Sviatlana Tsikhanouskaia
Sviatlana Tsikhanouskaya | |
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Tsikhanouskaya em 2020 | |
Dados pessoais | |
Nome completo | Sviatlana Heorhiyeuna Tsikhanouskaya |
Nascimento | 11 de setembro de 1982 (42 anos) Mikashevichy, região de Brest, Bielorrússia Soviética |
Nacionalidade | bielorrussa |
Alma mater | Universidade Estatal de Pedagogia de Mozyr |
Cônjuge | Siarhei Tsikhanouski (c. 2004) |
Filhos(as) | 2 |
Partido | Independente (Movimento Democrático Bielorrusso) |
Profissão | Professora, intérprete, política |
Website | Site oficial |
Sviatlana Heorhieuna Tsikhanouskaya (nascida Piliptchuk; em bielorrusso: Святла́на Гео́ргіеўна Ціхано́ўская (Піліпчук) (Sviatlana Hieorhijeŭna Cichanoŭskaja (Pilipčuk)); em russo: Светла́на Гео́ргиевна Тихано́вская (Пилипчу́к); Mikashevichy, 11 de setembro de 1982) é uma política e ativista dos direitos humanos bielorrussa que chegou a proeminência após as eleições presidenciais de 2020 como a principal candidata de oposição. Tsikhanouskaya é a esposa do também ativista Siarhei Tsikhanouski. Seu marido seria o candidato naquela eleição, mas acabou sendo preso por forças de segurança do governo em 29 de maio de 2020, algo que fez com que Tsikhanouskaya assumisse o seu lugar.[1]
O então presidente Alexander Lukashenko se declarou vitorioso na eleição mas foi acusado de fraude eleitoral, manipulação e censura.[2] Subsequentemente, Tsikhanouskaya reivindicou a vitória nas eleições, afirmando ter recebido entre 60% e 70% dos votos[3][4] e pediu o reconhecimento da comunidade internacional.[5]
Desde a eleição de 9 de agosto de 2020, opositores do regime de Lukashenko e apoiadores de Sviatlana Tsikhanouskaya realizam protestos quase que diários pedindo a renúncia do presidente.[6] As forças de segurança responderam aos manifestantes com violência. Tsikhanouskaya pediu para que os protestos não parassem, mas condenou a violência, pedindo também para as forças de segurança desertassem o regime.[7] Poucos dias após a eleição, ela foi forçada para sair do país[8], se refugiando na Lituânia.[9] Em 17 de agosto, Tsikhanouskaya anunciou que estaria formando um governo de transição para rivalizar com Lukashenko e manter sua reivindicação à presidência.[10][11]
Desde então, a oposição a Lukashenko pede apoio internacional e reivindica que outros países reconheçam Sviatlana como presidente da Bielorrússia.[12]
Em dezembro de 2020, Sviatlana recebeu o Prémio Sakharov, o principal prêmio da União Européia (UE). O prêmio foi entregue por David Sassoli, presidente do Parlamento Europeu, que prestou homenagem a Sviatlana e a toda a oposição bielorrussa.[13][14]
Em janeiro de 2023, começou a ser julgada à revelia, acusada de alta traição, conspiração para tomar o poder de forma inconstitucional e criação de uma organização extremista. A ativista vive exilada na Lituânia.[15]
Prêmios e reconhecimento
[editar | editar código-fonte]- 2020: Prémio Sakharov da União Europeia.[13]
- 2020: É uma das 100 Mulheres da lista da BBC.[16]
Referências
- ↑ "In Belarus, 3 Women Unite to Fight Strongman Lukashenko". Moscow Times. Acesso em 20 de julho de 2020.
- ↑ «Lukashenka vs. democracy: Where is Belarus heading?». AtlanticCouncil. 10 de agosto de 2020. Consultado em 18 de agosto de 2020. Cópia arquivada em 12 de agosto de 2020
- ↑ «Belarus election: Exiled leader calls weekend of 'peaceful rallies'». BBC News. 14 de agosto de 2020. Consultado em 15 de agosto de 2020
- ↑ «Belarus opposition candidate declares victory | NHK WORLD-JAPAN News». www3.nhk.or.jp. Consultado em 15 de agosto de 2020
- ↑ "Тихановская готовится объявить себя победительницей выборов в Беларуси – пресс-секретарь" ("Tikhanovskaya prepara-se para se declarar vencedora das eleições na Bielorrússia - secretária de imprensa"). Página acessada em 18 de agosto de 2020.
- ↑ «Três mulheres se unem para derrotar presidente da Bielorrússia, no poder há 26 anos». G1. Consultado em 18 de agosto de 2020
- ↑ «Belarus: Tsikhanouskaya calls on security forces to switch allegiance». DW.com. Consultado em 18 de agosto de 2020
- ↑ Noberto, Cristiane (18 de abril de 2021). «Entrevista: 'Belarus superou o atual regime', diz Sviatlana Tsikhanouskaia • A Referência». A Referência. Consultado em 23 de julho de 2021
- ↑ Kennedy, Rachael (11 de agosto de 2020). «Belarus election: Sviatlana Tsikhanouskaya made 'independent' decision to flee to Lithuania». Euronews. Consultado em 18 de agosto de 2020
- ↑ Teslova, Elena (17 de agosto de 2020). «Belarus: Opposition leader says 'ready to lead country'». Anadolu Agency. Consultado em 18 de agosto de 2020
- ↑ «Da Lituânia, opositora de Lukashenko se diz 'pronta para liderar' Belarus». CNN. Consultado em 18 de agosto de 2020
- ↑ «Oposição pede que países reconheçam Tsikhanouskaia como presidente da Bielorrússia». www.efe.com. Consultado em 22 de dezembro de 2020
- ↑ a b «Belarus opposition leader Tsikhanouskaya awarded EU's Sakharov Prize». euronews (em inglês). 16 de dezembro de 2020. Consultado em 21 de dezembro de 2020
- ↑ «'Venceremos!', diz opositora bielorrussa ao receber principal prêmio da União Europeia». Folha de S.Paulo. 16 de dezembro de 2020. Consultado em 21 de dezembro de 2020
- ↑ «Começa hoje julgamento à revelia de Svetlana Tikhanovskaia»
- ↑ «BBC 100 Women: quem está na lista de mulheres inspiradoras e influentes de 2020?». BBC News Brasil. Consultado em 17 de dezembro de 2022