Região do Grande ABC

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São Caetano do Sul, a cidade com o melhor IDH do Brasil.[1]
Diadema, um importante centro industrial.
Paranapiacaba, distrito de Santo André. Atualmente, um importante centro turístico para a cidade.
São Bernardo do Campo, berço de várias montadoras do Brasil, exemplo da Volkswagen e Mercedes-Benz.

ABC Paulista, Região do Grande ABC ou ABC é uma região tradicionalmente industrial do Estado de São Paulo, parte da Região Metropolitana de São Paulo, porém com identidade própria. A sigla vem das três cidades, que originalmente formavam a região, sendo: Santo André (A), São Bernardo do Campo (B) e São Caetano do Sul (C). Essas três cidades possuiam nomes de santos, dados em ordem alfabética no ato de suas fundações, devido à influência da religião Católica na região, fato este que deu a origem da sigla "ABC" Paulista, a região dos três santos de São Paulo.

Aspectos gerais

Apesar de não contribuírem para a sigla, também fazem parte da região os municípios de Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e Diadema. A Represa Billings banha seis dos sete municípios da região; a exceção é São Caetano do Sul. Os sete municípios somados perfazem uma área de 825 km² e reúnem uma população de mais de 2,5 milhões de habitantes (estimativa do IBGE para 2007).

Em Santo André estão ainda localizados os distritos de Parque Capuava e Paranapiacaba, bem como o subdistrito de Utinga, também chamado de 2º subdistrito. Em São Bernardo do Campo, o distrito de Riacho Grande e o bairro de Rudge Ramos; Os bairros de Piraporinha e de Eldorado, em Diadema. Em Mauá, os bairros de Jardim Zaíra, Sonia Maria, Bairro Capuava, Jardim Guapituba não constituem legalmente distritos, mas desempenham funções polarizadoras em suas respectivas áreas.

São Caetano do Sul é o município com menor área territorial do Grande ABC, com 15,3 km²; a menor população residente é a de Rio Grande da Serra (42 405 habitantes em 2007). São Bernardo do Campo possui a maior população residente (781 390 habitantes em 2007) e também a maior área (406 km², quase a metade de toda a região). Santo André possui a maior população rotativa, com cerca de três milhões de pessoas que circulam na cidade todos os dias.

O acesso da cidade de São Paulo a essa região é feito principalmente pelas rodovias Anchieta e Imigrantes, pelas avenidas Cupecê, Engenheiro Armando de Arruda Pereira, dos Bandeirantes, do Estado, Salim Farah Maluf, Anhaia Mello, Oratório e pelos corredores de trólebus e pelos trens urbanos da CPTM.

A história da região do ABC Paulista começa com sua ocupação pelos indígenas e pelos portugueses que, liderados por Martim Afonso de Sousa e João Ramalho, fundaram em 1553 a vila de Santo André da Borda do Campo, de onde se iniciou a ocupação de todo o planalto paulista e que daria origem, no ano seguinte, à vila de São Paulo de Piratininga, a atual Cidade de São Paulo.

O ABC é marcado historicamente por ser o primeiro centro da indústria automobilística brasileira. A região é sede de diversas montadoras, como Mercedes-Benz, Ford, Volkswagen e General Motors, entre outras. No entanto, o setor de serviços também vem crescendo significativamente. Por exemplo, a base das operações, atualmente encerradas, da America Online, no Brasil, ficava em Santo André.

A presença de indústrias desse porte fez com que a região fosse o berço do movimento sindical contemporâneo no Brasil. As greves dos operários foram fortes no final da década de 1970, o que resultaria na fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no início da década seguinte.

Esta força sindical concentrada em uma só região (do ABC), tomou dimensões gigantescas e mesmo com seu caráter importante para defender os trabalhadores brasileiros, também teve uma contribuição negativa; considerando que muitas plantas de grandes indústrias não se instalaram ou migraram para outras regiões do país. São exemplos: a FIAT em Minas Gerais e a FORD, dentre outras e toda a rede de fornecedores que abastecem estas megaindústrias.

Municípios

Rodovias

Ver também

Referências

  1. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 10 de agosto de 2008 

Ligações externas