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Shōjo

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3o episódio do mangá 'Mikeko Romance' (Mikeko Romance), de Jihei Ogawa (Jihei Ogawa) em Shōjo gahō, julho de 1920.

Mangá Shōjo (em japonês: 少女漫画; romanizado: shojo ou shoujo) é uma categoria editorial de quadrinhos japoneses destinado ao público feminino adolescente e jovem adulto. É uma das principais categorias de mangá ao lado de shonen, seinen e josei. O mangá Shōjo originou-se da cultura feminina japonesa na virada do século XX, principalmente dos romances shōjo shōsetsu e jojōga (pinturas líricas). Os primeiros mangás shōjo foram publicados dentro em revistas destinadas a adolescentes no início do século XX e entrou em um período de desenvolvimento criativo a partir da década de 1950, quando começou a se formalizar como uma categoria distinta de mangá.

Inicialmente, a categoria foi desenvolvida por artistas de mangá do sexo masculino, entretanto a partir das décadas de 1960 e 1970 tornou-se o principal gênero feito por artistas mulheres. Na década de 1980 em diante, a categoria começou a ganhar popularidade e diversificar seu estilo artístico.

O mangá shōjo não se refere a um estilo específico ou a um gênero, mas indica um público-alvo. Apesar de existirem certas convenções estéticas, visuais e narrativas associadas ao mangá shōjo, essas convenções mudaram e evoluíram ao longo do tempo, e nenhuma é estritamente exclusiva do mangá shōjo. No entanto, vários conceitos e temas passaram a ser tipicamente associados ao mangá shōjo, tanto visuais, (traços e formatos dos personagens) quanto narrativos (foco em relações românticas; personagens que desafiam papéis e estereótipos tradicionais em torno de gênero e sexualidade).

A palavra japonesa shōjo (少女) significa "garota", mas no uso japonês comum as meninas são geralmente referidas como onna no ko (女の子) e raramente como shōjo.[1] Em vez disso, o termo shōjo é usado para designar uma categoria social que surgiu durante na era Meiji (1868-1912) de meninas e mulheres jovens na idade entre a infância e o casamento.[2] Geralmente isso se referia a adolescentes em idade escolar, com os quais tinham imagem de "inocência, pureza e fofura" o que isso contrastava com o termo moga ("menina moderna", jovens trabalhadoras solteiras), no qual transparecia uma imagem mais autodeterminada e sexualizada da mulher. Shōjo continuou a ser associado a uma imagem de juventude e inocência após o fim da era Meiji, mas assumiu uma forte conotação consumista a partir da década de 1980, à medida que se desenvolveu em uma categoria de marketing distinta para meninas; ogyaru também substituiu o termo moga como a mulher independente arquetípica durante este período.[2]

Referências

  1. Berndt, Jaqueline; Nagaike, Kazumi; Ogi, Fusami (2019). Shōjo Across Media. Exploring "Girl" Practices in Contemporary Japan. [S.l.]: Palgrave Macmillan. p. 6. ISBN 978-3030014841 
  2. a b Prough, Jennifer (2011). Straight from the Heart: Gender, Intimacy, and the Cultural Production of Shōjo Manga. University of Hawaiʻi Press: University of Hawaiʻi Press. ISBN 978-0-8248-3457-9 
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