Reinaldo Ferreira (filho)
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Reinaldo Ferreira (filho) | |
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Nome completo | Reinaldo Edgar de Azevedo e Silva Ferreira |
Nascimento | 20 de março de 1922 Barcelona, Espanha |
Morte | 30 de junho de 1959 (37 anos) Lourenço Marques, Moçambique |
Nacionalidade | português |
Ocupação | poeta |
Magnum opus | Poemas |
Reinaldo Edgar de Azevedo e Silva Ferreira (Barcelona, 20 de março de 1922 — Lourenço Marques, 30 de junho de 1959) foi um poeta português que realizou toda a sua obra em Moçambique.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho do célebre Repórter X, Reinaldo Edgar de Azevedo e Silva Ferreira, nasceu no dia 20 de Março de 1922, em Barcelona. [1][2]
Reinaldo Ferreira chega a Lourenço Marques em 1941, finaliza o 7.º ano do liceu e ingressa como aspirante no Quadro Administrativo da Colónia, tendo subido até Chefe de Posto. [1]
Os primeiros poemas começam a ser publicados nos jornais locais ou em revistas de artes e letras. Adapta para a rádio peças de teatro e, mais tarde, colabora no teatro de revista. Autor da letra de canções ligeiras, entre as quais Kanimambo, Uma Casa Portuguesa e Piripiri. Os seus poemas foram cantados por vários nomes da música portuguesa, entre eles: Amália, Amélia Muge, Adriano Correia de Oliveira, Fausto, José Afonso, Manuel Freire e Valete. [1][3]
Em 1959 é-lhe detectado cancro do pulmão e morre em junho desse ano. [1][2][4]
Não editou nenhum livro em vida, mas em 1960 é publicado Poemas, uma coletânea dos seus poemas. [5]
António José Saraiva e Óscar Lopes compararam-no ao poeta Fernando Pessoa, realçando «o mesmo sentir pensado, a mesma disponibilidade imensamente céptica e fingidora de crenças, recordações ou afectos, o mesmo gosto amargo de assumir todas as formas de negatividade ou avesso lógico».
Reconhecimento
[editar | editar código-fonte]É autor do poema Menina dos Olhos Tristes, um dos poemas escolhidos para integrar a Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial, um projecto desenvolvido na Universidade de Coimbra, pelo Centro de Estudos Sociais (CES). [6][7]
O mesmo poema Menina dos Olhos Tristes, para o qual Luís Cília compôs uma música, que é uma das 150 canções, que constam na antologia, As Palavras das Canções, organizada por João Calixto, editada com o apoio da Sociedade Portuguesa de Autores. [8][9][3]
É autor as letras das canções Kanimambo, Uma Casa Portuguesa e Piripiri. Os seus poemas foram cantados por vários nomes da música portuguesa, entre eles: Amália, Amélia Muge, Adriano Correia de Oliveira, Fausto, José Afonso, Manuel Freire, Mariza, e Valete. [1][3]
Obras
[editar | editar código-fonte]- Poemas (único livro, publicado postumamente): [5][1]
- 1ª edição em1960, Imprensa Nacional de Moçambique, Lourenço Marques
- 2ª edição em 1962, pela Portugália em Lisboa, com prefácio de José Régio [10]
- 3ª edição em 1998, pelas Edições Vega de Assírio Bacelar, em Lisboa, com prefácio de Guilherme Melo
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b c d e f Pacheco, Nuno (28 de setembro de 2017). «Reinaldo Ferreira, um poeta a relembrar». PÚBLICO. Consultado em 9 de novembro de 2024
- ↑ a b «Biografia de Reinaldo Ferreira». Alfarrabio - Universidade do Minho
- ↑ a b c Calixto, João (2024). Antologia: As palavras das canções. Lisboa: Guerra e Paz. pp. 146–147. ISBN 978-989-702-970-7
- ↑ «Biografia». livro.dglab.gov.pt. Consultado em 9 de novembro de 2024
- ↑ a b «Biblioteca Nacional de Portugal: Poemas de Reinaldo Ferreira». Biblioteca Nacional de Portugal. Consultado em 9 de novembro de 2024
- ↑ Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial. Porto: Edições Afrontamento. 2011. ISBN 978-972-36-1174-8
- ↑ «Projecto Poesia da Guerra Colonial - Cancioneiro: Menina dos Olhos Tristes». Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Consultado em 9 de novembro de 2024
- ↑ «Antologia "AS PALAVRAS DAS CANÇÕES"». Sociedade Portuguesa de Autores. Consultado em 11 de outubro de 2024
- ↑ Team, ReB (17 de abril de 2024). «As Palavras das Canções: novo livro reúne 150 letras que marcam a história da música portuguesa». Rimas e Batidas. Consultado em 11 de outubro de 2024
- ↑ «Reinaldo Ferreira». web.archive.org. 8 de junho de 2008. Consultado em 9 de novembro de 2024