Ronald Golias: diferenças entre revisões
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''' Ronald Golias''' ([[São Carlos (São Paulo)|São Carlos]], [[26 de junho]] de [[1929]] — [[São Paulo (cidade)|São Paulo]], [[27 de setembro]] de [[2005]]) foi um [[humor]]ista [[brasileiro]], considerado um dos pioneiros da [[Televisão#História da televisão no Brasil|televisão no país]]. |
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== Juventude e começo de carreira == |
== Juventude e começo de carreira == |
Revisão das 21h13min de 27 de setembro de 2011
Ronald Golias | |
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Nome completo | Ronald Golias |
Nascimento | 26 de junho de 1929 São Carlos (SP) Brasil |
Morte | 27 de setembro de 2005 (76 anos) São Paulo (SP) Brasil |
Ocupação | Ator e humorista |
Cônjuge | Lúcia Melo Machado |
Ronald Golias (São Carlos, 26 de junho de 1929 — São Paulo, 27 de setembro de 2005) foi um humorista brasileiro, considerado um dos pioneiros da televisão no país.
Juventude e começo de carreira
Nascido em família humilde, era filho de Conceição D'Aparecida Golias e Arlindo Golias. O pai, fã do artista Ronald Colman, resolveu chamar o filho de Ronald. Sua estréia nos palcos foi aos 8 anos de idade, como artista amador, na Escola Dante Alighieri em São Carlos.[1]
Mudou-se para São Paulo em 1940. Trabalhando como alfaiate e funileiro, começou a praticar natação no Clube Regatas Tietê, onde posteriormente entraria para o grupo Acqua Loucos, um dos precursores em espetáculos aquáticos no Brasil. Por sugestão de Golias, as apresentações passaram a ter uma parte com diálogos; suas performances com a trupe acabaram por levá-lo a participar do programa Calouros em Cena, da Rádio Cultura.[1][2]
Nos anos 50, com o fim dos programas produzidos pela emissora, Golias passou a integrar a equipe de artistas da Rádio Nacional. Foi então que conheceu Manuel de Nóbrega, que em 1957 o convidou a participar do humorístico A Praça da Alegria, que estreara naquele mesmo ano pela TV Paulista.[1][2][3]
Cinema e consagração na TV
Golias despontou para a fama a partir de seu trabalho na Praça. Interpretando o inquieto Pacífico (do bordão "Ô Cride, fala pra mãe..."), ele acabou tornando-se uma das estrelas da ainda incipiente televisão brasileira.[2]
Com o sucesso na TV, ele foi convencido por Herbert Richers a entrar para o cinema. A iniciativa a princípio foi complicada; com agenda ocupada na televisão, o humorista enfrentou dificuldades em conciliar as gravações. Seu primeiro filme foi a comédia Um Marido Barra Limpa (1957), de Luís Sérgio Person. Participou também de Os Três Cangaceiros (1961), de Victor Lima, quando contracenou com Ankito e Grande Otelo. Entre seus últimos trabalhos cinematográficos estão O Dono da Bola (1961) e Golias contra o Homem das Bolinhas (1969).[4]
Não alcançando grande impacto no cinema, a atenção de Golias voltou-se novamente para a televisão. Trouxe consigo das telas o personagem Carlos Bronco Dinossauro, que acabaria tornando-se um dos destaques da Família Trapo, programa exibido pela TV Record entre 1967 e 1971. Contracenando com Jô Soares, Ricardo Corte-Real, Cidinha Campos, Renata Fronzi e Otelo Zeloni, Golias consagrou-se definitivamente como um dos mais célebres humoristas do Brasil.[5]
Trabalhos posteriores
Em 1979, Golias protagonizou na Globo o seriado Superbronco. Criado por Boni, o programa foi considerado um fracasso, durando apenas 29 episódios. Nos anos 80 foi para a Bandeirantes, onde estrelou o humorístico Bronco.[6]
Em junho de 1990, passou a integrar o elenco fixo da Praça é Nossa, no SBT, onde permaneceu até 2005 interpretando personagens como O Profeta, Bronco, Pacífico e Professor Bartolomeu. Nesse meio tempo, foi protagonista na mesma emissora dos humorísticos Escolinha do Golias (com Nair Bello) e Meu Cunhado (com Moacyr Franco).[2]
Doença e morte
Na época da estréia de Meu Cunhado, em abril de 2004, Golias sofreu uma cirurgia para a implantação de um marcapasso. No mês seguinte voltou a ser internado em razão de um coágulo no cérebro. Seu estado de saúde a partir de então passou a se agravar.[7]
Em 8 de setembro de 2005, Golias foi internado no Hospital São Luiz, em São Paulo. Com quadro de infecção pulmonar, ele viria a morrer no final do mesmo mês em decorrência de uma infecção generalizada. Foi sepultado no Cemitério do Morumbi.[7]
Homenagens
Em 16 de setembro de 2007 a prefeitura de São Carlos inaugurou a praça Ronald Golias em homenagem ao humorista no bairro de cidade Aracy, e também está criando o Museu Ronald Golias na rua Geminiano Costa, 401 (na casa onde Golias residiu).
A cidade paulista de Serra Negra o homenageia com uma estátua em bronze,em tamanho real, onde está sentado em um banco da praça em frente à prefeitura da mesma cidade, com um olhar contagiante.
A partir de 2007, o SBT passou a retransmitir a Escolinha do Golias com muito sucesso. Apoiado nesse sucesso do programa, a TV Bandeirantes também decidiu repassar o programa Bronco no mesmo ano.
Recentemente, foi produzido um documentário sem fins lucrativos em sua homenagem.
Filmografia
- 1969 - Golias Contra o Homem das Bolinhas (de Victor Lima)
- 1968 - Agnaldo, Perigo à Vista (participação) (de Reynaldo Paes de Barros)
- 1967 - Marido Barra-Limpa
- 1963 - O Homem Que Roubou a Copa do Mundo (de Victor Lima)
- 1962 - Os Cosmonautas (de Victor Lima)
- 1961 - O Dono da Bola (de J.B. Tanko)
- 1961 - Os Três Cangaceiros (de Victor Lima)
- 1960 - Tudo Legal (de Victor Lima)
- 1958 - Vou Te Contá (de Alfredo Palácios)
- 1957 - Um Marido Barra-Limpa (de Renato Grechi)
Notas e referências
- ↑ a b c "Comediante Ronald Golias é enterrado em SP" - Terra
- ↑ a b c d "Saiba mais sobre o comediante Ronald Golias " - Folha Online
- ↑ "A Praça da Alegria" - O Globo
- ↑ "DVD recupera Golias dos anos 60" - Folha de S.Paulo
- ↑ "A Família Trapo" - O Globo
- ↑ "Ronald Golias" - UOL Educação
- ↑ a b "Morre o humorista Ronald Golias" - O Estado de S.Paulo