Vicente de la Mata
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Vicente de la Mata | |
Data de nasc. | 15 de janeiro de 1918 | |
Local de nasc. | Rosário, Argentina | |
Nacionalidade | argentino | |
Morto em | 4 de agosto de 1980 (72 anos) | |
Local da morte | Rosário, Argentina | |
Altura | 1,72 m | |
Apelido | Don Vicente | |
Informações profissionais | ||
Função | Atacante | |
Clubes de juventude | ||
1930–1936 | Central Córdoba | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos (golos) |
1936 1937–1950 1951–1952 1953–1954 1955–1958 |
Central Córdoba Independiente Newell's Old Boys Central Córdoba Leones DAS y B |
362 (191) 23 (1) 80 (10) |
Seleção nacional | ||
1937–1946 | Argentina | 13 (6) |
Times/clubes que treinou | ||
Independiente Deportivo Morón Sportivo Dock Sud Central Córdoba |
Vicente de la Mata (Rosário, 15 de janeiro de 1918 - Rosário, 4 de agosto de 1980) foi um futebolista argentino que atuava como atacante.
Começou a carreira em 1936, no Central Córdoba, pequeno clube de sua Rosário natal. Suas atuações o levaram, ainda como jogador da equipe rubroazul, à Seleção Argentina, sendo convocado para o Sul-Americano do ano seguinte.[1] No decorrer do torneio, foi negociado por 30 mil pesos com o Independiente, um dos grandes clubes argentinos. Inicialmente reserva, mostrou-se literalmente decisivo na competição, marcando os dois gols da vitória da Albiceleste na final, contra o Brasil.[2]
O time de Avellaneda ainda não havia conseguido títulos na era profissional do futebol argentino, o que mudou em um ano. De la Mata compôs um trio ofensivo que se tornaria o mais célebre da história do clube, juntamente com Arsenio Erico e Antonio Sastre,[3] no que foi a linha ofensiva mais goleadora na Argentina do período 1938-39,[2] justamente quando o Rojo faturou um bicampeonato seguido.[3] Sob eles, o clube também conseguiu um recorde de doze vitórias seguidas entre os dois campeonatos,[4] uma marca que só seria quebrada em 2001, pelo San Lorenzo.[5] A série foi interrompida em um clássico de Avellaneda, na terceira rodada do campeonato de 1939.[4] A frustração seria vingada no ano seguinte: em 3 de novembro de 1940, o Racing foi humilhado por 0 x 7 com dois gols de De la Mata, no que é até hoje a maior goleada do clássico.[6]
Imprevisível e com grande habilidade para esquivar-se dos marcadores,[7] inspirou desde cânticos como "¿Adónde va la gente? ¡A ver a Don Vicente!" e "¡La gente ya se mata! ¡Por ver a De la Mata!" até um tango de Nolo López chamado "Capote", como De la Mata era conhecido.[2]
No decorrer da década de 1940, as conquistas com o Independiente não vieram como se esperava. Em compensação, De la Mata seguiu conquistando Sul-Americanos com a Argentina, faturando os de 1945 e 1946. Ele, que já havia atuado ao lado de Roberto Cherro, Enrique García, José María Minella, Carlos Peucelle, Bernabé Ferreyra e Francisco Varallo, formou um ataque demolidor com Norberto Méndez, Adolfo Pedernera, Ángel Labruna e Félix Loustau.[7] Foi um dos membros da talentosa geração argentina dos anos 40 privada de uma Copa do Mundo, dentre outros motivos, devido à Segunda Guerra Mundial, que inviabilizou as edições de 1942 e 1946. Em 1947, mesmo consagrado, ficou de fora do título no Sul-Americano de 1947, com a concorrência tão acirrada que mesmo Alfredo Di Stéfano fora reserva ali.[8]
No ano seguinte à ausência, porém, conseguiu novo título argentino com seu clube. Àquela altura, era o único remanescente do tridente histórico. Deixou o clube em 1950, depois de treze anos, 363 partidas e 150 gols. Voltou para sua Rosário, primeiramente no Newell's Old Boys, voltou ao mesmo Central Córdoba onde iniciara a carreira 17 anos antes e se aposentou em 1958, defendendo o Leones DAS y B, equipe da Liga Independiente de Fútbol (uma das Ligas Regionais do futebol argentino). Seu filho, igualmente chamado Vicente de la Mata, também seria ídolo no Independiente[9] e jogador da Argentina, no que foi o primeiro caso em que a seleção convocou o filho de alguém que já havia atuado por ela.[7]
Títulos
[editar | editar código-fonte]- Independiente
- Campeonato Argentino: 1938, 1939, 1948[2]
- Seleção Argentina
Referências
- ↑ TABEIRA, Martín (12 de agosto de 2009). «Southamerican Championship 1937». RSSSF. Consultado em 23 de agosto de 2011
- ↑ a b c d POMATO, Alberto (abril de 2011). Vicente de la Mata. El Gráfico Especial n. 29 - "100 Ídolos de Independiente". Revistas Deportivas, pp. 30-31
- ↑ a b MELO, Tiago (27 de abril de 2011). «Sastre: um craque para brasileiros e argentinos». Futebol Portenho. Consultado em 23 de agosto de 2011
- ↑ a b POMATO, Alberto (abril de 2011). Vicente de la Mata. El Gráfico Especial n. 29 - "100 Ídolos de Independiente". Revistas Deportivas, pp. 120-129
- ↑ LEAL, Ubiratan (abril de 2008). Sim, eles são grandes. Trivela n. 26. Trivela Comunicações, p. 43
- ↑ VENÂNCIO, Rafael Duarte Oliveira (9 de outubro de 2010). «Independiente – Racing: Tradição de grandes goleadas». Futebol Portenho. Consultado em 23 de agosto de 2011
- ↑ a b c d PERUGINO, Elías (junho de 2011). Vicente de la Mata. El Gráfico Especial n. 27 - "100 Ídolos de la Selección". Revistas Deportivas, p. 69
- ↑ ANÍBAL, Alexandre (3 de janeiro de 2011). «Argentina e Copa América: uma relação de muitas vitórias (Parte I)». Futebol Portenho. Consultado em 23 de agosto de 2011
- ↑ POMATO, Alberto (abril de 2011). Vicente de la Mata (h). El Gráfico Especial n. 29 - "100 Ídolos de Independiente". Revistas Deportivas, p. 104
- Nascidos em 1918
- Mortos em 1980
- Futebolistas da Argentina
- Futebolistas do Club Atlético Independiente
- Futebolistas do Club Atlético Newell's Old Boys
- Futebolistas do Club Atlético Central Córdoba
- Jogadores da Seleção Argentina de Futebol
- Treinadores de futebol da Argentina
- Treinadores do Club Atlético Independiente
- Naturais de Rosário (Argentina)