ocupação do Solo.[86] O trânsito ficou comprometido por 5 horas.[86] De acordo com a PM, os organizadores mantiveram diálogo amistoso com os policiais, nenhuma ocorrência foi registrada e 230 militares deram apoio por meio de controle de tráfego e proteção da população.[86]

Manifestantes ocupam o Congresso Nacional, em Brasília, para protestar contra os gastos na Copa de 2014, corrupção e por melhorias no transporte, na saúde e na educação pública.

Em Brasília, ativistas ocuparam a Esplanada dos Ministérios e centenas deles subiram a rampa e no teto do Congresso Nacional.[77][87]

Em [[F

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  46. Agência Brasil: Manifestantes contra aumento da passagem entram em conflito com PM em São Paulo
  47. Folha: Acordem: R$ 0,20 são apenas um detalhe
  48. http://www.estadao.com.br/especiais/em-uma-semana-tres-protestos-contra-aumento-da-tarifa-em-sao-paulo,203763.htm
  49. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Folha f
  50. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome estadão f
  51. http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-06-13/mais-de-100-pessoas-detidas-para-averiguacao-em-protesto-contra-aumento-da-tarifa-em-sp
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