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Pixoxó

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(Redirecionado de Sporophila frontalis)
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Ilustração de 1868 de Josephe Huët em Nouvelles Archives du Muséum d'histoire Naturelle
Ilustração de 1868 de Josephe Huët em Nouvelles Archives du Muséum d'histoire Naturelle
Espécime avistado no Parque Estadual da Serra da Cantareira, em São Paulo, no Brasil
Estado de conservação
Espécie vulnerável
Vulnerável (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Emberizidae
Género: Sporophila
Espécie: S. frontalis
Nome binomial
Sporophila frontalis
(Verreaux, 1869)
Distribuição geográfica
Distribuição do pixoxó
Distribuição do pixoxó
Sinónimos
Callirhynchus frontalis (Verreaux, 1869)

Pixoxó,[2] chanchão, pixanxão ou xanxão[3] (nome científico: Sporophila frontalis) é uma ave passeriforme da família dos emberizídeos (Emberizidae).

Segundo Antenor Nascentes, seu nome popular é um vocábulo onomatopeico que imita a voz do pássaro. Foi registrado em 1853 como pixoxo e 1899 como pixôxo.[4]

O pixoxó mede 13,4 centímetros de comprimento e é o maior representante do género Sporophila. Apresenta um bico grosso de tamanho variado, porém sempre com a maxila mais estreita do que a mandíbula.[5]

Distribuição e habitat

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O pixoxó se distribui no sudeste do Brasil, no sul da Bahia e do Espírito Santo e Minas Gerais ao sul ao longo de uma faixa litorânea até o norte do Rio Grande do Sul; e no sudeste do Paraguai e extremo nordeste da Argentina (Misiones). É hoje incomum ou raro em seu habitat natural: o estrato baixo e as bordas das florestas úmidas e montanhosas do bioma da Mata Atlântica do nível do mar a 1 500 metros de altitude, geralmente associada à floração de bambu,[1][6] taquarais e cultivos de arroz no Rio Grande do Sul, onde permanece do começo do ano até abril.[5]

A espécie S. frontalis foi descrita pela primeira vez pelo ornitólogo francês Jules Verreaux em 1869 sob o nome científico Callirhynchus frontalis; sua localidade tipo é: "Caiena, erro, alterado para Rio de Janeiro, Brasil".[7] O nome genérico feminino Sporophila é uma combinação das palavras gregas sporos ("semente") e philos ("amante");[8] e o nome da espécie frontalis vem do latim moderno e significa "com testa", "com sobrancelhas".[9]

O pixoxó é monotípico. Os dados apresentados por extensos estudos filogenéticos recentes mostraram que a presente espécie está próxima do papa-capim-de-coleira (Sporophila fringilloides), e o par formado por ambas está próximo de um clado composto por papa-capim-preto-e-branco (Sporophila luctuosa), coleirinho (Sporophila caerulescens) e papa-capim-capuchinho (Sporophila nigricollis).[10]

Conservação

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A União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN), em sua Lista Vermelha, avaliou que a espécie se encontra vulnerável à extinção devido à destruição de habitats e à captura como animal de estimação. Não há estudos concretos quanto ao total de indivíduos da espécie, ma se presume que esteja dentro da faixa de 2 500 a 10 mil indivíduo, e que esteja em tendência de declínio populacional.[1] Em 2005, foi classificado como criticamente em perigo na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[11] em 2010, como em perigo na Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais[12] e como vulnerável no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada no Estado do Paraná;[13] em 2011, como vulnerável na Lista das Espécies da Fauna Ameaçada de Extinção em Santa Catarina;[14] em 2014, como regionalmente extinto na Lista das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção no Rio Grande do Sul,[15][16] como em perigo no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo;[17] e como em perigo na Portaria MMA N.º 444 de 17 de dezembro de 2014;[18] em 2017, como em perigo na Lista Oficial das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado da Bahia;[19][20] e em 2018, como em perigo na Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio);[21] e como em perigo na Lista das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção no Estado do Rio de Janeiro.[22]

Referências

  1. a b c BirdLife International (2018). «Sporophila frontalis». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2018: e.T22723399A132162969. doi:10.2305/IUCN.UK.2018-2.RLTS.T22723399A132162969.enAcessível livremente. Consultado em 1 de maio de 2022 
  2. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. p. 316. ISSN 1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022 
  3. «Pixoxó». Michaelis. Consultado em 1 de maio de 2022 
  4. Grande Dicionário Houaiss, verbete pixoxó
  5. a b Sick, Helmut (2001) [1997]. Ornitologia Brasileira 3.ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 770-771. 862 páginas. ISBN 85-209-0816-0. Consultado em 16 de Junho de 2015 
  6. Ridgely, Robert; Tudor, Guy (2009). «Sporophila frontalis, p. 638, lámina 108(12)». Field guide to the songbirds of South America: the passerines. Col: Mildred Wyatt-World series in ornithology 1.ª ed. Austin: Imprensa da Universidade do Texas. ISBN 978-0-292-71748-0 
  7. de Schauensee, Rodolphe Meyer (1952). A Review of the Genus Sporophila. Proceedings of The Academy of Natural Sciences of Philadelphia (Founded 1812). CIV. Filadélfia: Academia de Ciências Naturais da Filadélfia. p. 161 
  8. Jobling, J. A. (2010). «Sporophila, p. 363». Helm Dictionary of Scientific Bird Names. Londres: Bloomsbury Publishing. pp. 1–432. ISBN 9781408133262 
  9. Jobling, J. A. (2010). «frontalis, p. 165». Helm Dictionary of Scientific Bird Names. Londres: Bloomsbury Publishing. pp. 1–432. ISBN 9781408133262 
  10. Burns, K. J.; Schultz, A. J.; Title, P. O.; Mason, N. A.; Barker, F. K.; Klicka, J.; Lanyon, S. M.; Lovette, I. J. (2014). «Phylogenetics and diversification of tanagers (Passeriformes: Thraupidae), the largest radiation of Neotropical songbirds». Molecular Phylogenetics and Evolution. 75: 41-77. ISSN 1055-7903. doi:10.1016/j.ympev.2014.02.006 
  11. «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022 
  12. «Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais» (PDF). Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM. 30 de abril de 2010. Consultado em 2 de abril de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 21 de janeiro de 2022 
  13. Livro Vermelho da Fauna Ameaçada. Curitiba: Governo do Estado do Paraná, Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná. 2010. Consultado em 2 de abril de 2022 
  14. Lista das Espécies da Fauna Ameaçada de Extinção em Santa Catarina - Relatório Técnico Final. Florianópolis: Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Fundação do Meio Ambiente (FATMA). 2010 
  15. de Marques, Ana Alice Biedzicki; Fontana, Carla Suertegaray; Vélez, Eduardo; Bencke, Glayson Ariel; Schneider, Maurício; Reis, Roberto Esser dos (2002). Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção no Rio Grande do Sul - Decreto Nº 41.672, de 11 de junho de 2002 (PDF). Porto Alegre: Museu de Ciências e Tecnologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; PANGEA - Associação Ambientalista Internacional; Fundação Zoo-Botânica do Rio Grande do Sul; Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA); Governo do Rio Grande do Sul. Consultado em 2 de abril de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 31 de janeiro de 2022 
  16. «Decreto N.º 51.797, de 8 de setembro de 2014» (PDF). Porto Alegre: Estado do Rio Grande do Sul Assembleia Legislativa Gabinete de Consultoria Legislativa. 2014. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 16 de março de 2022 
  17. Bressan, Paulo Magalhães; Kierulff, Maria Cecília Martins; Sugleda, Angélica Midori (2009). Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo - Vertebrados (PDF). São Paulo: Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA - SP), Fundação Parque Zoológico de São Paulo. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 25 de janeiro de 2022 
  18. «PORTARIA N.º 444, de 17 de dezembro de 2014» (PDF). Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), Ministério do Meio Ambiente (MMA). Consultado em 24 de julho de 2021. Cópia arquivada (PDF) em 12 de julho de 2022 
  19. «Lista Oficial das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado da Bahia.» (PDF). Secretaria do Meio Ambiente. Agosto de 2017. Consultado em 1 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de abril de 2022 
  20. «Sporophila frontalis (Verreaux, 1973)». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 1 de maio de 2022. Cópia arquivada em 9 de julho de 2022 
  21. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 
  22. «Texto publicado no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro contendo a listagem das 257 espécies» (PDF). Rio de Janeiro: Governo do Estado do Rio de Janeiro. 2018. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de maio de 2022 


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