Cidinha Campos

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Cidinha Campos
Cidinha Campos
Deputada Estadual do Rio de Janeiro
Período 1º de fevereiro de 1999
até 31 de janeiro de 2019
(5 mandatos consecutivos)
Deputada Federal do Rio de Janeiro
Período 1º de fevereiro de 1991
até 31 de janeiro de 1999
(2 mandatos consecutivos)
Dados pessoais
Nascimento 5 de setembro de 1942 (81 anos)
São Paulo, São Paulo, Brasil
Partido PDT (1982-presente)
Profissão jornalista
radialista
apresentadora de televisão

Maria Aparecida Campos Straus, mais conhecida como Cidinha Campos (São Paulo, 5 de setembro de 1942), é uma jornalista, radialista, apresentadora de televisão e política brasileira, filiada ao PDT desde 1982.[1] foi deputada estadual do Rio de Janeiro. Casada desde 1973 com Ricardo Straus, com quem tem um filho, Ricardo Campos Straus. Foi casada com o novelista Manoel Carlos com quem tem uma filha chamada Maria Carolina (escritora, roteirista e afilhada de Hebe Camargo e Agnaldo Rayol).

Biografia[editar | editar código-fonte]

Apresentou junto com Durval de Souza os programas infantiis Grande Gincana Kibon e Programa Pullman Junior, pela TV Record, atual RecordTV. Fez parte do elenco fixo de Família Trapo, programa humorístico de enorme sucesso produzido e exibido pela TV Record de São Paulo no final dos anos 60 e que foi o precursor de atrações como A Grande Família e Sai de baixo.

Ingressou na política em 1982, quando conhece Leonel Brizola em uma entrevista e passa a militar por sua vitoriosa campanha ao governo do Rio de Janeiro, se filiando ao PDT posteriormente. Em 1990, foi eleita deputada federal pela primeira vez, votando a favor do impeachment de Fernando Collor de Mello em 1992, ano em que foi candidata à prefeitura do Rio de Janeiro, terminando na terceira colocação. Em 1998, se candidatou à uma vaga na ALERJ, sendo eleita para este e outros dois mandatos. Em 2004, foi candidata à vice-prefeita do Rio de Janeiro na chapa do ex-governador Nilo Batista. Foi reeleita deputada estadual em 2010, pelo PDT, com 89.553 votos,[2] sendo assim a décima deputada mais votada para a ALERJ. Entre os deputados do PDT, entretanto, foi a segunda mais votada, pois Wagner Montes obteve quase seis vezes mais votos que Cidinha, sendo assim o mais votado para a ALERJ. José Nader e José Nader Júnior, seus famosos adversários em 2010, não se elegeram. Depois das eleições, Cidinha voltou à TV na Rede Bandeirantes do Rio de Janeiro com o comando do programa Cidinha Livre, das 14 às 15 horas, concorrendo diretamente com seu companheiro de partido e também deputado estadual, Wagner Montes.

No dia 31 de janeiro de 2012, Cidinha anunciou através de seu Twitter oficial o fim do programa. Segundo a deputada, a Bandeirantes alegou que o programa seria muito caro, mesmo sendo a maior audiência da emissora no Rio.[3]

Em fevereiro de 2013, a convite do então governador do estado Sergio Cabral, assumiu a recém-criada Secretaria Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor, trabalho semelhante ao que exercia na ALERJ, onde era presidente da comissão de defesa do consumidor.[4]

Nas eleições de 2014, reelegeu-se novamente, com 75.492 votos. Em 2015, a jornalista retornou à Secretaria de Proteção e Defesa do Consumidor no governo de Luiz Fernando Pezão, onde ficou até maio de 2016, retornando à ALERJ.[5][6] Ainda em 2016, foi candidata a vice-prefeita de Pedro Paulo na eleição municipal do Rio de Janeiro em 2016.

Em 17 de novembro de 2017, votou pela revogação da prisão dos deputados Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, denunciados na Operação Cadeia Velha, acusados de integrar esquema criminoso que contava com a participação de agentes públicos dos poderes Executivo e do Legislativo, inclusive do Tribunal de Contas, e de grandes empresários da construção civil e do setor de transporte.[7]

Nas eleições de 2018 não conseguiu se reeleger deputada estadual, recebendo 31.265 votos. Durante a campanha, Cidinha anunciou que estava disputando sua última eleição.[8]

Foi anunciado o seu retorno à Super Rádio Tupi onde irá comandar o programa "Cidinha Livre", cuja estreia foi prevista para 06 de janeiro de 2020[9].

No ano de 2022, durante a eleição presidencial, mesmo filiada ao PDT, Cidinha declarou voto ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em detrimento a candidatura pedetista de Ciro Gomes.[10] Em seu programa de rádio, Cidinha declarou que "estou no PDT há 40 anos, mas acima de tudo está o meu país".[11][12]

Filmografia[editar | editar código-fonte]

Televisão[editar | editar código-fonte]

Ano Título Cargo Emissora
1953–69 Programa Pullman Junior Apresentadora Rede Record
1960–64 Astros dos Discos
1965 Ceará contra 007 Isabel
1967 Hebe Repórter
1967–71 Família Trapo Verinha Trapo
1969–71 Grande Gincana Kibon Apresentadora
1970–71 Dia D
1971–72 Cidinha 70 Rede Tupi
1973–74 Fantástico Repórter Rede Globo
2001 Cidinha Livre Apresentadora Rede Bandeirantes

Rádio[editar | editar código-fonte]

Emissora Ano
Rádio Tupi (São Paulo) 1949-1955
Rádio Jovem Pan (São Paulo) 1965-1966
Rede Bandeirantes (Rio de Janeiro) 1993 e 2010-2012
Super Rádio Tupi (Rio de Janeiro) 1978-1991/1997-1999 e 2020-presente.
Rádio Manchete (Rio de Janeiro) 1991-1997 e 2002
Rádio Haroldo de Andrade (Rio de Janeiro) 2005-2007

Mandatos[editar | editar código-fonte]

Processos judiciais[editar | editar código-fonte]

Entre os processos na Justiça impetrados por Cidinha Campos, destacam-se processos contra o blogueiro Ricardo Gama[13] e também contra o youtuber Dâniel Fraga[14] (nesse último caso a deputada Cidinha Campos publicou um tweet com os dados da mãe de Dâniel Fraga e o CPF do youtuber).[15]

Referências

  1. Campos, Cidinha (24 de novembro de 2010). «Meu amigo Brizola queria mudar o mundo». Portal PDT. Consultado em 8 de fevereiro de 2017 
  2. «UOL - Eleições 2010 - Apuração - Rio de Janeiro». Consultado em 6 de outubro de 2010 
  3. «UOL - Eleições 2010 - Declaração de bens - Rio de Janeiro - Cidinha Campos - Rio de Janeiro». Consultado em 12 de junho de 2012 
  4. Redação (15 de fevereiro de 2013). «Cidinha Campos assume nova secretaria de defesa do consumidor». PROCON RJ. Consultado em 2 de março de 2016 
  5. «Jornalistas são puxadores de votos na corrida pelo Legislativo». 6 de outubro de 2014. Consultado em 2 de março de 2016 [ligação inativa]
  6. Miriam Leitão (6 de fevereiro de 2015). «Cidinha Campos reassume o Procon-RJ». Consultado em 2 de março de 2016 
  7. G1 (17 de novembro de 2017). «ALERJ revoga prisões de Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi». Consultado em 17 de novembro de 2017 
  8. Da redação (7 de outubro de 2019). «Deputados eleitos no Rio de Janeiro». Resultados para deputado estadual do Rio. Gazeta do Povo 
  9. «Super Rádio Tupi anuncia volta da comunicadora Cidinha Campos no Rio de Janeiro» 
  10. Bernardo Mello Franco (21 de setembro de 2022). «Ciro vai virar 'Eymael da esquerda', diz ex-deputada brizolista». O Globo. Consultado em 21 de setembro de 2022 
  11. Guilherme Amado (20 de setembro de 2022). «Ciro Gomes tem nova perda, e pedetista histórica declara voto em Lula». Metrópoles. Consultado em 21 de setembro de 2022 
  12. Lage, Mariana (19 de setembro de 2022). «Cidinha Campos, do PDT, declara voto em Lula: 'Ciro está fora'». Estado de Minas. Consultado em 21 de setembro de 2022 
  13. «Processo No 0014585-90.2012.8.19.0209». www4.tjrj.jus.br. Consultado em 8 de fevereiro de 2017 
  14. «Processo No 0230688-36.2012.8.19.0001». www4.tjrj.jus.br. Consultado em 8 de fevereiro de 2017 
  15. Cidinha Campos. «Deputada Cidinha Campos on Twitter». Arquivado do original em 22 de fevereiro de 2019 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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