Rogério Duarte
Rogério Duarte | |
---|---|
Nome completo | Rogério Duarte Guimarães |
Nascimento | 10 de abril de 1939 Ubaíra, BA, Brasil |
Morte | 14 de abril de 2016 (77 anos) Brasília, DF, Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | desenhista, músico, escritor e designer gráfico |
Rogério Duarte Guimarães (Ubaíra, 10 de abril de 1939 – Brasília, 14 de abril de 2016) foi um designer, ilustrador, músico, escritor e intelectual brasileiro. É considerado um dos criadores que deu origem aTropicália.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Sobrinho do sociólogo Anísio Teixeira, foi um intelectual multimédia baiano. Rogério Duarte é artista gráfico, músico, compositor, poeta, tradutor e professor. Nos anos 60 mudou-se para o Rio de Janeiro, para estudar arte industrial com o alemão Max Bense, um dos mestres da semiótica e da poesia concreta, o que influenciaria seu trabalho no futuro.[1] No Rio trabalhou como diretor de arte da UNE e da Editora Vozes. Foi o autor de vários cartazes para filmes de seu amigo Glauber Rocha, como Deus e o diabo na terra do sol (símbolo do cinema nacional, o cartaz se transformou em referência e é apontado como o despertar da pós-modernidade no Brasil)[1] e A idade da terra. Também criou, para este último, a trilha sonora. Entre os vários artistas com os quais colaborou, contam-se Gilberto Gil, Caetano Veloso, João Gilberto, Jorge Ben e Gal Costa.
Considerado um dos mentores intelectuais do movimento tropicalista, Rogério foi também um dos primeiros a ser preso e a denunciar publicamente a tortura no regime militar. Preso juntamente com seu irmão Ronaldo Duarte, o caso mobilizou artistas e mereceu ampla divulgação no jornal carioca Correio da Manhã, que publicou uma carta coletiva pedindo a libertação dos "Irmãos Duarte".
Com o endurecimento da ditadura e a promulgação do AI-5, Rogério foi para a clandestinidade e iniciou a sua fase "transcendental" que o levou a estudar o sânscrito e iniciar a tradução do Bhagavad Gita, lançado por ele anos mais tarde, acompanhado de um CD com a participação de vários artistas, com o título de Canção do Divino Mestre. [2] Também é de sua autoria o livro Tropicaos onde, entre outras coisas, fala da prisão, tortura e de sua versão sobre o movimento tropicalista. [3]
Morreu em 14 de abril de 2016, aos 77 anos, no Hospital Santa Lúcia, em Brasília. [4] Ele estava internado há dois meses e lutava contra um câncer ósseo e câncer no fígado.[1]
Referências
- ↑ a b c «Ícone das artes visuais, Rogério Duarte morre aos 77 anos em Brasília». Uol. Consultado em 14 de abril de 2016
- ↑ José Teles (14 de abril de 2016). «Rogério Duarte (1939/2016)». Jornal do Commercio/UOL. Consultado em 18 de abril de 2016
- ↑ «Rogério Duarte - Biografia». Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Consultado em 18 de abril de 2016
- ↑ Redação (14 de abril de 2016). «Morre aos 77 anos artista baiano Rogério Duarte, criador da estética da Tropicália». Correio. Consultado em 18 de abril de 2016